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A universidade e a educação tradicional estão com os dias contados?

O motivo disso é simples, se faz tanta pesquisa em universidade pública porque universidade pública tem, como eu brinco, klapauscius (se você jogou The Sims vai entender o que eu estou dizendo).
Não falta dinheiro.

Isso vale para pesquisa boa e pesquisa ruim.
A questão é que a maior parte da pesquisa desenvolvida dentro da universidade pública é péssima.
Eu vi gente deturpando dados pra acomodar com o resultado que o orientador queria.
Vi gente perdendo tubo de ensaio porque o amigo jogou no lixo e forjando dados.
Vi pesquisas como a minha da Letras que não serve para absolutamente nada.

Isso que eu estou falando não são desvios é a norma.

E sabe por que isso não é comentado? Porque a universidade é blindada.
Desde ser uma autarquia que impede que as contas sejam questionadas e quando são, via CPI, é resposta é exatamente essa: é uma autarquia, fim.

Um professor sabe que o outro fez alguma falcatrua, tem denúncia? Não, porque o chefe do departamento deixa de ser você e vira seu par.
Pesquisa mal feita? Sacanagem na pesquisa? Faço uma denúncia. Não, porque pode ser que isso se vire contra mim.

Eu joguei e é o único cheat que me lembro do jogo kkkk. Mas vamos ao seu argumento.

Concordo com você na qualidade das pesquisas. Sei que existe lobby, conluios e muito do que desenvolvemos é pouco aproveitado, afinal estamos nos referindo a pessoas e a corrupção está intrinsecamente ligada ao homem, não importando seu nível social. No entanto, a discrepância em termos de desenvolvimento da ciência não se deve exclusivamente pelo dinheiro "infinito", que se você for ver bem verá que não é tão infinito assim. A verdade é que universidades privadas se preocupam exclusivamente com o credenciamento do MEC e com seus lucros. Lembra do corte de centenas de professores que a Estácio fez há poucos anos, contratando professores sem mestrado, mas que atuam na área, com única finalidade de enxugar a folha?


A questão é, quanto desses 95% de pesquisa realmente é fraude, não vale nada e é só gasto de dinheiro público? Você tem um dado que consiga embasar sua afirmação de que essa é a norma e não desvios? Porque afirmar tudo isso, apenas com sua vivência particular, sob o ponto de vista de uma ou umas universidades, não remete a uma regra de forma alguma.
 
Era análise, como o Erotismo Bataileano se aplica na obra de Hilda Hilst.
Fim.

Do mesmo jeito que existe pesquisa sobre pronome, forma narrativa, dentro de autor X e Y.
Talvez eu tenha ajudado alguém que queira entender melhor a obra?

As pesquisas na letras são essas. Os professores mesmo usam o termo "perfumaria" pra descrever as pesquisas.

Eu nunca me esqueço quando um dos poucos professores honestos (honestidade no sentido de se ater ao mundo real) disse:
Pesquisa na área de humanas é o dragão comendo o próprio rabo.

O que ele quis dizer é que a pesquisa em humanas (vou me ater só a isso no momento) serve somente a si próprio.
Você pesquisa Machado de Assis pra que outra pessoa venha e possa usar a sua pesquisa para pesquisar Machado de Assis e assim vai.
Um ciclo infinito de dinheiro público sendo jogado fora.

Isso cria gente que quando sai da faculdade acha que "ah mas eu gosto de jogar bambolê então cabe ao Estado me bancar".
Se o Estado não me banca porque eu gosto de jogar bambolê o estado é fascista ou qualquer outra coisa.

Não é o que você faz que não tem importância e serve só a si próprio é o mundo que está errado em querer algum propósito em troca.

Cara, isso e cultura. Cultura e essencial pra sociedade. Nem todo mundo precisa acabar com a pobreza e a fome.

Pela tua logica, artista e tudo inutil. Museu de arte moderna e tudo inutil. Pra que que a gente paga a conta de um museu de arte moderna? Pro artista botar la suas obras pra ele ganhar dinheiro?

Enquanto isso qualquer cidade aqui na Europa tem 20 museus "sugando" dinheiro publico. E nao preciso nem te dizer quao melhor a Europa e que o Brasil em praticamente qualquer aspecto, ne?

De qualquer modo, acho curioso voce criticar a pesquisa sendo que, como voce disse, voce pesquisou e foi premiado. Na hora tava bom, ne? Mas ai quando acabou a "mamata" ficou ruim?
 
De qualquer modo, acho curioso voce criticar a pesquisa sendo que, como voce disse, voce pesquisou e foi premiado. Na hora tava bom, ne? Mas ai quando acabou a "mamata" ficou ruim?

Negativo, Letras foi minha primeira faculdade eu me deslumbrei com aquilo e fiz a pesquisa que te falei.
Com o passar do tempo eu pulei fora, ainda acreditando na universidade pública fui fazer veterinária e fiz pesquisa em como Corticosteroides atuam em cães com uso a longo prazo.

A inutilidade acaba mas os outros problemas que citei continuam e são até piores.
Eu me senti mal recebendo dinheiro público pra "jogar o meu bambolê".


