Assuntos Militares - [ TÓPICO DEDICADO ]

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Não é bem assim... Lembre-se que a Ucrânia obviamente só vai liberar vídeos de seus soldados fazendo tudo certinho, nunca as cagadas, e só vão liberar vídeos dos russos fazendo cagadas, nunca quando fazem certo.

A mídia ocidental também vai ser tendenciosa, por motivos óbvios.

Já na mídia russa, deve ser exatamente o inverso.

Tudo é filtrado.

Então, mas eu vejo vídeos dos dois lados se estrepando, só que o lado russo é muito mais "porraloka", e se formos ver os vídeos gerais dos caras, é da cultura deles serem assim.

Em um dos vídeos um russo se esquiva d'um drone, que não se ativa e explode ao cair, daí o que o bendito do russo faz? Arremessa o lançador RPG no drone, a 1,5 metro de distância dele; é claro que o drone explodiu... com ele junto.

:sefu::lol2:
 
Então, mas eu vejo vídeos dos dois lados se estrepando, só que o lado russo é muito mais "porraloka", e se formos ver os vídeos gerais dos caras, é da cultura deles serem assim.

Em um dos vídeos um russo se esquiva d'um drone, que não se ativa e explode ao cair, daí o que o bendito do russo faz? Arremessa o lançador RPG no drone, a 1,5 metro de distância dele; é claro que o drone explodiu... com ele junto.

:sefu::lol2:

Novamente, só verá os vídeos que a ucrânia interessa divulgar.

Dentro da Rússia deve ser a mesma coisa, só vídeos de ucranianos se estrepando.

Mídia oficial nas guerras é a coisa mais enviesada do universo.
 
Não precisa mentir tanto, 3 mentiras numa só frase.
antisemitismo velado ainda é antisemitismo, cantar aquela musiquinha "from the river to the sea" é pedir a destruição/aniquilação de Israel e seu povo então sim, mete pau pedra e tiro de borracha nos vagabundos.
--- Post duplo é unido automaticamente: ---

no mais, esse canal do "art da guerra" e o "hoje no mundo militar", os dois à 200km por hora....
 
Novamente, só verá os vídeos que a ucrânia interessa divulgar.

Dentro da Rússia deve ser a mesma coisa, só vídeos de ucranianos se estrepando.

Mídia oficial nas guerras é a coisa mais enviesada do universo.

Não tem "Novamente", até porque em momento algum eu defendi os ucranianos como torcida de futebol, comentando inclusive que ambos os lados fazem umas loucuragens, mas os russos são diferenciados porque a cultura deles é muito diferente do que o Ocidente está acostumado. E essa diferença naturalmente se reflete no campo de batalha de todas as formas.

 
Após perder 6 unidades (20% da força de 31 tanques) em cerca apenas 3 meses, Ucranianos retiram o Abrams da linha de frente.

O Abrams ficou famoso nas guerras do golfo após sucessos verdadeiramente espetaculares contra os iraquianos. Contudo, era precisa levar em conta que enfrentava tanques russos muito velhos (dos anos 60 e 70) e que sofriam de péssima manutenção, os iraquianos não tinha armas anti-tanques mais modernas como mísseis ou drones e as táticas por eles usadas eram sofríveis. Além disso, o terreno totalmente aberto do deserto tornava quase impossível emboscar os tanques americanos, e como se não bastasse, os americanos também tinham superioridade aérea total, jamais seus tanques foram atacados por aviões ou helicópteros.

Era um ótimo tanque? Sim, mas o Abrams combateu no golfo com TODAS as vantagens a seu favor.

Na Ucrânia, a coisa é diferente.

Hoje eles enfrentam mísseis russos muito mais modernos, enfrentam drones (o grande terror dos tanques nessa guerra, sejam ucranianos ou russos), estão em terreno fechado, com mata e elevações, ou terreno urbano, que permite armadilhas e emboscadas. E agora, são os russos que possuem superioridade aérea, ainda que parcial, e uma grande quantidade de helicópteros e aviões anti-tanques. Além disso, não se sabe se os ucranianos tiveram tempo de treinar suficientemente com esse equipamento.

E claro, os russos conhecem muito bem o Abrams e sabem que calcanhar de aquiles dele é a grande assinatura térmica do motor a turbina.

