• Prezados usuários,

    Por questões de segurança, a partir de 22/04/2024 os usuários só conseguirão logar no fórum se estiverem com a "Verificação em duas etapas" habilitada em seu perfil.

    Para habilitar a "Verificação em duas etapas" entre em sua conta e "Click" em seu nick name na parte superior da página, aparecerá opções de gestão de sua conta, entre em "Senha e segurança", a primeira opção será para habilitar a "Verificação em duas etapas".

    Clicando alí vai pedir a sua senha de acesso ao fórum, e depois vai para as opções de verificação, que serão as seguintes:

    ***Código de verificação via aplicativo*** >>>Isso permite que você gere um código de verificação usando um aplicativo em seu telefone.

    ***Email de confirmação*** >>>Isso enviará um código por e-mail para verificar seu login.

    ***Códigos alternativos*** >>>Esses códigos podem ser usados para fazer login se você não tiver acesso a outros métodos de verificação.

    Existe as 3 opções acima, e para continuar acessando o fórum a partir de 22/04/2024 você deverá habilitar uma das 03 opções.

    Tópico para tirar dúvidas>>>>https://forum.adrenaline.com.br/threads/obrigatoriedade-da-verificacao-em-duas-etapas-a-partir-de-24-04-2024-duvidas.712290/

    Atencionamente,

    Administração do Fórum Adrenaline

Engenharia x Medicina

Status
Não esta aberto para novas mensagens.
Pelo menos aqui onde eu moro normalmente vejo os médicos bem de vida. Ou então eles estão tentando mostrar algo que não tem :haha:

Claro que no começo da profissão é bem tenso, mas depois de um especialização com consultas de ~25min custando ~R$180...

Com plano de saúde para ser atendido só marcando com umas 2 semanas de antecedência. :haha:

Acho que o novos medico que reclama do salário normalmente é porque normalmente vem de familias ricas(pelo menos por aqui medicina em facul publicas e particulasres é assim) e não querem ganhar menos do que 10k por mês logo no inicio....


Minha área que é computação não tem ninguém para estipular alguma coisa, salários mais em baixos e dependendo do caso não existe nem horário de trabalho "-o importante é entregar o sistema no prazo porque já está atrasando" :haha:

Um professor meu que trabalhava com desenvolvimento fala que no Brasil para chegar a salários de 10k o cara tem que ser bom e ralar muito por algum tempo(subir de cargo e etc). :haha:

E um cara que ele conheceu da índia nos EUA ganhava quase 10 dólares e ainda estava em inicio de carreira(pouco tempo formado) como gerente de testes. Esse meu prof salvo engano 2k sendo analista. (isso por volta de 2001/2)
 
aptidao em fisica eh mto importante no curso de eng. axo q eh a disciplina onde sua base do ens. medio mais importa.
 
Geometria analítica eu me garanto tranquilo quero ver essas tal de derivada e integral.

Tem que ver isso ae de se garantir hein, pq tem professores que são tensos, eu ja entrei pra estatistica da minha profª de geo analitica, preciso de 'só' uns 12 na p3 (vai até 10) pra ir pra rec.

A média de aprovação da minha profª é de 30% *-*

20090201151920_if-you-dont-study-you-shall-not-pass-500x318.jpg


A dif é que minha profª é 'If you don't study really, really hard =X
 
poucos se dispõem a se sujeitar a esta carga horária por muito tempo... 80~100h/semana...

Quer moleza? Senta num pudim. Médico trabalhando demais é o mais normal que tem. O raro é ver médico na moleza.
 
Quer moleza? Senta num pudim. Médico trabalhando demais é o mais normal que tem. O raro é ver médico na moleza.

Gente, calma lá. A maioria faz mais de 60h semana? sim. A maioria continua com a carga horaria e principalmente o trabalho "braçal" de recem formado? não. A carga horária diminui um pouco mas a qualidade aumenta muito. Ninguém aguenta o ritmo de trabalho que um R1 faz por exemplo. Por isso é que dizem que "R1 só uma vez na vida". Vocês estão iludidos achando que ter muitos empregos é a 8ª maravilha do mundo. Quem tem muitos empregos, não tem nenhum.

Fazer 2 PSFs? Isso é crime, (cabe denuncia pro MP, sindicato e CRM) a prefeitura finge que paga, vc finge que trabalha pois meio período não é suficiente para uma boa prática médica estilo PSF. Por isso o mercado está ruim, médicos se sujeitam a trabalhar em empregos em que não se ganha bem "mas dá um jeitinho" de fazer em período reduzido. Qualidade caindo ladeira abaixo...

Bom, encerro a minha participação aqui. Só deixo um aviso pro acadêmico e o outro interno, não se deixem enganar por essas prefeituras *** e ofertas que coloquem seus CRMs na lama.
 
aptidao em fisica eh mto importante no curso de eng. axo q eh a disciplina onde sua base do ens. medio mais importa.


:hmm:


Verdade. Eu descobri isso da pior maneira :haha:
 
engenharia de produção é um bom curso? não sei bem o que vou prestar, como o cara ali falou, engenharia está crescendo e é possivel arranjar emprego em outras areas, estou pensando também em contabilidade.
 
Última edição:
Ahh cara, producoxa é um bom curso sim, ótimo mercado de trabalho e é uma das (se não a mais) engenharias mais faceis, só um detalhe, eu não disse que é facil, mas entre as mais 'famosas' é a mais facil, até por isso na UFSCar ela é 'carinhosamente' chamada de producoxa *-*
 
Você pode ter boa remuneração em quase todas as formações
Depende muito é da disposição em se especializar, da sua dedicação e amor à profissão
Tente fazer o que te agrada, o que lhe chama a atenção
Certa época eu queria fazer Medicina, mas fico feliz em ter escolhido Direito, que me agrada e interessa muito :D
 
putz, eu cheguei a começar a cursar engenharia de produção na UFSJ, não me curti e vim cursar engenharia metalúrgica na UEMG...

tenho base podre em matemática por pilantrar demais no ensino médio, física e química ainda dou um jeitinho e as áreas de biológicas e principalmente humanas são as mais "fáceis" pra mim, mas mesmo assim tô tentando cursar engenharia...
bom, por enquanto não tô conseguindo levar a sério, não me interesso por cálculo e bla bla bla, mas muitos dizem que isso é só no começo e por ai vai, dae vou tentar me esforçar mais e ver no que dá...se continuar ruim pra mim, mudarei de curso, tentar fazer um de relações internacionais ou alguma outra coisa pro ae.
 