A questão é, quanto desses 95% de pesquisa realmente é fraude, não vale nada e é só gasto de dinheiro público? Você tem um dado que consiga embasar sua afirmação de que essa é a norma e não desvios? Porque afirmar tudo isso, apenas com sua vivência particular, sob o ponto de vista de uma ou umas universidades, não remete a uma regra de forma alguma.

Não, não tenho justamente por ser uma entidade blindada.

Agora eu te pergunto, eu que vi tanta coisa errada:

Gente colocando amiguinho no artigo científico porque depois ele faz outro e coloca o seu nome, sendo que nenhum teve participação nas duas.
Professor que usa de nota/pesquisa/projeto pra comer menininha.
Férias sem fronteira que vale pra professor também não só pra graduado ir viajar. Porque o congresso não pode ser em cidade normal, tem que ser fora do Brasil, ou cidade litorânea.
Projeto de pesquisa já pronto só pro aluno colocar o nome.
Professor que compra aparelho X, tem uma empresa privada que usa o aparelho X, roda 2 amostradas de pesquisa e 100 da empresa.
Projeto de pesquisa forjado.
Dados adulterados.

Eu vi tudo isso, vocês que passaram pela universidade não viram nada?

Se na de vocês não tinha sacanagem então é a UNESP que é completamente podre no meio de diversas outras em que isso não acontece.

Quer ver uma sacanagem institucionalizada?
Professor é um funcionário público como qualquer outro que trabalha na faculdade, certo?
Desde o jardineiro, ao cara da manutenção, o motorista. Todo mundo é funcionário público.

O ÚNICO que não bate cartão é professor.

Mas é.. a minha experiência que é ruim né? Eu que fui turista...
Não é o cara que fecha o olho pras falcatruas porque se indispor com o orientador vai ter consequências como o fim da pesquisa, fim da bolsa, nota ruim do orientador no sistema da FAPESP/CNPQ etc.
 
Negativo, Letras foi minha primeira faculdade eu me deslumbrei com aquilo e fiz a pesquisa que te falei.
Com o passar do tempo eu pulei fora, ainda acreditando na universidade pública fui fazer veterinária e fiz pesquisa em como Corticosteroides atuam em cães com uso a longo prazo.

A inutilidade acaba mas os outros problemas que citei continuam e são até piores.
Eu me senti mal recebendo dinheiro público pra "jogar o meu bambolê".




Não, não tenho justamente por ser uma entidade blindada.

Agora eu te pergunto, eu que vi tanta coisa errada:

Gente colocando amiguinho no artigo científico porque depois ele faz outro e coloca o seu nome, sendo que nenhum teve participação nas duas.
Professor que usa de nota/pesquisa/projeto pra comer menininha.
Férias sem fronteira que vale pra professor também não só pra graduado ir viajar. Porque o congresso não pode ser em cidade normal, tem que ser fora do Brasil, ou cidade litorânea.
Projeto de pesquisa já pronto só pro aluno colocar o nome.
Professor que compra aparelho X, tem uma empresa privada que usa o aparelho X, roda 2 amostradas de pesquisa e 100 da empresa.
Projeto de pesquisa forjado.
Dados adulterados.

Eu vi tudo isso, vocês que passaram pela universidade não viram nada?

Se na de vocês não tinha sacanagem então é a UNESP que é completamente podre no meio de diversas outras em que isso não acontece.

Quer ver uma sacanagem institucionalizada?
Professor é um funcionário público como qualquer outro que trabalha na faculdade, certo?
Desde o jardineiro, ao cara da manutenção, o motorista. Todo mundo é funcionário público.

O ÚNICO que não bate cartão é professor.

Mas é.. a minha experiência que é ruim né? Eu que fui turista...
Não é o cara que fecha o olho pras falcatruas porque se indispor com o orientador vai ter consequências como o fim da pesquisa, fim da bolsa, nota ruim do orientador no sistema da FAPESP/CNPQ etc.

E a tua proposta pra acabar com a corrupção nas universidades é acabar com as universidades e dar uma conta na Udemy pra cada aluno do ensino médio?

Não é mais sensato educar as pessoas pra que a longo prazo a corrupção diminua (porque sumir nunca vai, de lugar nenhum)? Como fez basicamente qualquer país decente?

E te faço outra pergunta, se universidade é tão ruim, porque país nenhum acabou com elas?
 
Não, não tenho justamente por ser uma entidade blindada.

Agora eu te pergunto, eu que vi tanta coisa errada:

Gente colocando amiguinho no artigo científico porque depois ele faz outro e coloca o seu nome, sendo que nenhum teve participação nas duas.
Professor que usa de nota/pesquisa/projeto pra comer menininha.
Férias sem fronteira que vale pra professor também não só pra graduado ir viajar. Porque o congresso não pode ser em cidade normal, tem que ser fora do Brasil, ou cidade litorânea.
Projeto de pesquisa já pronto só pro aluno colocar o nome.
Professor que compra aparelho X, tem uma empresa privada que usa o aparelho X, roda 2 amostradas de pesquisa e 100 da empresa.
Projeto de pesquisa forjado.
Dados adulterados.

Eu vi tudo isso, vocês que passaram pela universidade não viram nada?

Se na de vocês não tinha sacanagem então é a UNESP que é completamente podre no meio de diversas outras em que isso não acontece.

