• Prezados usuários,

    Por questões de segurança, a partir de 22/04/2024 os usuários só conseguirão logar no fórum se estiverem com a "Verificação em duas etapas" habilitada em seu perfil.

    Para habilitar a "Verificação em duas etapas" entre em sua conta e "Click" em seu nick name na parte superior da página, aparecerá opções de gestão de sua conta, entre em "Senha e segurança", a primeira opção será para habilitar a "Verificação em duas etapas".

    Clicando alí vai pedir a sua senha de acesso ao fórum, e depois vai para as opções de verificação, que serão as seguintes:

    ***Código de verificação via aplicativo*** >>>Isso permite que você gere um código de verificação usando um aplicativo em seu telefone.

    ***Email de confirmação*** >>>Isso enviará um código por e-mail para verificar seu login.

    ***Códigos alternativos*** >>>Esses códigos podem ser usados para fazer login se você não tiver acesso a outros métodos de verificação.

    Existe as 3 opções acima, e para continuar acessando o fórum a partir de 22/04/2024 você deverá habilitar uma das 03 opções.

    Tópico para tirar dúvidas>>>>https://forum.adrenaline.com.br/threads/obrigatoriedade-da-verificacao-em-duas-etapas-a-partir-de-24-04-2024-duvidas.712290/

    Atencionamente,

    Administração do Fórum Adrenaline

Você acredita em DEUS? -=Topico Infinito=- [2]

Eu não posso falar pelo Lightman, mas EU não critico a crença de ninguém. Agora, se alguém deseja apresentar sua crença com uma explicação da realidade, ela tem, sim, que passar pelo crivo das coisas já estabelecidas. E o que o pessoal não entende é que caso seja refutada, isso não tem nada a ver com a pessoa ou com a crença dela - apenas que realmente existe um motivo para se falar que aquilo depende de fé. Mostrar o absurdo que é alguém defender o geocentrismo com o conhecimento atual não é, de maneira nenhuma, um esforço para que ele abandone essa idéia; apenas é uma demonstração de que tal aproximação já foi feita pela ciências e isso vai contra vários outros conhecimentos já estabelecidos - você pode refutar cada um desses outros conhecimentos ou aceitar que a sua crença é não-científica (o que, ironicamente, todo mundo fala, mas ninguém aceita quando eu falo...).

Sobre a sua pergunta de concordar, eu te digo: em algum dos seus posts, o Lightman estava falando sobre religião, seres divinos ou situações sobrenaturais? Então, não é a mesma coisa. Se houvesse realmente uma ligação direta como você diz haver, não haveria padres pedófilos, ateus que acreditam em horóscopo ou médicos que rezam antes da cirurgia... no entanto, isso existe, e desde que o cara não diga para mim que Jesus não pode ter existido porque ele seria Capricorniano e o mapa astral dele não tem nada a ver com o que está na Bíblia, eu estou disposto a ouvir o que ele tem para dizer, independente das outras posições que ele tem na vida...

Você se preocupa demais com o interlocutor e ignora o argumento. Não me importa se a pessoa é utilitarista ou não. Além disso, você está misturando linha de racicínio/processo lógico, com argumentos. O seu exemplo matemático é falho porque ele é um ARGUMENTO (a linha de raciocínio que gerou aquele argumento é irrelevante para o que eu estou dizendo), e eu sempre falei sobre a linha de raciocínio. Mas, se num tópico ele disse que 2+2=4, o argumento está correto e, neste ponto, ele está correto. Eu nunca disse que ele sabe das coisas, ou que ele seja constante em seu poder argumentativo ou qualquer outra coisa. A única coisa que eu disse é que os argumentos que ele apresenta aqui estão corretos (e, sim, ele pode ter apenas "dado sorte" e usado os argumentos corretos aqui sem conhecimento - o que eu duvido - mas isso ainda não tira o peso do argumento). Como eu disse, coerência de um argumento se dá entre o argumento e a realidade. Se não fosse assim, eu precisaria de uma foto sua, saber o que você acha do BBB, qual o seu prato favorito, o que você pensa a respeito das drogas, qual é a hipótese que você prefere para a origem da vida, como você se posiciona no caso da Portuguesa... tudo isso apenas para perguntar se você é contra ou a favor do armamento da população...

Diga para mim, o que você acha mais importante numa discussão: a descoberta da verdade ou a demonstração de que está mais certo ou sabe mais a respeito do assunto? Eu não estou preocupado com quem está certo, quem sabe, ou se ele leva a sério o que está falando - um argumento correto estará sempre correto.

E, finalizando, eu nunca disse que a ciência está certa. Mas a ciência tem as MELHORES explicações que conseguimos ter a respeito das áreas que compete a ela (como eu já disse, nem tudo é científico... mas áreas como biologia e Física são; e é por isso que quando alguém tem apendicite, todo mundo vai no médico... ninguém fica rezando em casa ou tomando chazinho de cogumelos do sol...). Se você não consegue entender que a ciência sempre vai alcançar a melhor resposta dentre suas áreas (e o perfil anti-produtivo da ciência e seus mecanismos de auto-correção asseguram isso), eu não sei como te convencer disso - eu precisaria de um Wall of text maior dos que eu costumo fazer, e estaria bem off-topic...

E, acho que já está bom de falar no Lightman... ficou mais do que claro que eu estou centrado nos argumentos e você está preocupado em ver quem tem mais razão nos mais diversos assuntos... se era um ataque direto a ele, poderia ter falado e eu nem entrava no meio...
 
Eu não posso falar pelo Lightman, mas EU não critico a crença de ninguém. Agora, se alguém deseja apresentar sua crença com uma explicação da realidade, ela tem, sim, que passar pelo crivo das coisas já estabelecidas. E o que o pessoal não entende é que caso seja refutada, isso não tem nada a ver com a pessoa ou com a crença dela - apenas que realmente existe um motivo para se falar que aquilo depende de fé. Mostrar o absurdo que é alguém defender o geocentrismo com o conhecimento atual não é, de maneira nenhuma, um esforço para que ele abandone essa idéia; apenas é uma demonstração de que tal aproximação já foi feita pela ciências e isso vai contra vários outros conhecimentos já estabelecidos - você pode refutar cada um desses outros conhecimentos ou aceitar que a sua crença é não-científica (o que, ironicamente, todo mundo fala, mas ninguém aceita quando eu falo...).

Sobre a sua pergunta de concordar, eu te digo: em algum dos seus posts, o Lightman estava falando sobre religião, seres divinos ou situações sobrenaturais? Então, não é a mesma coisa. Se houvesse realmente uma ligação direta como você diz haver, não haveria padres pedófilos, ateus que acreditam em horóscopo ou médicos que rezam antes da cirurgia... no entanto, isso existe, e desde que o cara não diga para mim que Jesus não pode ter existido porque ele seria Capricorniano e o mapa astral dele não tem nada a ver com o que está na Bíblia, eu estou disposto a ouvir o que ele tem para dizer, independente das outras posições que ele tem na vida...

Você se preocupa demais com o interlocutor e ignora o argumento. Não me importa se a pessoa é utilitarista ou não. Além disso, você está misturando linha de racicínio/processo lógico, com argumentos. O seu exemplo matemático é falho porque ele é um ARGUMENTO (a linha de raciocínio que gerou aquele argumento é irrelevante para o que eu estou dizendo), e eu sempre falei sobre a linha de raciocínio. Mas, se num tópico ele disse que 2+2=4, o argumento está correto e, neste ponto, ele está correto. Eu nunca disse que ele sabe das coisas, ou que ele seja constante em seu poder argumentativo ou qualquer outra coisa. A única coisa que eu disse é que os argumentos que ele apresenta aqui estão corretos (e, sim, ele pode ter apenas "dado sorte" e usado os argumentos corretos aqui sem conhecimento - o que eu duvido - mas isso ainda não tira o peso do argumento). Como eu disse, coerência de um argumento se dá entre o argumento e a realidade. Se não fosse assim, eu precisaria de uma foto sua, saber o que você acha do BBB, qual o seu prato favorito, o que você pensa a respeito das drogas, qual é a hipótese que você prefere para a origem da vida, como você se posiciona no caso da Portuguesa... tudo isso apenas para perguntar se você é contra ou a favor do armamento da população...

Diga para mim, o que você acha mais importante numa discussão: a descoberta da verdade ou a demonstração de que está mais certo ou sabe mais a respeito do assunto? Eu não estou preocupado com quem está certo, quem sabe, ou se ele leva a sério o que está falando - um argumento correto estará sempre correto.

E, finalizando, eu nunca disse que a ciência está certa. Mas a ciência tem as MELHORES explicações que conseguimos ter a respeito das áreas que compete a ela (como eu já disse, nem tudo é científico... mas áreas como biologia e Física são; e é por isso que quando alguém tem apendicite, todo mundo vai no médico... ninguém fica rezando em casa ou tomando chazinho de cogumelos do sol...). Se você não consegue entender que a ciência sempre vai alcançar a melhor resposta dentre suas áreas (e o perfil anti-produtivo da ciência e seus mecanismos de auto-correção asseguram isso), eu não sei como te convencer disso - eu precisaria de um Wall of text maior dos que eu costumo fazer, e estaria bem off-topic...

E, acho que já está bom de falar no Lightman... ficou mais do que claro que eu estou centrado nos argumentos e você está preocupado em ver quem tem mais razão nos mais diversos assuntos... se era um ataque direto a ele, poderia ter falado e eu nem entrava no meio...

Eu também não critico crenças, eu não tenho esse direito; eu não posso chegar lá e falar para o religioso: olha, cara, ás coisas são assim, assim e assado; e você deve respeitar! Pois, acima de tudo, a esfera individual da pessoa não cabe a mim definir. Desde que, veja bem, DESDE que tal pessoa saiba separar o público do privado. Pois, diante disso, caso não efetue o processo, aí será necessário intervenção, o que pode agredir limitar sua liberdade e, caso seja necessário, com utilização da força coercitiva.

Porém, ainda assim, não é essa a questão. Eu não estou criticando a crença do membro em não crer em deus: possui esse direito! Entretanto, estou criticando é a sua incoerência de atingir demais crenças sendo que, do mesmo modo, o membro faz idêntico. Daí eu te pergunto: qual a faixa de coerência desse raciocínio? Você concorda que você criticar uma crença e depois agir como crente não é hipócrita? Ou, talvez, seja algo inconsciente mesmo? Veja bem, não seria, como exemplifiquei anteriormente, de criticar bolsas, mas concorrer em uma vaga na federal? Criticar políticas afirmativas, mas adorar uma exoneração do importo em sua empresa? Criticar uma crença, mas agir com outra crença? Desse modo, independente do campo, o raciocínio do interlocutor é incoerente, contraditório, principalmente, por atingir outra liberdade. Compreende?

Além disso, eu concordo com sua afirmação de não-cientifico quando comprova a irrelevância de tal pensamento devido o próprio âmbito cientifico o ter superado. No entanto, da mesma forma, não foi essa a questão. Pois, o fato de comprovar tal irrelevância não determina que tal inclusão possa estar, inevitavelmente, no campo dogmático? Isso ocorre, pois, quando a pessoa detém seu argumento refutado, mas não convencido, a mesma passa em aprofundar mais o assunto com o propósito de entendimento mais abrangente para analisar em qual campo que se insere a critica que recebeu. Veja bem, a mesma foi refutada, mas procurou estudar mais tal suposição. Entretanto, quando essa mesma tese é refutado e ao invés do aprofundamento ocorre repetição, não se constitui em crença? Dogma? E afins? Pois, diante desse conceito, a doutrina compreende que tal termo se constitui em não aceitação de seu questionamento, mesmo que tenha sido comprovado o contrário. E é, justamente, o ponto que leva a crença, dogma, contradição e tudo mais. Pois em um campo a pessoa aceita a refutação (independente ter partido da mesma ou não), mas, em outro, age da mesma forma. Isso possui, na sua análise, coerência? Se não, explique-me, como é possível pensar dessa forma?

Além do mais, o fato de expor seres sobrenaturais não desmitifica a doutrina dogmática. Pois, tanto o campo fictício quanto o campo não fictício (que alavanca o senso-comum) decai em dogmas, crenças e tudo mais. Então, dessa forma, de qual forma isso se torna irrelevante? Isso não diminui a questão, e, muito menos, desconsidera tal contradição. Por isso, insisto, não há relevância, até o momento, do referido exposto de criticar algo que o mesmo o faz com os demais. Além do feito, como dito, utilitarista, pode abrangi diversos outros termos, como inconsciência. Algo que, aliás, se aplica nos seus próprios exemplos elucidados: o que interfere um padre ser pedófilo ou não diante desse raciocínio? Da mesma forma que padres podem ser, várias outras pessoas o são. Isso pode entrar tanto no fator mental quanto no fator dogmático mesmo (deus disse: faça isso! Ou: eu quis, e fiz isso!), que pressupõe valores, escolhas, ou mesmo inconsciência. Então, dos dois modos, sendo padre ou não, foi constituído uma ação e, para tanto, requereu impor o dogma que comprova sua contrariedade.