São quantos anos para se formar engenharia? 5 ou 6 acho... e quantos anos para se formar em Medicina + especialização + (sei la o que)...chuto 10 anos (estudo quase que integral por todo esse período mesmo com a Residência médica)... é muito diferente mexer com sistemas/mecânica/elétrica e cuidar de pessoas....não dá pra comparar...

Plantão todos têm...sejam médicos ou Engenheiros...salário varia demais também....o Brasil precisa de (bons) médicos e engenheiros...é uma vergonha o número de formandos se comparar com um país desenvolvido...




Faça o que você gostar mais...se puder...
 
Cara, o mais importante é a pessoa fazer o que gosta...
Eu sei que medicina é o que dá mais dinheiro no Brasil (exceto político corrupto, né nao Palocci? Ou empresário) mas se o cara fizer forçado e nao gostando da profissão, cara, ele vai ser infeliz com muito dinheiro...
Eu tenho potencial pra passar pra medicina, mas nao gosto muito de estudar, e mesmo assim medicina nunca foi meu alvo, ou qualquer area de Humanas ou Biológicas, sempre fui um cara de Exatas, e Engenharia Civil é o meu curso ano que vem! (tomara que eu passe aqui na UFG esse ano =D) Sempre gostei de física, matemática, química...
Sempre sao minhas melhores notas...
Enquanto tiro 9 ou 10 em matematica ou fisica ou até em quimica nas outras passo arriscando (biologia, literatura e história são minhas piores notas) com 6, 7 ou 8...
A média aqui no meu colégio (particular, um dos melhores da cidade) é 6...
Minha ultima nota de matemática foi 9.5, e de literatura foi 3.4, sei que precisa de outras matérias pra passar no vestibular, então eu vo tentar estudar mais humanas xP
Mas afinal, faz o que vc gosta, o dinheiro vem com o tempo.
 
Seila viu... fazer o que gosta não existe... senão o mundo não era mundo.

Faz o que tem mais facilidade, pois a probabilidade de ser muito bom, e ganhar muita grana com isso, é muito maior. Eu gosto de música... Mas jamais ganharia 1 centavo com música, pois não tenho facilidade pra aprender, o que aumentaria em muito o tempo pra poder tocar algo decente e cobrar por isso. E como hoje em dia tempo é uma coisa que não podemos nos dar o luxo de gastar com algo incerto...

Só um detalhe pra discussão da primeira página sobre salário. Ambas as profissões pagam bem na média. Há casos e casos, mas quando for analisar este fator, procure dados estatísticos.
Há uns tempos atrás eu estava com uma pesquisa muito bem elaborada (postei em um tópico sobre eng. de produção aqui no adrena) que falava sobre, em média, a eng q mais paga é no centro-oeste, área de petróleo, para eng de produção com 10-15 anos de experiencia.

Acabei de ver no reader aqui:

http://resultson.com.br/blog/quanto-vale-o-seu-diploma/?
 
Não li o tópico inteiro mas vou compartilhar minhas experiências em primeiro lugar tanto um engenheiro quanto um médico podem ganhar muito dinheiro. De fato um engenheiro pode vir a trabalhar menos, se formar em menos tempo mas sempre vai do esforço de cada um, médicos até onde eu entendo são absorvidos com mais facilidade pelo mercado de trabalho muitas vezes pouco importa o diploma, tire a base pelo tanto de falsários que prendem por aí fingindo serem médicos, já na engenharia o diploma pesa muito.Se você cursar numa boa faculdade (lembrando que existem 'n' faculdades boas tanto públicas quanto particulares) será absorvido rapidamente tanto quanto um médico. Passo pela mesma situação que você meu teste vocacional apontou para Engenharia da Computação/Ciência da Computação e passei em Ciência da Computação na Unesp, porém não fui e estou no cursinho tentando medicina.Acho válido você fazer um teste vocacional (não esses que existem por aí na internet).
Lembrando que muitos ficam anos no cursinho para tentar os dois para entrar em excelentes faculdades tanto medicina quanto engenharia, não vá para engenharia achando que será mais fácil de entrar, porque mesmo que for o curso te "derruba" e você acaba saindo como fez um conhecido meu.Qualquer dúvida mande uma MP.
 
Eu sempre me saí super bem nas matérias da área de Humanas,minha última n ota de Red foi 9,9.Fora His,Geo e tal.
E se tem algo que amo ouvir,debater é Filosofia,é minha paixão,mas não deve ser das mais fáceis de se manter,vejo pelos relatos do meu professor,que somando as últimas duas noites,não dava 45min de sono,o cara se atolou de empregos,e sei que não quero isso para mim.Sou realista e sei que no começo tem que dar um pau pra respirar,mas ficar com esse ***** de vida também não é algo saudável/plausível...
 
1 - Estatus de ser médico? Isso é piada?

2 - Se todo mundo fosse fazer o que gosta, ninguém trabalharia. Esse papo é furada. A pessoa que buscar unir o útil ao agradável e tentar escolher algo que lhe agrade e ao mesmo tempo te de um futuro digno...

3 - Eu acho vida de médico coisa de maluco. A carga horária não condiz com o salário que eles ganham. Tem médico que ganha bem? Óbvio, mas vai ver a carga horária do infeliz. E eu não tenho tantao certeza, igual uns e outros ai, que a média salarial dos médicos seja superior à dos engenheiros.

4 - Engenharia é tiro certo, emprego não falta na área. Tanto na sua quanto na de contabilidade, whateva. A base matemática de um engenheiro é bruta demais. Mas tem que ter cul*ão pra aguentar a trozoba durante o curso... Não é pra qualquer um.

5 - Como tudo na vida, vem fácil, vai fácil. Se quiser fazer uma engenharia, não escolhe produção. Pra começar aquilo só tem engenharia no nome. É uma ADM disfarçada... É curso pra quem ja trabalha na área de engenharia, não pode parar de trabalhar e ainda sim quer/precisa ter um diploma de engenheiro. Qualquer outro tipo de engenheiro pode fazer o trabalho de um de produção com 5 pés nas costas. Fora que é a engenharia que mais forma profissional (justamente por ser um curso boçal), então ja da pra tu ter idéia da concorrência. Tu vai concorrer com engenheiros de produção E todos os outros tipos de engenheiros infinitamente mais capacitados do que você.