Quer ver uma sacanagem institucionalizada?
Professor é um funcionário público como qualquer outro que trabalha na faculdade, certo?
Desde o jardineiro, ao cara da manutenção, o motorista. Todo mundo é funcionário público.

O ÚNICO que não bate cartão é professor.

Mas é.. a minha experiência que é ruim né? Eu que fui turista...
Não é o cara que fecha o olho pras falcatruas porque se indispor com o orientador vai ter consequências como o fim da pesquisa, fim da bolsa, nota ruim do orientador no sistema da FAPESP/CNPQ etc.

Eu parto do pressuposto de que se esses atos que você presenciou fossem predominantes no país, com certeza haveria uma única matéria sequer a respeito do caso. Exemplo que ocorreu com a faculdade UniverCidade (com C mesmo) que, após ser descredenciada pelo MEC, simplesmente jogou fora todos os documentos dos alunos em lixo comum. Estamos falando de RG, CPF, etc etc etc... Houveram matérias na época.

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Sobre já ter presenciado, fui um pouco além. Fui selecionado, junto com mais 4 alunos da minha área de formação, dentre todos da universidade, para uma reunião com o conselho do MEC na intenção de expor sobre as condições da nossa unidade. Poucos minutos antes da reunião meu coordenador me coagiu pedindo que falasse bem. Bom, primeiro seria impossível provar algo que aconteceu 100% de maneira informal, comigo sendo pego de surpresa inclusive. Logo eu só pude concordar com o que ele disse, mas ao entrar na sala expus exatamente o que achava a respeito dos pontos positivos e negativos também.

Tenho também uma experiência de um professor que chefiou uma ONG em conjunto com a Receita Federal, da qual fazia parte, onde ele tentou por diversos anos usar o acesso aos contatos disponibilizados pela ONG para tentar carreira política. De alguma forma ele se sentia a vontade em me falar essas coisas, mas nunca foi formalizado (sequer por whatsapp). Na vida, se você não tem como provar, de nada adianta acusar.

Ambos os casos foram presenciados em uma universidade privada, logo esses problemas que você apontou não são exclusivas das universidades públicas, pois, como disse, a corrupção está intrinsecamente ligada ao homem.

Sobre a crítica do cartão de ponto do professor, ainda que possamos discutir sobre, não vejo como isso pode ter relação com suas críticas a respeito do ensino superior, sua qualidade, etc...
 
Última edição:
E a tua proposta pra acabar com a corrupção nas universidades é acabar com as universidades e dar uma conta na Udemy pra cada aluno do ensino médio?

Não é mais sensato educar as pessoas pra que a longo prazo a corrupção diminua (porque sumir nunca vai, de lugar nenhum)? Como fez basicamente qualquer país decente?

E te faço outra pergunta, se universidade é tão ruim, porque país nenhum acabou com elas?
Não acabou porque não é do dia pra noite que instituições que funcionaram bem por séculos, muitas sustentadas pelo Estado(essas demoram ainda mais) acabam. E pelo menos da minha parte, não penso no fim das universidades, apenas no modelo tradicional e presencial de hoje. O user acima aí já falou de como as públicas são blindadas, corruptas e ineficientes.

Vou expor minha lógica. Os cursos superiores de qualidade formam pessoas inovadoras e qualificadas para criar soluções ou atuar em profissões que prestam serviços e atendem demandas complexas para elevar a qualidade de vida da sociedade no geral(junto com um bom ambiente de negócios e concorrência, mas aí é outra coisa). Quanto mais pessoas qualificadas, mais acessível ficam serviços complexos (medicina e TI por exemplo), o que beneficia inclusive aos pobres. Só que estes cursos duram 4 a 6 anos ou até mais com especializaões. Como visto por mim e outros users que responderam, em muitos cursos boa parte do conteúdo pode ser cortado ou resumido. Quanto mais rápido as pessoas se formassem, com o conteúdo que é realmente relevante, mais rápido elevaríamos nossa qualidade de vida e mais rápido as inovações surgiriam.

E ainda tem um outro argumento bem simples: não seria bom a maior democratização possível da educação? Só que no ensino superior, um curso bom(excluindo polos ead de uniesquinas) exige que muitas pessoas tenham que se deslocar para outras cidades, gastar com deslocamento, república por vários anos, muitas vezes sem poder trabalhar. Isso já exclui muita gente simples que mora em cidades pequenas ou tem pouco dinheiro, mas que tem um potencial gigantesco, poderiam assumir profissões para atuar nas suas cidades que tem poucas opções de serviços. OK, é dificil alguém ter disciplina para o EAD, mas é mlhor ter essa opção do que ser excluído do acesso ao ensino superior por causa de dinheiro e da obrigação de estudar sem trabalhar e estar presencialmente em aulas com aprendizado passivo.Reduzindo a regulamentação das profissões, permitindo EAD para mais cursos, tudo isso é possível. Tudo que eu proponho reduz custos, aumenta o acesso, reduz a corrupção com dinheiro público, onde isso seria ruim e onde eu estaria errado?
 
Não acabou e não vai acabar. O que falta é uma maior conversa entre Universidade/Mercado.

