Quando um ateu se explodir e matar inocentes por causa de sua postura a equivalência entre fanatismo fará sentido, até lá, a diferença entre violência e palavras é gigantesca. Quando for o ateísmo o motivador de terrorismo, ai pode-se pensar em equivalência. Não é bem isso que vemos na atualidade.
Quem vai decidir a forma "correta" de se fazer críticas? E a liberdade para a parodia, humor. O fato é que fanáticos não tem senso de humor, e se eles recorrem a violência, são eles, e APENAS ELES, que devem ser combatidos. Atacar quem fala ou escreve, se não estiver incentivando crimes, de forma direta, é culpar as vitimas. É o mesmo procedimento que os defensores do capitalismo fazem, vc é pobre pq não se esforça, não quer, a culpa é sua.
Democracia é um valor fundamental para mim, mas eu jamais mataria alguém por criticar esse valor. Alias, eu jamais mataria ninguém por nenhuma ideia, apenas ações poderiam me motivar a ações contrarias. E isso não é por acaso, se trata de um principio da vida em sociedade, não recorrer a violência para resolver divergências. Quem recorre está errado e para mim isso é central de ser compreendido. (apenas em circunstancias muito especificas contra um governo tirânico não democrático faz sentido uma revolta popular)
Os ateus que cometem erros, e excessos, merecem apenas o que vc e eu fazemos nesse fórum, criticas com palavras. E no máximo, se for o caso de calunia ou ofensa moral, processo civil. Mas cercear o direito de falar o que pensam jamais. É a mesma liberdade dos ateus é a que os religiosos tem de responder, com palavras. Quando usam a violência, perdem a razão.
Vc minimiza o poder das palavras, uma crítica ao objeto da crença de bilhões de pessoas é sentido como se fosse uma facada no coração, transforma-se numa revolta irremediável para uma boa parte, a sede de justiça é insaciável, e buscam fazê-la de todos os modos, mesmo que distorcida.
Já discutimos isso também, quem vai decidir a forma correta de se criticar, é a consciência e o bom senso dos críticos, aliado ao conhecimento, respeito e consideração. Não existe paródia quando o assunto é crença, talvez com os religiosos, líderes religiosos, alguns posicionamentos, mas com a crença jamais, em hipótese alguma, não é questão de não ter senso de humor, é uma questão de reverência, algo que é difícil para os incrédulos compreenderem, mas que fundamenta a relação entre o crente e Deus.
Não defendo fanáticos, nem de um lado nem de outro, pra mim o fanático que mata em nome da religião pratica uma violência tão grande quanto o fanático que insulta Jesus Cristo, ou outro símbolo de outras crenças, embora eu as desconsidere, porém respeito. A questão é que o ateu fanático é descompromissado com o respeito e com a consideração, ele procura dar um golpe baixo pq não possui princípios, e quer ver o religioso ferver pois o intuito dele é provocar discórdia, é um desnorteado, não entende a dimensão daquilo que critica, o que gera reações absolutamente desproporcionais por parte de alguns, que podem fazer vítimas que não tem nada a ver com a irresponsabilidade dos que provocaram, percebe como ambos os fanatismos podem ser altamente violentos?
Eu apoio posições moderadas de ambos os lados, baseadas no respeito, na consideração, no bom senso, como gente civilizada faz, um tipo de relação diplomática.
Tenho uma tia que é médica, mas é crente até dizer chega, as coisas que eu ouço ela falar jamais esperaria de alguém que foi para uma escola de medicina, inacreditável.
Vc acha incompatível alto grau de instrução conviver com crença religiosa? se sim sugiro voltar as aulas de história e sair mais a rua, pois se vc não sabe os primeiros centros acadêmicos de transmissão massivo de conhecimento, surgiram justamente dentro da igreja católica, com monges e padres de preletores das mais diversas áreas do conhecimento humano, já ouviu falar em Mendel? se não, procure e verá muitos iguais a ele.
Conheço uma professora doutora em biologia molecular e genética, desenvolve pesquisas com medicamentos pra tratamento de câncer no seu laboratório, ela afirmou categoricamente que prefere trabalhar com pessoas que acreditam em Deus, pois tendem a ser mais compromissadas e coletivizar os benefícios, e que ateus podem ser custosos, eu particularmente vi preconceito na fala dela e não compartilho dessa visão, só pra mostrar que ela, assim como vários outros professores que conheço, tem sua crença, tem seus princípios e não abrem mão deles por nada, mesmo dominando com excelência os temas científicos de suas áreas.
O problema de alguns ateus é que eles insistem e teimam em permanecer com a cabeça lá na idade média, eles não conseguem dissociar aquela imagem da igreja católica arcaica perseguidora de cientistas, com a crença dinâmica atual, mil anos se passaram e eles pensam que a relação entre ciência e religião se mantém da mesma forma, fazendo as mesmíssimas críticas clichês de séculos e séculos, sinceramente não saberia dizer se a é pura e genuína ignorância, ou se é a falta absoluta de argumentação a favor da sua crítica, ainda estou por analisar isso.