Falando nisso, fui olhar aqui agora os rendimentos dos meus Tesouro IPCA que estou colocando uma grana todo mês pra ir rendendo pelo menos um trocado + a inflação enquanto não consigo um montante massa para comprar meu imóvel daqui cerca de 1 ano e meio e, para minha surpresa, também está menor do que o que coloquei.
Exemplo: em Julho coloquei R$3.114,49 no título Tesouro IPCA+ 2035 (NTNB Princ) com taxa de 3,95% + IPCA e hoje o líquido está em R$3.046,01 (R$68,48 a menos).
Um ano e meio? E aplicou no tesouro IPCA?
Sem querer ser chato, mas precisa estudar um pouco mais e saber quais cenários os investimentos atrelados a pós, pré e IPCA servem.
Pós fixado é recomendável no curto prazo. Pré fixado no médio prazo, o dinheiro será usado próximo ao vencimento do título ou há viés de baixa da taxa de juros e se pretende travar a taxa de juros do seu investimento. O IPCA é para acima de 10 anos, quando é praticamente impossível saber para onde vão os juros ou a inflação. Uma coisa é analisar a taxa de juros/inflação daqui um ano, outra é daqui 10 anos.
Inclusive, é só olhar os vencimentos dos títulos no Tesouro Direto. O pós (Selic) mais longo vence em 2025, o pré mais longo vence em 2031 (isso com cupom, sem é o 2026) e já o IPCA mais longo vence em 2055. O próprio Tesouro sabe como funciona a lógica dos investidores e oferta os títulos de acordo.
https://www.tesourodireto.com.br/titulos/precos-e-taxas.htm
Por isso o Pré tem a marcação a mercado mais volátil que o Selic e o IPCA é o mais volátil dos títulos.
Sobre a queda do Tesouro Selic, a percepção de risco sobre o Brasil aumentou e como a taxa Selic está baixa, os investidores querem um preço menor no título para aceitar a taxa de juros atual.
Agora, se pretende levar o título até o vencimento, não faz sentido olhar os preços atuais dos títulos que possui e nem se preocupar com a marcação a mercado.