Não obstante, não há como desconsiderar a relação de interlocutor, objeto e argumento, pois, há uma relação intersubjetiva nessa questão. Pois para argumentar, é necessário ser; e para perpetuar esse campo, é preciso objeto; logo, você possui uma estrutura de ação através da comunicação, o agir comunicativo! Diante disto, e justamente por isso, que se analisam argumentos pela sua totalidade; para analisar a validade de tal suposição diante de um fenômeno que o mesmo questiona. Isso, todavia, não confunde processo lógico com linha de raciocínio, pois o processo somente por ser constituído se ás duas partes concordam com tal termo. Isso ocorreu? Caso contrário, o processo lógico pode se derivar diante das atribuições que lhe foram impostas para essa comunicação. Nesse caso, seriam internet, computador e tudo mais. O que, nesse quadro, o leva para sua linha de raciocínio. Então, não há como separar processo de linha de raciocínio, são coisas em uma somente junção, uma integração que possibilita os termos ditos que estão sendo questionados. Com isso, faz todo sentido utilizar seu exemplo (que não foi meu! Utilizei algo que você mesmo expõe!), que se constitui de diferentes modos para análise conjuntural da situação, onde foi meu questionamento. Agora se, para você, não importa se a pessoa é utilitarista, é uma coisa; mas isso não quer dizer que tal afirmação tenha probabilidade abrangente diante de uma proporção que está exposta. Principalmente, pois, diante de uma demanda cientifica (pois comprovar é compreender) você atribuir o termo ‘’sorte’’ como consideração para comprovação. Algo que, mais uma vez, torna irrelevante a linha de raciocínio do interlocutor. Ademais, não há contundência na sua afirmação, pois o questionamento de uma crença, como o referido membro o faz, atinge a liberdade de outro; o que acarreta um âmbito público, abrangente; e não sobre sua analise individual. Em nenhum momento, foi questionado o valor do outro (e daí a irrelevância da sua confusão), pois, ao criticar uma crença, estou criticando a contradição do membro, principalmente, por atingir liberdade alheia. Algo que, por sinal, também levaria o debate sobre armamento, pois envolvem todos e não somente o gosto de alguns.

Por conseguinte, para mim, não existe verdades; o que existem são interpretações. Que podem se constituir no interesse dos demais, a meu ver, quando atinge a liberdade do próximo; caso contrário, somente pertence ao interesse do interessado em crer. Todavia, verdade é um argumento autoritário, que exclui probabilidade; impõe conservação; ignora uma mutação; tudo para vangloriar essa ‘’verdade’’. O que eu comprovo é somente pelo âmbito cientifico, separado do individual, e nada mais que isso. O que se aplica, pois, através de uma resposta adequada, via proporção, que aquela resposta é a resposta a ser aceita até que uma nova resposta possa ser averiguada. Isso é o antônimo da verdade, que permite a critica e, por conseguinte, expõe os fatores evolucionistas. Com isso, responde sua pergunta, e que está em total contradição com sua afirmação posterior pelo o que comprovo.

Como se não bastasse, se você não se referiu ao termo de ‘’certo’’ e ‘’errado’’ diante das demandas cientificas, acabou utilizando o termo equivocadamente. No mais, sua afirmação posterior não tem anda a ver com o que eu expus. Devido, principalmente, somente em me basear sobre a linha cientifica de raciocínio, o que inclui explicar os fenômenos que eu ESTUDO de forma contundente e profunda.

Ademais, foi você que quotou meu post, eu dirigi a fala para outro membro. Se não queria falar da linha de raciocínio exposta, bastava não quotar, mas não foi o que aconteceu. Por fim, a meu ver, é somente analisando a viabilidade dos argumentos que se constitui na resposta adequada para o referido termo. O que NÃO separa na análise argumentativa; pois, mais uma vez, como dito, isso seria negar uma intersubjetividade que permeia o âmbito que está sendo questionado. E, diga-me, como isso é possível? Diante disto, portanto, o argumento possui validade e abrangência a partir do momento em que possui coerência e, para tanto, requer linha de raciocínio. Se, no seu entender, pode-se analisar o argumento independente se foi um tiro no escuro ou não, poder-se-ia ser relevante para você; mas isso decairia em posição lastimável dentro de uma proporção. O que acarretaria, mais uma vez, em declínio da referida argumentação.
 
Eu também não critico crenças, eu não tenho esse direito; eu não posso chegar lá e falar para o religioso: olha, cara, ás coisas são assim, assim e assado; e você deve respeitar! Pois, acima de tudo, a esfera individual da pessoa não cabe a mim definir. Desde que, veja bem, DESDE que tal pessoa saiba separar o público do privado. Pois, diante disso, caso não efetue o processo, aí será necessário intervenção, o que pode agredir limitar sua liberdade e, caso seja necessário, com utilização da força coercitiva.
Bem, acho que é bom deixar claro: eu acho que toda idéia (seja crença ou não) é passível de crítica. O DIREITO de alguém ter esta ou aquela crença - desde que guardadas nas esferas corretas - é irrevogável.

Porém, ainda assim, não é essa a questão. Eu não estou criticando a crença do membro em não crer em deus: possui esse direito! Entretanto, estou criticando é a sua incoerência de atingir demais crenças sendo que, do mesmo modo, o membro faz idêntico.
Se estamos debatendo o raciocínio e não o usuário, abandonemos o user e centremo-nos na raciocínio (isto eu posso debater sem problemas :awesome:). Existe uma diferença sutil mas muito importante entre não crer em deus ou crer na inexistência de deus - o segundo é uma crença dogmática, muito semelhante a religião; o primeiro é somente conclusão dos estudos conduzidos, não pode ser considerado uma crença da mesma forma que a gravidade não é uma crença, a seleção natural não é uma crença e a corrente alternada não é uma crença... não estou falando que são verdades (absolutamente falando), mas são as melhores interpretações - se você prefere esta palavra - que temos; neste sentido, a grande maioria dos cientistas dirá que tudo o que temos são interpretações, algumas muito bem estabelecidas, outras ainda tateando no escuro... e algumas sequer são consideradas interpretações - não por conta de crença ou ponto de vista, mas porque não há motivo nenhuma para adotar aquela interpretação e abandonar as outras (inclusive as que desconhecemos).

Daí eu te pergunto: qual a faixa de coerência desse raciocínio? Você concorda que você criticar uma crença e depois agir como crente não é hipócrita?
Como eu coloquei aqui, se estamos falando da crença na inexistência de qualquer remotamente semelhante ao conceito usual de deus, sim, eu diria que é bastante hipócrita; mas o que eu tenho visto do pessoal ateu aqui é simplesmente uma refutação aos conceitos discretos apresentados do que seria o tal deus - e, neste caso, não há incoerência pois não se trata de crença (a menos que você diga que a Teoria da Gravidade é apenas uma crença também...).

Ou, talvez, seja algo inconsciente mesmo? Veja bem, não seria, como exemplifiquei anteriormente, de criticar bolsas, mas concorrer em uma vaga na federal? Criticar políticas afirmativas, mas adorar uma exoneração do importo em sua empresa? Criticar uma crença, mas agir com outra crença? Desse modo, independente do campo, o raciocínio do interlocutor é incoerente, contraditório, principalmente, por atingir outra liberdade. Compreende?
Tipo, criticar a corrupção do governo mas passar por debaixo da roleta? Chamar o Genoíno de ladrão e sonegar impostos? Criticar o Sarney mas não querer registrar a empregada? Reclamar daquele funcionário que compra atestado de médico mas colar na prova? Volto a dizer, o mundo é assim (não digo que deveria ser assim, mas é)... todos são assim, em um assunto ou em outro...

Além disso, eu concordo com sua afirmação de não-cientifico quando comprova a irrelevância de tal pensamento devido o próprio âmbito cientifico o ter superado. No entanto, da mesma forma, não foi essa a questão. Pois, o fato de comprovar tal irrelevância não determina que tal inclusão possa estar, inevitavelmente, no campo dogmático?
Vejamos, se um papagaio recita a tabuada inteira, do 1 ao 9, porque aprendeu com o dono, isso faz a tabuada ficar errada? Concordo que podemos concluir, sim, que o papagaio não sabe matemática, que ele não domina o assunto e, provavelmente, se nos aprofundarmos mais, ele cairá em contradição... mas até isso acontecer, a tabuada continua correta e o papagaio - conscientemente ou não - ainda está correto.

O problema de ser dogmático, ao meu ver, é exatamente a fragilidade de todo o assunto: você pode falar 1, 2 ou 3 coisas coerentes e fortemente sustentadas, mas se isso foi imposto ao invés de ser compreendido, pode ser facilmente exposto pelo interlocutor - e é por isso que um debate se constitui num vai e vem de perguntas e respostas e não apenas duas palestras separadas. Assim, eu acredito que o problema do papagaio é que ele vai se enforcar sozinho, mas ainda assim, em nenhum momento a tabuada ficou mais ou menos correta...

Isso ocorre, pois, quando a pessoa detém seu argumento refutado, mas não convencido, a mesma passa em aprofundar mais o assunto com o propósito de entendimento mais abrangente para analisar em qual campo que se insere a critica que recebeu. Veja bem, a mesma foi refutada, mas procurou estudar mais tal suposição. Entretanto, quando essa mesma tese é refutado e ao invés do aprofundamento ocorre repetição, não se constitui em crença? Dogma? E afins?
Perceba que temos um palavra muito importante nessa sua linha de raciocínio: REFUTADO. Qualquer argumento refutado perde sua validade, tenha sido ele emitido de maneira dogmática ou de maneira ponderada. Você está colocando todo um contexto que não faz sentido: se o argumento foi refutado e o enunciador não quis se aprofundar na questão, o enunciador está sendo dogmático, sim; mas isso não muda em absolutamente nada em relação ao argumento (da mesma forma, se ele for atrás e perceber seu erro, o argumento não terá mais validade...). Até agora eu estou falando apenas de argumentos bem estruturados e suportados.

Pois, diante desse conceito, a doutrina compreende que tal termo se constitui em não aceitação de seu questionamento, mesmo que tenha sido comprovado o contrário. E é, justamente, o ponto que leva a crença, dogma, contradição e tudo mais. Pois em um campo a pessoa aceita a refutação (independente ter partido da mesma ou não), mas, em outro, age da mesma forma. Isso possui, na sua análise, coerência? Se não, explique-me, como é possível pensar dessa forma?
Eu devo admitir que eu não tenho uma resposta muito embasada para esta pergunta, mas com os exemplos que eu dei, espero que seja suficiente para perceber que vivemos com dois pesos e duas medidas a maior parte do tempo. Eu vou tentar me aprofundar nisso quando voltarmos aos padres pedófilos...

Além do mais, o fato de expor seres sobrenaturais não desmitifica a doutrina dogmática. Pois, tanto o campo fictício quanto o campo não fictício (que alavanca o senso-comum) decai em dogmas, crenças e tudo mais. Então, dessa forma, de qual forma isso se torna irrelevante? Isso não diminui a questão, e, muito menos, desconsidera tal contradição. Por isso, insisto, não há relevância, até o momento, do referido exposto de criticar algo que o mesmo o faz com os demais.
É a questão da crença na inexistência ou da não-crença. Se você chama a realidade física de campo não-fictício, não, ela não decai em dogmas, crenças e tudo mais. O que outras pessoas podem entender como dogmático, na verdade, é uma evidência científica testada à exaustão; ou são realmente dados arbitrários que não mudará os resultados caso seja trocado por outro dado arbitrário igualmente coerente (como é o caso da Matemática e as constantes universais).