A PUC, por exemplo, sempre teve bons projetos de inserir os alunos no mercado para prática.

Nunca que aulinha em Udemy vai chegar próximo de um bom network físico, uma prática alinhada a professores bons.
 
E a tua proposta pra acabar com a corrupção nas universidades é acabar com as universidades e dar uma conta na Udemy pra cada aluno do ensino médio?

Não é mais sensato educar as pessoas pra que a longo prazo a corrupção diminua (porque sumir nunca vai, de lugar nenhum)? Como fez basicamente qualquer país decente?

E te faço outra pergunta, se universidade é tão ruim, porque país nenhum acabou com elas?

Eu não disse que as universidades devem acabar. Agora que você já entende melhor meu ponto de vista, da uma olhada no que eu falei no meu primeiro post aqui.

Primeira coisa que precisa acontecer é romper o que está na constituição e remover o título de autarquia das universidades, assim elas passam a estar sujeitas a escrutinio de outros orgãos públicos. Isso já seria um excelente passo em direção a uma universidade mais honesta.

Segunda coisa é que precisa de um órgão externo a universidade avaliando os professores. Se você passa por uma situação que não se sente confortável a sua única escolha é atuar dentro da universidade, você pode fazer uma denúncio para o conselho de curso, que é composto por pares do cara que te colocou naquela situação.
A dinâmica de poder precisa mudar.

Essas duas coisas já colocariam a universidade em um bom caminho.

Existem 2 perspectivas sobre a universidade pública: a do indivíduo e da sociedade.
Existe aquilo que é melhor pro indivíduo que é o que eu tratei no primeiro post.

O que você quer? Emprego, salário fixo, ter uma certa segurança do seu dia a dia.
Se você não tem nenhum dinheiro, vem de família humilde, ok, siga pela universidade, esse é o caminho mais certo para a estabilidade.

Agora, se seus pais tem capacidade de te bancar durante anos e você tem dinheiro pra investir em qualquer coisa que seja, abra um negócio e tenha seus pais como retaguarda da mesma forma que você teria cursando a faculdade.

Agora na perspectiva da sociedade, do bem comum, a universidade precisa passar por uma imensa reforma pra retornar o valor que é investido.
No ensino de base (fundamental e médio) existe sim falta de investimento, agora se você vier me dizer que na universidade pública com professor ganhando 20k/mês, o problema é falta de investimento você śo pode viver em outro planeta.
Vá no portal da transparencia, veja quanto cada um ganha, é informação pública, que só passou a ser divulgada recentemente.

O que a gente precisa pra que a universidade mude começa com uma formação de base muito melhor.
Como é que você justifica professor de rede pública ganhando 1.5k e de faculdade ganhando 20k?
Aprovação continuada existe só em rede pública, imagine se o mesmo fosse aplicado na universidade?

É muito problema, é muita coisa e é na estrutura mesmo.

Você precisa ter um controle sobre projetos de pesquisa. Aquelas notas de impacto social já seriam um bom começo.
Eu não posso pesquisar algo porque aquilo me deu na telha e exigir que o Estado me banque.

As agências de fomento, por mais mafia que elas sejam (vide transparência da FAPESP), elas regulam e beneficiam os projetos com mais aplicabilidade.
O seu argumento de que arte serve ao mundo.. serve sim, mas o seu projeto de pesquisa não é arte. É análise da arte, é trabalho, como qualquer outro trabalho e trabalho sem propósito ou com propósitos etéreos não leva ninguém a lugar nenhum.
Agora, os projetos que são já concecidas bolsas e quem faz a distribuição é o professor; "tenho 10 vagas para trabalhar com X", aí não existe escrutínio nenhum.

Você precisa ter fé, ter fé que o professor universitário não está sacaneando nessa distribuição.

Como eu falei, é muita coisa, chega até ser cansativo ficar enumerando tudo principalmente quando pro outro o problema simplesmente não existe.
"O Brasil tem muito crime
- ué mas eu nunca fui assaltado nem vi alguém ser assaltado
- Então pera ai que eu vou te contar sobre tudo que acontece aqui"

Seria muito mais fácil um dialogo se a gente não ficasse fazendo de conta de esses problemas não existem.
 
Não acabou e não vai acabar. O que falta é uma maior conversa entre Universidade/Mercado.

A PUC, por exemplo, sempre teve bons projetos de inserir os alunos no mercado para prática.

Nunca que aulinha em Udemy vai chegar próximo de um bom network físico, uma prática alinhada a professores bons.
na parte prática e network sim, mas se só na área de TI tem muita gente que diz que aprendeu mais em alguns cursos na Udemy do que em anos de faculdade, o que impede que a parte não-prática de qualquer curso possa ser ensinada nela de maneira mais rápida e barata? Na mesma área de TI, certificados privados muitas vezes valem mais que a graduação numa federal, porque não poderia ser o mesmo em outras áreas? Aliás, se o network físico é tão importante, porque o Linkedin faz tanto sucesso? O que impede de um professor bom de prática e de mercado oferecer sua aula numa plataforma como a Udemy?
--- Post duplo é unido automaticamente: ---

Cara, isso e cultura. Cultura e essencial pra sociedade. Nem todo mundo precisa acabar com a pobreza e a fome.