6 - Engenheiro lida com vidas também. E em uma escala muito pior. Uma cagada e o predio desmorona, o avião cai, o barco afunda e a responsabilidade é de quem pôs o CRQ na reta. :advice:


Exageros à parte, espero ter ajudado :yes:
 
Eu sou suspeito para falar hehe, mesmo porque adoro a medicina, mas vamos lá.

1º Você deve gostar do que faz, independentemente se esta carreira vai lhe proporcionar dinheiro, status, fama; Você acima de todas as coisas deve se entregar de coração a sua carreira.

2º Já foi o tempo em que medicina poderia ser considerada um grande status; Tem algum prestigio? Sim, obvio, medicina tem seu prestigio e remunera bem seus profissionais quando estes são capazes de entregar-se inteiramente a ela, agora, caso faça-se o contrário, você será só mais um no meio da multidão.

3º Engenharia é um bom curso, se você gosta, vai fundo, vários amigos cursam engenharia, o mercado é produtivo, tem seu espaço e se você conseguir se entregar de corpo e alma, vai “brilhar” e com toda certeza vai ter seu lugar ao sol.

Antes de por dinheiro e status no caminho, faça sempre um levantamento, peso e medida do quanto esta carreira vai ser importante para você; Se focar única e exclusivamente nos ganhos financeiros, pode fazer-te um profissional frustrado futuramente.
 
Cara uma frase que eu ouvi uma vez acho que exemplifica tudo o que vc precisa...

'Faça o que vc gosta, ou faça algo que te de dinheiro para fazer o que gosta', juntar oq gosta com oq da dinheiro nem sempre é possivel, mas viver sem grana é tenso...
 
A discussão meio que fugiu do foco principal, mas até me surpreendeu, ficou bacana cara, não parem de discutir ae, informações sempre são bem vindas! :)

Quando eu entrei na faculdade, eu pensei que queria fazer medicina, pois acho bonito, acho legal, interessante... Porém colocando na balança que não me sinto bem vendo outro ser passando mal, pressão psicológica, etc. Vi que foi bom não ter ido pra esse lado da coisa, no meu ver, medicina é pra quem quer ser médico, não pra quem quer conhecer a área. haha

Hoje faço engenharia da computação, curso "novo" (aqui na UFPE tem 9 anos), sofre um pouco pois não tem uma base de "emprego" fortalecida, porém junta algumas coisas que gosto bastante: Engenharia (a idéia de ser engenheiro é muito gratificante (pelo menos pra mim)) com "computação" (aqui vai um termo mais genérico, mas como muitos aqui no adrena, me identifico bastante).
Penso na especialização partir pra área de automação, mas não vejo isso como lei, posso mudar daqui pra lá (tô no começo ainda).

Não faço idéia de como vai ser o salário, apesar que muitos dizem que vai beirar o ridículo, pois computação não é reconhecido no Brasil, etc... Mas na real, nunca liguei muito.
Me preocupo sim com o fato de fud** estudando 5 anos no mínimo para depois não ser bem reconhecido, mas por outro lado, acho que cada um deve fazer sua parte.

No mais, não parem a discussão please, boas informações nesse tópico (apesar dos pesares).
 
Bem vo dar minha opinião agora,

Faço engenharia civil, sou completamente apaixonado pelo curso, vi poucas coisas na area de "civil" mesmo, a maioria do que eu vejo hj em dia são exatas, e eu acho estimulante, quase poético (exagerei agora), vc começa a ver logica, a ver sequencias, equações em quase tudo, e uma aplicação para quase todas as coisas, ninguem mais faz aquela pergunta idiota "pra que eu vou usar isso na minha vida".


Falando de mercado, a previsão é de que a demanda por engenheiros (qualquer area, mas em especial a eng. civil) cresça, veja bem, CRESÇA, até 2018, depois disso ira estabilizar, ou seja não tera mais esse desespero atrás de gente da nossa area.

Tbm tenho um primo que é medico, ralou demais, atende apenas por hospital particular e ainda é cirurgião, ele ganha na faixa dos R$ 30.000,00 reais por mes, mas acredite, vc tem que ter muita disposição pra chegar onde ele chegou, fazer plantão de 24 horas a cada 2 dias, ficar quase 18 horas em uma sala de cirurgia concentrado o tempo todo, não é pra qualquer um não
 
Eu troquei sistemas de informação e tecnologia da informação por medicina, pois sempre amei a área, pode parecer mórbido, mas para mim não tem nada mais gratificante e lindo do que uma aula de anatomia kkkkkk, mas como já fora dito, medicina não é para “curiosos” e sim para quem esta disposto a muitas coisas; O sorriso no rosto de um paciente que teve sua dor interrompida, a tristeza de uma mãe que perdeu o filho, a depressão de perder uma vida e assim segue-se.

Mas considero uma área muito, muito interessante mesmo, assim como considero a engenharia e tecnologia no geral uma área maravilhosa, eu troquei de curso simplesmente porque não me dei muito bem com S.I e T.I e nunca foi o que eu quis fazer verdadeiramente, pois sempre, desde pequeno, sonhava com a faculdade de medicina.
 
Acho engraçado o cara defender que médico ganha mais. É estudante de medicina? Tem cara...
E já começou errado: defenda sua profissão pelo bem que ela faz pra sociedade, não pelo $$ que ela proporciona. Profissão relacionada com saúde tem que ser defendida por esse mérito. Deixem os engenheiros defendermos a profissão pelo salário e status.
 
Toda profissão deve ser defendida pelo que ela pode proporcionar a uma sociedade, ganhos são importantes? Sim, mas se colocas-te isso acima de todas as coisas, será um “incrivelmente” profissional, frustrado.

Acredito que todos podem galgar seu lugar ao sol, obviamente em algumas profissões o caminho é mais curto, entretanto, para pessoas competentes e capacitadas, com esforço, chega-se longe.
 
Bom, eu sou apaixonado por engenharia.
Embora trabalhe com informática, cursei duas engenharias hahahaha...

