Você acredita em DEUS? -=Topico Infinito=- [2]

Então quer dizer que não há qualquer similaridade entre os termos “mito” e “mitologia”, e os termos “crendice”, “conhecimento falacioso”, “ignorância” e “erro”? Qual a diferença fundamental entre essas “gamas de mentiras”, ou se assim preferir, entre esses “termos”? :hmm2:

Em uma explicação bem superficial, mitologia se refere, de forma variada, ao conjunto de mitos de um grupo populacional ou o estudo de tais mitos. Mitos são narrativas popularmente difundidas, empregadas na explanação da natureza, história e costumes.​

O mito é uma característica de todas as culturas. Muitas fontes para as suas formulações já foram propostas, variando da personificação da natureza ou de fenômenos naturais, relatos verídicos ou hiperbólicos de eventos históricos até a explicação da existência de condutas rituais. Nas estruturas culturais, a mitologia coletiva de certa comunidade fornece auxilio na transmissão e expressão de pertencimento, experiências religiosas e compartilhadas, modelos comportamentais, ensinamentos morais e práticos.

Os estudiosos de mitologia comparada do Século XIX reinterpretavam os mitos como uma contraparte primitiva e falha da Ciência (E. B. Taylor), uma “patologia da linguagem” (Max Muller) ou uma interpretação errônea de rituais mágicos (J. G. Frazer). Entretanto, abordagens recentes, muitas vezes, analisam os mitos como manifestações de verdades psicológicas, culturais ou sociais, ao invés de descrições históricas imprecisas.

Considerando que não sou professor de universidade, e não estamos no meio acadêmico, e sim num fórum - especificamente no tópico sobre a crença (ou descrença) em Deus (contendo inúmeras controvérsias, contradições e as opinião dos membros), considere que a Verdade, o Absoluto, o conceito puro ou a objetividade são vagos ou inexistentes (não estamos lidando com objetos das ciências naturais, exatas e nem com objetos das linguagens de programação), então que cada “alma-corpo” ou indivíduo-consciência expresse sua subjetividade-relatividade, manifeste a vontade ser o que é, e de seguir seu próprio caminho em função dos atos e valores que julgar mais elevados: acho que isso é tudo (ou nada; ou o suficiente). Mas posso aqui, sugerir um critério (e termos) que talvez soe bastante interessante aos “Espíritos Livres”: enquanto uns tendem a colocar a autoridade dos valores e conceitos fora de si mesmos, outros fazem exatamente o oposto - pois aqueles que são capazes de compreender e se fazer entender aos demais, a seu bel prazer e naquilo que desejarem expor, são muito mais livres do que aqueles cuja integridade intelectual limita sua percepção e ponto de vista àquilo que seu horizonte permite.

Acredito que entendi o que você quis dizer, mas (se estiver certo em minha interpretação daquilo que foi escrito) observo sua fala como posicionada em um perspectivismo cego que não admite sua condição como ponto-de-vista. De certo, TODA PERCEPÇÃO É LIMITADA ÀQUILO QUE SEU HORIZONTE LHE PERMITE. E isso independe da integridade intelectual do "individuo percebedor". Trata-se de uma reflexão epistemológica fundamental (e básica).

No mais, gostaria de pedir perdão por muito daquilo que venho escrevendo.
De fato, tenho minha vida vinculada ao meio acadêmico por tanto tempo que me acostumei a cobrar de quase todos com quem interajo como se nele estivessem.
Entretanto, e novamente, gostaria de posicionar essa "Mea Culpa" naquilo que já expressei:

De certa forma, por ter estudado ritual e religião de uma forma acadêmica séria e metodologicamente rigorosa por tanto tempo, quando vejo tópicos que simplificam os conceitos e contextos de maneira tão grave eu acabo por tentar comentar a respeito, principalmente quando vários usuários se baseiam em argumentos de cientistas e filósofos que não estudam tais hábitos e fenômenos e, dessa forma, possuem, apenas, uma opinião informal sobre tais questões. O que proponho é que vocês tentem ler alguns estudos vindos do campo dos Estudos Rituais e dos Estudos da Religião, que são as áreas modernas e seculares de pesquisa nesse assunto (evitando se basear unicamente em textos teológicos, para a defesa de argumentos religiosos, ou em textos físicos e filosóficos, para seu detrimento).

Quando se trata do conceito de Ciência, também sugiro que leiam o que o campo da História da Ciência e da Filosofia da Ciência vem produzindo sobre o assunto. Acredito que muitos aqui tem em "Ciência" algo muito diferente daquilo que os estudos do campo concebem.

