O que você ACHA é irrelevante. Achismo não é racional. Ninguém argumentou que "uma pessoa do interior deveria ter mais prioridade do que uma pessoa da capital". Até porque tal afirmação seria claramente ridícula. Ninguém acredita nisso. Ninguém argumentaria isso. Então pra começar você montou um espantalho do meu argumento, fácil de bater. Eu argumentei que há cidades pequenas do interior que receberam completa expansão de banda larga com infra-estrutura GPON com FTTH, enquanto muitas capitais não. No caso de Florianópolis e outras capitais, elas estão sendo apenas marginalmente beneficiadas com fibra no trajeto de última milha. Apenas bairros afastados de capitais aonde não havia penetração de banda larga de mínima qualidade estão recebendo fibra. Logo em seguida eu afirmei textualmente que: "(...) por uma série de motivos ainda não é lucrativo expandir a rede de fibra aqui, em bairros de alta densidade". O que você acha que isso significa? O que eu estou querendo dizer? Será que eu estou dizendo, como você quis distorcer, que eu deveria ter mais prioridade justamente por morar numa capital? Você acha que a NET, Vivo, etc, tem um modelo, apresentado numa sala de reunião, onde engenheiros decidem prioridade para expansão com base apenas em "essa população é da capital, essa é do interior, logo nossa prioridade é com pessoas que moram na capital". Ninguém afirmaria isso. Ninguém decide assim. Ninguém acredita nisso, nem eu e nem as ISPs. Ao afirmar TEXTUALMENTE que "por uma série de motivos ainda não é lucrativo" está explicito que eu estou admitindo que o modelo de decisão das ISPs é muito mais complexo do que "pessoas da capital merecem prioridade, interior não". Logo, é ridículo você distorcer minha afirmação como se eu achasse que eu deveria ter prioridade apenas por morar numa capital. Existem inúmeros fatores que entram no modelo de decisão de implementação ou expansão de banda, demográficos (urbanização, densidade populacional, etc), institucionais (governança em geral, política, regulamentação do estado, município, etc) que enviesam e até distorcem o processo e a construção do modelo mediante as estratégias de crescimento da empresa e o nível de competição (margem de lucro). A estratégia da Vivo é diferente da NET e que é diferente da GVT antiga, até porque ambas estão e estavam em situações diferentes. Tudo isso afeta o retorno de investimento da rede idealizada pelo modelo de decisão. Fica claro que o modelo da VIVO para certas regiões é dominar com fibra certos municípios pequenos em certas situações com determinadas características. E deixar certas capitais, em alguns bairros, com certas características, para depois. Mesmo que, por exemplo, numa capital rica existam X ou Y pessoas dispostas a pagar um premium por pacotes residenciais de velocidades altíssimas (300mb, 500mb, etc), mesmo esse cenário não iria cobrir os custos de deixar para traz o par metálico e implementar a fibra. Mesmo assim, os custos iniciais de cobrir uma cidade pequena toda com fibra acabam sendo menores e ótimos mediante o modelo e a estratégia de longo prazo da empresa. Não vou mais perder o meu tempo respondendo para você. Minha afirmação textual deixou claro que eu estou ciente que existem inúmeros fatores complexos que determinam a expansão de fibra ótica e não que eu quis dizer que deveria receber prioridade só por morar em capital.
Uma leitura mais intelectualmente honesta do que eu disse permitiria NO MÁXIMO dizer que eu discordo da estratégia da empresa ou que eu penso que existem fatores institucionais que fazem o modelo da empresa dar mais ênfase para expansão em certos municípios menores. E não fazer esse comentário passivo-agressivo sem sentido que deixa entender que eu acho que mereço ser priorizado apenas por morar em capital.
É o que eu vou fazer.