Para evitar mais perdas, foram retirados da frente de batalha (especula-se que talvez os americanos tenham solicitado para evitar queimar a imagem de seu equipamento, mas é só especulação)

 
Então, mas eu vejo vídeos dos dois lados se estrepando, só que o lado russo é muito mais "porraloka", e se formos ver os vídeos gerais dos caras, é da cultura deles serem assim.

Em um dos vídeos um russo se esquiva d'um drone, que não se ativa e explode ao cair, daí o que o bendito do russo faz? Arremessa o lançador RPG no drone, a 1,5 metro de distância dele; é claro que o drone explodiu... com ele junto.

:sefu::lol2:
Você já viu os vídeos da contraofensiva ucraniana no ano passado? Tanques andando em linha reta em campo minado sem veículo de remoção de minas na frente da fileira, soldados sendo atropelados ao desembarcar de veículos de infantaria quando o piloto dava ré sobre os companheiros entre outros.
Guerra é caos. Recrutas com meses de treinamento em ambientes controlados farão merda sim ou sim ao entrarem em campo de batalha. Isso, levando em consideração, que esses dois exércitos combatentes são os mais preparados para esse tipo de guerra e isso só se aprende no caos das disputas. Não é a troco de nada que o treinamento padrão OTAN se mostra inútil para os ucranianos como eles mesmos afirmam:
https://www.lemonde.fr/en/internati...them-nato-manuals-didn-t-apply_6140349_4.html

Por isso que as brigadas mais experientes só atuam em batalhas mais específicas e estrategicamente mais relevantes.
Usar os menos experientes como ponta de lança sempre foi tática militar e será. A questão é o quanto você tem desse perfil para queimar. Na Ucrânia, nesse sentido, estão pegando gente na rua à força:

()

Além de colocarem mulheres na linha de frente e diminuir a idade de recrutamento. Eles podem receber armas e mais armas. Sem gente, elas não adiantam nada. Por isso é guerra de atrito e a artilharia reina "limpando" os campos e diminuindo a capacidade militar inimiga. Não é a troco de nada que a Rússia produz mais munição de artilharia do que a OTAN inteira:

https://edition.cnn.com/2024/03/10/...shell-production-us-europe-ukraine/index.html

Por fim, o exército russo é uma potência e, hoje, está maior do que quando essa fase do conflito começou em fevereiro de 2022. Os próprios setores de inteligência estadunidenses e o departamento de defesa americano sabem disso muito bem. Basta clciar no link do pronunciamento do General Christopher G. Cavoli, USA Opening Statement e verificar o que ele aponta. Em todo caso:

"Russia remains a capable threat beyond Ukraine, and it’s necessary to examine what43 has and has not happened to the Russian military in Ukraine. Russia poses the most stressing44 nuclear, biological, and chemical threat in the near-term and will continue to retain WMD45 capabilities in the medium and long term. First and foremost, Russia’s nuclear forces have been46 unaffected by the conflict, and Russia retains the largest arsenal of deployed and non-deployed47 nuclear weapons in the world. These continue to present an existential threat to the U.S.48 homeland, our Allies, and our partners. Additionally, Russia continues to modernize its nuclear49 forces, and continues to pursue efforts to develop nuclear-capable intercontinental ballistic50 missile systems, nuclear-armed hypersonic boost glide vehicles, nuclear-powered cruiseUNCLASSIFIED3UNCLASSIFIED51 missiles, nuclear-powered underwater drones, anti-satellite weapons, and orbital nuclear52 weapons.5354 Moreover, during this conflict Russia’s strategic forces, long range aviation, cyber55 capabilities, space capabilities, and capabilities in the electromagnetic spectrum have lost no56 capacity at all (...)".

O conflito na Ucrânia é uma proxy war que engajou mais gente e aliados no Ocidente dessa vez, diferentemente do que aconteceu na guerra contra a Geórgia que, inclusive, foi iniciada por eles na Ossetia como investigações extensivas da União Europeia descobriram há mais de uma década atrás:
"
The responsibility for a war between Georgia and Russia in August last year in which 850 people were killed and over 100,000 fled their homes turns on one key point. Was a Russian invasion of the breakaway province of South Ossetia already under way on the night of 7 August when Georgia opened fire? Had Russian tank columns passed through the strategic Roki tunnel, between North and South Ossetia, as Tbilisi claimed? Or did Georgia fire first, with an artillery and rocket barrage on Tskhinvali, as Russia maintained?

