Bem, acho que é bom deixar claro: eu acho que toda idéia (seja crença ou não) é passível de crítica. O DIREITO de alguém ter esta ou aquela crença - desde que guardadas nas esferas corretas - é irrevogável.
Sim, mas se essa crença não atinge liberdade de outrem, e, muito menos, intensifica um autoritarismo por parte de um patrimonialismo exacerbado, por qual motivo essa pessoa tem direito de interferir na liberdade de outrem?
Se estamos debatendo o raciocínio e não o usuário, abandonemos o user e centremo-nos na raciocínio (isto eu posso debater sem problemas). Existe uma diferença sutil mas muito importante entre não crer em deus ou crer na inexistência de deus - o segundo é uma crença dogmática, muito semelhante a religião; o primeiro é somente conclusão dos estudos conduzidos, não pode ser considerado uma crença da mesma forma que a gravidade não é uma crença, a seleção natural não é uma crença e a corrente alternada não é uma crença... não estou falando que são verdades (absolutamente falando), mas são as melhores interpretações - se você prefere esta palavra - que temos; neste sentido, a grande maioria dos cientistas dirá que tudo o que temos são interpretações, algumas muito bem estabelecidas, outras ainda tateando no escuro... e algumas sequer são consideradas interpretações - não por conta de crença ou ponto de vista, mas porque não há motivo nenhuma para adotar aquela interpretação e abandonar as outras (inclusive as que desconhecemos).
Mas o user foi uma exemplificação descarada dos termos proferidos anteriormente, tanto no aspecto cognitivo quanto perceptivo. Com isso, atribui uma fundamentação sobre a referida conduta como espelho se aplicação nos moldes dos termos supracitados. Pelo qual, alavanca a perca de coerência diante do questionamento de outrem. Ou seja, foi uma experimentação! Comprovada? Além disso, veja bem, na sua hipótese, para ser desconsiderada uma atribuição, diante da crença, o que conclui que uma crença de não crer em deus não é uma crença? Veja bem, se a pessoa não crê em deus, e considera como ponto primordial tal fato, a mesma elucidará os termos cientificamente comprovados para constituir tal fala, logo, isso não é crença, mas um efeito zetético, cuja fundamentação problematizou o fenômeno em questão e apresentou índices para comprar sua hipótese. Com isso, ao invés de ser crença, se derivou uma tese; distante do alarde metafísico. Porém, se a crença de não crer em deus não comprova essa situação, mas prefere não crer em deus, o mesmo questionamento que o interlocutor efetua acaba se aplicando em si mesmo, isto é, a pessoa não pode crer em deus, mas ela pode não crer em deus. Resultado: nenhuma comprova o que diz. No entanto, até o momento, não há uma questão primordial diante disso: cada acredita no que te convém. Entretanto, quando o não crente questiona uma crença fundamentando somente com crença, logo, o raciocínio dessa pessoa se torna contraditório, o que evidencia a perca de legitimidade da sua fala. Ou, da mesma forma, da pessoa utilizar o mesmo conceito que condiciona outrem, mas aplica em outro campo o que criticou, ou seja, daí partimos para um falso moralista; uma demagogia; uma hipocrisia exacerbada diante de tais constatações. Nesse aspecto, insisto, como levar alguém dessa maneira a sério?
Como eu coloquei aqui, se estamos falando da crença na inexistência de qualquer remotamente semelhante ao conceito usual de deus, sim, eu diria que é bastante hipócrita; mas o que eu tenho visto do pessoal ateu aqui é simplesmente uma refutação aos conceitos discretos apresentados do que seria o tal deus - e, neste caso, não há incoerência pois não se trata de crença (a menos que você diga que a Teoria da Gravidade é apenas uma crença também...).
Sim, mas eu não estou criticando o modo da pessoa ser ateu. Todavia, como dito, qualquer pessoa tem o direito de escolher suas especificações. Assim como, da mesma forma, para concluir um fenômeno a mesma foi buscar uma comprovação cientifica para moldar sua análise. Entretanto, como proferida na sua concordância, o questionamento se remete diante do aspecto de crença sobre crença, utilizando uma abstração: uma espécie de crença supracitada! Do qual, remonta constantemente uma afirmação, que não comprova, ou não segue uma linha de raciocínio, para, em detrimento de outro, legitimar sua fala. Daí a incoerência de análise. Pois, diante disso, qual a probabilidade dessa afirmação ter contundência se a própria conclusão do interlocutor é falaciosa? Por isso, o ponto da contradição, pois acaba se tornando o pilar do user que não analisa a própria fala constituída. Isso não se aplica de modo geral em ateu ou cristão, aplica-se, todavia, na linha de raciocínio apontado.
