@HikariWS
Hoje cada fibra que temos saindo das portas pon da OLT (EM ARQUITETURA
GPON) trafega nas seguintes velocidades:
Dowstream = 2.5 Gbps
Upstream = 1.25 Gbps
Ocorre que embora essa seja a velocidade da fibra, há uma divisão para os clientes que “usam” essa fibra através dos Splitters, esta é a forma de agregar 32..64..128 em cada porta da OLT.
Por exemplo no cenário abaixo um provedor vai colocar 32 ONU’s por porta PON, ou seja, 32 clientes por fibra:
Ver anexo 132917
Acima temos uma fibra ligada a uma porta gpon na OLT, passando por um DIO chegando a uma caixa de emenda optica, onde será feita a divisão de primeiro nível, neste momento a fibra principal já se divide em 4,
1 x 4, significa que
chega uma fibra e ela vira 4. Da CEO a fibra entra na CTO, onde dentro temos um Splitter de 1 x 8 e desse CTO ela vai para a ONU dos clientes.
Esse diagrama mostra como é feito o calculo de banda. Se eu tenho 1 fibra que no primeiro Spliter se dividiu em 4, cada posição dessas 4 fibras irá receber 1 CTO que demandará 8 conexões cada uma, finalizando neste cenário 32 ONUs por porta PON da OLT.
Resume-se dizer que este provedor vai ter
2.5 Gbps de velocidade de download (velocidade da fibra!!) para dividir por 32 conexões (Clientes), onde cada cliente pode ter um plano de internet de até 780 Mega cada . Esse é um cenário muito otimista, normalmente o provedor lança 64 ONU’s por porta PON e eventualmente até mesmo 128 ONU´s. limitando as velocidades na fibra conforme tais divisões.
Embora no cenário acima, ele possa ter 32 ONU’s conectadas a uma velocidade de 780 Mega, se todos os usuário estivem usando efetivamente essa velocidade teríamos problemas na experiência com o cliente. Pois embora a rede Gpon após a OLT esteja permitindo a velocidade (tecnologia+Fibra) a banda de navegação será aquela que o provedor contrata de um terceiro e é "dividida" entre os clientes.
Para tal cálculo eles utilizam a razão de banda de x10, ou seja, para cada velocidade máxima da fibra óptica eles pegam a velocidade
2.5 Gbps ( convertendo em Mega
2.496 Mega) , dividem pelo número de ONU’s (Clientes), com isso eles possuem o que chamam de “banda alocada por cliente” e a partir disso eles multiplicam por 10 para saber a
“banda máxima” que cada cliente pode ter.
Exemplo:
***Vamos supor que o provedor vai colocar em uma fibra 32 ONU’s (clientes), então a banda da fibra que é 2.496 / 32 = 78 Mega, a banda alocada é 78 mega, multiplicada pela razão 10 = 780 Mega por ONU (cliente).
Seria praticamente como dizer que cada cliente na situação acima possui uma “velocidade dedicada” de 78 Mega, porém recebe comercialmente 780 Mega, isso ocorre porque nem todos os cliente usam a velocidade máxima ao mesmo tempo, estudos dizem que a média de utilização é de 10 Mega por cliente, por isso essa razão de 10/1.
Desta forma no exemplo acima é possível “baratear” os planos já que a velocidade da porta PON é dedicada em 780 Mega cliente, mas a velocidade efetivamente fornecida é de 78 Mega, esse gerenciamento é feito na própria Central em uma estrutura chama
“CORE” que é onde fica o “
SWITCH DE CORE” + “
SWITCH PPPOE” e/ou
SERVER RÁDIUS e posteriomente a ”
OLT” tudo no mesmo RACK..
Fui o mais simplista possível, existe algumas situações que podem mudar um pouco o cenário, mas basicamente e resumidamente é isso.