In more than 1,000 pages of analysis, documentation and witness statements, an exhaustive investigation by the European Union yesterday found in Russia's favour."

Link da reportagem do The Guardian está aqui, inclusive com direcionamento para os documentos citados: https://www.theguardian.com/commentisfree/2009/oct/01/russia-georgia-south-ossetia.

A Rand Corporation, think tank dos EUA que ajuda a direcionar a política externa dos governos do país, mostrou os custos e riscos de "provocar" a Rússia. Inclusive, falam que fornecer armamentos letais para a Ucrânia geraria um risco alto a ponto da operação sair do controle. Além do mais citam elementos da estratégia da guerra híbrida, típica dos tempos atuais, que deveriam ser empregadas, como:

"Diminishing faith in the Russian electoral system would be difficult because of state control over most media sources. Doing so could increase discontent with the regime, but there are serious risks that the Kremlin could increase repression or lash out and pursue a diversionary conflict abroad that might run counter to Western interests.

Creating the perception that the regime is not pursuing the public interest could focus on widespread, large-scale corruption and further challenge the legitimacy of the state. But it is hard to assess whether political volatility and protests would lead to a more extended Russia—less able or inclined to threaten Western interests abroad—or to a Russia more inclined to lash out in retaliation or to distract, making this a high-risk option.

Encouraging domestic protests and other nonviolent resistance would focus on distracting or destabilizing the Russian regime and reducing the likelihood that it would pursue aggressive actions abroad, but the risks are high and it would be difficult for Western governments to directly increase the incidence or intensity of anti-regime activities in Russia.

Undermining Russia’s image abroad would focus on diminishing Russian standing and influence, thus undercutting regime claims of restoring Russia to its former glory. Further sanctions, the removal of Russia from non-UN international forums, and boycotting such events as the World Cup could be implemented by Western states and would damage Russian prestige. But the extent to which these steps would damage Russian domestic stability is uncertain."

Segue link do resumo do relatório, de 2019, citado acima: https://www.rand.org/pubs/research_briefs/RB10014.html.

O script do conflito estava pronto há bastante tempo.
 
Última edição:
n precisa lacrar tanto

Seria bem mais proveitoso se você debatesse o assunto do post com algum argumento, em vez de simplesmente sempre ignorar o conteúdo, não trazer nenhum contra-argumento e apenas sempre replicar (para todo mundo) com "você é socialista/comunista/direitista/lacrador/fascista/nazista" e etc. de forma tão absolutamente repetitiva, infantil e sinceramente, estúpida.

Até no geral isso seria infantilidade, aqui no papo cabeça é bem pior que isso.
 
Última edição:
Mensagem com quebra na formatação em relação ao outro post. Moderação pode deletar.
 
Última edição:
Seria bem mais proveitoso se você debatesse o assunto do post com algum argumento, em vez de simplesmente sempre ignorar o conteúdo, não trazer nenhum contra-argumento e apenas sempre replicar (para todo mundo) com "você é socialista/comunista/direitista/lacrador/fascista/nazista" e etc. de forma tão absolutamente repetitiva, infantil e sinceramente, estúpida.

Até no geral isso seria infantilidade, aqui no papo cabeça é bem pior que isso.
e quem vai levar a serio postagem de militante chorando dos eua? se for pra começar com essas bostas aqui, so postar no geral ou aguentar
 
Vídeo de um míssil atingindo um Abrams, segundo o locutor, o Abrams é fácil de atingir por causa da grande emissão de calor do motor a turbina.



Diferença dos blindados dos EUA e dos russos. O Abrams foi atingindo a provavelmente e tripulação sobreviveu, já no caso do blindado russo quem estava dentro virou "purpurina".
 
Última edição:
Abrams capturado em direção a Moscou;

"NATO tanks have finally reached Moscow. But there's a catch."





Vídeo de um míssil atingindo um Abrams, segundo o locutor, o Abrams é fácil de atingir por causa da grande emissão de calor do motor a turbina.