Tipo, criticar a corrupção do governo mas passar por debaixo da roleta? Chamar o Genoíno de ladrão e sonegar impostos? Criticar o Sarney mas não querer registrar a empregada? Reclamar daquele funcionário que compra atestado de médico mas colar na prova? Volto a dizer, o mundo é assim (não digo que deveria ser assim, mas é)... todos são assim, em um assunto ou em outro...
Exatamente! Esse é o ponto e, indiretamente, há sua concordância comigo, em partes. Em partes, pois, não quer dizer uma coisa seja assim; que deva sempre ser assim. Para analisarmos a efetividade de uma norma, seja a mesma de forma explicita ou implícita, há diversos mecanismos a serem percorridos. Porém, diante de um fenômeno, como tal, a conscientização, principalmente, quando se compreende o fenômeno dispõe uma forma de intervir no enigma constatado. Algo que, diante de tal demanda, supre ás necessidades do impacto envolvido e resolve, justamente, uma contradição. Pois, se há valores compartilhados dentro de uma totalidade, por qual motivo permear a conscientização dessa totalidade? Daí a importância de análise da contradição, pois, você inibe o potencial infrator de normas possa aflorar e afinca, com precisão e robustez, uma implacável forma de conceder a importância de um raciocínio: sem modo coercitivo, sem modo imposto, somente com a probabilidade da linguagem, aí os resultados podem ser apresentados. Tudo isso, pois, acabou sendo por causa de um dogma; de uma contradição; de uma hipocrisia; percebe a dimensão do problema e por qual motivo atinge outrem? Por isso, digo e repito, não é porque algo é assim, que sempre deva ser assim...
Vejamos, se um papagaio recita a tabuada inteira, do 1 ao 9, porque aprendeu com o dono, isso faz a tabuada ficar errada? Concordo que podemos concluir, sim, que o papagaio não sabe matemática, que ele não domina o assunto e, provavelmente, se nos aprofundarmos mais, ele cairá em contradição... mas até isso acontecer, a tabuada continua correta e o papagaio - conscientemente ou não - ainda está correto.
Mas, veja bem, animais possuem uma limitação comportamental que inibe avaliar a coerência da conduta. Da mesma forma, poderíamos analisar um ser humano. Se, por acaso, uma humano estivesse sobre efeito de hipnónose ou problemática no ato de reflexo, sua mesma conduta, que pudera acertar uma medida, pode pensar sobre um fenômeno, mas isso não significa que essa pessoa possa agir com coerência. É quando, por exemplo, temos condutas humanas racionais, mas isso não quer dizer que tudo que o humano faz é de algo pensado. Mas, sim, que passa por seu cérebro. Então, da mesma forma que tal animal estava limitado de coerência; o ser humano, diante de tais precariedades, estaria da mesma forma. Entretanto, foi o caso do referido termo levantado por uma contradição? Veja bem, enumerei duas hipóteses: o efeito inconsciente, que prolifera o ID cerebral; ou a hipótese contraditória, que eleva a hipocrisia; quando a pessoa torna-se contraditória. No entanto, nem uma, muito menos outra, se compõe de modo perspicaz. Isso, contudo, não inibe alternância na tabuada, mas, da mesma forma, não inibe um caminho que a pessoa hipnotizada possa ter feito, isso desfaz o caminho? Não, continua por lá, e nem por isso devo considerar essa análise como fator predominante diante do fenômeno. Não concorda?
O problema de ser dogmático, ao meu ver, é exatamente a fragilidade de todo o assunto: você pode falar 1, 2 ou 3 coisas coerentes e fortemente sustentadas, mas se isso foi imposto ao invés de ser compreendido, pode ser facilmente exposto pelo interlocutor - e é por isso que um debate se constitui num vai e vem de perguntas e respostas e não apenas duas palestras separadas. Assim, eu acredito que o problema do papagaio é que ele vai se enforcar sozinho, mas ainda assim, em nenhum momento a tabuada ficou mais ou menos correta...
Depende. Uma coisa é você chegar e dizer: tenho domínio de X, Y e Z, então, posso sustentar meus argumentos. Assim como, do mesmo modo, o interlocutor pode dizer: não tenho domínio de A, C e G, por isso, utilizo o senso-comum para uma exemplificação, e cabem os analistas verificam uma reflexão; com isso, posso participar, mas deixando ciente de minha proliferação. Em outro caso, eu posso dizer: tenho domínio de X, Y, Z, A, C e G (entretanto, ele pode estar blefando, ou tenha um conhecimento parcial) e, então, posso sustentar meus argumentos (sendo que, em contrapartida, a pessoa não pode; mas poderá utilizar ACHISMO para moldar sua fala). Dito isto, partimos para mais duas hipóteses: se tanto nos exemplo 1, 2 e 3, a pessoa constituiu sua fala como vangloriou seu pensamento, para si, não quer dizer que há legitimidade nessa questão. Pois, nos casos 1 e 2, a pessoa possui uma linha de raciocínio que está defendendo, e deixa convicto a sua posição diante de outros fenômenos: foi coerente. Porém, no caso seguinte, o exemplo 3, a pessoa não detinha conhecimento sobre tal, mas não somente foi hipócrita na analise bem como preferiu inibir o seu desconhecimento. Daí o questionamento dentro da sua afirmação: a fragilidade pode ser inibida DESDE QUE o interlocutor reconhecera seus limites, ou explicar em que campo pode aplicar sua fala; enquanto no raciocínio da contradição; cujo efeito dogmático sobressai, a hipocrisia pode ser visível se os analistas verificarem a conjuntura dessa constatação. Por isso, a perca de legitimidade na fala exemplificada anteriormente e posteriormente.