De forma geral, vejo - na maioria dos posts desse tópico - um entendimento metafórico e caricaturado de "Ciência" e "Religião" que não condiz com aquilo que se tem no meio acadêmico. Entretanto, assumo que a interpretação popular dos conceitos, embora, muitas vezes superficial quando comparada ao seu trato profissional, tem papel fundamental na ilustração da mentalidade e das ideologias socioculturais (Em termos grosseiros, tratam-se de "programas de verdade", aparentemente opostos, mas, de fato, intercomunicados).

 
“Como em qualquer área da atividade humana, ninguém se daria ao trabalho de ler sem que houvesse alguma expectativa de recompensa. Imaginemos com que boa vontade leríamos o mais tedioso dos livros se sua compreensão nos permitisse desvendar a localização de um tesouro — só que o tesouro em questão não são barras de ouro, mas empregos mais bem remunerados e prestígio social, uma vantagem a mais sobre a competição. Isso porque, em regra, ninguém gosta realmente de estudar, mas da sensação de poder proveniente da erudição. Mesmo aqueles raros indivíduos cujo lazer consiste, por vontade própria, na leitura de pesados volumes, não podem ser vistos como exceções, já que encontram no próprio aprendizado motivo suficiente para justificar seu esforço. Ainda assim, seria difícil acreditarmos que não há nenhum motivo, nenhuma ambição inconfessa por detrás de um ócio tão construtivo. Não é outro o motivo pelo qual tantos se orgulham da leitura de longos livros enfadonhos. Sendo um esforço hercúleo cujo lucro líquido em erudição não nos indeniza pelo enfado, passamos a exigir que os demais cubram o prejuízo na forma de reconhecimento. Nesse sentido, é interessante observar que é muito comum recebermos recomendações de livros e mais livros, todos ótimos, todos excelentes. Lendo-os, entretanto, é raro encontrarmos algo que esteja à altura de tais elogios. Considerando que a maioria dos livros é ruim, inclusive muitos dos clássicos, não espanta que quase tudo o que nos recomendam seja o mais completo lixo. Logicamente, recomendam livros ruins simplesmente porque perderam tempo lendo-os. Elogiam tais livros apenas para elogiarem a si próprios. O tempo é valioso e, quando o investimos, não há volta. No fim de uma leitura, poucos conseguem admitir que apenas perderam tempo. Preferem enganar-se. É importante que estejamos atentos a tal fato, ou perderemos muitas horas em busca de tesouros que simplesmente não existem. O valor dos livros ruins é declarado meramente pela vaidade dos que perderam tempo lendo-os. Como todos leem esperando, direta ou indiretamente, algum lucro na forma de aprendizado, nenhum tipo de livro é mais odiado que os herméticos, cheios de preliminares, rebuscamentos e rodeios desnecessários. Envolver o sentido de uma ideia com uma dura casca gramatical, como se fosse uma castanha de ouro, é prestar-lhe uma homenagem excessiva. Ideias dignas de valor se fazem reconhecer por si mesmas pelo modo admirável como enriquecem nossa visão, de modo que as sentimos como uma agradável surpresa. Embrulhá-las várias vezes com letras douradas não tornará o conteúdo mais valioso. É comum gastarmos um longo tempo interpretando certo texto pedante e hermético para, no fim, descobrir que seu conteúdo não passava uma obviedade embalada como algo valioso. Com razão o leitor se sentirá enganado, pois o autor, numa tentativa de parecer profundo, complicou suas teorias desnecessariamente. Por mais difícil que uma ideia seja, por mais orgulho que seu dono possua de tê-la concebido, qualquer esforço no sentido de torná-la mais difícil de ser apreendida não passará de uma valorização excessiva pela qual será punido com o desprezo de seus leitores. Situação semelhante seria a de alguém que deixasse um bilhete preso à geladeira avisando que só voltará mais tarde porque o carro quebrou. Porém, imaginando que isso fará com que levem a sério sua mensagem, escreve o bilhete em latim e o enterra no quintal, deixando preso à geladeira apenas um mapa cheio de mensagens enigmáticas. O esforço para que alguém chegue a compreender seu recado não será compensado pelo valor de suas ideias. Temos a impressão de que indivíduos dessa espécie leram livros difíceis, não entenderam, e então passaram a imitá-los por questão de estilo, pensando que é glamoroso dizer banalidades incompreensíveis. Seria mais justo que tais autores escrevessem livros sobre enigmas, palavras cruzadas ou charadas, pois ao menos assim seus leitores não sentiriam que estão diante de um impostor, de alguém que escreve para esconder seus pensamentos. A clareza na exposição das ideias é o sinal distintivo de um autor que confia no valor daquilo que diz. Deixar que, sob o pretexto do estilo, ideias óbvias sejam adornadas e maquiadas até se tornarem irreconhecíveis é a admissão de que, em si mesmas, não valem sequer o papel em que estão impressas. É perdoável que, por exemplo, na poesia, uma área que valoriza a estética tanto quanto o conteúdo, haja passagens que devam ser muito interpretadas para que se tornem compreensíveis, mas isso apenas se justifica se, igualmente, o efeito estético resultante estiver à altura da dificuldade de interpretação. Como se, depois de passar um longo tempo tentando descobrir o segredo de um cofre, víssemos em seu interior um objeto tão belo que nos fizesse, com um sorriso no rosto, esquecer todo o esforço necessário para abri-lo. Mas é comum, pelo contrário, encontrarmos no interior do cofre apenas um bilhete dizendo “parabéns, caro leitor, pois demonstrou ter inteligência para resolver meu enigma; sua recompensa é tê-lo resolvido; sorria”. É impossível não revoltar-se como quem, no fim no mês, não recebesse salário algum, mas apenas um bilhete elogioso. Ler poesia é como ouvir música com os olhos: se não nos encanta, não serve para nada.” [“Sobre a leitura e a reflexão”, André Cancian]
No mais, gostaria de pedir perdão por muito daquilo que venho escrevendo. De fato, tenho minha vida vinculada ao meio acadêmico por tanto tempo que me acostumei a cobrar de quase todos com quem interajo como se nele estivessem. (...)