Agora os russos chegam em Kiev e a revolução chega no ocidente
urrah comrade
 
Você já viu os vídeos da contraofensiva ucraniana no ano passado? Tanques andando em linha reta em campo minado sem veículo de remoção de minas na frente da fileira, soldados sendo atropelados ao desembarcar de veículos de infantaria quando o piloto dava ré sobre os companheiros entre outros.
Guerra é caos. Recrutas com meses de treinamento em ambientes controlados farão merda sim ou sim ao entrarem em campo de batalha. Isso, levando em consideração, que esses dois exércitos combatentes são os mais preparados para esse tipo de guerra e isso só se aprende no caos das disputas. Não é a troco de nada que o treinamento padrão OTAN se mostra inútil para os ucranianos como eles mesmos afirmam:
https://www.lemonde.fr/en/internati...them-nato-manuals-didn-t-apply_6140349_4.html

Por isso que as brigadas mais experientes só atuam em batalhas mais específicas e estrategicamente mais relevantes.
Usar os menos experientes como ponta de lança sempre foi tática militar e será. A questão é o quanto você tem desse perfil para queimar. Na Ucrânia, nesse sentido, estão pegando gente na rua à força:

()

Além de colocarem mulheres na linha de frente e diminuir a idade de recrutamento. Eles podem receber armas e mais armas. Sem gente, elas não adiantam nada. Por isso é guerra de atrito e a artilharia reina "limpando" os campos e diminuindo a capacidade militar inimiga. Não é a troco de nada que a Rússia produz mais munição de artilharia do que a OTAN inteira:

https://edition.cnn.com/2024/03/10/...shell-production-us-europe-ukraine/index.html

Por fim, o exército russo é uma potência e, hoje, está maior do que quando essa fase do conflito começou em fevereiro de 2022. Os próprios setores de inteligência estadunidenses e o departamento de defesa americano sabem disso muito bem. Basta clciar no link do pronunciamento do General Christopher G. Cavoli, USA Opening Statement e verificar o que ele aponta. Em todo caso:

"Russia remains a capable threat beyond Ukraine, and it’s necessary to examine what43 has and has not happened to the Russian military in Ukraine. Russia poses the most stressing44 nuclear, biological, and chemical threat in the near-term and will continue to retain WMD45 capabilities in the medium and long term. First and foremost, Russia’s nuclear forces have been46 unaffected by the conflict, and Russia retains the largest arsenal of deployed and non-deployed47 nuclear weapons in the world. These continue to present an existential threat to the U.S.48 homeland, our Allies, and our partners. Additionally, Russia continues to modernize its nuclear49 forces, and continues to pursue efforts to develop nuclear-capable intercontinental ballistic50 missile systems, nuclear-armed hypersonic boost glide vehicles, nuclear-powered cruiseUNCLASSIFIED3UNCLASSIFIED51 missiles, nuclear-powered underwater drones, anti-satellite weapons, and orbital nuclear52 weapons.5354 Moreover, during this conflict Russia’s strategic forces, long range aviation, cyber55 capabilities, space capabilities, and capabilities in the electromagnetic spectrum have lost no56 capacity at all (...)".

O conflito na Ucrânia é uma proxy war que engajou mais gente e aliados no Ocidente dessa vez, diferentemente do que aconteceu na guerra contra a Geórgia que, inclusive, foi iniciada por eles na Ossetia como investigações extensivas da União Europeia descobriram há mais de uma década atrás:
"
The responsibility for a war between Georgia and Russia in August last year in which 850 people were killed and over 100,000 fled their homes turns on one key point. Was a Russian invasion of the breakaway province of South Ossetia already under way on the night of 7 August when Georgia opened fire? Had Russian tank columns passed through the strategic Roki tunnel, between North and South Ossetia, as Tbilisi claimed? Or did Georgia fire first, with an artillery and rocket barrage on Tskhinvali, as Russia maintained?

In more than 1,000 pages of analysis, documentation and witness statements, an exhaustive investigation by the European Union yesterday found in Russia's favour."

Link da reportagem do The Guardian está aqui, inclusive com direcionamento para os documentos citados: https://www.theguardian.com/commentisfree/2009/oct/01/russia-georgia-south-ossetia.

A Rand Corporation, think tank dos EUA que ajuda a direcionar a política externa dos governos do país, mostrou os custos e riscos de "provocar" a Rússia. Inclusive, falam que fornecer armamentos letais para a Ucrânia geraria um risco alto a ponto da operação sair do controle. Além do mais citam elementos da estratégia da guerra híbrida, típica dos tempos atuais, que deveriam ser empregadas, como:

"Diminishing faith in the Russian electoral system would be difficult because of state control over most media sources. Doing so could increase discontent with the regime, but there are serious risks that the Kremlin could increase repression or lash out and pursue a diversionary conflict abroad that might run counter to Western interests.