Perceba que temos um palavra muito importante nessa sua linha de raciocínio: REFUTADO. Qualquer argumento refutado perde sua validade, tenha sido ele emitido de maneira dogmática ou de maneira ponderada. Você está colocando todo um contexto que não faz sentido: se o argumento foi refutado e o enunciador não quis se aprofundar na questão, o enunciador está sendo dogmático, sim; mas isso não muda em absolutamente nada em relação ao argumento (da mesma forma, se ele for atrás e perceber seu erro, o argumento não terá mais validade...). Até agora eu estou falando apenas de argumentos bem estruturados e suportados.
Muito pelo contrário. Se o proferido argumento, nessa questão, se constituiu de forma dogmática, não refutação; pois a base da ponderação se elucida com fundamentação e não com achismo. Com isso, não perde validade, pois, crença contra crença, qual crença poder-se-ia ser averiguada? Nenhuma, oras. Pois não houve linha de raciocínio permeada, o que alavanca o senso-comum; que desconhece a própria fala, que dirá compreender a fala de outrem. De tal modo, isso elucida, novamente, a proliferação anterior: dogma. Pois na sua exemplificação, se não houve refutação fundamentada, logo, não há refutação.
Eu devo admitir que eu não tenho uma resposta muito embasada para esta pergunta, mas com os exemplos que eu dei, espero que seja suficiente para perceber que vivemos com dois pesos e duas medidas a maior parte do tempo. Eu vou tentar me aprofundar nisso quando voltarmos aos padres pedófilos...
Mas não há o que ser respondido, é questão semântica: dogma se constitui em não aceitar de problematização, pelo qual se a pessoa critica crença sustentando com crença, ocorre um dogma; uma supracitação de modo que permeia um achismo pelo cansaço, não pelo mérito de fundamentação. Daí a coerência de sua significação!
É a questão da crença na inexistência ou da não-crença. Se você chama a realidade física de campo não-fictício, não, ela não decai em dogmas, crenças e tudo mais. O que outras pessoas podem entender como dogmático, na verdade, é uma evidência científica testada à exaustão; ou são realmente dados arbitrários que não mudará os resultados caso seja trocado por outro dado arbitrário igualmente coerente (como é o caso da Matemática e as constantes universais).
Aí que está: de qual modo o fato de existência e inexistência, não fundamentada, se liberta do termo dogmático sendo que ambas se perpetuam sobre um achismo não fundamentado? Não há como verificar. Pois você considerar o termo metafísico como pressuposto de análise você deveria parte do antônimo da questão e não o sustentar de modo que se contradiz. Daí meu questionamento: criticar A, mas agir como A, e aí, champz, como levar isso a sério? Por isso, não há contundência posterior. Pois se tal fenômeno foi testado, o mesmo aceito problematização, logo, não se constitui de modo dogmático. Daí sua irrelevância. Entretanto, para ser testado, foi aplicada uma fundamentação, pelo qual a superação se constitui pela proporcionalidade e não de modo do efeito egocêntrico. Daí a necessidade de perpetuar o dogma como dogma, que questionado por outro dogma, independente da proliferação, não passará de ser algo além de um dogma. Com isso, exclui a arbitrariedade, pois não é imutável; o que desconsidera o conceito matemático, pois a precisão lógica não se deriva diante da análise subjetiva humana.
Mas se você quer centrar na crítica ao interlocutor, vejamos por outro lado: você diz ser coerente criticar o interlocutor que se usa das mesmas falácias que ele próprio critica, certo? Da mesma forma, temos, então, que qualquer usuário de tais falácias, em qualquer campo do conhecimento, fica automaticamente proibido de criticar o uso de tais falácias, correto? Assim, para qualquer um criticar outra pessoa pelo uso dessa falácias, esse um teria que provar primeiro que não usa tais falácias em nenhum campo do conhecimento para nenhum assunto possível - o que convenhamos, é virtualmente impossível (logicamente falando, é a mesma coisa que afirmar que não existem dragões no mundo). Isso funciona apenas quando você pega dois (ou poucos) assuntos discretos e consegue colocar um paralelo mostrando a constância ou não da linha de raciocínio entre esses assuntos. De novo, se há um ou mais assuntos em que alguém usa uma linha de raciocínio errada, cabe aos debatedores daquele assunto apontar as falácias e corrigir os dados enganosos. Os interlocutores NUNCA devem ser alvos de críticas e seus argumentos nunca podem ser ponderados com base em quem os enuncia...
