Bom galera, segue o review do Lone Echo.
Já tenho mais de oito horas de jogatina nele, que foi considerado o melhor game VR da E3 2017, então, já da para expôr algumas coisas:
Em Lone Echo você é um robô assistente de bordo, equipado com scanners, um maçarico, e alguns equipamentos para facilitar a movimentação no espaço (como mini jets), em uma nave mineradora estacionada nos anéis de Saturno.
O jogo começa com você (o robô Jack) sendo ativado e recebendo as primeiras orientações da inteligência artificial da nave, em uma sala virtual dentro do mundo virtual real (doido né). Bem, isso é um tutorial e após aprender como se locomover em gravidade zero, segurar nas coisas, dar impulso para ir de um ponto a outro, utilizar o scanner que fica acoplado na luva, etc, você sai da capsula e se encontra com a capitã humana e a aventura começa.
Por ser um jogo totalmente em inglês, é interessante saber a língua, as missões e objetivos são listados no tablet virtual que fica no computador do pulso do robô e onde ir fica marcado no mapa, isso facilita pelo menos.
Logo em um primeiro contato com o jogo tudo é de embasbacar, ao olhar para baixo, você não vê apenas o ar com duas mãos flutuando como outros shooters em VR (robô recall por exemplo), o que se vê é o seu próprio corpo transformado em um de robô, os braços, ombros, pernas, cintura, elmo do capacete, tudo é visível e "flutuante" na gravidade zero. Ao ativar a alavanca que te libera da cápsula, você coloca as mãos do lado da caixa e com um impulso sai flutuando até a mesa em que a capitã está, uma antessala da cabine de comando, algo como uma sala de reuniões. A sensação é muita louca, como você está em pé, é fácil perder o equilíbrio, eu mesmo quase caí e saí capegando desequilibrado desesperado para segurar em alguma coisa da nave e parar, o cérebro pira com a informação, mas não causa nenhum enjoo ou qualquer outra sensação de mal estar, é só o seu labirinto surtando com o que você esta vendo e o que esta acontecendo de verdade (estar em pé parado), rapidamente você se acostuma e fica mais fácil se equilibrar.
Um bate papo rápido, onde opções de resposta aparecem ao interagir com a capitã gostosinha virtual
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, você já a segue para a cabine de comando da nave, enorme, com uma baita mesa holográfica interativa onde você vê a nave inteira, os fluxos de energia, da para segurar o holograma, rodar ele, aproximar de determinada área, tudo muito intuitivo e bem "real". Então a capitã pede para você abrir o escudo blindado que cobre as janelas da nave e o jogo te propicia de cara uma das visões mais fodas, as janelas se abrem revelando Saturno a sua frente, com seus anéis, o sol ao fundo passando pela poeira cósmica, tudo gigantesco e os sites fora da nave, que são os pontos de interesse onde se pode ir, como um conjunto enorme de contêineres onde os materiais extraídos da mineração são estocados, os asteroides que estão sendo minerados, a área de produção onde são levados os blocos de pedra bruta para serem processados, vários outros robôs operários, as naves de transporte entre um site e outro, tudo automatizado.
Na nave tem algumas latas boiando, bonecos, dezenas de painéis, armários, tudo interativo, a capitã pede para você pegar uma bateria em um armário e de repente uma "onda de energia ou um pulso magnético" atravessa a nave inteira detonando diversos componentes e sistemas, sacudindo tudo, no horizonte aparece uma anomalia gravitacional e o jogo começa de verdade. Não vou contar para evitar spoilers, mas você é o robô que vai arrumar as paradas que estragaram, serão tarefas bem simples como recolher entulhos que se soltaram e colocar de volta no armário até bem complexas, como resfriar o reator para ele não explodir, enquanto você a pintura derretendo dos braços e fazendo bolhas ao ser exposto à radiação, sinistro demais. Outra coisa muito fera é quando você sai da nave e anda pela primeira vez no transporte entre os sites, uma espécie de vagão com turbinas que te leva para toda parte, carregando equipamentos de manutenção, baterias, etc ou andar por dentro dos asteroides, dentro de cavernas no interior destes, se arrastando por buracos apertados, escuros, só com a lanterna...
Enfim, arrisco dizer que é o melhor ou um dos melhores a aproveitar a tecnologia VR, a movimentação no espaço é perfeita, igual a que vemos nos filmes, os gráficos são ótimos, quase não se nota a questão da resolução da tela do Oculus, um trabalho de primeira da equipe.
Eu encontrei alguns bugs, como algo não acontecer se você não fizer na sequência correta, como ao abrir um painel com o maçarico sem ter desligado a energia antes, dai a capitão não vem começar os reparos e fica parada, tendo que dar load no último save e voltar lá atrás pois são pontos fixos no jogo, atrapalha mas não tanto
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Recomendo muito este jogo, já rolaram várias atualizações que o deixaram mais polido, a equipe de desenvolvedores esta de parabéns, estou até me segurando para não zerar, o efeito repeteco até rola, mas é igual ver um filme de novo