Pela tua logica, artista e tudo inutil. Museu de arte moderna e tudo inutil. Pra que que a gente paga a conta de um museu de arte moderna? Pro artista botar la suas obras pra ele ganhar dinheiro?

Enquanto isso qualquer cidade aqui na Europa tem 20 museus "sugando" dinheiro publico. E nao preciso nem te dizer quao melhor a Europa e que o Brasil em praticamente qualquer aspecto, ne?

De qualquer modo, acho curioso voce criticar a pesquisa sendo que, como voce disse, voce pesquisou e foi premiado. Na hora tava bom, ne? Mas ai quando acabou a "mamata" ficou ruim?
Correlação não é o mesmo que causalidade. Não é porque na Europa tem muita universidade gratuita e muito museu financiado pelo Estado, muito imposto, que a qualidade de vida é necessariamente causada por isso. Sem contar a parte ética. Peguemos um artista talentoso que quer ganhar bem, ficar famoso,com seu trabalho, ótimo, mas ele que ache seu nicho, porque alguém que não se interessa por seu trabalho tem que sustentá-lo?
 
Última edição:
Eu só vou copiar e colar o que eu escrevi em cima

"Servir a si mesma, graduando vira mestrando que vira doutorando que da aula na faculdade e aposenta."

Eu passei por uma universidade pública de humanas.
Passei por outra pública de biológicas.

A intenção de todas as pesquisas que eu vi não é o bem comum como você coloca.
"ahh mas os pesquisadores vão bolar uma solução para os problemas do mundo!"



Pois é, agora veja pelo lado prático da coisa antes de defender só por defender.

Cargo X exige doutorado.
Mestrado te da um bônus de 15% e doutorado 30% na contratação.

Ok, quando você é contratado em um concurso que tenha exigência de título de mestre e doutor, a pesquisa que você fez interfere?
Não.

Você pode aplicar a um cargo que queira doutorado e a sua pesquisa pode não ter relação nenhuma com seu cargo.
Faz alguma diferença prática? não.

Quantas vezes eu não vi alguém entrando para pesquisar algo simplesmente porque já era algo que o orientador pesquisa, tem utilidade? nenhuma.
Mas o título de mestre tem utilidade, a pesquisa desenvolvida não.

Você pode ter título de mestre em Bovinocultura e pode usar isso para o que quer que seja que peça titulo de mestre mesma que seja para tratar cão e gato.

Eu acho bizarro essa defesa da universidade pública principalmente por quem não passou por ela só porque é anti-<insira aqui qualquer coisa>.
Na universidade pública não existe corrupção, não existe corporativismo, não existe nada disso, porque admitir que existe e a sua ineficiência é aceitar um outro discurso.

O que é mais triste é que eu cresci dentro da universidade pública, desde criança indo lá porque é onde meus pais fizeram a carreira deles e eu amo a universidade.
O triste é que esse discurso de que não existe problema nenhum é a base para problema em si.

Colocar a universidade e a pesquisa em um pedestal de cristal intocável é o início pra não se resolver o problema.

Inclusive, esse discurso que a universidade é a solução da sociedade e da sua vida pessoal é o discurso de marketing de cursinho: "você precisa passar em uma universidade e precisa ser pública". Só porque entrar em universidade pública é difícil, existem diversas universidades de alto padrão que são particulares e é fácil entrar.
Mas aí o discurso do cursinho some.

A gente ouve sobre a universidade pública a vida inteira, quando entra, passa 10 anos como eu passei, se depara com uma outra realidade.
10 anos estudando Letras? Você fez curso de humanas, você estudou pra se tornar professor? Achou que ganharia grana com isso no Brasil, ficou frustrado e agora generaliza totalmente como se nada prestasse no ensino médio técnico ou superior.


Sinto muito mas o seu problema foi ter escolhido uma área errada pra si
--- Post duplo é unido automaticamente: ---

Era análise, como o Erotismo Bataileano se aplica na obra de Hilda Hilst.
Fim.

Do mesmo jeito que existe pesquisa sobre pronome, forma narrativa, dentro de autor X e Y.
Talvez eu tenha ajudado alguém que queira entender melhor a obra?

As pesquisas na letras são essas. Os professores mesmo usam o termo "perfumaria" pra descrever as pesquisas.

Eu nunca me esqueço quando um dos poucos professores honestos (honestidade no sentido de se ater ao mundo real) disse:
Pesquisa na área de humanas é o dragão comendo o próprio rabo.

O que ele quis dizer é que a pesquisa em humanas (vou me ater só a isso no momento) serve somente a si próprio.
Você pesquisa Machado de Assis pra que outra pessoa venha e possa usar a sua pesquisa para pesquisar Machado de Assis e assim vai.
Um ciclo infinito de dinheiro público sendo jogado fora.

Isso cria gente que quando sai da faculdade acha que "ah mas eu gosto de jogar bambolê então cabe ao Estado me bancar".
Se o Estado não me banca porque eu gosto de jogar bambolê o estado é fascista ou qualquer outra coisa.

Não é o que você faz que não tem importância e serve só a si próprio é o mundo que está errado em querer algum propósito em troca.
Você fez letras , que pesquisa você queria ter feito? De como aplicar seu conhecimento em Letras na construção de uma ponte?
 