Creating the perception that the regime is not pursuing the public interest could focus on widespread, large-scale corruption and further challenge the legitimacy of the state. But it is hard to assess whether political volatility and protests would lead to a more extended Russia—less able or inclined to threaten Western interests abroad—or to a Russia more inclined to lash out in retaliation or to distract, making this a high-risk option.

Encouraging domestic protests and other nonviolent resistance would focus on distracting or destabilizing the Russian regime and reducing the likelihood that it would pursue aggressive actions abroad, but the risks are high and it would be difficult for Western governments to directly increase the incidence or intensity of anti-regime activities in Russia.

Undermining Russia’s image abroad would focus on diminishing Russian standing and influence, thus undercutting regime claims of restoring Russia to its former glory. Further sanctions, the removal of Russia from non-UN international forums, and boycotting such events as the World Cup could be implemented by Western states and would damage Russian prestige. But the extent to which these steps would damage Russian domestic stability is uncertain."

Segue link do resumo do relatório, de 2019, citado acima: https://www.rand.org/pubs/research_briefs/RB10014.html.

O script do conflito estava pronto há bastante tempo.


Por favor, não me leve a mal, mas são questões diferentes.

O ponto que você levantou, sobre o caos, falhas táticas e estratégicas, é indiscutível e não discordo dele, pois essas coisas realmente podem acontecer e realmente acontecem mesmo. O meu ponto é que a cultura russa é diferenciada, e isso não é uma crítica ou um elogio. Aliás, o leste europeu tem um jeitão deles mesmo.

Há um vídeo bem interessante, d'um oficial russo, que ficou pistolaço com a sua AK ter emperrado durante o tiroteio, daí ele volta pra trincheira, arremessa sua AK longe, senta e tira a bota. E tudo isso enquanto os ucranianos estão avançando pela trincheira.

Mais uma vez, não estou alegando que os ucranianos são fodões, que o Ocidente é fodão nem nada do tipo, mas é notável que culturalmente eles são muito peculiares, assim como vemos o quão diferentes de nós são os japoneses, por exemplo.

O Coronel Farinazzo, logo no comecinho da guerra, já alertava que a forma com que os russos combatem é totalmente diferente do Ocidente, contrariando os especialistas pro-Ocidente, que optaram por fazer renascer a ideia de "Guerra Fria".

Sobre o texto em inglês: desde 2014 o Ocidente forçou essa guerra. Aliás, a ideia de colocar a Rússia como vilã do mundo nunca foi removida desde a queda da União Soviética.
 
Diferença dos blindados dos EUA e dos russos. O Abrams foi atingindo e provavelmente e tripulação sobreviveu, já no caso do blindado russo quem estava dentro virou "purpurina".

Não é assim que funciona, tudo depende de onde foi atingido.

Como o ponto fraco ao Abrams é a emissão alta de calor do motor a turbina, que facilita muito travar no alvo, é quase certo que este Abrams aí foi atingido justamente no motor, como aliás mostra a filmagem. Como o motor é lá atrás e fica isolado do resto do tanque, sua destruição dificilmente vai ferir a tripulação. Contudo, um tanque sem motor é um tanque morto para todos os efeitos, e será capturado facilmente.

Mas se o Abrams sofresse um impacto direto na torre ou pelos lados que perfurasse a blindagem, muita gente lá dentro iria morrer ou ser seriamente ferida, como qualquer outro tanque, isso é certo.

A mesma coisa acontece com os tanques russos, mas estes tem um ponto fraco diferente do Abrams: Como os russos preferem usar carregamento automático do canhão (atira mais rápido e economiza pelo menos 1 tripulante), as balas precisam ficar dispostas em círculo ao redor da torre. Mas se a torre é perfurada e uma das balas atingida, , há grande chance das balas explodirem, por isso as vezes vemos tanques russos sem a torre, que sai voando com a explosão. E claro, isso matará a maior parte da tripulação. Nos americanos, o carregamento é manual e as balas ficam alojadas atrás da torre em um compartimento isolado.

