Com uma visão em primeira pessoa, porém com backtracking, puzzles, inventário e recursos limitados, baús e até save rooms, Resident Evil 7 é uma volta às origens da série que estava perdida nesses últimos jogos numerados.
O fato do jogo ser em primeira pessoa o deixou ainda mais assustador pros padrões atuais, pois ainda temos corredores estreitos, a mesma dificuldade de se locomover quando estamos bem perto do monstro (com direito aquele giro rápido pra rapidamente tentarmos escapar), tudo isso sem partir pros "jump scare" exagerados que predominam o cenário dos jogos de terror atualmente (sim, ainda tem "jump scare", mas bem balanceado no jogo todo).
Na primeira parte do jogo, começa o tão esperado retorno do backtracking e dos puzzles. Com uma inspiração no primeiro Resident Evil, você estará constantemente indo e vindo nos mesmos lugares tentando achar a chave que abre determinadas portas, coletando recursos, "ativando" os monstros em lugares que você achava que já não teria mais perigo, resolvendo alguns puzzles (não tão difíceis, mas pelo menos tá ali)... Já na segunda parte do jogo, ele se torna mais linear, começa a vir ordas de inimigos, tirando o brilho da excelente primeira parte. Nesse momento, a tensão está quase indo embora, apesar de alguns momentos quando você estará indefeso gerar algum tipo de tensão. Perto da batalha final, os recursos que eram bastante limitados na primeira parte, você chegará pro boss final com recurso até o talo (isso se explorar o jogo).
Em falar em boss, as batalhas contra os chefes, principalmente a Marguerite, todo o movimento dela pelo cenário, a perseguição, foi uma batalha sensacional! O que não pode se dizer do boss final...
Esse jogo é obrigatório pra quem curte um excelente survival-horror, e principalmente pros fãs da franquia, pois não se via um Resident Evil como Resident Evil desde Code: Veronica, desde então a série tomou um rumo diferente a começar pelo 4.
Nota: 9,2/10