Olha, negócio é o seguinte:
http://www.artigos.com/artigos/soci...os-do-que-advogados-e-medicos-?-14829/artigo/

Recomendo a leitura.

O Brasil precisa urgentemente formar e/ou importar milhões de engenheiros, tecnólogos e técnicos de nível médio e pós-médio, principalmente na área de exatas do que em ciências biológicas e ciências humanas e sociais, para se tornar uma verdadeira potência econômica, científica, tecnológica e militar. Por quê? Analise os fatos.

O Brasil possui o maior número de faculdades de Direito no mundo e produz muito mais teses de mestrado e doutorado em ciências humanas e sociais por ano do que registro de marcas e patentes de alta tecnologia em máquinas e equipamentos.

Como descreveu o Editorial da Revista Superinteressante de novembro/2010 e o Alexandre Versignassi, jornalista científico, no seu artigo “Um pedido ao próximo presidente” nesta mesma revista, o Brasil necessita imediatamente de “menos poesia e mais engenharia.”

Segundo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), são 1.240 faculdades de Direito no Brasil, enquanto que no restante do mundo, incluindo EUA, China, Europa e África, há no total 1.100 cursos.

O número de advogados com a carteira da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) está próximo de 800 mil. Já o número de bacharéis de Direito, só no Brasil, é maior que 3 milhões e o número de graduandos é maior que 4 milhões em nosso país.

Segundo o artigo “Brasil registra menos patentes do que Toyota sozinha”, publicado no Jornal Brasil Econômico de 09/02/10, “em 2009, em plena recessão, a Toyota sozinha registrou no mercado internacional mais de mil patentes. No mesmo ano, todas as empresas brasileiras reunidas não conseguiram registrar pelo sistema internacional nem metade desse volume.”

“Multinacionais como Sharp, LG, Dupont, Motorola ou Microsoft também registraram mais patentes que todo o setor privado e institutos de pesquisa do Brasil, o que mostra a distância entre o país e os principais centros de inovação. Só a Panasonic registrou um número de patentes cinco vezes maior que todo o Brasil.”

“Em 2009, o Brasil era responsável por apenas 0,3% das patentes internacionais registradas. O registro de patentes é considerado como um índice de desenvolvimento tecnológico e de pesquisa dos países. O Brasil, entre 2005 e 2009, subiu da 27ª posição no ranking de países que mais registram patentes para a 24ª posição. Há cinco anos, o Brasil registrava 270 patentes. Em 2009, esse número chegou a 480, superando Irlanda, África do Sul e Nova Zelândia.”

“Apesar do avanço, o Brasil ainda está distante de outras economias. Só a China registrou em 2009 mais de 7,9 mil patentes e já superou França e Reino Unido em inovação. Hoje, a China é a quinta economia mais inovadora do mundo. Entre 2008 e 2009, os chineses aumentaram os registros em 29,7% e uma de suas empresas, a Huawei Technologies, é a segunda maior responsável por patentes no planeta.”

“Sozinha, a empresa tem mais de 1,8 mil patentes registradas apenas em 2009. Ela só é superada pela Panasonic, do Japão. A maior responsável por patentes no Brasil em 2009 foi a Whirlpool, com 31 pedidos de patentes e a 565ª maior do mundo. A Universidade Federal de Minas Gerais é a 858ª maior responsável por patentes no mundo em 2009, com 20 pedidos.”

“Elas são as duas únicas representantes brasileiras entre as mil empresas e instituições que mais registram patentes. No ranking geral, o país emergente melhor colocado é a Coréia do Sul, em quarto lugar e com oito mil patentes em 2009. A liderança ainda é dos Estados Unidos, que registrou no ano passado 45,7 mil patentes, quase 30% de todas as patentes existentes no mundo em 2009.”

Penso que possuímos uma cultura que valoriza muito o entretenimento (todos os tipos de lazer), as artes (principalmente, as músicas populares e as novelas), os esportes (principalmente, o futebol), as ciências humanas (principalmente, o curso de Direito) e as biológicas (Medicina, principalmente) do que a pesquisa, o desenvolvimento, a invenção, a inovação e os negócios em engenharias e em ciências exatas.

No Brasil, o curso de medicina está até hoje entre os primeiros cursos em maior quantidade de inscritos para os vestibulares, juntamente com o curso de Direito. É uma mistura idealizada de status intelectual, social e econômico juntamente com pretensões em satisfazer certos sonhos de muitos familiares, que não é sempre a real intenção e vocação do indivíduo que se inscreve nestes vestibulares.

Em 2007, o Brasil possuía 167 faculdades de medicina, só perdendo para a Índia (222) em termos globais. Contudo, esta possuía uma população, na época, seis vezes maior que a nossa. Já em 2010, o Brasil possui 181 cursos de medicina, segundo Adib Jatene, ex-ministro da Saúde.

Segundo a divulgação da Associação Médica Brasileira (AMB) no seu site em julho de 2010, “ o Conselho Federal de Medicina (CFM) afirma não há falta de médicos. Entre 2000 e 2009, a quantidade de profissionais de medicina aumentou 27% – de 260.216 para 330.825. No mesmo intervalo de tempo, a população brasileira cresceu aproximadamente 12% – de 171.279.882 para 191.480.630, segundo estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).”

“Em 2009, uma pesquisa do Conselho Federal de Medicina (CFM) revela que a média nacional é de um médico para 578 habitantes e a Organização Mundial de Saúde (OMS) preconiza que a proporção ideal é um médico para cada mil habitantes. Atualmente, existe uma concentração maior de médicos nas regiões metropolitanas e a quantidade de médicos cresce percentualmente mais do que a população brasileira. Por exemplo, na capital paulista existe um médico para cada 239 pessoas e em Belo Horizonte, 172 habitantes para cada profissional.”

Porém, como a tendência da população urbana no Brasil é de crescimento (em 2010, segundo o censo do IBGE, a população urbana é 84% do total) e as cidades médias estão se desenvolvendo, urbanizando-se cada vez mais e aumentando sua população respectivamente, a saturação dos médicos em todo o país será um fenômeno muito provável em uma questão de poucos anos e/ou uma ou duas décadas.