Mas se você quer centrar na crítica ao interlocutor, vejamos por outro lado: você diz ser coerente criticar o interlocutor que se usa das mesmas falácias que ele próprio critica, certo? Da mesma forma, temos, então, que qualquer usuário de tais falácias, em qualquer campo do conhecimento, fica automaticamente proibido de criticar o uso de tais falácias, correto? Assim, para qualquer um criticar outra pessoa pelo uso dessa falácias, esse um teria que provar primeiro que não usa tais falácias em nenhum campo do conhecimento para nenhum assunto possível - o que convenhamos, é virtualmente impossível (logicamente falando, é a mesma coisa que afirmar que não existem dragões no mundo). Isso funciona apenas quando você pega dois (ou poucos) assuntos discretos e consegue colocar um paralelo mostrando a constância ou não da linha de raciocínio entre esses assuntos. De novo, se há um ou mais assuntos em que alguém usa uma linha de raciocínio errada, cabe aos debatedores daquele assunto apontar as falácias e corrigir os dados enganosos. Os interlocutores NUNCA devem ser alvos de críticas e seus argumentos nunca podem ser ponderados com base em quem os enuncia...

o que interfere um padre ser pedófilo ou não diante desse raciocínio? Da mesma forma que padres podem ser, várias outras pessoas o são. Isso pode entrar tanto no fator mental quanto no fator dogmático mesmo (deus disse: faça isso! Ou: eu quis, e fiz isso!), que pressupõe valores, escolhas, ou mesmo inconsciência. Então, dos dois modos, sendo padre ou não, foi constituído uma ação e, para tanto, requereu impor o dogma que comprova sua contrariedade.
O exemplo do padre pedófilo foi para mostrar como esse duplipensar realmente acontece. Uma pessoa que se diz mensageiro de um ser bondoso, justo, que escolheu uma vida de castidade e renúncia a valores mundanos está abusando sexualmente de crianças. Não é coerente? Não, porque as pessoas não são coerentes 100% do tempo. Isso quer dizer que a caridade que a Igreja fez para os desabrigados no final de semana estava errada? Isso quer dizer que as palavras para acalmar a viúva que acabara de perder o marido não deveriam ter sido ditas? Não. Pense assim, pesquisas já mostraram que a ética e a moral ficam muito mais maleáveis quando alguém que você conhece ou gosta está envolvido no dilema. E isso é tão natural que muitos simpatizam, entendem e até relevam muitos conceitos que têm quando analisando a situação de outrem.

SE você não quer a questão do padre, imaginamos o seguinte: Lewis Caroll, autor de Alice no País das Maravilhas era pedófilo. Você acha que o desenho da Disney deveria deixar de existir? Mel Gibson dirigiu a Paixão de Cristo e foi fichado por agressão doméstica. Vários poetas românticos do Brasil (não tenho certeza se Álvares de Azevedo estava no meio), mataram uma prostituta simplesmente porque a colocaram num caixão, encheram a cara e esqueceram de abri-lo depois - por causa disso, a poesia deles "perde" o valor? E eu poderia dar exemplos aqui até amanhã... a questão é, analise o suficiente uma pessoa e você verá que, em algum ponto, ela se contradiz logicamente.

Não obstante, não há como desconsiderar a relação de interlocutor, objeto e argumento, pois, há uma relação intersubjetiva nessa questão. Pois para argumentar, é necessário ser; e para perpetuar esse campo, é preciso objeto; logo, você possui uma estrutura de ação através da comunicação, o agir comunicativo! Diante disto, e justamente por isso, que se analisam argumentos pela sua totalidade; para analisar a validade de tal suposição diante de um fenômeno que o mesmo questiona.
Não. como você mesmo disse, o ARGUMENTO é analisado pela totalidade... e isso não inclui o seu enunciador. Para eu tentar fazer um contraponto, explique para mim qual é a sua interpretação da falácia do apelo à autoridade - você, pelo menos, reconhece que tal falácia existe, certo?

Com isso, faz todo sentido utilizar seu exemplo (que não foi meu! Utilizei algo que você mesmo expõe!), que se constitui de diferentes modos para análise conjuntural da situação, onde foi meu questionamento.
Ou você analisa o indivíduo, ou a situação ou o argumento. Volto ao papagaiao, você pode falar que ele está sendo desonesto, você pode falar que ele desconhece matemática (apesar de parecer que conhece), mas nada disso interfere no fato que a tabuada que ele enunciou continua correta...

Agora se, para você, não importa se a pessoa é utilitarista, é uma coisa; mas isso não quer dizer que tal afirmação tenha probabilidade abrangente diante de uma proporção que está exposta. Principalmente, pois, diante de uma demanda cientifica (pois comprovar é compreender) você atribuir o termo ‘’sorte’’ como consideração para comprovação.
Calma lá! Eu disse que ele teve "sorte" se, partindo do pressuposto que ele não fizesse idéia do que ele estava falando, todos os argumentos ainda estavam pertinentes, embasados na ciência e totalmente verificáveis. Eu nunca disse que ele estava usando a sorte para demonstrar o ponto de vista dele.

Eu ignorei o termo utilitarista pois, como a lógica e a ciência são unânimes, alguém adotar determinada postura em uma situação e mudar essa postura em outra irá, invariavelmente, levar a uma falácia em uma das duas circunstâncias. E, novamente, cabe aos outros interlocutores reconhecerem tal falácia e apontá-la para o bom desenvolvimento do debate (caso contrário, qual seria a razão para ter um debate?). Se alguém consegue adotar duas posturas divergentes com relação à lógica e à ciência e, aparentemente, ele obtem uma boa defesa de ponto de vista nas duas situações, os interlocutores falharam em reconhecer as falácias, indicando que todos ali estavam mal preparados para o debate - o que é ruim para todo mundo...

Algo que, mais uma vez, torna irrelevante a linha de raciocínio do interlocutor. Ademais, não há contundência na sua afirmação, pois o questionamento de uma crença, como o referido membro o faz, atinge a liberdade de outro;
Não, pois a partir do momento que ele traz essa crença com o intuito de relacioná-la ao mundo físico e testável, ele está tão somente debatendo a idéia. NENHUMA idéia pode ser imune a críticas - não é exatamente esse o embrião da ditadura e da tirania? Este é um fórum de discussão... qualquer pessoa que exponha o seu ponto de vista, sobre qualquer assunto aqui, deve esperar que tal assunto seja debatido. Ninguém é obrigado a expor, ninguém é obrigado a concordar...

Em nenhum momento, foi questionado o valor do outro (e daí a irrelevância da sua confusão), pois, ao criticar uma crença, estou criticando a contradição do membro, principalmente, por atingir liberdade alheia. Algo que, por sinal, também levaria o debate sobre armamento, pois envolvem todos e não somente o gosto de alguns.
O armamento do Zé interfere na minha liberdade pois, uma vez armado, o Zé pode me coagir, me ameaçar, ou até mesmo me matar. Como a crítica a uma idéia interfere na liberdade pessoal de alguém? E se uma idéia como a religião não pode ser atacada, porque pensamentos preconceituosos e retrógrados (como sexismo, escravidão, anarcocapitalismo) podem? Onde fica essa linha de divisão?

Por conseguinte, para mim, não existe verdades; o que existem são interpretações. Que podem se constituir no interesse dos demais, a meu ver, quando atinge a liberdade do próximo; caso contrário, somente pertence ao interesse do interessado em crer.
Espero que eu tenha deixado bem claro que eu estou sempre falando em ciências. Ao que eu entendo, interpretação é algo pessoal e não excludente - ou seja, a sua interpretação não nega necessariamente a minha. E na ciência, isso não é verdade... a água pura em condições normais de temperatura e pressão entra em ebulição a 100°. Isso não está aberto a debate e não está vinculado a nenhuma interpretação. Isso é uma verdade - não absoluta, pois, por definição, é impossível provar uma verdade absoluta.

Todavia, verdade é um argumento autoritário, que exclui probabilidade; impõe conservação; ignora uma mutação; tudo para vangloriar essa ‘’verdade’’. O que eu comprovo é somente pelo âmbito cientifico, separado do individual, e nada mais que isso.
Se estamos falando de ciências, o individual não faz parte. Se Deus não pode ser comprovado cientificamente, ele não faz parte do campo científico, mas isso obriga-o necessariamente, a sair do campo científico totalmente. Trocando em miúdos, se Deus não pode ser comprovado cientificamente, não podemos subjulgar nada da ciência a ele, exatamente porque nunca teremos a comprovação de que ele foi o responsável por aqueles fenômenos; por outro lado, se ele necessariamente foi o responsável, ele tem que ser provável, caso contrário, como surgiu a premissa de "necessariamente responsável"?

Agora, se você está falando de áreas não-científicas, realmente, o fator humano é de extrema importância. E exatamente por isso que nenhum sociólog vai te dizer que uma civilização está "mais correta" que outra. Por isso que todos os filósofos são citados até hoje; e por isso que eu deixei bem claro desde o começo da discussão que estamos falando ciências, pois o pensamento lógico fica muito difuso em áreas onde o juízo de valor tem peso importante na discussão.

O que se aplica, pois, através de uma resposta adequada, via proporção, que aquela resposta é a resposta a ser aceita até que uma nova resposta possa ser averiguada. Isso é o antônimo da verdade, que permite a critica e, por conseguinte, expõe os fatores evolucionistas. Com isso, responde sua pergunta, e que está em total contradição com sua afirmação posterior pelo o que comprovo.
Agora eu não entendi. Se a resposta adequada é a que deve ser aceita até uma nova resposta aparecer; e essa resposta adequada é inerte a críticas, então como a nova resposta vai aparecer? E se a verdade deve ser considerada tal até que uma nova verdade apareça, porque não podemos dizer que a primeira verdade era apenas uma verdade "adequada"? A minha pergunta tinha 3 opções, e você não deu nenhuma delas diretamente. Engraçado como esse é um ponto que sempre tem alguém criticando nos seus posts... prefere que eu coloque a), b) ou c) para facilitar a resposta?

Como se não bastasse, se você não se referiu ao termo de ‘’certo’’ e ‘’errado’’ diante das demandas cientificas, acabou utilizando o termo equivocadamente.
Importaria de aprofundar um pouco mais ou eu devo simplesmente achar que foi um ataque superficial e sem base? Hei, eu não me importo, dado o nível de ataques que eu já ganhei, este é quase uma gentileza...

No mais, sua afirmação posterior não tem anda a ver com o que eu expus. Devido, principalmente, somente em me basear sobre a linha cientifica de raciocínio, o que inclui explicar os fenômenos que eu ESTUDO de forma contundente e profunda.
Áreas não científicas podem usar o método científico, mas isso não faz delas ciências. E isso é uma coisa boa. Eu, particularmente, fico muito satisfeito em saber que a Sociologia não tem uma resposta única para diversas questões. Que não podemos analisar um livro ou um quadro com um teste duplo-cego e verificar qual tinha razão, Ziraldo ou Machado de Assis. Isso não quer dizer que não existe metodologia, ou que não exista estudo... mas não são essas características que define uma área do conhecimento com científica.

Ademais, foi você que quotou meu post, eu dirigi a fala para outro membro. Se não queria falar da linha de raciocínio exposta, bastava não quotar, mas não foi o que aconteceu. Por fim, a meu ver, é somente analisando a viabilidade dos argumentos que se constitui na resposta adequada para o referido termo. O que NÃO separa na análise argumentativa; pois, mais uma vez, como dito, isso seria negar uma intersubjetividade que permeia o âmbito que está sendo questionado. E, diga-me, como isso é possível? Diante disto, portanto, o argumento possui validade e abrangência a partir do momento em que possui coerência e, para tanto, requer linha de raciocínio. Se, no seu entender, pode-se analisar o argumento independente se foi um tiro no escuro ou não, poder-se-ia ser relevante para você; mas isso decairia em posição lastimável dentro de uma proporção. O que acarretaria, mais uma vez, em declínio da referida argumentação.
Começou a lambança de novo. Existe uma diferença muito importante entre um argumento estar correto e uma linha de raciocínio estar correta. O argumento é a parte atômica de uma discussão, enquanto uma linha é construída com o acoplamento de vários argumentos de maneira encadeada, lógica e coerente. Assim, é perfeitamente possível um argumento estar correto, dentro de uma linha de raciocínio falha - o fato de eu usar a gravidade da Terra para explicar como os aliens viriam de Marte para cá apenas pulando alto o suficiente em seu planeta natal não implica que a Terra não tenha gravidade. E, pelo simples fato que ninguém está certo o tempo todo, duas linhas de raciocínio não precisam, necessariamente estarem ambas corretas ou ambas erradas só porque foram enunciadas pela mesma pessoa. Ou você diria que um ganhador do prêmio Nobel não tem o direito de errar?
 
Bem, acho que é bom deixar claro: eu acho que toda idéia (seja crença ou não) é passível de crítica. O DIREITO de alguém ter esta ou aquela crença - desde que guardadas nas esferas corretas - é irrevogável.

Sim, mas se essa crença não atinge liberdade de outrem, e, muito menos, intensifica um autoritarismo por parte de um patrimonialismo exacerbado, por qual motivo essa pessoa tem direito de interferir na liberdade de outrem?

Se estamos debatendo o raciocínio e não o usuário, abandonemos o user e centremo-nos na raciocínio (isto eu posso debater sem problemas). Existe uma diferença sutil mas muito importante entre não crer em deus ou crer na inexistência de deus - o segundo é uma crença dogmática, muito semelhante a religião; o primeiro é somente conclusão dos estudos conduzidos, não pode ser considerado uma crença da mesma forma que a gravidade não é uma crença, a seleção natural não é uma crença e a corrente alternada não é uma crença... não estou falando que são verdades (absolutamente falando), mas são as melhores interpretações - se você prefere esta palavra - que temos; neste sentido, a grande maioria dos cientistas dirá que tudo o que temos são interpretações, algumas muito bem estabelecidas, outras ainda tateando no escuro... e algumas sequer são consideradas interpretações - não por conta de crença ou ponto de vista, mas porque não há motivo nenhuma para adotar aquela interpretação e abandonar as outras (inclusive as que desconhecemos).