Mas se o tanque russo fosse atingido em qualquer outro lugar, aí o dano seria igual à do Abrams e a chance de sobrevivência da tripulação também seria igual , as blindagens compostas e reativas de hoje em dia são muito parecidas em todos os main battle tank do mundo (russo, EUA, alemanha, inglaterra, etc)

Tanto que também vemos imagens de tanques russos com torre intacta, mas incapacitados pois o motor, a lagarta ou outra perte vital foi atingida. Nesses casos a tripulação se salva, da mesma forma que no Abrams. Inclusive, há filmagens de tanques russos em guerras passadas onde vemos o tanque ser atingido por várias RPG e sair um monte de fogo pela boca do canhão e pela escotilha de cima, mas logo depois vemos as portas laterais sendo abertas e alguns tripulantes saindo aparentemente sem ferimentos.

Para vc ver como os tanques russos são sim muito resistentes, olhe esse impressionante vídeo onde um T-90 recebe DEZENAS de impactos diretos de artilharia anti-tanque e continua andando e atirando sem grandes danos (nenhum tiro perfurou a blindagem) , até que finalmente é paralisado (motor ou lagarta ou sistema óptico atingido) e aí sim destruído por um drone, mas toda a tripuação sobreviveu, exceto 2 homens que só foram foram mortos quando tentaram fugir dos destroços, e 1 foi capturado. Ou seja, nenhum das dezenas de impactos, explosões e tiros sofridos não machucou ninguém.

"Video released by Kyiv’s 47th Mechanized Brigade shows the US-supplied vehicle hammering a Russian T-90 armored tank at close range in the town of Stepove in Donetsk — with the salvo disabling the target, according to a report from the UK’s Telegraph newspaper on Thursday.After the Bradley’s guns disabled the tank, an armed drone moved in for the kill, the report said.The crew of the heavy-duty Russian tank survived the initial barrage, but two were killed after fleeing the wreckage and a third was captured, the outlet reported."

 
Última edição:
Por favor, não me leve a mal, mas são questões diferentes.

O ponto que você levantou, sobre o caos, falhas táticas e estratégicas, é indiscutível e não discordo dele, pois essas coisas realmente podem acontecer e realmente acontecem mesmo. O meu ponto é que a cultura russa é diferenciada, e isso não é uma crítica ou um elogio. Aliás, o leste europeu tem um jeitão deles mesmo.

Há um vídeo bem interessante, d'um oficial russo, que ficou pistolaço com a sua AK ter emperrado durante o tiroteio, daí ele volta pra trincheira, arremessa sua AK longe, senta e tira a bota. E tudo isso enquanto os ucranianos estão avançando pela trincheira.

Mais uma vez, não estou alegando que os ucranianos são fodões, que o Ocidente é fodão nem nada do tipo, mas é notável que culturalmente eles são muito peculiares, assim como vemos o quão diferentes de nós são os japoneses, por exemplo.

O Coronel Farinazzo, logo no comecinho da guerra, já alertava que a forma com que os russos combatem é totalmente diferente do Ocidente, contrariando os especialistas pro-Ocidente, que optaram por fazer renascer a ideia de "Guerra Fria".

Perfeito! Sim, há uma certa diferença de mentalidade dos russos, na verdade de todo o leste europeu (incluindo Ucrânia)

Eles por exemplo não tem escrúpulos em destruir metade do país se for o caso para deter um invasor, basta lembrar que Moscow foi totalmente queimada na invasão de Napoleão, que chegou lá e encontrou só escombros e nenhum suprimento, daí teve que voltar no inverno e quase todo mundo morreu.

E na segunda guerra Stalin elaborou o mesmo plano: Ir destruindo tudo à medida que os alemães avançavam pelo país rumo à Moscow, e lutar rua por rua, casa por casa para desgastar os alemães ao máximo e se preciso fosse (igual aconteceria em Stalingrado mais tarde), evacuar e destruir totalmente Moscow, mudando o governo pro meio da Rússia caso Moscow fosse capturada. Não foi preciso, pois os alemães chegaram perto da cidade mas já muito desgastados e precisaram parar até chegar reforços, mas o inverno e a lama terríveis atrasaram muito isso e, ao mesmo tempo, os japoneses atacaram Pearl Harbour. Assim que soube do ataque, Stalin, que mantinha 1,2 milhões de homens na Manchúria temendo uma invasão japonesa (aliados de Hitler), viu que os japoneses não poderiam enfrentar uma guerra em 3 frentes (Pacífico, China e URSS) e trouxe esse mundaréu de soldados para Moscow e fizeram uma contra-ofensiva, daí nunca mais os alemães tiveram chance de tomar a cidade.