Já o número de faculdades de engenharia no Brasil e o número de formandos não aumentam de forma razoável, tanto em números relativos quantos absolutos.

Segundo William Eid Júnior, professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV), em seu artigo “Brasil 2030: as previsões e o viés da memória de curto prazo” no Jornal Valor Econômico em 25/11/10, a “China forma 300 mil engenheiros por ano, a Índia, 200 mil. Nós, menos de 30 mil. Claro, podemos argumentar que a população deles é muito maior. Mas como justificar que a Coréia, com uma população que é um quarto da brasileira, forme três vezes mais engenheiros? Dos formados em cursos superiores no Brasil, apenas 5% são engenheiros. Na Coréia, são 25%. Parece que descobrimos um dos segredos deles.”

José Pastore, professor da faculdade de Administração e Economia da Universidade de São Paulo, em seu artigo “Escassez de engenheiros” em 20/07/10 no Jornal O Estado de São Paulo, afirmou que “o Brasil possui 600 mil engenheiros registrados. É um número suficiente para o desenvolvimento do País? Há discussões. Para alguns, seis engenheiros para cada mil trabalhadores são muito pouco. Nos EUA são 25. Lá são formados cerca de 130 mil engenheiros por ano.”

Segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI), até 2012 faltarão cerca de 150 mil engenheiros para preencher as vagas que estão surgindo, excluindo- se as vagas para técnicos de nível médio e pós-médio que o país sempre necessitou e tanto a cultura da supervalorização dos diplomas de bacharéis juntamente com o pré-conceito, da classe média e da elite, à formação técnica de nível médio impediram.

Já parou para pensar, por que no Brasil não existem muitos eletrodomésticos, eletrônicos, celulares, computadores, veículos, motos, aviões, entre outros de tecnologia 100% nacional? E por que a indústria nacional sempre precisa importar todo tipo de máquinas e equipamentos (bens de capital) para modernizar seu parque industrial? Simplesmente, porque quase toda esta tecnologia foi inventada e patenteada pelas maiores multinacionais estrangeiras e não por nossas indústrias, empresas e universidades.

As indústrias brasileiras (nada contra as multinacionais estrangeiras) e seus empresários, infelizmente, não investiram no desenvolvimento de alta tecnologia devido a múltiplos fatores internos e externos à indústria, mas, talvez, o principal deles, foi à falta de uma mentalidade em nosso país de valorização da educação, com investimentos maciços no ensino básico (fundamental e médio) e em matérias de ciências exatas, como matemática, física e química com seus respectivos laboratórios, feiras e campeonatos de ciência e tecnologia com prêmios em dinheiro, assim como é tradição nos EUA e como foi feito na Coréia do Sul e está sendo feito na China.

Nos EUA, a parceria entre as indústrias e as universidades para a produção de tecnologia avançada é uma prática corriqueira e natural. Infelizmente, a cultura governamental brasileira de pré-conceito à iniciativa privada e a arrogância e ignorância de muitos políticos e funcionários públicos das três esferas do poder (Executivo, legislativo e judiciário) em relação às boas idéias liberais e capitalistas que deram muito certo em todos os países desenvolvidos, somada a falta desta vontade política e a corrupção, impediram até hoje, o nosso desenvolvimento.

Contrariamente, todos nós, contribuintes brasileiros, somos forçados a sustentar uma enorme e ineficaz máquina governamental, com uma folha de pagamento gigantesca e com despesas correntes crescentes que acabam por onerar a toda à população que paga impostos de primeiro mundo e não possui acesso a serviços públicos no mesmo nível.

Ao mesmo tempo, muitos políticos arcaicos e adeptos da idéia de não-eficiência na Gestão Pública menosprezam à nossa inteligência e a racionalidade das mais modernas técnicas de administração, independentes de serem criadas e adotadas em empresas privadas e/ou estrangeiras.

Até parece que não existe o interesse em se desenvolver produtos de alta tecnologia “Made in Brasil”, pois os salários pagos as carreiras governamentais são muito maiores do que é pago aos engenheiros. Muitos formaram (e/ou foram desestimulados a estudar) nas mais diversos cursos de engenharias, mas acabaram por desistirem deste nobre e hiper talento à produção de máquinas e equipamentos de sofisticada tecnologia para entrarem na competição dos concursos públicos que pagam salários muito acima de R$ 5 mil reais/mês, satisfazendo-se como funcionários públicos estáveis.

Afinal, muitos engenheiros no Brasil não conseguem empregos em sua área de formação ganhando quantias iguais e/ou superiores a R$ 5 mil/mês de forma tão simples e abundante, pois as condições macro e microeconômicas, educacionais e sociais não foram e não são até hoje suficientemente favoráveis.

Não existem no Brasil milhares de indústrias de alta tecnologia, principalmente em equipamentos eletrodomésticos, eletrônicos, veículos, celulares, computadores e outras diversas máquinas e equipamentos destinadas tanto aos consumidores pessoas físicas do varejo quanto como bens de capital, contratando e pagando altos salários a milhares de engenheiros.

Sei que as carreiras jurídicas, médicas, governamentais, entre muitas outras, são muito importantes ao país, mas se quisermos ser uma potência mundial, precisamos de centenas de milhares de engenheiros mecânicos, elétricos, eletrônicos, de Hardware, de Software, químicos, entre outros destas formações base, para o nosso desenvolvimento e orgulho.

Os mais jovens precisam admirar as ciências e as tecnologias, no sentido da produção da mesma e não só no seu consumo. Quase todos amam carros, celulares, computadores, televisões, máquinas fotográficas, filmadoras digitais, motos, aviões, equipamentos de áudio e vídeo, jogos eletrônicos, mas ao mesmo tempo, muitos não gostam da matemática, da física e da química, que são as ciências básicas utilizadas para produzirem todas estas maravilhas da tecnologia.

Até na medicina, a engenharia é essencial. Imaginem todos os hospitais sem os aparatos tecnológicos e sem todas as máquinas e equipamentos médicos existentes atualmente? E imaginemos todos nós sem os medicamentos altamente sofisticados produzidos pelos engenheiros químicos e a indústria farmacêutica? E sem todos os produtos de higiene, beleza e todos os demais da indústria química? E a nanotecnologia? A engenharia genética? A engenharia da computação, de hardware e software? E a engenharia aeroespacial e aeronáutica?

