Certo, partindo do principio que essas empresas seriam criadas em uma "junção" de vários funcionário e afins. Da onde partiria o capital inicial para levantar essa empresa? Seria dos próprios funcionários ou de subsídios do governo ?
Idealmente, deveria sair do próprio bolso da comunidade operária ou de instituições de financiamento privado.
Qualquer outra forma de financiamento envolverá diretamente ou indiretamente a administração pública direta ou indireta, e significará que algum terceiro sem interesse(na maioria das vezes) contribuiu por força de lei.
Lembre-se que imposto tem natureza expropriatória. Seja expropriando um terreno no valor de R$20.000 que você levou 10 anos para comprar ou arrecadar o mesmo valor ao longo dos mesmo 10 anos através do IRPF que você paga todo ano, no final, deu no mesmo.Se a competição for da forma que você fala, ( já pensando na criação da empresa sem expropriação ou algo do tipo) não veria problema algum.
Aquela história de que ou o Homem nasce bom, mau ou neutro...para mim, tudo balela de 1º período dos cursos de humanas.Eu não concordo, novamente, com esta noção de que somos naturalmente egoístas/individualistas, isto é pura ideologia.
Está ocorrendo uma espécie de "renascentismo" na filosofia atual onde esta última está cada vez mais influenciada pela biologia e antropologia.
Sobre o tema em questão, o comportamento natural do Homem, é muito fácil traçar uma linha entre o individualismo e instinto da autopreservação. Instinto esse presente em toda a natureza.
No olho do furacão, diante de todas as incertezas possíveis, o(a) pai/mãe vai preferir salvar a sua família em detrimento da família alheia.
"Mas o ser humano não pode ser refém de sua natureza anti-progressista!"
Não só pode, como é! Ninguém consegue ter um raciocínio lógico coletivista em absolutamente todas as ações da sua vida. O que muda é que o homem que tenta ser coletivista exerce um juízo de valor sobre atos chaves do seu cotidiano, veja bem, foi necessário um momento de auto-correção, seu instinto manda ficar com todo o pudim para você, mas pensou e achou que o "correto" seria dividir com um coleguinha.
"Exemplo horrível que toma um contexto extremo e tenta jogá-lo no cotidiano!"
Mas você só levanta de manhã porque tem que trabalhar; você só trabalha porque tem que garantir a vida e o conforto de seus estimados; você garante a vida e o conforto de seus estimados para que eles possam, com maiores chances de sucesso, garantir de outros.
Quanto mais cedo aceitarmos e entendermos a nossa natureza egoísta e individualista, mas fácil será de domá-la e, quiçá moldá-la na forma que se deseja.
Qualquer ponto de partida de natureza negacionista está fadada ao fracasso.
Quanto à livre competição: o Estado não protege algumas empresas em detrimento de outras por uma "falha na matrix", esta é justamente uma de suas funções primeiras. O livre mercado não vai existir.
A função do Estado é garantir a coexistência entre aqueles sobre os quais é soberano. Qualquer coisa diferente disso é retórica.