Mas o user foi uma exemplificação descarada dos termos proferidos anteriormente, tanto no aspecto cognitivo quanto perceptivo. Com isso, atribui uma fundamentação sobre a referida conduta como espelho se aplicação nos moldes dos termos supracitados. Pelo qual, alavanca a perca de coerência diante do questionamento de outrem. Ou seja, foi uma experimentação! Comprovada? Além disso, veja bem, na sua hipótese, para ser desconsiderada uma atribuição, diante da crença, o que conclui que uma crença de não crer em deus não é uma crença? Veja bem, se a pessoa não crê em deus, e considera como ponto primordial tal fato, a mesma elucidará os termos cientificamente comprovados para constituir tal fala, logo, isso não é crença, mas um efeito zetético, cuja fundamentação problematizou o fenômeno em questão e apresentou índices para comprar sua hipótese. Com isso, ao invés de ser crença, se derivou uma tese; distante do alarde metafísico. Porém, se a crença de não crer em deus não comprova essa situação, mas prefere não crer em deus, o mesmo questionamento que o interlocutor efetua acaba se aplicando em si mesmo, isto é, a pessoa não pode crer em deus, mas ela pode não crer em deus. Resultado: nenhuma comprova o que diz. No entanto, até o momento, não há uma questão primordial diante disso: cada acredita no que te convém. Entretanto, quando o não crente questiona uma crença fundamentando somente com crença, logo, o raciocínio dessa pessoa se torna contraditório, o que evidencia a perca de legitimidade da sua fala. Ou, da mesma forma, da pessoa utilizar o mesmo conceito que condiciona outrem, mas aplica em outro campo o que criticou, ou seja, daí partimos para um falso moralista; uma demagogia; uma hipocrisia exacerbada diante de tais constatações. Nesse aspecto, insisto, como levar alguém dessa maneira a sério?

Como eu coloquei aqui, se estamos falando da crença na inexistência de qualquer remotamente semelhante ao conceito usual de deus, sim, eu diria que é bastante hipócrita; mas o que eu tenho visto do pessoal ateu aqui é simplesmente uma refutação aos conceitos discretos apresentados do que seria o tal deus - e, neste caso, não há incoerência pois não se trata de crença (a menos que você diga que a Teoria da Gravidade é apenas uma crença também...).

Sim, mas eu não estou criticando o modo da pessoa ser ateu. Todavia, como dito, qualquer pessoa tem o direito de escolher suas especificações. Assim como, da mesma forma, para concluir um fenômeno a mesma foi buscar uma comprovação cientifica para moldar sua análise. Entretanto, como proferida na sua concordância, o questionamento se remete diante do aspecto de crença sobre crença, utilizando uma abstração: uma espécie de crença supracitada! Do qual, remonta constantemente uma afirmação, que não comprova, ou não segue uma linha de raciocínio, para, em detrimento de outro, legitimar sua fala. Daí a incoerência de análise. Pois, diante disso, qual a probabilidade dessa afirmação ter contundência se a própria conclusão do interlocutor é falaciosa? Por isso, o ponto da contradição, pois acaba se tornando o pilar do user que não analisa a própria fala constituída. Isso não se aplica de modo geral em ateu ou cristão, aplica-se, todavia, na linha de raciocínio apontado.

Tipo, criticar a corrupção do governo mas passar por debaixo da roleta? Chamar o Genoíno de ladrão e sonegar impostos? Criticar o Sarney mas não querer registrar a empregada? Reclamar daquele funcionário que compra atestado de médico mas colar na prova? Volto a dizer, o mundo é assim (não digo que deveria ser assim, mas é)... todos são assim, em um assunto ou em outro...

Exatamente! Esse é o ponto e, indiretamente, há sua concordância comigo, em partes. Em partes, pois, não quer dizer uma coisa seja assim; que deva sempre ser assim. Para analisarmos a efetividade de uma norma, seja a mesma de forma explicita ou implícita, há diversos mecanismos a serem percorridos. Porém, diante de um fenômeno, como tal, a conscientização, principalmente, quando se compreende o fenômeno dispõe uma forma de intervir no enigma constatado. Algo que, diante de tal demanda, supre ás necessidades do impacto envolvido e resolve, justamente, uma contradição. Pois, se há valores compartilhados dentro de uma totalidade, por qual motivo permear a conscientização dessa totalidade? Daí a importância de análise da contradição, pois, você inibe o potencial infrator de normas possa aflorar e afinca, com precisão e robustez, uma implacável forma de conceder a importância de um raciocínio: sem modo coercitivo, sem modo imposto, somente com a probabilidade da linguagem, aí os resultados podem ser apresentados. Tudo isso, pois, acabou sendo por causa de um dogma; de uma contradição; de uma hipocrisia; percebe a dimensão do problema e por qual motivo atinge outrem? Por isso, digo e repito, não é porque algo é assim, que sempre deva ser assim...

Vejamos, se um papagaio recita a tabuada inteira, do 1 ao 9, porque aprendeu com o dono, isso faz a tabuada ficar errada? Concordo que podemos concluir, sim, que o papagaio não sabe matemática, que ele não domina o assunto e, provavelmente, se nos aprofundarmos mais, ele cairá em contradição... mas até isso acontecer, a tabuada continua correta e o papagaio - conscientemente ou não - ainda está correto.

Mas, veja bem, animais possuem uma limitação comportamental que inibe avaliar a coerência da conduta. Da mesma forma, poderíamos analisar um ser humano. Se, por acaso, uma humano estivesse sobre efeito de hipnónose ou problemática no ato de reflexo, sua mesma conduta, que pudera acertar uma medida, pode pensar sobre um fenômeno, mas isso não significa que essa pessoa possa agir com coerência. É quando, por exemplo, temos condutas humanas racionais, mas isso não quer dizer que tudo que o humano faz é de algo pensado. Mas, sim, que passa por seu cérebro. Então, da mesma forma que tal animal estava limitado de coerência; o ser humano, diante de tais precariedades, estaria da mesma forma. Entretanto, foi o caso do referido termo levantado por uma contradição? Veja bem, enumerei duas hipóteses: o efeito inconsciente, que prolifera o ID cerebral; ou a hipótese contraditória, que eleva a hipocrisia; quando a pessoa torna-se contraditória. No entanto, nem uma, muito menos outra, se compõe de modo perspicaz. Isso, contudo, não inibe alternância na tabuada, mas, da mesma forma, não inibe um caminho que a pessoa hipnotizada possa ter feito, isso desfaz o caminho? Não, continua por lá, e nem por isso devo considerar essa análise como fator predominante diante do fenômeno. Não concorda?

O problema de ser dogmático, ao meu ver, é exatamente a fragilidade de todo o assunto: você pode falar 1, 2 ou 3 coisas coerentes e fortemente sustentadas, mas se isso foi imposto ao invés de ser compreendido, pode ser facilmente exposto pelo interlocutor - e é por isso que um debate se constitui num vai e vem de perguntas e respostas e não apenas duas palestras separadas. Assim, eu acredito que o problema do papagaio é que ele vai se enforcar sozinho, mas ainda assim, em nenhum momento a tabuada ficou mais ou menos correta...

Depende. Uma coisa é você chegar e dizer: tenho domínio de X, Y e Z, então, posso sustentar meus argumentos. Assim como, do mesmo modo, o interlocutor pode dizer: não tenho domínio de A, C e G, por isso, utilizo o senso-comum para uma exemplificação, e cabem os analistas verificam uma reflexão; com isso, posso participar, mas deixando ciente de minha proliferação. Em outro caso, eu posso dizer: tenho domínio de X, Y, Z, A, C e G (entretanto, ele pode estar blefando, ou tenha um conhecimento parcial) e, então, posso sustentar meus argumentos (sendo que, em contrapartida, a pessoa não pode; mas poderá utilizar ACHISMO para moldar sua fala). Dito isto, partimos para mais duas hipóteses: se tanto nos exemplo 1, 2 e 3, a pessoa constituiu sua fala como vangloriou seu pensamento, para si, não quer dizer que há legitimidade nessa questão. Pois, nos casos 1 e 2, a pessoa possui uma linha de raciocínio que está defendendo, e deixa convicto a sua posição diante de outros fenômenos: foi coerente. Porém, no caso seguinte, o exemplo 3, a pessoa não detinha conhecimento sobre tal, mas não somente foi hipócrita na analise bem como preferiu inibir o seu desconhecimento. Daí o questionamento dentro da sua afirmação: a fragilidade pode ser inibida DESDE QUE o interlocutor reconhecera seus limites, ou explicar em que campo pode aplicar sua fala; enquanto no raciocínio da contradição; cujo efeito dogmático sobressai, a hipocrisia pode ser visível se os analistas verificarem a conjuntura dessa constatação. Por isso, a perca de legitimidade na fala exemplificada anteriormente e posteriormente.

Perceba que temos um palavra muito importante nessa sua linha de raciocínio: REFUTADO. Qualquer argumento refutado perde sua validade, tenha sido ele emitido de maneira dogmática ou de maneira ponderada. Você está colocando todo um contexto que não faz sentido: se o argumento foi refutado e o enunciador não quis se aprofundar na questão, o enunciador está sendo dogmático, sim; mas isso não muda em absolutamente nada em relação ao argumento (da mesma forma, se ele for atrás e perceber seu erro, o argumento não terá mais validade...). Até agora eu estou falando apenas de argumentos bem estruturados e suportados.

Muito pelo contrário. Se o proferido argumento, nessa questão, se constituiu de forma dogmática, não refutação; pois a base da ponderação se elucida com fundamentação e não com achismo. Com isso, não perde validade, pois, crença contra crença, qual crença poder-se-ia ser averiguada? Nenhuma, oras. Pois não houve linha de raciocínio permeada, o que alavanca o senso-comum; que desconhece a própria fala, que dirá compreender a fala de outrem. De tal modo, isso elucida, novamente, a proliferação anterior: dogma. Pois na sua exemplificação, se não houve refutação fundamentada, logo, não há refutação.

Eu devo admitir que eu não tenho uma resposta muito embasada para esta pergunta, mas com os exemplos que eu dei, espero que seja suficiente para perceber que vivemos com dois pesos e duas medidas a maior parte do tempo. Eu vou tentar me aprofundar nisso quando voltarmos aos padres pedófilos...

Mas não há o que ser respondido, é questão semântica: dogma se constitui em não aceitar de problematização, pelo qual se a pessoa critica crença sustentando com crença, ocorre um dogma; uma supracitação de modo que permeia um achismo pelo cansaço, não pelo mérito de fundamentação. Daí a coerência de sua significação!

É a questão da crença na inexistência ou da não-crença. Se você chama a realidade física de campo não-fictício, não, ela não decai em dogmas, crenças e tudo mais. O que outras pessoas podem entender como dogmático, na verdade, é uma evidência científica testada à exaustão; ou são realmente dados arbitrários que não mudará os resultados caso seja trocado por outro dado arbitrário igualmente coerente (como é o caso da Matemática e as constantes universais).

Aí que está: de qual modo o fato de existência e inexistência, não fundamentada, se liberta do termo dogmático sendo que ambas se perpetuam sobre um achismo não fundamentado? Não há como verificar. Pois você considerar o termo metafísico como pressuposto de análise você deveria parte do antônimo da questão e não o sustentar de modo que se contradiz. Daí meu questionamento: criticar A, mas agir como A, e aí, champz, como levar isso a sério? Por isso, não há contundência posterior. Pois se tal fenômeno foi testado, o mesmo aceito problematização, logo, não se constitui de modo dogmático. Daí sua irrelevância. Entretanto, para ser testado, foi aplicada uma fundamentação, pelo qual a superação se constitui pela proporcionalidade e não de modo do efeito egocêntrico. Daí a necessidade de perpetuar o dogma como dogma, que questionado por outro dogma, independente da proliferação, não passará de ser algo além de um dogma. Com isso, exclui a arbitrariedade, pois não é imutável; o que desconsidera o conceito matemático, pois a precisão lógica não se deriva diante da análise subjetiva humana.

Mas se você quer centrar na crítica ao interlocutor, vejamos por outro lado: você diz ser coerente criticar o interlocutor que se usa das mesmas falácias que ele próprio critica, certo? Da mesma forma, temos, então, que qualquer usuário de tais falácias, em qualquer campo do conhecimento, fica automaticamente proibido de criticar o uso de tais falácias, correto? Assim, para qualquer um criticar outra pessoa pelo uso dessa falácias, esse um teria que provar primeiro que não usa tais falácias em nenhum campo do conhecimento para nenhum assunto possível - o que convenhamos, é virtualmente impossível (logicamente falando, é a mesma coisa que afirmar que não existem dragões no mundo). Isso funciona apenas quando você pega dois (ou poucos) assuntos discretos e consegue colocar um paralelo mostrando a constância ou não da linha de raciocínio entre esses assuntos. De novo, se há um ou mais assuntos em que alguém usa uma linha de raciocínio errada, cabe aos debatedores daquele assunto apontar as falácias e corrigir os dados enganosos. Os interlocutores NUNCA devem ser alvos de críticas e seus argumentos nunca podem ser ponderados com base em quem os enuncia...

