Solução da Microsoft para resolver caso antitruste do IE não agrada concorrentes
Segundo rivais, a tela de escolha de navegadores oferecida pela empresa como solução é aceitável, mas ainda carece de modificações.
A oferta da Microsoft para resolver a questão de antitruste levantada pela Comissão Europeia ainda precisa de algumas mudanças para manter a competição justa no mercado de navegadores, disseram algumas desenvolvedoras rivais nesta quinta-feira (5/11).
No começo deste ano, a Comissão Europeia acusou a Microsoft de monopólio do setor de navegadores, por enviar o sistema operacional Windows com o Internet Explorer instalado e não permitir sua remoção.
O assunto também preocupa a ECIS, um grupo comercial que representa a Oracle, IBM, Red Hat e outras, além de organizações de consumidores que acompanham o caso antitruste da Microsoft.
A empresa propôs que os sistemas operacionais Windows mostrem aos usuários uma tela para escolha de navegadores chamada de Web Browser Ballot. A opção é apresentada na tela quando o internauta acessa a rede pela primeira vez.
A oposição tenderia a aprovar essa ideia, mas alega que, tal como criada pela Microsoft, a tela evita que as pessoas substituam o Internet Explorer por outro navegador.
tela do Web Browser Ballot permite aos usuários escolher um navegador da lista
Os desenvolvedores Google, Mozilla e Opera ainda não enviaram uma resposta formal para a Microsoft, mas os três concordam que há alguns pequenos problemas, mas importantes, que devem ser resolvidos.
A tela de escolha alerta aos usuários mais de uma vez sobre os riscos que eles levam ao executar um software que não é da Microsoft. O Opera quer que esses avisos sejam removidos, permitindo uma solução em um único clique para substituir o Internet Explorer.
A desenvolvedora também reclamou da listagem prevista, que coloca o Internet Explorer em primeiro lugar na tela. Segundo o Opera, a ordem da lista deve ser modificada.
Há também o argumento contra a proposta de revisão de dois anos após o acordo. O pedido dos rivais da Microsoft é de que a tela de escolha seja monitorada a cada seis meses para assegurar que efetivamente permite a liberdade de escolha aos consumidores.
(Paul Meller)
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