O que no Bourne tá ruim??? eu ainda não joguei e vou comprar ele (por causa do filme, e os reviews falam bem bele) além de eu gostar de ação em 3ª pessoa...
pega o demo antes assim não corre o risco de se arrepender, eu tambem não gostei, gostei mais do HAZE que todo mundo meteu pau, o jogo é bem legal.
olha aqui um review que eu encontrei dele, vale apena conferir.
Comprei Haze em uma promoção da Play Asia, paguei 60 reais no jogo já com entrega. Eu havia gostado do demo, adoro a jogabilidade dos FPS da Free Radical, mas tinha enxergado várias falhas alí, especialmente porque não curtí ficar andando no meio daquele matagal estático que parecia de plástico, e vários reviews com notas horríveis acabaram me afastando de vez de comprar o jogo pelo preço cheio, só acabei pegando pela promoção que o deixou pela metade do preço!
Haze conta a história de uma guerra moderna, onde uma corporação chamada Mantel está lutando contra um bando de supostos selvagens latinos para controlar seu território. Mantel é criadora de uma droga chamada Nectar, que seus soldados podem utilizar para melhorar suas habilidades no campo de batalha.
Você começa jogando como um soldado da Mantel e, com isso, pode utilizar o Nectar. Jogar sob o efeito de Nectar é uma sensação ótima: os inimigos brilham pra você, a quantidade de tiros que você pode tomar é grande e o único cuidado que você deve ter é não ingerir acima do limite (indicado por um marcador na tela) porque quando isso acontece sua visão fica alterada, não permitindo diferenciar inimigos de aliados e você perde parcialmente o controle dos seus passos e do gatilho.
As coisas começam a ficar estranhas quando você passa a sentir alguns efeitos colaterais, como overdoses acidentais sem que você pressione o comando de ingerir Nectar, ou o assustador Nectar disruption, provocado por ficar algum tempo sem ingerir Nectar, que balança a tela, solta um grito e, em certos momentos de concentração, quando você menos espera, te faz pular da cadeira! Além disso, fica claramente notável que, cada vez mais, seus aliados estão virando máquinas de matar que curtem usar crueldade, fazendo as vítimas sofrer, e sentem prazer em matar, mesmo que sejam mulheres e crianças indefesas.
É nessa hora que, em um momento chocante que vai muito além do que eu descreví, mas eu não vou explicar aqui para não estragar a surpresa de quem vai jogar, você muda de lado, e passa a lutar pelos rebeldes. Não pense que é algo que ocorre sem um grande motivo, a história é muito bem desenvolvida e dá uma enorme virada, essa mudança passa a fazer todo sentido quando você joga!
Você joga cerca de 3/4 do jogo do lado dos rebeldes. Existe uma estranhesa inicial pela perda de recursos do Nectar, o jogo realmente quer que você sinta o que uma pessoa de verdade sentiria ao parar de usar a droga. Haze é um jogo de sensações: ele foi desenhado para que você sinta como é estar sob o efeito de uma droga que melhora sua performance e depois te faz mal, bem como a sensação de poder contar com um artíficio como esse e depois simplesmente não poder mais, e também como é ter sua persepção alterada, ficar tonto ou hiperativo.
O consolo da mudança para o lado dos rebeldes é que você ganha um recurso bastante útil, o de se fingir de morto, que pode ser usado sempre que você está perto da morte, porque os soldados da Mantel, sobre efeito de Nectar, acabam não notando que você não está morto de verdade, desde que você só use uma vez perto de cada soldado (se você usar duas vezes perto de um, ele conta para os outros, e eles te matam enquanto você está no chão).
A jogabilidade de Haze é excelente, isso é o que a Free Radical sempre soube fazer melhor. O que muitos não sabem é que as fases de Haze são de enormes proporções, similares a Halo. Em boa parte dos mapas, você vai utilizar um veículo para se locomover de um lugar para o outro, encontrando resistência no meio, e tento que descer dos veículos para enfrentá-los e resolver alguns problemas de bloqueio nos cenários (explodir portões, etc), para depois voltar ao veículo e continuar avançando. A floresta da primeira fase do jogo (do demo) só reaparece em mais uma fase, só que de noite e cheia de névoa, as demais se passam em locais bem mais interessantes, como praias, desertos, cidades, plantas de fábricas enormes, um navio e um porta aviões.
O controle dos veículos é excelente, e existe uma grande variedade deles, de motinhos à caminhões, com tudo que se tem entre esses, à lá Motorstorm! O tiroteio também é muito bom: é fácil mirar, utilizar a função secundária das armas e a sniper, bem como lançar granadas e fazer armadilhas para os inimigos, como acertar o dispositivo de Nectar dos soldados da Mantel para que eles fiquem com overdose e matem seus aliados! Existem também alguns combates de veículos, uma luta em solo contra um helicóptero, e uma fase onde, à bordo de um avião, você deve limpar os inimigos de toda uma vila. Com tudo isso, Haze tem uma jogabilidade mais diversificada do que qualquer outro FPS disponível hoje! Um destaque especial na jogabilidade vai para o lança-chamas, a arma mais divertida de todos os tempos em um FPS, só é uma pena ele aparecer tão pouco durante a história (mas isso provavelmente acontece pela razão que explico a seguir).