Eu não estou concentrado a crítica no interlocutor, a questão analisada é a contradição do interlocutor que, diante de uma linha de raciocínio desprezível, acaba denegrindo a liberdade de outrem. Aí não mais questão individual, mas pública; de interferência mesmo! Nesse quadro, para uma análise similar, mas não idêntica a proliferada por minha pessoa, continuemos: primeiro, sim; critico uma contradição sustentada por falácias! Segundo, proibido, não; eu não posso obrigar uma pessoa a agir de tal forma, porém, isso não inibe que a mesma possa sofrer uma sanção. De tal modo, isso poderia ser permeado como refutação. Terceiro, depende; seria uma análise conjuntural diante do seu processo lógico proliferado por minha demanda intersubjetiva: analisa-se somente o que estaria ao alcance, ou seja, o fórum! Quarto, o paralelo se constitui diante da análise conjuntural, então, seria uma análise comparada de tal conduta, na medida do possível. Mas sempre, veja bem, SEMPRE, diante dos termos públicos; o que a pessoa efetua no campo individual não diz respeito a ninguém. No mais, pelo contrário, toda crítica é passível para qualquer interlocutor, não são imutáveis; desde, é claro, que esteja dentro dos parâmetros cabíveis, como o público.

O exemplo do padre pedófilo foi para mostrar como esse duplipensar realmente acontece. Uma pessoa que se diz mensageiro de um ser bondoso, justo, que escolheu uma vida de castidade e renúncia a valores mundanos está abusando sexualmente de crianças. Não é coerente? Não, porque as pessoas não são coerentes 100% do tempo. Isso quer dizer que a caridade que a Igreja fez para os desabrigados no final de semana estava errada? Isso quer dizer que as palavras para acalmar a viúva que acabara de perder o marido não deveriam ter sido ditas? Não. Pense assim, pesquisas já mostraram que a ética e a moral ficam muito mais maleáveis quando alguém que você conhece ou gosta está envolvido no dilema. E isso é tão natural que muitos simpatizam, entendem e até relevam muitos conceitos que têm quando analisando a situação de outrem.

Sim, mas, veja bem, a pessoa somente não se torna coerente quando não detém aprofundamento da questão, quando não estuda; pois aí decai constantemente sua linha de raciocínio, o que alavanca em perda de credibilidade. Todavia, como dito, essa análise pode ser limitada diante do mesmo exemplo citado dos referidos exemplos A, C, G, X, Y e Z. Quando, mentalmente, havia expectativa de conduta adequada e o mesmo, conscientemente, negou tal conduta. Da mesma forma, quando não havia conduta espera e, mesmo assim, foi efetuada uma conduta. Como, da mesma forma, havia expectativa de uma conduta, e a conduta foi realizada dentro do esperado. A diferença, portanto, no último exemplo para os demais foi que a linha de raciocínio do último estava em primor o tempo inteiro. Algo que, paralelamente, outras não estavam por contradição, hipocrisia ou o fator inconsciente proliferado. Com isso, contrariando sua afirmação, ás pessoas podem, SIM, ser 100% coerentes do seu tempo, desde que detenha conhecimento para tal e saiba os limites atuantes. Algo que, dentro de uma teoria do estado, se constituiria em tripartição de poderes, ou tripartição de limites; ou como no caso supracitado, uma tripartição de coerência! Diante disso, tanto no caso da solidariedade da igreja bem como no caso de aconchego para a viúva, não há aplicação, pois o fator generalista da sua hipótese foi formado, sendo que estamos tratando de um paralelo. O fato de ocorrer um equivoco não faz o interlocutor contraditório a sua vida inteira; assim como, da mesma forma, o fato do padro cometer algo ilícito, não o faz criminoso a vida inteira; depende sempre do rompimento de suas crenças ou efeitos que possam ser averiguados. Agora, se você se refere sobre ética e moral dentro do campo individual, estaríamos partindo para um conceito totalmente inverso do que o exposto, pelo qual eu não citei em nenhum momento.

SE você não quer a questão do padre, imaginamos o seguinte: Lewis Caroll, autor de Alice no País das Maravilhas era pedófilo. Você acha que o desenho da Disney deveria deixar de existir? Mel Gibson dirigiu a Paixão de Cristo e foi fichado por agressão doméstica. Vários poetas românticos do Brasil (não tenho certeza se Álvares de Azevedo estava no meio), mataram uma prostituta simplesmente porque a colocaram num caixão, encheram a cara e esqueceram de abri-lo depois - por causa disso, a poesia deles "perde" o valor? E eu poderia dar exemplos aqui até amanhã... a questão é, analise o suficiente uma pessoa e você verá que, em algum ponto, ela se contradiz logicamente.

Mas aí há um fator que não mencionaste. Porém, indo por partes: o fato de o ator ser pedófilo não pode expor, da mesma forma, um efeito patológico? Pois conduta não deixa de ser conduta por um caso, mas o fator inconsciente, levantado anteriormente, não elucida a proposição dessa questão? Da mesma forma, isso se aplica ao caso dos românticos do Brasil: estavam inconscientes. No caso da agressão doméstica, seria uma análise compulsiva de sua conduta que pode existir interferência condicionante ao seu passado. E tantos outros assim... Pois, diante disso tudo, não foi retirado à hipótese inconsciente, pelo contrário, foi fomentado constantemente. No entanto, isso alavancaria uma análise médica e não estaria ao nosso alcance para resolução do problema.

Não. como você mesmo disse, o ARGUMENTO é analisado pela totalidade... e isso não inclui o seu enunciador. Para eu tentar fazer um contraponto, explique para mim qual é a sua interpretação da falácia do apelo à autoridade - você, pelo menos, reconhece que tal falácia existe, certo?

Depende. O que interfere o apelo pela autoridade em uma análise? Não faz diferença se tal interlocutor é X, Y ou Z, o que se deve ressaltar, todavia, é se sua fundamentação possui eloqüência para perpetuar diante de outra afirmação. Daí a necessidade de analisar sua proporcionalidade. Com isso, a totalidade de abrevia diante de uma integridade; onde somente é possível ter conclusão da conduta após filtrar todas e quaisquer hipóteses! Então, oras, não há certeza nisso, há explicação; coisas distintas para um mesmo fenômeno.

Ou você analisa o indivíduo, ou a situação ou o argumento. Volto ao papagaiao, você pode falar que ele está sendo desonesto, você pode falar que ele desconhece matemática (apesar de parecer que conhece), mas nada disso interfere no fato que a tabuada que ele enunciou continua correta...

Como dito, não há como. Por acaso, para analisar uma conduta, que pressupõe a conjunção intersubjetiva de ser, argumento, processo e situação, eu não preciso de sua totalidade? Pois, no seu entender, transparece que eu devo retirar o braço da pessoa, para analisar o outro braço. Ou preciso retirar a perna da pessoa, para analisar seu estômago. Ou precisa arrancar ser e processo, para querer analisar argumentação: não há como! Isso é totalmente desproporcional, ilógica, não vejo como. Veja bem, como é possível analisar um fenômeno e esgotar todas ás probabilidade para permear uma justiça plausível para resolução do caso concreto se você limita tais possibilidade? Como?

Calma lá! Eu disse que ele teve "sorte" se, partindo do pressuposto que ele não fizesse idéia do que ele estava falando, todos os argumentos ainda estavam pertinentes, embasados na ciência e totalmente verificáveis. Eu nunca disse que ele estava usando a sorte para demonstrar o ponto de vista dele.

Mas, veja bem, o fator de você admitir sorte, significa que para você pouco importa a explicação, desde que esteja condizente com a sua linha de raciocínio. Diante disso, partimos para outro utilitarismo da sua parte. Sendo que, em contrapartida, no método cientifico, pouco importa seu resultado, a derivação e legitimidade se constituem a partir da explicação ponderada. No entanto, se você ignora o caminho, como quer chegar à final? Seria a mesma coisa, para exemplificar, em uma corrida todos correrem como dispõe tais regras, isto é, com suas pernas, e no caminho exposto um corredor escorrega, cai em um túnel, percorre um caminho, e sai diante da linha de chega com antecedência. No entanto, ninguém percebe, ele chegou; então é campeão? Pois, dentro da sua lógica, isso é legitimo. Diante disto, há coerência também por sua parte?

Eu ignorei o termo utilitarista pois, como a lógica e a ciência são unânimes, alguém adotar determinada postura em uma situação e mudar essa postura em outra irá, invariavelmente, levar a uma falácia em uma das duas circunstâncias. E, novamente, cabe aos outros interlocutores reconhecerem tal falácia e apontá-la para o bom desenvolvimento do debate (caso contrário, qual seria a razão para ter um debate?). Se alguém consegue adotar duas posturas divergentes com relação à lógica e à ciência e, aparentemente, ele obtem uma boa defesa de ponto de vista nas duas situações, os interlocutores falharam em reconhecer as falácias, indicando que todos ali estavam mal preparados para o debate - o que é ruim para todo mundo...

Aí que está. Eu admitiria sua relevância se formos analisar um crime, por exemplo. Segundo sua hipótese, seria cabível os responsáveis por cada campo desmitificar a questão contraditória exposta. Assim como, em um crime, caberia a cada país determinar o julgamento daquela conduta dentro dos certames do ordenamento jurídico vigente naquela ocasião. Entretanto, você está ignorando sua própria citação de processo lógico. Pois, nesse caso, o crime não aconteceu em outro país, mas foi no nosso mesmo (independente de qual seja). Do qual, na questão exemplificada, se verifica que a contradição, que, por ocasião, apresentou um país, agora buscaria elucidar o fórum. E, inevitavelmente, caberia somente uma comissão julgadora (o tribunal constitucional) perpetuar a medida vigente após esgotar todos os recursos. Então, essa coerência se constitui de modo contundente dentro da minha afirmação, pois está ao alcance de todos (como no tribunal nacional) e não pertencente para outro país (o que elucidaria seu exemplo, mas que não se aplica neste caso). Por isso, a meu ver, não contundência nessa afirmação.

Não, pois a partir do momento que ele traz essa crença com o intuito de relacioná-la ao mundo físico e testável, ele está tão somente debatendo a idéia. NENHUMA idéia pode ser imune a críticas - não é exatamente esse o embrião da ditadura e da tirania? Este é um fórum de discussão... qualquer pessoa que exponha o seu ponto de vista, sobre qualquer assunto aqui, deve esperar que tal assunto seja debatido. Ninguém é obrigado a expor, ninguém é obrigado a concordar...

Depende. Se tal idéia é pertencente a outro campo da liberdade, não há possibilidade de intervir. Agora, se fosse ignorar esse fator, o que alavancaria a medida de intervenção, isso somente se constitui de forma fundamentada; o que elucida sua legitimidade. Porém, ocorre intervenção individual, e não ocorre linha de raciocínio, ocasionando contradição e perpetuando um dogma. Então, insisto, por qual motivo isso deve ser levado a sério? Não há cabimento em admitir que tais discrepâncias sejam impostas se, diante de tudo isso, a conduta averiguada se perpetua de modo incoerente. Ademais, ainda que pudesse ser uma idéia isolada, entraria nos parâmetros elucidados anteriormente: o limite do limite que possibilita o limite, ou seja, a pessoa obtendo coerência de raciocínio, limitando seu campo de atuação, respeitando a liberdade do próximo, constituirá uma liberdade abrange para todos nós. No entanto, não foi isso que aconteceu.

O armamento do Zé interfere na minha liberdade pois, uma vez armado, o Zé pode me coagir, me ameaçar, ou até mesmo me matar. Como a crítica a uma idéia interfere na liberdade pessoal de alguém? E se uma idéia como a religião não pode ser atacada, porque pensamentos preconceituosos e retrógrados (como sexismo, escravidão, anarcocapitalismo) podem? Onde fica essa linha de divisão?

Mas, nesse caso, é cabível a critica, pois interfere na liberdade de outrem. Justamente, como ocorre no presente fenômeno; pelo a qual a contradição de um interlocutor se promove em interferência nas demais ocasionando interferência onde não lhe compete e permeado um raciocínio totalmente contraditório. Oras, da mesma forma, seria o caso referido do seu exemplo; pois de questão individual passou a ser pública, justamente, e novamente, por atingir a liberdade de outrem.

Espero que eu tenha deixado bem claro que eu estou sempre falando em ciências. Ao que eu entendo, interpretação é algo pessoal e não excludente - ou seja, a sua interpretação não nega necessariamente a minha. E na ciência, isso não é verdade... a água pura em condições normais de temperatura e pressão entra em ebulição a 100°. Isso não está aberto a debate e não está vinculado a nenhuma interpretação. Isso é uma verdade - não absoluta, pois, por definição, é impossível provar uma verdade absoluta.