Eu não estou concentrado a crítica no interlocutor, a questão analisada é a contradição do interlocutor que, diante de uma linha de raciocínio desprezível, acaba denegrindo a liberdade de outrem. Aí não mais questão individual, mas pública; de interferência mesmo! Nesse quadro, para uma análise similar, mas não idêntica a proliferada por minha pessoa, continuemos: primeiro, sim; critico uma contradição sustentada por falácias! Segundo, proibido, não; eu não posso obrigar uma pessoa a agir de tal forma, porém, isso não inibe que a mesma possa sofrer uma sanção. De tal modo, isso poderia ser permeado como refutação. Terceiro, depende; seria uma análise conjuntural diante do seu processo lógico proliferado por minha demanda intersubjetiva: analisa-se somente o que estaria ao alcance, ou seja, o fórum! Quarto, o paralelo se constitui diante da análise conjuntural, então, seria uma análise comparada de tal conduta, na medida do possível. Mas sempre, veja bem, SEMPRE, diante dos termos públicos; o que a pessoa efetua no campo individual não diz respeito a ninguém. No mais, pelo contrário, toda crítica é passível para qualquer interlocutor, não são imutáveis; desde, é claro, que esteja dentro dos parâmetros cabíveis, como o público.
O exemplo do padre pedófilo foi para mostrar como esse duplipensar realmente acontece. Uma pessoa que se diz mensageiro de um ser bondoso, justo, que escolheu uma vida de castidade e renúncia a valores mundanos está abusando sexualmente de crianças. Não é coerente? Não, porque as pessoas não são coerentes 100% do tempo. Isso quer dizer que a caridade que a Igreja fez para os desabrigados no final de semana estava errada? Isso quer dizer que as palavras para acalmar a viúva que acabara de perder o marido não deveriam ter sido ditas? Não. Pense assim, pesquisas já mostraram que a ética e a moral ficam muito mais maleáveis quando alguém que você conhece ou gosta está envolvido no dilema. E isso é tão natural que muitos simpatizam, entendem e até relevam muitos conceitos que têm quando analisando a situação de outrem.
Sim, mas, veja bem, a pessoa somente não se torna coerente quando não detém aprofundamento da questão, quando não estuda; pois aí decai constantemente sua linha de raciocínio, o que alavanca em perda de credibilidade. Todavia, como dito, essa análise pode ser limitada diante do mesmo exemplo citado dos referidos exemplos A, C, G, X, Y e Z. Quando, mentalmente, havia expectativa de conduta adequada e o mesmo, conscientemente, negou tal conduta. Da mesma forma, quando não havia conduta espera e, mesmo assim, foi efetuada uma conduta. Como, da mesma forma, havia expectativa de uma conduta, e a conduta foi realizada dentro do esperado. A diferença, portanto, no último exemplo para os demais foi que a linha de raciocínio do último estava em primor o tempo inteiro. Algo que, paralelamente, outras não estavam por contradição, hipocrisia ou o fator inconsciente proliferado. Com isso, contrariando sua afirmação, ás pessoas podem, SIM, ser 100% coerentes do seu tempo, desde que detenha conhecimento para tal e saiba os limites atuantes. Algo que, dentro de uma teoria do estado, se constituiria em tripartição de poderes, ou tripartição de limites; ou como no caso supracitado, uma tripartição de coerência! Diante disso, tanto no caso da solidariedade da igreja bem como no caso de aconchego para a viúva, não há aplicação, pois o fator generalista da sua hipótese foi formado, sendo que estamos tratando de um paralelo. O fato de ocorrer um equivoco não faz o interlocutor contraditório a sua vida inteira; assim como, da mesma forma, o fato do padro cometer algo ilícito, não o faz criminoso a vida inteira; depende sempre do rompimento de suas crenças ou efeitos que possam ser averiguados. Agora, se você se refere sobre ética e moral dentro do campo individual, estaríamos partindo para um conceito totalmente inverso do que o exposto, pelo qual eu não citei em nenhum momento.
SE você não quer a questão do padre, imaginamos o seguinte: Lewis Caroll, autor de Alice no País das Maravilhas era pedófilo. Você acha que o desenho da Disney deveria deixar de existir? Mel Gibson dirigiu a Paixão de Cristo e foi fichado por agressão doméstica. Vários poetas românticos do Brasil (não tenho certeza se Álvares de Azevedo estava no meio), mataram uma prostituta simplesmente porque a colocaram num caixão, encheram a cara e esqueceram de abri-lo depois - por causa disso, a poesia deles "perde" o valor? E eu poderia dar exemplos aqui até amanhã... a questão é, analise o suficiente uma pessoa e você verá que, em algum ponto, ela se contradiz logicamente.