Graficamente, Haze é uma mistura de acertos e erros. Como se trata de um jogo com cenários de enormes proporções (tirando alguns poucos níveis, como o da floresta na primeira fase, e o do porta aviões, que são fechados), os gráficos ficam em um padrão mais baixo que de jogos com cenários contidos, como a maioria dos outros FPS. É a mesma coisa que acontece com Halo: os gráficos de Haze ficam exatamente no mesmo patamar de Halo 3! A modelagem é melhor que a do jogo da Bungie, as texturas um pouco piores, mas, nos grandes locais, especialmente na fase da praia, é impossível não achar que Haze tem seus momentos de bons gráficos também. O que prejudica são alguns cenários fechados, onde esperamos gráficos do nível dos outros FPS, bem como a floresta plastificada e imóvel, e especialmente alguns poucos efeitos muito mal executados, mas que aparecem com frequência.
É aí que entra o lança-chamas: os efeitos de fogo de Haze são os piores das últimas duas gerações, nível de jogos de PS1 mesmo, e fogo é uma coisa que se vê com enorme frequência em Haze. O lança-chamas aparece pouquíssimo na história para não piorar a situação! As explosões, pelo menos, são bem decentes!
O som é a pior parte de Haze. Os efeitos sonoros são OK, a música também é OK, e aparece onde deve aparecer. Mas o que mata é a dublagem extremamente mal feita, vozes irritantes e um recurso que mais parece um erro de programação: a cada 30 segundos, ou menos, algum idiota da sua equipe (seja Mantel ou guerrilheiro) grita alguma frase de efeito como "a Mantel vai acabar hoje" ou alguma outra idiotice nesse sentido. Quando você chega no final da história, está realmente cansado de ouvir a mesma meia dúzia de frases centenas de vezes!
O modo história de Haze é, contudo, uma grande aventura, com uma história envolvente e níveis grandes e diversificados, tudo extremamente divertido. Durante toda a história, você sempre batalha em equipe de 4 pessoas e pode, a qualquer momento, abrir ou entrar em um coop online com outros 3 jogadores, que funciona muito bem! A aventura não é longa, é maior que Call of Duty 4 por exemplo, mas fica devendo pra duração de um Resistance. Existem 4 dificuldades e é bem provável que você vá querer terminar o jogo mais de uma vez, pelo menos uma vez sozinho e uma jogando cooperativamente em uma dificuldade superior!
No multiplayer, Haze trás todos os recursos do modo história: os cenários variados, os veículos, as armas (desta vez, pelo bem da diversão e pelo mal dos gráficos, o divertidíssimo porém horroroso lança-chamas aparece constantemente), as sensações e a boa jogabilidade. Os modos são os clássicos de todo FPS de hoje. Não é a mais ou a menos do que a concorrência do gênero, como Call of Duty, Resistance e Halo, e, como os demais, não é algo que me atrai muito, em FPS eu sempre prefiro a história, mas não dá pra dizer que Haze é incompetente nos contras online! Quem joga os demais online, certamente vai gostar de jogar Haze também...
No fim das contas, Haze é um FPS que trouxe direitinho tudo que há de bom no gênero, e ainda adicionou diversos recursos como o uso do Nectar e todas as sensações que ele proporciona. Alguns erros básicos prejudicaram o jogo, como o som e as falhas gráficas, mas quem jogar Haze pra valer certamente vai chegar à conclusão que a maioria das análises claramente foi injusta com o jogo, inclusive induzindo o público a pensar coisas erradas, como que a história é ruim ao utilizar cenas dos soldados celebrando a matança e violência sem explicar que isso ocorre em razão deles estarem drogados (fazendo parecer de mal gosto), e os comentários sobre gráficos ruins sem explicar que, assim como Halo 3, o jogo tem gráficos um pouco diferentes do restante do gênero porque não ocorre em ambientes contidos, e sim em cenários gigantes, do porte de uma cidade de um GTA! Este parece ser um caso de "Maria vai com as outras", onde alguém que não gostou do jogo soltou um review ruim primeiro e depois, um bando de avaliadores que não sabiam como explicar o fato do jogo ser falho mas ainda assim muito bom, acabaram indo atrás apontando os defeitos técnicos de Haze sem demonstrar suas qualidades em todo o restante...
Quem gosta de FPS e é compreensivo com a filosofia do Wii, que um jogo pode ser tecnicamente (gráficos, sons) inferior mas ainda assim ser divertido e envolvente como poucos, provavelmente vai adorar Haze como eu, que já terminei o jogo duas vezes em duas semanas, e já joguei por 6 horas seguidas, coisa que não fazia desde Uncharted no ano passado! Haze é um jogo que te faz sentir e pensar, é divertido do começo ao fim, muito gostoso de jogar, envolvente em sua história e cheio de momentos memoráveis, como a mudança de time no navio, a fase da queda do avião, do bondinho e seus últimos minutos na sede da Mantel! Recomendadíssimo, vale tranquilamente preço cheio, aproveite a espera por Resistance 2 e Killzone 2 e compre Haze já!
NOTA: 9