Última edição:
10 anos estudando Letras? Você fez curso de humanas, você estudou pra se tornar professor? Achou que ganharia grana com isso no Brasil, ficou frustrado e agora generaliza totalmente como se nada prestasse no ensino médio técnico ou superior.


Sinto muito mas o seu problema foi ter escolhido uma área errada pra si
--- Post duplo é unido automaticamente: ---


Você fez letra, que pesquisa você queria ter feito? De como aplicar seu conhecimento em Letras na construção de uma ponte?


Se quiser posso te ajudar com interpretação.

Passei 4 anos na letras e 6 nas veterinária.

E você pode atuar com pesquisa na área de linguística, aquisição da linguagem...

Mas eu entendo seu ponto de vista de quem não tem conhecimento e quer dar pitaco :)
 
Se quiser posso te ajudar com interpretação.

Passei 4 anos na letras e 6 nas veterinária.

E você pode atuar com pesquisa na área de linguística, aquisição da linguagem...

Mas eu entendo seu ponto de vista de quem não tem conhecimento e quer dar pitaco :)
Cara tanto faz, você fez 4 anos de um curso de Letras, ficou frustrado e agora generaliza dizendo que curso superior não vale a pena, e ainda insinua que o curso de medicina veterinária não te atendeu também pois só foi aprender mesmo na prática...toda aquela teoria não serve pra nada?
 
Alguns comentários parecem até aqueles youtubers que ficam vendendo cursos no youtube, prometendo que você vai ficar especialista em determinada área assistindo 10 dias de vídeos. Só um exemplo pontual: o que mais tem é gente vendendo curso de mercado financeiro, o cara aprende a operar umas coisas, aprende uns conceitos mais utilizados e sai dali achando que é um gestor financeiro. É ignorado um enorme universo de conceitos econômicos, financeiros, contábeis, entre diversas outras abordagens que são estruturadas para o aluno entender um contexto de ensino, seja numa instituição pública ou privada. Aí nego jura de pé junto que Udemy e afins já estão aí aptos a mudar os paradigmas da sociedade. Essa nova realidade é muito bem vinda pra complementar conhecimentos e habilidades, mas ainda há um caminho muito longo. Cedo demais pra apostar na capacidade autoeducativa do ser humano.
 
Última edição:
Cara tanto faz, você fez 4 anos de um curso de Letras, ficou frustrado e agora generaliza dizendo que curso superior não vale a pena, e ainda insinua que o curso de medicina veterinária não te atendeu também pois só foi aprender mesmo na prática...toda aquela teoria não serve pra nada?

Desculpa, que curso você fez?

EDIT: E eu não estou insinuando, eu estou dizendo claramente, só 10% do curso se aproveita.
 
Pergunta, todo mundo aqui do tópico imagino ser formado em alguma área...de todas as cadeiras que cursaram na faculdade, quantas estão realmente utilizando na profissão? Eu, se estiver usando 3 cadeiras é muito...sendo que devia ter umas 40 cadeiras lá...

A verdade é que tem muitos cursos que é apenas um ensino médio prolongado custando 100x mais, poderia simplesmente ser um 4º ano no ensino médio sem problema algum que cada aluno escolhesse depois de passar o 3º ano...agora para áreas mais específicas (médico por exemplo não tem como aprender algo em 1 ano), ai é outra história...
 
Alguns comentários parecem até aqueles youtubers que ficam vendendo cursos no youtube, prometendo que você vai ficar especialista em determinada área assistindo 10 dias de vídeos. Só um exemplo pontual: o que mais tem é gente vendendo curso de mercado financeiro, o cara aprende a operar umas coisas, aprende uns conceitos mais utilizados e sai dali achando que é um gestor financeiro. É ignorado uma estrutura imensa de conceitos econômicos, financeiros, contábeis, toda uma metodologia de ensino que não se constrói da noite para o dia, entre diversas outras coisas que só podem ser bem estruturados num curso realmente abrangente, seja aprendido numa instituição pública ou privada. Aí nego jura de pé junto que Udemy e afins estão aí pra mudar os paradigmas da sociedade. Essa nova realidade é muito bem vinda pra complementar conhecimentos e habilidades, mas ainda há um caminho muito longo. Cedo demais pra apostar na capacidade autoeducativa do ser humano.
Só porque existem cursos ruins e picaretas, todo o ensino EAD é inútil? Isso é muito extremista. é completamente normal produtos ruins e falsas promessas em áreas não regulamentadas e com grande concorrência. Nada impede de um professor ou um grupo de professores criar um curso completo nessas plataformas, muito melhores que os cursos picaretas que prometem riqueza em poucos dias.
Ninguém vai virar profissional sênior com um curso online. O que quero dizer é que eu acredito que com menos regulamentação e mais concorrência, é perfeitamente possível existir cursos online bons, baratos, que ensinariam várias habilidades e profissões de maneira rápida, bastando apenas de uma parceria com a estrutura de universidades para a parte prática quando necessário.
 
Pergunta, todo mundo aqui do tópico imagino ser formado em alguma área...de todas as cadeiras que cursaram na faculdade, quantas estão realmente utilizando na profissão? Eu, se estiver usando 3 cadeiras é muito...sendo que devia ter umas 40 cadeiras lá...