Depende da interpretação. De tal modo, que, em busca da verdade, pode se propor em excluir ás divergentes. Daí o abuso incondicional da verdade. Pois a verdade, propriamente dita, se tornou utilitarista; e o utilitarismo somente atende aqueles que lhe convém, como o modo de justificação ou legitimidade de uma conduta em detrimento da outra. Algo que, lias, é justamente o referido termo elucidado. Agora, se, dentro de tais condicionantes, ocorre análise, eu não estaria negando a sua, pelo contrário, estaria desmitificando sua hipótese na pretensão de buscar a resposta adequada que condiciona o presente fenômeno. Aldo que, dito em outras palavras, se constituiria diante de uma proporção analítica para a melhor exemplificação dos referidos conceitos. Todavia, com isso, acaba sendo contraditória sua afirmação; pois verdade não é um conceito adequado para ciência; verdade é imutável, sendo que ciência se modifica constantemente. Nesse aspecto, se haveria verdade a sua água, do seu exemplo, por definição, em pressão por estar em 100°, poder-se-ia questionar se o campo que está sendo averiguada tal água pode modificar sua temperatura. No entanto, prevendo tal hipótese, você mesmo afirma que, por definição, não é absoluta. Mas, oras, se verdade é absoluta e você usa, mas no seu exemplo se permita mutação, não soa contraditório ambos os conceitos? De tal modo que, nessa linha de raciocínio, acaba sendo inadequado utilizar o conceito verdade para permear uma linha de raciocínio. Do tipo, ou é ou não é, ou, afinal, existe contradição cabível?

Se estamos falando de ciências, o individual não faz parte. Se Deus não pode ser comprovado cientificamente, ele não faz parte do campo científico, mas isso obriga-o necessariamente, a sair do campo científico totalmente. Trocando em miúdos, se Deus não pode ser comprovado cientificamente, não podemos subjulgar nada da ciência a ele, exatamente porque nunca teremos a comprovação de que ele foi o responsável por aqueles fenômenos; por outro lado, se ele necessariamente foi o responsável, ele tem que ser provável, caso contrário, como surgiu a premissa de "necessariamente responsável"?

Mas o ponto não se tratou da metafísica, pois, tal certame, explicativo, foi derivado da explicação equivocada de utilizar verdade como feitio explicativo; o que, em suma, seria equivocado. Daí tal indagação. Ainda assim, isso não exemplifica uma obrigação do abandono cientifico mesmo com tal fenômeno sem comprovação. Pois, a partir do momento que ocorre um ‘’sair’’ do âmbito cientifico para um debate insolúvel, você está entrando nas mesmas regras do jogo que estão expostas. No entanto, isso decai em contradição; afinal, como ser cientifico e ser metafísico ao mesmo tempo? É meio de outro mundo, não?

Agora, se você está falando de áreas não-científicas, realmente, o fator humano é de extrema importância. E exatamente por isso que nenhum sociólog vai te dizer que uma civilização está "mais correta" que outra. Por isso que todos os filósofos são citados até hoje; e por isso que eu deixei bem claro desde o começo da discussão que estamos falando ciências, pois o pensamento lógico fica muito difuso em áreas onde o juízo de valor tem peso importante na discussão.

Aí que está: para análise probatória, não há condição de ignorar questões anti-cientificas quanto ao individuo se sua própria análise pode se constituir cientifica: é contraditório! Por isso, insisto, que tal referido termo individual somente foi averiguado por atingir a própria liberdade individual e não, como dito, inseparável do campo analítico. Caso contrário, como supracitado, torna o raciocínio contraditório e não alavancaria uma medida sensata como modo de resolução do presente fenômeno. Com isso, pelo contrário, não seria a análise filosófica a ser permeada, onde tal se constitui em grande parte por uma abstração, mas, sim, tanto a análise comportamental individual, por psicólogo; quanto na análise social, por um sociólogo. Logo, não separação do termo ou não-termo, é indissociável essa análise, e aceitar diferente disso, em minha concepção, é cair na contradição alheia. Algo que, por sinal, por incrível que pareça, tem tudo a ver com o referido fenômeno em questão.

Agora eu não entendi. Se a resposta adequada é a que deve ser aceita até uma nova resposta aparecer; e essa resposta adequada é inerte a críticas, então como a nova resposta vai aparecer? E se a verdade deve ser considerada tal até que uma nova verdade apareça, porque não podemos dizer que a primeira verdade era apenas uma verdade "adequada"? A minha pergunta tinha 3 opções, e você não deu nenhuma delas diretamente. Engraçado como esse é um ponto que sempre tem alguém criticando nos seus posts... prefere que eu coloque a), b) ou c) para facilitar a resposta?

Pelo contrário, para uma nova resposta ser permeada, deve-se, pois, ser ciente de criticas e, diante do exposto, é que tal interlocutor, via proporção, analisará sua legitimidade. Diante disso, não ocorre ‘’inércia’’ da referida resposta; o que ocorre é evolucionismo, algo para além do que foi superado. Além disso, como dito, utilizar verdade é confuso, equivocada, inadequada o referido termo para moldar uma linguagem, ainda assim, a primeira verdade não seria adequada, pois, devido não aceitar problematização; o que acarretaria em crença; conservação; imutação; e excluiria hipóteses futuras de resolução. Por isso, o termo verdade, é inadequado, por ser imutável; sendo que a mutação cientifica é constante. Ademais, eu respondi sua pergunta. Veja: você perguntou se buscar a verdade ou quem mais sabe do assunto, onde o referido parágrafo inteiro foi à resposta, seria o mais importante em uma discussão? Eu disse que, todavia, verdade é um conceito inadequado, pois, por ser imutável, não há discussão; o que ocorre é troca de experiências, no máximo. Sendo que a busca da resposta que maior se constitui, seria a resposta adequada da discussão, pois, todavia, para viabilidade do debate, ocorreu um fenômeno problemático; do qual, todo empecilho se remete em uma solução. Entretanto, se for permeado a ciência, o que pressupõe, também, a justiça; nada mais contundente do que procurar a resposta mais adequado. Logo, foi respondida sua pergunta. Bastava uma questão de interpretação, mesmo.

Importaria de aprofundar um pouco mais ou eu devo simplesmente achar que foi um ataque superficial e sem base? Hei, eu não me importo, dado o nível de ataques que eu já ganhei, este é quase uma gentileza...

Haha’ Interpretar como gentileza foi gentil da sua parte. No entanto, não ocorre ataque, o que ocorreu, nesse debate, no máximo, pode ter sido uma retórica ou ironia mesmo. Provocação é efetuada com os demais, que deixam evidente uma hipocrisia ou talvez seja algo inconsciente mesmo. Ainda assim, o há vários termos que você utiliza ‘’certo’’, ‘’errado’’, ‘’verdade’’, e todos, dentro da referida afirmação anterior e a presente exposto, foi questionado que é equivocada tal utilização. Com, inclusive, probabilidade de contradição, como no exemplo da água, se não me engano.

Áreas não científicas podem usar o método científico, mas isso não faz delas ciências. E isso é uma coisa boa. Eu, particularmente, fico muito satisfeito em saber que a Sociologia não tem uma resposta única para diversas questões. Que não podemos analisar um livro ou um quadro com um teste duplo-cego e verificar qual tinha razão, Ziraldo ou Machado de Assis. Isso não quer dizer que não existe metodologia, ou que não exista estudo... mas não são essas características que define uma área do conhecimento com científica.

Há milhares de características cientificas dentro de um campo. Contudo, é curiosa sua afirmação de que, todavia, utilizar metodologia não é sinônimo de feito cientifico. Oras, se precisou de método, o inclui processo de análise, por qual motivo foi utilizado? Exemplifique! Além do mais, o feitio sociológico se constitui da mesma forma anterior que foi averiguado o exemplo do cientista político. Para tanto, basta trocar o termo ‘’partido’’ por ‘’classe’’ (como índio, classe A, B e C, e tudo mais) e os números com suas devidas explicações aparecem. O fato de existir subjetividade não exclui a hipótese de um domínio consensual, desde que, veja bem, isso seja utilizado dentro de uma proporção. Para exemplificar, basta analisar um caso do tribunal, onde os índios-kaiowás perderam terras, mas, salve data vênia, com a utilização de uma série de senso-comum das redes sociais; exemplificação história; estatística e constitucional, ás terras foram devolvidas para os índios. Então, como assim o feitio sociológico não existe cientificidade?

Começou a lambança de novo. Existe uma diferença muito importante entre um argumento estar correto e uma linha de raciocínio estar correta. O argumento é a parte atômica de uma discussão, enquanto uma linha é construída com o acoplamento de vários argumentos de maneira encadeada, lógica e coerente. Assim, é perfeitamente possível um argumento estar correto, dentro de uma linha de raciocínio falha - o fato de eu usar a gravidade da Terra para explicar como os aliens viriam de Marte para cá apenas pulando alto o suficiente em seu planeta natal não implica que a Terra não tenha gravidade. E, pelo simples fato que ninguém está certo o tempo todo, duas linhas de raciocínio não precisam, necessariamente estarem ambas corretas ou ambas erradas só porque foram enunciadas pela mesma pessoa. Ou você diria que um ganhador do prêmio Nobel não tem o direito de errar?

Discordo. Basta analisar o argumento anterior da corrida que insere no mesmo feitio da sorte: se ainda que o caminho percorrido, vencido, pudesse ocorrer por sorte, isso preveria uma legitimidade? Não! Então, por isso a incoerência. Da mesma forma, que foi questiona o desenvolvimento de uma tese; a análise do corpo, enfim, infinitude de maneiras de verificar de que não legitimidade em termo proferido como sorte. Além disso, analisar um fato ignorando suas condicionantes torna o raciocínio limitado, o que inviabilizaria a busca da resposta adequada. Dessa forma, não contundência de aceitação da medida, uma vez que sua formação foi derivada de modo não legitimado, ou, dito de outra forma, de modo dogmático. A não ser, veja bem, A NÃO SER que tal preposição seja aceita diante de uma crença, aí não há o que analisar. Pois ocorre revogação de todas ás medidas analíticas para tal concepção. De tal modo que, mais uma vez, o erro do premiador do prêmio Nobel se constituiria diante da sua coerência conjuntural, algo que expliquei como limite do limite para se permear o limite. Acidentes acontecem, mas aceitar o acidente de modo legitimo com propósito do mérito chega a ser um absurdo.

:challenge::challenge:
 
"A punição do mal em todas as nações prova que admitimos que o mal deva ser punido."
 
"A punição do mal em todas as nações prova que admitimos que o mal deva ser punido."
Mas não chega nem perto de endossar a existência de algum deus, apenas mostra que somos capazes de criar regras de convivência e das implicações para aqueles que não se adequam a tais regras.
 
Por conseguinte, para mim, não existe verdades...
Para muitos esquerdistas a verdade não passa de um construto social, uma mera interpretação.

É por isso que muitos deles nunca tiveram problemas, éticos, civis ou morais em mentir descaradamente desde de que isso sirva aos seus interesses, ou se prestarem a fazer revisionismos históricos na mais absurda cara de pau.

Quem não foi moralmente subjulgado em nome de alguma ideologia costuma ter um grande apreço pela verdade.
 
Última edição:
Para muitos esquerdistas a verdade não passa de um construto social, uma mera interpretação.

É por isso que muitos deles nunca tiveram problemas, éticos, civis ou morais em mentir descaradamente desde de que isso sirva aos seus interesses, ou se prestarem a fazer revisionismos históricos na mais absurda cara de pau.

Quem não foi moralmente subjulgado em nome de alguma ideologia costuma ter um grande apreço pela verdade.

Muito bla bla bla sem fundamentação alguma. Normal, de crentão, onde a contradição reina e hipocrisia impera; não se pode esperar algo contrário. Do tipo, confunde stalinismo com demais movimentos; confunde mutação histórica com mera estática autoritária; confunde atualização cientifica com mera interpretação rebuscada; enfim, confunde tantas coisas que não é atoa que seu discurso não deve ser levado a sério!
 
Muito bla bla bla sem fundamentação alguma.
Mas segundo você não existem verdades, sendo assim não há o que se exigir de fundamentação, só faz sentido falar em bases e fundamentos sobre qualquer discurso se existir uma verdade objetiva que separe a ficção da realidade, a teoria da prática, os fatos das opiniões.

Normal, de crentão, onde a contradição reina e hipocrisia impera; não se pode esperar algo contrário. Do tipo, confunde stalinismo com demais movimentos; confunde mutação histórica com mera estática autoritária; confunde atualização cientifica com mera interpretação rebuscada; enfim, confunde tantas coisas que não é atoa que seu discurso não deve ser levado a sério!
Não dá para levar a sério alguém que diz em um post não acreditar em verdades e no seguinte exigir fundamentação para o que quer que seja.