Mas aí há um fator que não mencionaste. Porém, indo por partes: o fato de o ator ser pedófilo não pode expor, da mesma forma, um efeito patológico? Pois conduta não deixa de ser conduta por um caso, mas o fator inconsciente, levantado anteriormente, não elucida a proposição dessa questão? Da mesma forma, isso se aplica ao caso dos românticos do Brasil: estavam inconscientes. No caso da agressão doméstica, seria uma análise compulsiva de sua conduta que pode existir interferência condicionante ao seu passado. E tantos outros assim... Pois, diante disso tudo, não foi retirado à hipótese inconsciente, pelo contrário, foi fomentado constantemente. No entanto, isso alavancaria uma análise médica e não estaria ao nosso alcance para resolução do problema.
Não. como você mesmo disse, o ARGUMENTO é analisado pela totalidade... e isso não inclui o seu enunciador. Para eu tentar fazer um contraponto, explique para mim qual é a sua interpretação da falácia do apelo à autoridade - você, pelo menos, reconhece que tal falácia existe, certo?
Depende. O que interfere o apelo pela autoridade em uma análise? Não faz diferença se tal interlocutor é X, Y ou Z, o que se deve ressaltar, todavia, é se sua fundamentação possui eloqüência para perpetuar diante de outra afirmação. Daí a necessidade de analisar sua proporcionalidade. Com isso, a totalidade de abrevia diante de uma integridade; onde somente é possível ter conclusão da conduta após filtrar todas e quaisquer hipóteses! Então, oras, não há certeza nisso, há explicação; coisas distintas para um mesmo fenômeno.
Ou você analisa o indivíduo, ou a situação ou o argumento. Volto ao papagaiao, você pode falar que ele está sendo desonesto, você pode falar que ele desconhece matemática (apesar de parecer que conhece), mas nada disso interfere no fato que a tabuada que ele enunciou continua correta...
Como dito, não há como. Por acaso, para analisar uma conduta, que pressupõe a conjunção intersubjetiva de ser, argumento, processo e situação, eu não preciso de sua totalidade? Pois, no seu entender, transparece que eu devo retirar o braço da pessoa, para analisar o outro braço. Ou preciso retirar a perna da pessoa, para analisar seu estômago. Ou precisa arrancar ser e processo, para querer analisar argumentação: não há como! Isso é totalmente desproporcional, ilógica, não vejo como. Veja bem, como é possível analisar um fenômeno e esgotar todas ás probabilidade para permear uma justiça plausível para resolução do caso concreto se você limita tais possibilidade? Como?
Calma lá! Eu disse que ele teve "sorte" se, partindo do pressuposto que ele não fizesse idéia do que ele estava falando, todos os argumentos ainda estavam pertinentes, embasados na ciência e totalmente verificáveis. Eu nunca disse que ele estava usando a sorte para demonstrar o ponto de vista dele.
Mas, veja bem, o fator de você admitir sorte, significa que para você pouco importa a explicação, desde que esteja condizente com a sua linha de raciocínio. Diante disso, partimos para outro utilitarismo da sua parte. Sendo que, em contrapartida, no método cientifico, pouco importa seu resultado, a derivação e legitimidade se constituem a partir da explicação ponderada. No entanto, se você ignora o caminho, como quer chegar à final? Seria a mesma coisa, para exemplificar, em uma corrida todos correrem como dispõe tais regras, isto é, com suas pernas, e no caminho exposto um corredor escorrega, cai em um túnel, percorre um caminho, e sai diante da linha de chega com antecedência. No entanto, ninguém percebe, ele chegou; então é campeão? Pois, dentro da sua lógica, isso é legitimo. Diante disto, há coerência também por sua parte?
Eu ignorei o termo utilitarista pois, como a lógica e a ciência são unânimes, alguém adotar determinada postura em uma situação e mudar essa postura em outra irá, invariavelmente, levar a uma falácia em uma das duas circunstâncias. E, novamente, cabe aos outros interlocutores reconhecerem tal falácia e apontá-la para o bom desenvolvimento do debate (caso contrário, qual seria a razão para ter um debate?). Se alguém consegue adotar duas posturas divergentes com relação à lógica e à ciência e, aparentemente, ele obtem uma boa defesa de ponto de vista nas duas situações, os interlocutores falharam em reconhecer as falácias, indicando que todos ali estavam mal preparados para o debate - o que é ruim para todo mundo...