Exatamente, esse é um dos problemas, muito empenho pra pouco retorno da vida profissional.

Outro problema é que você precisa ter sorte, o que não deveria ocorrer na universidade.
Exemplo: Disciplina de clínica médica, se for na turma impar estuda cardiologia, se for na turma par estuda nefrologia.
Porque o professor que vai ministrar a aula naquele semestre é da cardio e do outro é da nefro e um não sabe a matéria do outro.

Ué, mas e ai? Fica sem? Fica.
Fica sem.
 
Pergunta, todo mundo aqui do tópico imagino ser formado em alguma área...de todas as cadeiras que cursaram na faculdade, quantas estão realmente utilizando na profissão? Eu, se estiver usando 3 cadeiras é muito...sendo que devia ter umas 40 cadeiras lá...

A verdade é que tem muitos cursos que é apenas um ensino médio prolongado custando 100x mais, poderia simplesmente ser um 4º ano no ensino médio sem problema algum que cada aluno escolhesse depois de passar o 3º ano...agora para áreas mais específicas (médico por exemplo não tem como aprender algo em 1 ano), ai é outra história...

O problema dessa concepção é que começa a se aproximar novamente da ideia de trabalhador robô lá dos anos 30. Não tenha ideias, não pense, apenas aprenda o que você tem que fazer. Na minha opinião isso é regressão. É mais fácil investir em máquina e não contratar, pois colocar alguém que só sabe fazer A e B dentro da empresa, uma máquina faz melhor. Não é a toa que as máquinas tomaram o lugar de muita gente e quem se destaca no mercado é quem sabe muita coisa (claro, não basta apenas saber só um pouco de tudo) e não apenas o A + B...

Obs: sim, muita coisa dá pra ser enxugada. Algumas disciplinas parecem não ter muito a ver com o currículo, mas ensinam o cara a pensar um pouco diferente, acho válido. Já outras realmente não precisam fazer parte da vida daquele profissional.
 
Pergunta, todo mundo aqui do tópico imagino ser formado em alguma área...de todas as cadeiras que cursaram na faculdade, quantas estão realmente utilizando na profissão? Eu, se estiver usando 3 cadeiras é muito...sendo que devia ter umas 40 cadeiras lá...

A verdade é que tem muitos cursos que é apenas um ensino médio prolongado custando 100x mais, poderia simplesmente ser um 4º ano no ensino médio sem problema algum que cada aluno escolhesse depois de passar o 3º ano...agora para áreas mais específicas (médico por exemplo não tem como aprender algo em 1 ano), ai é outra história...
me formei em engenharia química numa faculdade privada especialista em engenharia. Primeiro que não conheço quase ninguém que continuou na área, incluso eu. Dos que continuaram, duvido que usem 50% do que aprenderam, acho que só quem partiu pros concursos que realmente aplicou o que aprendeu. Segundo que quase toda a parte teórica do que aprendi poderia ser ensinado via EAD, poupando o tempo e dinheiro de todo mundo que ia pra lá pra ouvir o professor passivamente, que é o pior jeito de aprender(pra quem não tem disciplina, existe fórum, grupo de estudo, mentoria, etc). O curso leva 5 anos, mas da pra cortar pra 3 tranquilamente.
 
Sem contar a parte ética. Peguemos um artista talentoso que quer ganhar bem, ficar famoso,com seu trabalho, ótimo, mas ele que ache seu nicho, porque alguém que não se interessa por seu trabalho tem que sustentá-lo?

Não é bem assim. Todo financiamento cultural tem como objetivo cumprir o que determina o Art. 215 da CF/88, que diz:

Art. 215. O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes da cultura nacional, e apoiará e incentivará a valorização e a difusão das manifestações culturais.

§ 3º A lei estabelecerá o Plano Nacional de Cultura, de duração plurianual, visando ao desenvolvimento cultural do País e à integração das ações do poder público que conduzem à:

I - defesa e valorização do patrimônio cultural brasileiro;

II - produção, promoção e difusão de bens culturais;

III - formação de pessoal qualificado para a gestão da cultura em suas múltiplas dimensões;

IV - democratização do acesso aos bens de cultura;

V - valorização da diversidade étnica e regional.


Portanto, é um dever social promover e disseminar toda e qualquer cultura para àqueles sem poder aquisitivo. Podemos até discutir as estratégias adotadas pelo país para cumprir com a Lei, mas não seu propósito. Em outras palavras, concordaria com você se estivesse dizendo que o modelo atual da Lei Rouanet não funciona democraticamente, mas não que ela não serve para nada.
 
O problema dessa concepção é que começa a se aproximar novamente da ideia de trabalhador robô lá dos anos 30. Não tenha ideias, não pense, apenas aprenda o que você tem que fazer. Na minha opinião isso é regressão. É mais fácil investir em máquina e não contratar, pois colocar alguém que só sabe fazer A e B dentro da empresa, uma máquina faz melhor. Não é a toa que as máquinas tomaram o lugar de muita gente e quem se destaca no mercado é quem sabe muita coisa e não apenas o A + B...