Mas chega desse assunto, não tem nada a ver com o tema do tópico.
 
Mas segundo você não existem verdades, sendo assim não há o que se exigir de fundamentação, só faz sentido falar em bases e fundamentos sobre qualquer discurso se existir uma verdade objetiva que separe a ficção da realidade, a teoria da prática, os fatos das opiniões.

Leia de novo, PRESTA ATENÇÃO na leitura; NÃO RECORTE; assim você compreende o que está explicito!

Não dá para levar a sério alguém que diz em um post não acreditar em verdades e no seguinte exigir fundamentação para o que quer que seja.

Mas chega desse assunto, não tem nada a ver com o tema do tópico.

Isso eu chamo de deputação: você faz um recorte, não compreende o que está exposto, ignora a conjuntura e ainda questiona o pensamento alheio? Criei um tópico de interpretação, e ainda efetuei várias análises para outro membro em outro tópico sobre a mesma questão. Inclusive, expliquei a você, LINHA POR LINHA, sua hipocrisia diante da análise sobre bancos. Qual é, meu chapa, se esforça um pouco e compreende o que está a sua volta.

:challenge::challenge:
 
DEUS, o amigo imaginário dos adultos!



:mao:
 
Peça ao seu deus para fazer nascer um membro em um amputado e TODA A COMUNIDADE ATEÍSTA e/ou AGNÓSTICA se converterá:haha:

Pode vestir a batina 'irmão' porque Deus já cuidou disso...:coolface:

Afinal Ele não deixou 'o código aberto' e nos permitiu ter inteligência suficiente para nós mesmos substituirmos os membros amputados? podemos substituir sim! e pior que isso! mas vamos por partes,...como diria Jack o Estripador :seferrou:

Não temos 'inteligência' para criar um braço ou perna 'bio-mecânico' (bio de biológico porque atualmente ele pode até ser comandado pelo nosso pensamento com sensores ligados ao cérebro), estão criando um bio esqueleto para que pessoas com tetraplegia possam andar e tudo (é caro? mãs eu já num disse que a ciênça é uma vendida? se ela fosse uma divindade não estaria abaixo do dinheiro, que está abaixo de nós, que pegamos e colocamos coisas inferiores acima não sei por que?), se nós mesmos poderiamos cuidar disso acaso não fossemos escravos do sistema financeiro que nós mesmos criamos, então Deus não precisa vir aqui fazer nascer um rabo de largatixa no lugar onde é perdido um membro...e como eu disse tem coisa pior, podemos amputar 'órgãos' internos e deixar a pessoa sobrevivendo por aparelhos, e ainda, substituir o órgão amputado por outro controlando a rejeição e tudo!
Antigamente uma mulher com câncer de mama morria (acho que ainda morre dependendo do estágio) se amputassem ficavam estigmatizadas por não ter mais seios, atualmente até as mulheres 'saudáveis' implantam seios para dar uma 'turbinada'.

Milagre, mas milagre mesmo tu não é capaz de imaginar sequer e eu já tive diversos contatos, trabalhei na área de saúde e vi casos de 'câncer' ou 'HIV', doenças que levam a óbito diferentemente de um membro amputado, num momento o paciente estava com o diagnostico disso, no outro exame não constava nada...mas quando a fé fala a ciência se cala! o máximo que alguém 'trabalhando' com a ciência 'pôde' fazer para tais pacientes é permitir que tenham o diagnostico do primeiro e do segundo exames, um lhe sentenciando a morte o outro comprovando o milagre pessoal dessa pessoa (geralmente elas pegam e vão a um púlpito ou agradecer a algum pastor evangélico, mas não percebem que é a fé DELA que a salvou)...e não é uma ou duas, tem diversos, diversos, diversos, inúmeros, incontáveis, à perder de vista...tantos quanto os que não obtém milagres, mas como milagre não se explica, não é possível fazer uma ligação do porquê uma obtém a cura e outra não (até porque não sou médico, eu trabalhava perto e presenciei, vi a repetição do primeiro e sendo positivo na confirmação, assim como a do segundo confirmando a negativação, etc etc etc)...mistério! :hmm2:


:lol2: Qual batina tu vai usar? de padre ou de frade? Digamos então que metade da comunidade ateísta vai de frade e a outra de padre, e todo mundo dançando Can Can.
 
Última edição:
Sim, claro, Cancer e AIDS, doenças que não tem nenhum histórico de falsos positivos ou erros de diagnóstico. :coolface:

Um sujeito sem uma perna aonde não há falso positivo ou erro de diagnóstico nunca acontece esse tal milagre.

Deve ser apenas uma coincidência, ou por algum motivo deus não vai com a cara de amputados.
 
Última edição:
Sim, claro, Cancer e AIDS, doenças que não tem nenhum histórico de falsos positivos ou erros de diagnóstico. :coolface:
Falso positivo? será por alguma interferência? mas erro de diagnostico é o que eles buscam detectar quando guardam as amostras por algo como 2 a 5 anos, e o paciente volta para fazer um novo exame comprobatório em questão de um mês no máximo (geralmente um psicólogo conversa com o paciente antes de colher uma segunda amostra) e ambas são reanalisadas obtendo a confirmação de ambas, a primeira positiva enquanto a segunda fica negativa, e ambas ficam arquivadas...realmente não deve ser 'todo dia', mas um ou dois casos desses por ano todo laboratório 'deve ter'....daí o paciente chega no psicólogo ou médico dizendo 'tu vai confirmar meu milagre', no que repito, a ciência se cala porque eles dizem apenas que disponibilizam ambos resultados para o paciente...isso isenta eles de erro de diagnóstico.


Um sujeito sem uma perna aonde não há falso positivo ou erro de diagnóstico nunca acontece esse tal milagre.

Deve ser apenas uma coincidência, ou por algum motivo deus não vai com a cara de amputados.
Se não fosse com a cara dos amputados não haveria jeito de 'reimplantar' um membro que estivesse em bom estado ou de colocar uma prótese que seja comandada pelo cérebro! se bem que 'não volta mesmo' ao que era antes, melhor cuidar de nossos membros como sendo 'únicos'...
 
Se não fosse com a cara dos amputados não haveria jeito de 'reimplantar' um membro que estivesse em bom estado ou de colocar uma prótese que seja comandada pelo cérebro! se bem que 'não volta mesmo' ao que era antes, melhor cuidar de nossos membros como sendo 'únicos'...
Mas essas são ações humanas e não entram na categoria de cura milagrosa.

Segundo as crenças cristãs os discípulos de Jesus teriam poder para restaurar milagrosamente, leia-se instantaneamente, membros amputados, como supostamente teria ocorrido em Atos dos Apóstolos.

Pedro, segundos tais textos, chegou a ressuscitar uma mulher chamada Tabita, Paulo curou um aleijado pedindo esmola, Jesus disse que seus discípulos seriam capazes de fazer tais coisas.

Hoje existem bilhões de cristãos no mundo, quantos casos de amputados restaurados conforme os textos afirmavam que ocorreria?

0.

O que é mais provável?

1- Nenhum cristão atual em bilhões é sincero, legítimo e verdadeiro seguidor da fé ou...

2- As crenças são falsas.
 
Última edição:
O perfeito pode criar o imperfeito?

Se algo é imperfeito, ele foi criado de forma imperfeita, logo, o seu criador é imperfeito.

Mas o deus bíblico supostamente é perfeito.

:brain:
 
O perfeito pode criar o imperfeito?

Se algo é imperfeito, ele foi criado de forma imperfeita, logo, o seu criador é imperfeito.

Mas o deus bíblico supostamente é perfeito.

:brain:
É como se dissessem, deus é um padeiro perfeito mas seus pães são horríveis.
 
Não estou aqui para julgar ou defender, repito, portanto serão infrutíferas todas suas tentativas de me conduzir para isso, no máximo eu vou colocar lenha na fogueira ou pontos de vista particulares no debate, falo por mim e não por Deus.
Sobre nascer membros amputados ou ressurgir, eu creio sim, pero no mucho....:fovhappy: se é 'obra humana' isso ocorre porque Deus deixou essa possibilidade, caso contrário estariamos babando e dançando em torno de fogueiras enquanto cantariamos...unga bunga, unga bunga, olelê....já que o homem não cria nada em absoluto, apenas interage com o que existe e está dentro da natureza onde ele está inserido...mas se podemos reimplantar um membro, jesus pegou a orelha decepada de um de seus 'carrascos' que foi ali sequestrar ele para levar a Roma (pedro cortou a orelha?)...Deus pode sim..fico com a opção 1...todos crentes lhe indicariam fazer um implante ou colocar uma prótese, eles não CRÊEM que seja possível e por isso não realizam isso já que é preciso CRER e não se dizer CRENTE para que isso realmente aconteça.
Mas sobre a imperfeição, tem algum lugar onde está escrito que Deus 'não gostou' da forma como a sua obra estava se conduzindo (isso dentro de uma linha cronológica é lógico, falando na revelação de quando tudo foi criado) e que por isso não levaria esse 'universo' ou 'dimensão' ao final, aqui todos e tudo estão fadados ao fracasso mesmo, e deixou o 'planeta' incompleto ou algo assim, talvez no 'polo norte'?, e lançou um desafio a quem pudesse o compreender, e que se julgasse a altura que o fizesse, digo então, se acham que fazem melhor então por que não 'terminam' a obra de Deus?
Fala a verdade, estão louquinhos para 'inventar' uma evolução via 'engenharia genética' e se acharem os 'criadores da vida e de uma nova espécie' mas não são capazes de perceber que se podem 'isso' é porque o 'autor' deixou o 'código' aberto, ou a 'criptografia' seria muito pior e ninguém poderia sequer entender o funcionamento de nada.
 
O perfeito pode criar o imperfeito?

Se algo é imperfeito, ele foi criado de forma imperfeita, logo, o seu criador é imperfeito.

Mas o deus bíblico supostamente é perfeito.

:brain:
Por que não? Um bola de futebol têm como base uma esfera perfeita.
 
(Sinto muito pelos MONOGLOTAS, mas o texto linkado a seguir está em inglês)



Muito provavelmente, a igreja que mais cresce no mundo neste momento é a Assembléia Dominical.

Ela possui um diferencial em relação às outras: é uma associação atéia, em que as pessoas congregam em prol da vida, simplesmente. O sentido agregador de formação de COMUNIDADE também está presente. A única coisa positivamente ausente é a fé em alguma divindade.


http://www.vice.com/read/no-god-no-problem-0000206-v21n1



Eis um (dos muitos) bom parágrafo do texto:

The idea behind godless congregations, as groups like the Sunday Assembly are known, is pretty simple: churches are about building communities based on shared values as much as they’re about worship. Studies conducted in the past few years have shown that churchgoers are happier, more optimistic, and healthier than the general heathen population. Being a part of a congregation means having more opportunities to talk to people, meet new friends and romantic partners, and make professional connections.
 
Última edição:
[h=5]Vida após o nascimento

No ventre de uma mulher grávida estavam dois bebês. O primeiro pergunta ao outro:

- Você acredita na vida após o nascimento?

- Certamente. Algo tem de haver após o nascimento. Talvez estejamos aqui principalmente porque nós precisamos nos preparar para o que seremos mais tarde.

- Bobagem, não há vida após o nascimento. Como verdadeiramente seria essa vida?

- Eu não sei exatamente, mas certamente haverá mais luz do que aqui. Talvez caminhemos com nossos próprios pés e comeremos com a boca.

- Isso é um absurdo! Caminhar é impossível. E comer com a boca? É totalmente ridículo! O cordão umbilical nos alimenta. Eu digo somente uma coisa: A vida após o nascimento está excluída - o cordão umbilical é muito curto.

- Na verdade, certamente há algo. Talvez seja apenas um pouco diferente do que estamos habituados a ter aqui.

- Mas ninguém nunca voltou de lá, depois do nascimento. O parto apenas encerra a vida. E afinal de contas, a vida é nada mais do que a angústia prolongada na escuridão.

- Bem, eu não sei exatamente como será depois do nascimento, mas com certeza veremos a mamãe e ela cuidará de nós.

- Mamãe? Você acredita na mamãe? E onde ela supostamente está?

- Onde? Em tudo à nossa volta! Nela e através dela nós vivemos. Sem ela tudo isso não existiria.

- Eu não acredito! Eu nunca vi nenhuma mamãe, por isso é claro que não existe nenhuma.

- Bem, mas às vezes quando estamos em silêncio, você pode ouvi-la cantando, ou sente como ela afaga nosso mundo...
[/h]
 
{[[[ A FÉ DO ATEU ]]]}

Apesar de afirmar ser agnóstico, Carl Sagan fez a derradeira afirmação de fé no materialismo ateu quando disse que "o cosmo é tudo o que é, ou já foi ou será". Como podia saber isso com certeza? Ele não sabia. Como poderia? Ele foi uma mente humana limitada, com conhecimento limitado. Sagan estava lidando com o campo da probabilidade assim como os cristãos estão fazendo quando afirmam que Deus existe. A pergunta é: Quem tem mais provas de suas conclusões? Que conclusão é mais racional? Conforme veremos ao analisarmos as provas, o ateu precisa ter mais fé do que o cristão.