Aí que está. Eu admitiria sua relevância se formos analisar um crime, por exemplo. Segundo sua hipótese, seria cabível os responsáveis por cada campo desmitificar a questão contraditória exposta. Assim como, em um crime, caberia a cada país determinar o julgamento daquela conduta dentro dos certames do ordenamento jurídico vigente naquela ocasião. Entretanto, você está ignorando sua própria citação de processo lógico. Pois, nesse caso, o crime não aconteceu em outro país, mas foi no nosso mesmo (independente de qual seja). Do qual, na questão exemplificada, se verifica que a contradição, que, por ocasião, apresentou um país, agora buscaria elucidar o fórum. E, inevitavelmente, caberia somente uma comissão julgadora (o tribunal constitucional) perpetuar a medida vigente após esgotar todos os recursos. Então, essa coerência se constitui de modo contundente dentro da minha afirmação, pois está ao alcance de todos (como no tribunal nacional) e não pertencente para outro país (o que elucidaria seu exemplo, mas que não se aplica neste caso). Por isso, a meu ver, não contundência nessa afirmação.
Não, pois a partir do momento que ele traz essa crença com o intuito de relacioná-la ao mundo físico e testável, ele está tão somente debatendo a idéia. NENHUMA idéia pode ser imune a críticas - não é exatamente esse o embrião da ditadura e da tirania? Este é um fórum de discussão... qualquer pessoa que exponha o seu ponto de vista, sobre qualquer assunto aqui, deve esperar que tal assunto seja debatido. Ninguém é obrigado a expor, ninguém é obrigado a concordar...
Depende. Se tal idéia é pertencente a outro campo da liberdade, não há possibilidade de intervir. Agora, se fosse ignorar esse fator, o que alavancaria a medida de intervenção, isso somente se constitui de forma fundamentada; o que elucida sua legitimidade. Porém, ocorre intervenção individual, e não ocorre linha de raciocínio, ocasionando contradição e perpetuando um dogma. Então, insisto, por qual motivo isso deve ser levado a sério? Não há cabimento em admitir que tais discrepâncias sejam impostas se, diante de tudo isso, a conduta averiguada se perpetua de modo incoerente. Ademais, ainda que pudesse ser uma idéia isolada, entraria nos parâmetros elucidados anteriormente: o limite do limite que possibilita o limite, ou seja, a pessoa obtendo coerência de raciocínio, limitando seu campo de atuação, respeitando a liberdade do próximo, constituirá uma liberdade abrange para todos nós. No entanto, não foi isso que aconteceu.
O armamento do Zé interfere na minha liberdade pois, uma vez armado, o Zé pode me coagir, me ameaçar, ou até mesmo me matar. Como a crítica a uma idéia interfere na liberdade pessoal de alguém? E se uma idéia como a religião não pode ser atacada, porque pensamentos preconceituosos e retrógrados (como sexismo, escravidão, anarcocapitalismo) podem? Onde fica essa linha de divisão?
Mas, nesse caso, é cabível a critica, pois interfere na liberdade de outrem. Justamente, como ocorre no presente fenômeno; pelo a qual a contradição de um interlocutor se promove em interferência nas demais ocasionando interferência onde não lhe compete e permeado um raciocínio totalmente contraditório. Oras, da mesma forma, seria o caso referido do seu exemplo; pois de questão individual passou a ser pública, justamente, e novamente, por atingir a liberdade de outrem.
Espero que eu tenha deixado bem claro que eu estou sempre falando em ciências. Ao que eu entendo, interpretação é algo pessoal e não excludente - ou seja, a sua interpretação não nega necessariamente a minha. E na ciência, isso não é verdade... a água pura em condições normais de temperatura e pressão entra em ebulição a 100°. Isso não está aberto a debate e não está vinculado a nenhuma interpretação. Isso é uma verdade - não absoluta, pois, por definição, é impossível provar uma verdade absoluta.
Depende da interpretação. De tal modo, que, em busca da verdade, pode se propor em excluir ás divergentes. Daí o abuso incondicional da verdade. Pois a verdade, propriamente dita, se tornou utilitarista; e o utilitarismo somente atende aqueles que lhe convém, como o modo de justificação ou legitimidade de uma conduta em detrimento da outra. Algo que, lias, é justamente o referido termo elucidado. Agora, se, dentro de tais condicionantes, ocorre análise, eu não estaria negando a sua, pelo contrário, estaria desmitificando sua hipótese na pretensão de buscar a resposta adequada que condiciona o presente fenômeno. Aldo que, dito em outras palavras, se constituiria diante de uma proporção analítica para a melhor exemplificação dos referidos conceitos. Todavia, com isso, acaba sendo contraditória sua afirmação; pois verdade não é um conceito adequado para ciência; verdade é imutável, sendo que ciência se modifica constantemente. Nesse aspecto, se haveria verdade a sua água, do seu exemplo, por definição, em pressão por estar em 100°, poder-se-ia questionar se o campo que está sendo averiguada tal água pode modificar sua temperatura. No entanto, prevendo tal hipótese, você mesmo afirma que, por definição, não é absoluta. Mas, oras, se verdade é absoluta e você usa, mas no seu exemplo se permita mutação, não soa contraditório ambos os conceitos? De tal modo que, nessa linha de raciocínio, acaba sendo inadequado utilizar o conceito verdade para permear uma linha de raciocínio. Do tipo, ou é ou não é, ou, afinal, existe contradição cabível?