Não consigo imaginar um país europeu os os EUA fazendo isso, imaginem destruir Paris, New York (ou Londres) para atrapalhar um inimigo.


Sobre o texto em inglês: desde 2014 o Ocidente forçou essa guerra. Aliás, a ideia de colocar a Rússia como vilã do mundo nunca foi removida desde a queda da União Soviética.

Sim, o próprio Henry Kissinger ( secretário de estado dos EUA nos anos 60 e 70, atuou no comando da guerra do Vietnan) disse várias vezes nos anos 90, quando URSS colapsou, que o ocidente deveria aproveitar a "oportunidade de ouro" e rapidamente assumir o vácuo de poder ajudando a Rússia e inclusive trazendo ela para a OTAN, do contrário o caos no país levaria a outro sistema totalitário (como aconteceu na Alemana no fim da primeira guerra e foi previsto por Keynes) que seria de novo inimigo do ocidente. Era muito melhor ter a Rússia como aliada, mesmo porque a China já estava se fortalecendo.

Foi totalmente ignorado, e em 2001 surgiu do caos exatamente o que ele previra, Putin

Em 2014, ele escreveu uma longa carta criticando ferozmente a OTAN e EUA dizendo que eles foram os responsáveis por Putin e pela invasão da Krimeia, por ignorarem o que ele disse nos anos 1990, e que em breve a Rússia iria dar muito mais dor de cabeça.

Claro que foi totalmente ignorado, de novo.
 
Por favor, não me leve a mal, mas são questões diferentes.

O ponto que você levantou, sobre o caos, falhas táticas e estratégicas, é indiscutível e não discordo dele, pois essas coisas realmente podem acontecer e realmente acontecem mesmo. O meu ponto é que a cultura russa é diferenciada, e isso não é uma crítica ou um elogio. Aliás, o leste europeu tem um jeitão deles mesmo.

Há um vídeo bem interessante, d'um oficial russo, que ficou pistolaço com a sua AK ter emperrado durante o tiroteio, daí ele volta pra trincheira, arremessa sua AK longe, senta e tira a bota. E tudo isso enquanto os ucranianos estão avançando pela trincheira.

Mais uma vez, não estou alegando que os ucranianos são fodões, que o Ocidente é fodão nem nada do tipo, mas é notável que culturalmente eles são muito peculiares, assim como vemos o quão diferentes de nós são os japoneses, por exemplo.

O Coronel Farinazzo, logo no comecinho da guerra, já alertava que a forma com que os russos combatem é totalmente diferente do Ocidente, contrariando os especialistas pro-Ocidente, que optaram por fazer renascer a ideia de "Guerra Fria".

Sobre o texto em inglês: desde 2014 o Ocidente forçou essa guerra. Aliás, a ideia de colocar a Rússia como vilã do mundo nunca foi removida desde a queda da União Soviética.
Entendo. Essa diferença cultural existe, claro. Ela também irá se manifestar na própria guerra. O meu ponto é de que essas falhas em táticas e estratégias não estão vinculadas, necessariamente, à cultura.
 
Para verem como qualquer tanque, mesmo os melhores do mundo, podem ser destruídos se atingidos de forma precisa em um ponto crítico, da mesma forma que podem resistir a dezenas a impactos sem grandes danos se não atingirem pontos críticos.

O vídeo mostra como um tanque russo T-72B3, que nem é o tanque russo mais moderno (a primeira versão é de 1969) destrói um Abrams no primeiro tiro. E também mostra outros 2 Abrams destruídos, cada um atingido por apenas 1 drone.

Tiro de sorte? Pode ser, mas a tripulação deste T-72B3 em particular é considerada experiente . Falta de treinamento da tripulação ucraniana do Abrams? Muito provável. E segundo os russos, foram identificados, além do motor, 2 pontos fracos no casco do Abrams, e as tripulação russas são treinadas para acertar estes pontos.

Mas isso mostra que tudo depende de onde e como o tanque é atingido.

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Última edição:
As coisas não estão indo bem para os EUA ultimamente.

Outros líderes africanos já sinalizaram que pedirão a saída dos EUA e cederão o espaço para os Russos. Talvez no futuro, para os Chineses.

Os russos nem esperaram os americanos saírem, já foram ocupando partes da base.

Tropas russas entram em base que abriga militares dos EUA no Níger​


 

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