Você pode estar pensando: "O ateu precisa ter muito mais fé do que o cristão? O que será que vocês estão querendo dizer com isso?". Queremos dizer que, quanto menos provas alguém tem para sua posição, mais fé precisa para acreditar nela (e vice-versa). A fé cobre lacunas no conhecimento. E acontece que os ateus têm maiores lacunas no conhecimento porque têm muito menos provas de suas crenças do que os cristãos. Em outras palavras, as provas empíricas, forenses e filosóficas apoiam claramente as conclusões compatíveis com o cristianismo e incompatíveis com o ateísmo. Veja a seguir alguns exemplos de evidências:

1. As evidências científicas confirmam claramente que o Universo passou a existir por meio de uma explosão surgida do nada. Ou alguém criou uma coisa do nada (a visão cristã) ou ninguém criou alguma coisa do nada (a visão ateísta). Qual visão é mais legítima? A visão cristã. Qual visão exige mais fé? A visão ateísta.

2. A forma de vida mais simples contém uma quantidade de informações equivalente a mil enciclopédias. Os cristãos acreditam que somente um ser inteligente pode criar uma forma de vida equivalente a mil enciclopédias. Os ateus acreditam que forças naturais não inteligentes podem fazê-lo. Os cristãos têm evidências que apoiam suas conclusões. Uma vez que os ateus não têm nenhuma evidência, sua crença exige muito mais fé.

3. Centenas de anos antes, escritos antigos predisseram a vinda de um homem que seria verdadeiramente Deus. Esse homem-Deus, conforme predito, nasceria numa cidade particular, de uma descendência específica, sofreria de uma maneira característica, morreria num tempo determinado e ressuscitaria dos mortos para expiar os pecados do mundo. Imediatamente depois do tempo predito, várias testemunhas proclamaram e mais tarde registraram que aqueles fatos preditos haviam realmente acontecido. Essas testemunhas oculares suportaram perseguição e morte, embora pudessem simplesmente negar os fatos e preservar a vida. Milhares de pessoas em Jerusalém converteram-se depois de ver ou ouvir esses fatos, e essa fé rapidamente se espalhou pelo mundo antigo. Historiadores e escritores antigos fazem alusão ou confirmam esses fatos, e a arqueologia corrobora todos eles. Tendo obtido evidências da própria criação de que Deus existe (item 1,mencionado anteriormente), os cristãos acreditam que essas várias linhas de comprovações mostram, sem sombra de dúvida, que Deus colocou sua mão nesses fatos. Os ateus precisam ter muito mais fé para invalidar as predições, as testemunhas oculares, a disposição das testemunhas de sofrer e morrer, a origem da igreja cristã e o testemunho de outros escritores, de achados arqueológicos e de outras evidências que corroboram essa posição, as quais investigaremos mais tarde.

É possível que esses três pontos tenham levantado alguns questionamentos e objeções em sua mente. Na verdade, eles deveriam realmente fazer isso porque estamos deixando de fora vários detalhes que vamos abordar. A questão principal por hora é que você veja o que significa a afirmação de que toda visão de mundo — até mesmo o ateísmo — exige algum grau de fé.

Até mesmo os céticos têm fé. Eles crêem que o ceticismo é verdadeiro. Do mesmo modo, os agnósticos crêem que o agnosticismo é verdadeiro. Não existe posição neutra quando o assunto é crenças. Como Phillip Johnson tão habilmente disse, "aquele que afirma ser cético em relação a determinado conjunto de crenças é, na verdade, um verdadeiro crente de outro conjunto de crenças".

Em outras palavras, os ateus, que são naturalmente céticos em relação ao cristianismo, revelam-se verdadeiros crentes no ateísmo. Como veremos mais à frente, se forem honestos diante das evidências, os ateus precisam de muito mais fé para sustentar suas crenças ateístas do que os cristãos precisam para sustentar as suas.
 
Nem acredito, flw.
 
Carl Sagan fez a derradeira afirmação de fé no materialismo ateu quando disse que "o cosmo é tudo o que é, ou já foi ou será".
Vale lembrar que Sagan está apenas fazendo uma afirmação científica, que por sua vez, estabelece a definição que algo só pode ser considerado existente se puder ser verificado, medido ou calculado, direta ou indiretamente. Assim, se existe algo além do Cosmos, mas que não pode ser verificado, então aquilo não "existe" (no sentido científico do verbo). Há uma diferença enorme entre falar que cosmos é tudo e falar que Deus não existe... mas eu acho que qualquer pessoa que poderia se beneficiar dessa explicação já deve ter uma boa idéia da diferença...

Você pode pensar pelo outro lado: a definição para tudo o que já existiu, existe ou vai existir é cosmos. Por quê? Simplesmente porque gostamos de dar nomes às coisas. No caso de algo maior aparecer, teremos que mudar a definição de cosmos para englobar essa coisa nova, ou criar uma nova definição para atender precisamente essa exceção. Os cincos reinos da natureza passaram por esse processo diversas vezes, e até hoje, ninguém sabe exatamente como encaixar os vírus ali... isso quer dizer que toda a biologia está errada?

1. As evidências científicas confirmam claramente que o Universo passou a existir por meio de uma explosão surgida do nada.
Não, não confirmam... apontam. Temos algumas hipóteses, umas mais prováveis que as outras, mas estamos lidando com um assunto tão de borda da ciência que ainda não temos "instrumentos" (leia-se outras teorias para suportar) para indicar exatamente o que queremos dizer com "passar a existir", "Universo", "explosão" e "nada".


Ou alguém criou uma coisa do nada (a visão cristã) ou ninguém criou alguma coisa do nada (a visão ateísta).
Em nenhum momento alguém falou em "criar". Você mesmo disse (erroneamente) que as evidências claramente confirmam que o universo passou a existir; não tem nada a respeito de "criar" (o que serve apenas para aproximar a noção de "criador", para enfiar um deus na história).

2. A forma de vida mais simples contém uma quantidade de informações equivalente a mil enciclopédias. Os cristãos acreditam que somente um ser inteligente pode criar uma forma de vida equivalente a mil enciclopédias. Os ateus acreditam que forças naturais não inteligentes podem fazê-lo. Os cristãos têm evidências que apoiam suas conclusões. Uma vez que os ateus não têm nenhuma evidência, sua crença exige muito mais fé.
De novo, os ateus com pensamento científico (você pode ser ateu e ter uma posição diferente sobre a origem da vida) não "acreditam"; são o que as evidências científicas mostram. Quando essas indicarem outra coisa, o consenso será mudado também. Aliás, o único motivo para ainda não haver uma posição fixa sobre tal assunto é o mesmo da origem do universo: assunto de borda, sem respaldo de outras teorias.

3. Centenas de anos antes, escritos antigos predisseram a vinda de um homem que seria verdadeiramente Deus. Esse homem-Deus, conforme predito, nasceria numa cidade particular, de uma descendência específica, sofreria de uma maneira característica, morreria num tempo determinado e ressuscitaria dos mortos para expiar os pecados do mundo. Imediatamente depois do tempo predito, várias testemunhas proclamaram e mais tarde registraram que aqueles fatos preditos haviam realmente acontecido. Essas testemunhas oculares suportaram perseguição e morte, embora pudessem simplesmente negar os fatos e preservar a vida. Milhares de pessoas em Jerusalém converteram-se depois de ver ou ouvir esses fatos, e essa fé rapidamente se espalhou pelo mundo antigo. Historiadores e escritores antigos fazem alusão ou confirmam esses fatos, e a arqueologia corrobora todos eles. Tendo obtido evidências da própria criação de que Deus existe (item 1,mencionado anteriormente), os cristãos acreditam que essas várias linhas de comprovações mostram, sem sombra de dúvida, que Deus colocou sua mão nesses fatos. Os ateus precisam ter muito mais fé para invalidar as predições, as testemunhas oculares, a disposição das testemunhas de sofrer e morrer, a origem da igreja cristã e o testemunho de outros escritores, de achados arqueológicos e de outras evidências que corroboram essa posição, as quais investigaremos mais tarde.
Pregação, pregação, pregação e o fato é que o próprio povo que esperava o tal homem dito na profecia ainda está esperando pois não reconheceu aquele Jesus como o homem da profecia. Da mesma forma, depois da vinda de Cristo, muitos outros acreditaram que Deus continuou a mandar seus anjos e um novo profeta apareceu na Terra, só que, desta vez, foram os cristãos que não reconheceram Maomé... e, pelo visto, é sempre assim, de novo, de novo e de novo. E tudo é tão evidente, claro e absoluto, que temos tantas religiões quanto times de futebol; o que não seria um problema exatamente, se todas não afirmassem ser a correta e todas as outras, erradas (o que não acontece com as hipóteses de surgimento do universo e da vida).

É possível que esses três pontos tenham levantado alguns questionamentos e objeções em sua mente. Na verdade, eles deveriam realmente fazer isso porque estamos deixando de fora vários detalhes que vamos abordar. A questão principal por hora é que você veja o que significa a afirmação de que toda visão de mundo — até mesmo o ateísmo — exige algum grau de fé.
Depende do que você está chamando de fé. E, sim, como eu estava falando com o bet00 alguns posts atrás, ninguém é 100% coerente (veja os médicos rezando antes de fazer uma operaçõ por exemplo); mas você está confundindo o ateísmo (ideologia), com a ciência e com o ateu. Se você se refere a "fé" no sentido de "confiar em uma afirmação sem bases suficientes para tal", todo mundo tem isso (o fato de escolher números para jogar na loteria, a escolha de um nome específico parao filho, o fato de se sentir mais desmotivado na Segunda-feira etc.), mas perceba que tudo isso pertence ao indivíduo; a ciência garante que não faz a menor diferença em qual número você joga (desde que o jogo seja realmente justo, claro); que há uma infinidade de nomes para o seu filho tão bons quanto o que foi escolhido afinal, e que você escolheu Segunda-feira como um dia ruim, simplesmente porque você quer ter um dia ruim.

E muito disso vem exatamente de um tempo em que éramos mais superticioso e atribuíamos características que não existiam a qualquer coisa. Por exemplo, muitos (ateus, crentes etc.) poderão achar que realmente não é bom passar debaixo de uma escada, pois traz azar. E isso vem, simplesmente, do fato da escada formar com o chão e a parede um triângulo, que numa mentalidade medieval religiosa, indicava a santíssima trindade e atravessá-la era considerado um ato de desrespeito à entidade religiosa. Entõ, sim, ateus podem ter fé em alguma coisa, e podem ter fé até que Deus não exista, mas não é isso que o ateísmo exige, e há diversas outras formas de suportar o ateísmo sem recorrer para fé.

Até mesmo os céticos têm fé. Eles crêem que o ceticismo é verdadeiro. Do mesmo modo, os agnósticos crêem que o agnosticismo é verdadeiro. Não existe posição neutra quando o assunto é crenças. Como Phillip Johnson tão habilmente disse, "aquele que afirma ser cético em relação a determinado conjunto de crenças é, na verdade, um verdadeiro crente de outro conjunto de crenças".
REalmente, do mesmo jeito que você apenas acredita que unicórnios não exista; ou como você apenas acredita que Zeus não existe, ou até mesmo o fato de você acreditar quevocê realmente exista. Veja a física e a matemática, por exemplo. Você sabe por que, se uma empresa aérea vender uma passagem para você, e o avião não voar, você pode processar a empresa? Porque existem comprovações de que um avião pode voar, existem cálculos, experiências que podem ser repetidas e demonstrar que um avião pode voar. Assim, se você quer dizer que existe a crença de que um avião pode voar, fique a vontade. Mas não diga que essa é a mesma crença daqueles que dizem que um porta-aviões pode também voar, e que são apenas dois lados da mesma moeda.

Da mesma forma, não dá para usar termos científicos como design, criar, universo e tempo e falar que a "crença" que temos de que um relógio foi desenhado é a mesma crença de que um ser superior imaterial desenhou o homem.

Em outras palavras, os ateus, que são naturalmente céticos em relação ao cristianismo, revelam-se verdadeiros crentes no ateísmo. Como veremos mais à frente, se forem honestos diante das evidências, os ateus precisam de muito mais fé para sustentar suas crenças ateístas do que os cristãos precisam para sustentar as suas.
Em outras palavras, os cristão que são naturalmente céticos em relação ao panteão grego, revelam-se crentes no cristianismo. Como veremos mais a frente, se forem honestos diante das evidências, os cristãos precisam de muito mais fé para sustentar suas crenças cristãs do que os antigos gregos precisam para sustentar as suas.
 
Última edição:

Users who are viewing this thread

Voltar
Topo