Se estamos falando de ciências, o individual não faz parte. Se Deus não pode ser comprovado cientificamente, ele não faz parte do campo científico, mas isso obriga-o necessariamente, a sair do campo científico totalmente. Trocando em miúdos, se Deus não pode ser comprovado cientificamente, não podemos subjulgar nada da ciência a ele, exatamente porque nunca teremos a comprovação de que ele foi o responsável por aqueles fenômenos; por outro lado, se ele necessariamente foi o responsável, ele tem que ser provável, caso contrário, como surgiu a premissa de "necessariamente responsável"?
Mas o ponto não se tratou da metafísica, pois, tal certame, explicativo, foi derivado da explicação equivocada de utilizar verdade como feitio explicativo; o que, em suma, seria equivocado. Daí tal indagação. Ainda assim, isso não exemplifica uma obrigação do abandono cientifico mesmo com tal fenômeno sem comprovação. Pois, a partir do momento que ocorre um ‘’sair’’ do âmbito cientifico para um debate insolúvel, você está entrando nas mesmas regras do jogo que estão expostas. No entanto, isso decai em contradição; afinal, como ser cientifico e ser metafísico ao mesmo tempo? É meio de outro mundo, não?
Agora, se você está falando de áreas não-científicas, realmente, o fator humano é de extrema importância. E exatamente por isso que nenhum sociólog vai te dizer que uma civilização está "mais correta" que outra. Por isso que todos os filósofos são citados até hoje; e por isso que eu deixei bem claro desde o começo da discussão que estamos falando ciências, pois o pensamento lógico fica muito difuso em áreas onde o juízo de valor tem peso importante na discussão.
Aí que está: para análise probatória, não há condição de ignorar questões anti-cientificas quanto ao individuo se sua própria análise pode se constituir cientifica: é contraditório! Por isso, insisto, que tal referido termo individual somente foi averiguado por atingir a própria liberdade individual e não, como dito, inseparável do campo analítico. Caso contrário, como supracitado, torna o raciocínio contraditório e não alavancaria uma medida sensata como modo de resolução do presente fenômeno. Com isso, pelo contrário, não seria a análise filosófica a ser permeada, onde tal se constitui em grande parte por uma abstração, mas, sim, tanto a análise comportamental individual, por psicólogo; quanto na análise social, por um sociólogo. Logo, não separação do termo ou não-termo, é indissociável essa análise, e aceitar diferente disso, em minha concepção, é cair na contradição alheia. Algo que, por sinal, por incrível que pareça, tem tudo a ver com o referido fenômeno em questão.
Agora eu não entendi. Se a resposta adequada é a que deve ser aceita até uma nova resposta aparecer; e essa resposta adequada é inerte a críticas, então como a nova resposta vai aparecer? E se a verdade deve ser considerada tal até que uma nova verdade apareça, porque não podemos dizer que a primeira verdade era apenas uma verdade "adequada"? A minha pergunta tinha 3 opções, e você não deu nenhuma delas diretamente. Engraçado como esse é um ponto que sempre tem alguém criticando nos seus posts... prefere que eu coloque a), b) ou c) para facilitar a resposta?
Pelo contrário, para uma nova resposta ser permeada, deve-se, pois, ser ciente de criticas e, diante do exposto, é que tal interlocutor, via proporção, analisará sua legitimidade. Diante disso, não ocorre ‘’inércia’’ da referida resposta; o que ocorre é evolucionismo, algo para além do que foi superado. Além disso, como dito, utilizar verdade é confuso, equivocada, inadequada o referido termo para moldar uma linguagem, ainda assim, a primeira verdade não seria adequada, pois, devido não aceitar problematização; o que acarretaria em crença; conservação; imutação; e excluiria hipóteses futuras de resolução. Por isso, o termo verdade, é inadequado, por ser imutável; sendo que a mutação cientifica é constante. Ademais, eu respondi sua pergunta. Veja: você perguntou se buscar a verdade ou quem mais sabe do assunto, onde o referido parágrafo inteiro foi à resposta, seria o mais importante em uma discussão? Eu disse que, todavia, verdade é um conceito inadequado, pois, por ser imutável, não há discussão; o que ocorre é troca de experiências, no máximo. Sendo que a busca da resposta que maior se constitui, seria a resposta adequada da discussão, pois, todavia, para viabilidade do debate, ocorreu um fenômeno problemático; do qual, todo empecilho se remete em uma solução. Entretanto, se for permeado a ciência, o que pressupõe, também, a justiça; nada mais contundente do que procurar a resposta mais adequado. Logo, foi respondida sua pergunta. Bastava uma questão de interpretação, mesmo.