Já engenharia militar sempre foi muito importante à humanidade como um todo através dos seus avanços científicos e tecnológicos ao longo da história, desenvolvendo inclusive tecnologias utilizadas em todos os setores na sociedade civil, além de proporcionar ao país uma maior capacidade de Defesa.

Não podemos ter pré-conceitos anti-capitalistas, anti-liberais, anti-militaristas, anti-armamentistas, anti-polícia e anti-segurança pública, caso desejamos ser uma grande potência econômica, científica, tecnológica e militar no futuro. Logo, racionalmente falando, o melhor remédio contra todos os pré-conceitos é o conhecimento.

Será que devemos só produzir, inventar e até exportar jogadores de futebol, músicos, atores, artistas, comediantes, “palhaços”, funcionários públicos, políticos, juízes, promotores, delegados, advogados, bacharéis em direito, médicos, jornalistas, escritores e demais profissionais só das áreas de ciências humanas,sociais e biológicas?

Deveríamos imitar, sem nenhum pudor e pré-conceitos, os EUA, o Japão, a China, a Coréia do Sul, a Alemanha, a Inglaterra, o Canadá, a Finlândia, a Noruega, a Suécia, a Dinamarca, a Itália, a França, a Austrália, Israel e todos os demais países mais desenvolvidos nos vários aspectos econômicos, científicos e tecnológicos em que os mesmos possuem padrões de excelência.

Afinal, os pré-conceitos ideológicos, políticos (independente de serem “de direita ou de esquerda ou de centro” ou de qualquer outra posição), partidários, sindicais, religiosos, culturais e de todos os tipos apenas dificultam o desenvolvimento cognitivo humano de forma mais ampla e retardam o crescimento econômico e a boa convivência de todos, nos tempos e nos espaços.

http://www.artigos.com/artigos/soci...os-do-que-advogados-e-medicos-?-14829/artigo/

http://jornaldedebates.uol.com.br/debate/por-q-engenheiros-q-advogados-medicos/14902
Sobre o Autor
Graduado em Filosofia pela UFMG e Técnico em Gestão de Negócios pelo SEBRAE MG. Também fiz vários cursos na área de Gestão, Finanças, Mercado Financeiro e Mercado de Capitais no SENAC MG, FATEC/CDL BH, PUC MG, APIMEC MG (Associação dos Profissionais e Analistas do Mercado de Capitais) e na XP Corretora de Investimentos. Já trabalhei como Professor de Filosofia e como Agente e Analista de Crédito Empresarial no BAMIC (Banco Mineiro de Microcrédito) especializado em crédito empresarial para microempresas,além de outros estágios e trabalhos temporários via UFMG, PBH e IBGE. Atualmente, sou Gestor e Investidor Financeiro na BM&FBOVESPA via Internet Banking e Home Broker desde 2003.

http://guiadoestudante.abril.com.br...-brasil-precisa-mais-engenheiros-564041.shtml
http://noticias.universia.com.br/de...26/410164/rasil-precisa-mais-engenheiros.html
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=8028&catid=212
 
Bom, eu sou apaixonado por engenharia.
Embora trabalhe com informática, cursei duas engenharias hahahaha...

Olha, negócio é o seguinte:
http://www.artigos.com/artigos/soci...os-do-que-advogados-e-medicos-?-14829/artigo/

Recomendo a leitura.

O Brasil precisa urgentemente formar e/ou importar milhões de engenheiros, tecnólogos e técnicos de nível médio e pós-médio, principalmente na área de exatas do que em ciências biológicas e ciências humanas e sociais, para se tornar uma verdadeira potência econômica, científica, tecnológica e militar. Por quê? Analise os fatos.

O Brasil possui o maior número de faculdades de Direito no mundo e produz muito mais teses de mestrado e doutorado em ciências humanas e sociais por ano do que registro de marcas e patentes de alta tecnologia em máquinas e equipamentos.

Como descreveu o Editorial da Revista Superinteressante de novembro/2010 e o Alexandre Versignassi, jornalista científico, no seu artigo “Um pedido ao próximo presidente” nesta mesma revista, o Brasil necessita imediatamente de “menos poesia e mais engenharia.”

Segundo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), são 1.240 faculdades de Direito no Brasil, enquanto que no restante do mundo, incluindo EUA, China, Europa e África, há no total 1.100 cursos.

O número de advogados com a carteira da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) está próximo de 800 mil. Já o número de bacharéis de Direito, só no Brasil, é maior que 3 milhões e o número de graduandos é maior que 4 milhões em nosso país.

Segundo o artigo “Brasil registra menos patentes do que Toyota sozinha”, publicado no Jornal Brasil Econômico de 09/02/10, “em 2009, em plena recessão, a Toyota sozinha registrou no mercado internacional mais de mil patentes. No mesmo ano, todas as empresas brasileiras reunidas não conseguiram registrar pelo sistema internacional nem metade desse volume.”

“Multinacionais como Sharp, LG, Dupont, Motorola ou Microsoft também registraram mais patentes que todo o setor privado e institutos de pesquisa do Brasil, o que mostra a distância entre o país e os principais centros de inovação. Só a Panasonic registrou um número de patentes cinco vezes maior que todo o Brasil.”

“Em 2009, o Brasil era responsável por apenas 0,3% das patentes internacionais registradas. O registro de patentes é considerado como um índice de desenvolvimento tecnológico e de pesquisa dos países. O Brasil, entre 2005 e 2009, subiu da 27ª posição no ranking de países que mais registram patentes para a 24ª posição. Há cinco anos, o Brasil registrava 270 patentes. Em 2009, esse número chegou a 480, superando Irlanda, África do Sul e Nova Zelândia.”

“Apesar do avanço, o Brasil ainda está distante de outras economias. Só a China registrou em 2009 mais de 7,9 mil patentes e já superou França e Reino Unido em inovação. Hoje, a China é a quinta economia mais inovadora do mundo. Entre 2008 e 2009, os chineses aumentaram os registros em 29,7% e uma de suas empresas, a Huawei Technologies, é a segunda maior responsável por patentes no planeta.”