Obs: sim, muita coisa dá pra ser enxugada. Algumas disciplinas parecem não ter muito a ver com o currículo, mas ensinam o cara a pensar um pouco diferente, acho válido. Já outras realmente não precisam fazer parte da vida daquele profissional.
Não seja por isso, o que não falta por aí é curso de aprender a aprender, curso de aprender a ser inovador/criativo e produtivo. Aliás o que a imensa maioria das universidades(publica ou provada) e escolas ensina é a ser justamente um pau mandado, trabalhar pra alguém.
 
O problema dessa concepção é que começa a se aproximar novamente da ideia de trabalhador robô lá dos anos 30. Não tenha ideias, não pense, apenas aprenda o que você tem que fazer. Na minha opinião isso é regressão. É mais fácil investir em máquina e não contratar, pois colocar alguém que só sabe fazer A e B dentro da empresa, uma máquina faz melhor. Não é a toa que as máquinas tomaram o lugar de muita gente e quem se destaca no mercado é quem sabe muita coisa (não basta apenas saber apenas um pouco de tudo, claro) e não apenas o A + B...

Obs: sim, muita coisa dá pra ser enxugada. Algumas disciplinas parecem não ter muito a ver com o currículo, mas ensinam o cara a pensar um pouco diferente, acho válido. Já outras realmente não precisam fazer parte da vida daquele profissional.

Exatamente sobre o que disse mais atrás. Como se aproveita todas as grades de um curso superior, uma vez que durante todo o curso aprendemos diversas áreas? Ensino Superior propicia abrir novas oportunidades, áreas pouco conhecidas e difundidas.
--- Post duplo é unido automaticamente: ---

Não seja por isso, o que não falta por aí é curso de aprender a aprender, curso de aprender a ser inovador/criativo e produtivo. Aliás o que a imensa maioria das universidades(publica ou provada) e escolas ensina é a ser justamente um pau mandado, trabalhar pra alguém.

Não entendi. E o que você queria aprender em uma escola/universidade? Gostaria de voltar ao escambo onde cada um vende aquilo que produz? Estamos na sociedade moderna, no auge da divisão internacional do trabalho e você está criticando estudar para trabalhar para alguém?

Só falta dizer que ser Uber é ser independente...
 
Pergunta, todo mundo aqui do tópico imagino ser formado em alguma área...de todas as cadeiras que cursaram na faculdade, quantas estão realmente utilizando na profissão? Eu, se estiver usando 3 cadeiras é muito...sendo que devia ter umas 40 cadeiras lá...

A verdade é que tem muitos cursos que é apenas um ensino médio prolongado custando 100x mais, poderia simplesmente ser um 4º ano no ensino médio sem problema algum que cada aluno escolhesse depois de passar o 3º ano...agora para áreas mais específicas (médico por exemplo não tem como aprender algo em 1 ano), ai é outra história...
Até abri a grade do meu curso (engenharia da computação) pq fiquei curioso com sua pergunta... Creio que uso no dia a dia uns 30%. O que não uso é devido ao fato de uma graduação ser muito ampla na questão de áreas que abrange, se fosse um mestrado ou doutorado creio que daria pra escolher apenas as cadeiras mais relevantes pra sua área.

Desses outros 70%, eu ainda gostei de aprender pq entrei na faculdade com intuito de simplesmente entender oq acontece por debaixo dos panos, e oq levou a termos certos padrões hoje em dia, se fosse pensando apenas em mercado de trabalho eu não vejo pq alguém pensaria em ir pra faculdade (e isso nem faz sentido na minha opinião). De matéria inútil mesmo diria que foram no máximo umas 5.
 
Não é bem assim. Todo financiamento cultural tem como objetivo cumprir o que determina o Art. 215 da CF/88, que diz:

Art. 215. O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes da cultura nacional, e apoiará e incentivará a valorização e a difusão das manifestações culturais.

§ 3º A lei estabelecerá o Plano Nacional de Cultura, de duração plurianual, visando ao desenvolvimento cultural do País e à integração das ações do poder público que conduzem à:

I - defesa e valorização do patrimônio cultural brasileiro;

II - produção, promoção e difusão de bens culturais;

III - formação de pessoal qualificado para a gestão da cultura em suas múltiplas dimensões;

IV - democratização do acesso aos bens de cultura;

V - valorização da diversidade étnica e regional.


Portanto, é um dever social promover e disseminar toda e qualquer cultura para àqueles sem poder aquisitivo. Podemos até discutir as estratégias adotadas pelo país para cumprir com a Lei, mas não seu propósito. Em outras palavras, concordaria com você se estivesse dizendo que o modelo atual da Lei Rouanet não funciona democraticamente, mas não que ela não serve para nada.
Tá bom, existe a constituição, não impede de estar errada na parte ética, consegue refutar? E ainda posso falar da total subjetividade que é a palavra "cultura". Um funk que fala de sexo e tráfico pode ser tão cultural como uma ópera. Uma peça de teatro ou filme cheio de gore, ou um blockbuster tipo vingadores, é tão cultura quanto um filme biográfico de Dom Pedro. O Estado tem mesmo que financiar e disseminar tudo isso? Qual vai ser o critério pra dizer o que agrega ou não pra sociedade?
 

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