Importaria de aprofundar um pouco mais ou eu devo simplesmente achar que foi um ataque superficial e sem base? Hei, eu não me importo, dado o nível de ataques que eu já ganhei, este é quase uma gentileza...
Haha’ Interpretar como gentileza foi gentil da sua parte. No entanto, não ocorre ataque, o que ocorreu, nesse debate, no máximo, pode ter sido uma retórica ou ironia mesmo. Provocação é efetuada com os demais, que deixam evidente uma hipocrisia ou talvez seja algo inconsciente mesmo. Ainda assim, o há vários termos que você utiliza ‘’certo’’, ‘’errado’’, ‘’verdade’’, e todos, dentro da referida afirmação anterior e a presente exposto, foi questionado que é equivocada tal utilização. Com, inclusive, probabilidade de contradição, como no exemplo da água, se não me engano.
Áreas não científicas podem usar o método científico, mas isso não faz delas ciências. E isso é uma coisa boa. Eu, particularmente, fico muito satisfeito em saber que a Sociologia não tem uma resposta única para diversas questões. Que não podemos analisar um livro ou um quadro com um teste duplo-cego e verificar qual tinha razão, Ziraldo ou Machado de Assis. Isso não quer dizer que não existe metodologia, ou que não exista estudo... mas não são essas características que define uma área do conhecimento com científica.
Há milhares de características cientificas dentro de um campo. Contudo, é curiosa sua afirmação de que, todavia, utilizar metodologia não é sinônimo de feito cientifico. Oras, se precisou de método, o inclui processo de análise, por qual motivo foi utilizado? Exemplifique! Além do mais, o feitio sociológico se constitui da mesma forma anterior que foi averiguado o exemplo do cientista político. Para tanto, basta trocar o termo ‘’partido’’ por ‘’classe’’ (como índio, classe A, B e C, e tudo mais) e os números com suas devidas explicações aparecem. O fato de existir subjetividade não exclui a hipótese de um domínio consensual, desde que, veja bem, isso seja utilizado dentro de uma proporção. Para exemplificar, basta analisar um caso do tribunal, onde os índios-kaiowás perderam terras, mas, salve data vênia, com a utilização de uma série de senso-comum das redes sociais; exemplificação história; estatística e constitucional, ás terras foram devolvidas para os índios. Então, como assim o feitio sociológico não existe cientificidade?
Começou a lambança de novo. Existe uma diferença muito importante entre um argumento estar correto e uma linha de raciocínio estar correta. O argumento é a parte atômica de uma discussão, enquanto uma linha é construída com o acoplamento de vários argumentos de maneira encadeada, lógica e coerente. Assim, é perfeitamente possível um argumento estar correto, dentro de uma linha de raciocínio falha - o fato de eu usar a gravidade da Terra para explicar como os aliens viriam de Marte para cá apenas pulando alto o suficiente em seu planeta natal não implica que a Terra não tenha gravidade. E, pelo simples fato que ninguém está certo o tempo todo, duas linhas de raciocínio não precisam, necessariamente estarem ambas corretas ou ambas erradas só porque foram enunciadas pela mesma pessoa. Ou você diria que um ganhador do prêmio Nobel não tem o direito de errar?
Discordo. Basta analisar o argumento anterior da corrida que insere no mesmo feitio da sorte: se ainda que o caminho percorrido, vencido, pudesse ocorrer por sorte, isso preveria uma legitimidade? Não! Então, por isso a incoerência. Da mesma forma, que foi questiona o desenvolvimento de uma tese; a análise do corpo, enfim, infinitude de maneiras de verificar de que não legitimidade em termo proferido como sorte. Além disso, analisar um fato ignorando suas condicionantes torna o raciocínio limitado, o que inviabilizaria a busca da resposta adequada. Dessa forma, não contundência de aceitação da medida, uma vez que sua formação foi derivada de modo não legitimado, ou, dito de outra forma, de modo dogmático. A não ser, veja bem, A NÃO SER que tal preposição seja aceita diante de uma crença, aí não há o que analisar. Pois ocorre revogação de todas ás medidas analíticas para tal concepção. De tal modo que, mais uma vez, o erro do premiador do prêmio Nobel se constituiria diante da sua coerência conjuntural, algo que expliquei como limite do limite para se permear o limite. Acidentes acontecem, mas aceitar o acidente de modo legitimo com propósito do mérito chega a ser um absurdo.