“Sozinha, a empresa tem mais de 1,8 mil patentes registradas apenas em 2009. Ela só é superada pela Panasonic, do Japão. A maior responsável por patentes no Brasil em 2009 foi a Whirlpool, com 31 pedidos de patentes e a 565ª maior do mundo. A Universidade Federal de Minas Gerais é a 858ª maior responsável por patentes no mundo em 2009, com 20 pedidos.”

“Elas são as duas únicas representantes brasileiras entre as mil empresas e instituições que mais registram patentes. No ranking geral, o país emergente melhor colocado é a Coréia do Sul, em quarto lugar e com oito mil patentes em 2009. A liderança ainda é dos Estados Unidos, que registrou no ano passado 45,7 mil patentes, quase 30% de todas as patentes existentes no mundo em 2009.”

Penso que possuímos uma cultura que valoriza muito o entretenimento (todos os tipos de lazer), as artes (principalmente, as músicas populares e as novelas), os esportes (principalmente, o futebol), as ciências humanas (principalmente, o curso de Direito) e as biológicas (Medicina, principalmente) do que a pesquisa, o desenvolvimento, a invenção, a inovação e os negócios em engenharias e em ciências exatas.

No Brasil, o curso de medicina está até hoje entre os primeiros cursos em maior quantidade de inscritos para os vestibulares, juntamente com o curso de Direito. É uma mistura idealizada de status intelectual, social e econômico juntamente com pretensões em satisfazer certos sonhos de muitos familiares, que não é sempre a real intenção e vocação do indivíduo que se inscreve nestes vestibulares.

Em 2007, o Brasil possuía 167 faculdades de medicina, só perdendo para a Índia (222) em termos globais. Contudo, esta possuía uma população, na época, seis vezes maior que a nossa. Já em 2010, o Brasil possui 181 cursos de medicina, segundo Adib Jatene, ex-ministro da Saúde.

Segundo a divulgação da Associação Médica Brasileira (AMB) no seu site em julho de 2010, “ o Conselho Federal de Medicina (CFM) afirma não há falta de médicos. Entre 2000 e 2009, a quantidade de profissionais de medicina aumentou 27% – de 260.216 para 330.825. No mesmo intervalo de tempo, a população brasileira cresceu aproximadamente 12% – de 171.279.882 para 191.480.630, segundo estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).”

“Em 2009, uma pesquisa do Conselho Federal de Medicina (CFM) revela que a média nacional é de um médico para 578 habitantes e a Organização Mundial de Saúde (OMS) preconiza que a proporção ideal é um médico para cada mil habitantes. Atualmente, existe uma concentração maior de médicos nas regiões metropolitanas e a quantidade de médicos cresce percentualmente mais do que a população brasileira. Por exemplo, na capital paulista existe um médico para cada 239 pessoas e em Belo Horizonte, 172 habitantes para cada profissional.”

Porém, como a tendência da população urbana no Brasil é de crescimento (em 2010, segundo o censo do IBGE, a população urbana é 84% do total) e as cidades médias estão se desenvolvendo, urbanizando-se cada vez mais e aumentando sua população respectivamente, a saturação dos médicos em todo o país será um fenômeno muito provável em uma questão de poucos anos e/ou uma ou duas décadas.

Já o número de faculdades de engenharia no Brasil e o número de formandos não aumentam de forma razoável, tanto em números relativos quantos absolutos.

Segundo William Eid Júnior, professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV), em seu artigo “Brasil 2030: as previsões e o viés da memória de curto prazo” no Jornal Valor Econômico em 25/11/10, a “China forma 300 mil engenheiros por ano, a Índia, 200 mil. Nós, menos de 30 mil. Claro, podemos argumentar que a população deles é muito maior. Mas como justificar que a Coréia, com uma população que é um quarto da brasileira, forme três vezes mais engenheiros? Dos formados em cursos superiores no Brasil, apenas 5% são engenheiros. Na Coréia, são 25%. Parece que descobrimos um dos segredos deles.”

José Pastore, professor da faculdade de Administração e Economia da Universidade de São Paulo, em seu artigo “Escassez de engenheiros” em 20/07/10 no Jornal O Estado de São Paulo, afirmou que “o Brasil possui 600 mil engenheiros registrados. É um número suficiente para o desenvolvimento do País? Há discussões. Para alguns, seis engenheiros para cada mil trabalhadores são muito pouco. Nos EUA são 25. Lá são formados cerca de 130 mil engenheiros por ano.”

Segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI), até 2012 faltarão cerca de 150 mil engenheiros para preencher as vagas que estão surgindo, excluindo- se as vagas para técnicos de nível médio e pós-médio que o país sempre necessitou e tanto a cultura da supervalorização dos diplomas de bacharéis juntamente com o pré-conceito, da classe média e da elite, à formação técnica de nível médio impediram.

Já parou para pensar, por que no Brasil não existem muitos eletrodomésticos, eletrônicos, celulares, computadores, veículos, motos, aviões, entre outros de tecnologia 100% nacional? E por que a indústria nacional sempre precisa importar todo tipo de máquinas e equipamentos (bens de capital) para modernizar seu parque industrial? Simplesmente, porque quase toda esta tecnologia foi inventada e patenteada pelas maiores multinacionais estrangeiras e não por nossas indústrias, empresas e universidades.

As indústrias brasileiras (nada contra as multinacionais estrangeiras) e seus empresários, infelizmente, não investiram no desenvolvimento de alta tecnologia devido a múltiplos fatores internos e externos à indústria, mas, talvez, o principal deles, foi à falta de uma mentalidade em nosso país de valorização da educação, com investimentos maciços no ensino básico (fundamental e médio) e em matérias de ciências exatas, como matemática, física e química com seus respectivos laboratórios, feiras e campeonatos de ciência e tecnologia com prêmios em dinheiro, assim como é tradição nos EUA e como foi feito na Coréia do Sul e está sendo feito na China.

Nos EUA, a parceria entre as indústrias e as universidades para a produção de tecnologia avançada é uma prática corriqueira e natural. Infelizmente, a cultura governamental brasileira de pré-conceito à iniciativa privada e a arrogância e ignorância de muitos políticos e funcionários públicos das três esferas do poder (Executivo, legislativo e judiciário) em relação às boas idéias liberais e capitalistas que deram muito certo em todos os países desenvolvidos, somada a falta desta vontade política e a corrupção, impediram até hoje, o nosso desenvolvimento.

Contrariamente, todos nós, contribuintes brasileiros, somos forçados a sustentar uma enorme e ineficaz máquina governamental, com uma folha de pagamento gigantesca e com despesas correntes crescentes que acabam por onerar a toda à população que paga impostos de primeiro mundo e não possui acesso a serviços públicos no mesmo nível.

Ao mesmo tempo, muitos políticos arcaicos e adeptos da idéia de não-eficiência na Gestão Pública menosprezam à nossa inteligência e a racionalidade das mais modernas técnicas de administração, independentes de serem criadas e adotadas em empresas privadas e/ou estrangeiras.

Até parece que não existe o interesse em se desenvolver produtos de alta tecnologia “Made in Brasil”, pois os salários pagos as carreiras governamentais são muito maiores do que é pago aos engenheiros. Muitos formaram (e/ou foram desestimulados a estudar) nas mais diversos cursos de engenharias, mas acabaram por desistirem deste nobre e hiper talento à produção de máquinas e equipamentos de sofisticada tecnologia para entrarem na competição dos concursos públicos que pagam salários muito acima de R$ 5 mil reais/mês, satisfazendo-se como funcionários públicos estáveis.

Afinal, muitos engenheiros no Brasil não conseguem empregos em sua área de formação ganhando quantias iguais e/ou superiores a R$ 5 mil/mês de forma tão simples e abundante, pois as condições macro e microeconômicas, educacionais e sociais não foram e não são até hoje suficientemente favoráveis.

Não existem no Brasil milhares de indústrias de alta tecnologia, principalmente em equipamentos eletrodomésticos, eletrônicos, veículos, celulares, computadores e outras diversas máquinas e equipamentos destinadas tanto aos consumidores pessoas físicas do varejo quanto como bens de capital, contratando e pagando altos salários a milhares de engenheiros.

Sei que as carreiras jurídicas, médicas, governamentais, entre muitas outras, são muito importantes ao país, mas se quisermos ser uma potência mundial, precisamos de centenas de milhares de engenheiros mecânicos, elétricos, eletrônicos, de Hardware, de Software, químicos, entre outros destas formações base, para o nosso desenvolvimento e orgulho.

Os mais jovens precisam admirar as ciências e as tecnologias, no sentido da produção da mesma e não só no seu consumo. Quase todos amam carros, celulares, computadores, televisões, máquinas fotográficas, filmadoras digitais, motos, aviões, equipamentos de áudio e vídeo, jogos eletrônicos, mas ao mesmo tempo, muitos não gostam da matemática, da física e da química, que são as ciências básicas utilizadas para produzirem todas estas maravilhas da tecnologia.

Até na medicina, a engenharia é essencial. Imaginem todos os hospitais sem os aparatos tecnológicos e sem todas as máquinas e equipamentos médicos existentes atualmente? E imaginemos todos nós sem os medicamentos altamente sofisticados produzidos pelos engenheiros químicos e a indústria farmacêutica? E sem todos os produtos de higiene, beleza e todos os demais da indústria química? E a nanotecnologia? A engenharia genética? A engenharia da computação, de hardware e software? E a engenharia aeroespacial e aeronáutica?

Já engenharia militar sempre foi muito importante à humanidade como um todo através dos seus avanços científicos e tecnológicos ao longo da história, desenvolvendo inclusive tecnologias utilizadas em todos os setores na sociedade civil, além de proporcionar ao país uma maior capacidade de Defesa.

Não podemos ter pré-conceitos anti-capitalistas, anti-liberais, anti-militaristas, anti-armamentistas, anti-polícia e anti-segurança pública, caso desejamos ser uma grande potência econômica, científica, tecnológica e militar no futuro. Logo, racionalmente falando, o melhor remédio contra todos os pré-conceitos é o conhecimento.

Será que devemos só produzir, inventar e até exportar jogadores de futebol, músicos, atores, artistas, comediantes, “palhaços”, funcionários públicos, políticos, juízes, promotores, delegados, advogados, bacharéis em direito, médicos, jornalistas, escritores e demais profissionais só das áreas de ciências humanas,sociais e biológicas?

Deveríamos imitar, sem nenhum pudor e pré-conceitos, os EUA, o Japão, a China, a Coréia do Sul, a Alemanha, a Inglaterra, o Canadá, a Finlândia, a Noruega, a Suécia, a Dinamarca, a Itália, a França, a Austrália, Israel e todos os demais países mais desenvolvidos nos vários aspectos econômicos, científicos e tecnológicos em que os mesmos possuem padrões de excelência.

Afinal, os pré-conceitos ideológicos, políticos (independente de serem “de direita ou de esquerda ou de centro” ou de qualquer outra posição), partidários, sindicais, religiosos, culturais e de todos os tipos apenas dificultam o desenvolvimento cognitivo humano de forma mais ampla e retardam o crescimento econômico e a boa convivência de todos, nos tempos e nos espaços.

http://www.artigos.com/artigos/soci...os-do-que-advogados-e-medicos-?-14829/artigo/

http://jornaldedebates.uol.com.br/debate/por-q-engenheiros-q-advogados-medicos/14902
Sobre o Autor
Graduado em Filosofia pela UFMG e Técnico em Gestão de Negócios pelo SEBRAE MG. Também fiz vários cursos na área de Gestão, Finanças, Mercado Financeiro e Mercado de Capitais no SENAC MG, FATEC/CDL BH, PUC MG, APIMEC MG (Associação dos Profissionais e Analistas do Mercado de Capitais) e na XP Corretora de Investimentos. Já trabalhei como Professor de Filosofia e como Agente e Analista de Crédito Empresarial no BAMIC (Banco Mineiro de Microcrédito) especializado em crédito empresarial para microempresas,além de outros estágios e trabalhos temporários via UFMG, PBH e IBGE. Atualmente, sou Gestor e Investidor Financeiro na BM&FBOVESPA via Internet Banking e Home Broker desde 2003.

http://guiadoestudante.abril.com.br...-brasil-precisa-mais-engenheiros-564041.shtml
http://noticias.universia.com.br/de...26/410164/rasil-precisa-mais-engenheiros.html
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=8028&catid=212
 
Status
Não esta aberto para novas mensagens.

Users who are viewing this thread

Voltar
Topo