Sem problema Thalesmms, até que você foi simpático e cordial, acompanho e gosto de ler o que você escreve no fórum, gosto de conversar/interagir com você. :)

“Dotados de curiosidade, buscamos entender o funcionamento do mundo e devemos agir de acordo com as nossas descobertas, pois esperar dele uma essência que nós gostaríamos de encontrar pode ser reconfortante, mas leva a resultados que dependem da nossa capacidade de ignorar os dados que refutam nossas crenças mais íntimas. Afinal, se somos naturalmente enviesados, não seria mais útil aprendermos a usar tal viés em nosso favor? Se há uma configuração biológica que pode nos levar a escolhas impulsivas e relativamente inconscientes, não seria justo que a usássemos para nos “empurrar” àquilo que planejamos conscientemente?” [Jairo Moura]

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Acredito que entendi o que você quis dizer, mas (se estiver certo em minha interpretação daquilo que foi escrito) observo sua fala como posicionada em um perspectivismo cego que não admite sua condição como ponto-de-vista. De certo, TODA PERCEPÇÃO É LIMITADA ÀQUILO QUE SEU HORIZONTE LHE PERMITE. E isso independe da integridade intelectual do "individuo percebedor". Trata-se de uma reflexão epistemológica fundamental (e básica).

O pensamento é uma faculdade limitada - mas extremamente versátil, e deve buscar e ter diante de si apenas aquilo que lhe é útil (e agradável, se possível).

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De forma geral, vejo - na maioria dos posts desse tópico - um entendimento metafórico e caricaturado de "Ciência" e "Religião" que não condiz com aquilo que se tem no meio acadêmico. Entretanto, assumo que a interpretação popular dos conceitos, embora, muitas vezes superficial quando comparada ao seu trato profissional, tem papel fundamental na ilustração da mentalidade e das ideologias socioculturais (Em termos grosseiros, tratam-se de "programas de verdade", aparentemente opostos, mas, de fato, intercomunicados).

De fato, temos uma fome por conhecimento (e é vasto o cardápio). Somos seres sencientes e conscientes, inclinados para os afetos e a resolução de problemas quotidianos, ou melhor, seres “errantes” (visto que muito de nossas experiências e aprendizado é adquirido por vias de tentativa e erro).

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“Man Reading” - 1883, Georges Lemmen

Em uma explicação bem superficial, mitologia se refere, de forma variada, ao conjunto de mitos de um grupo populacional ou o estudo de tais mitos. Mitos são narrativas popularmente difundidas, empregadas na explanação da natureza, história e costumes. O mito é uma característica de todas as culturas. Muitas fontes para as suas formulações já foram propostas, variando da personificação da natureza ou de fenômenos naturais, relatos verídicos ou hiperbólicos de eventos históricos até a explicação da existência de condutas rituais. Nas estruturas culturais, a mitologia coletiva de certa comunidade fornece auxilio na transmissão e expressão de pertencimento, experiências religiosas e compartilhadas, modelos comportamentais, ensinamentos morais e práticos. Os estudiosos de mitologia comparada do Século XIX reinterpretavam os mitos como uma contraparte primitiva e falha da Ciência (E. B. Taylor), uma “patologia da linguagem” (Max Muller) ou uma interpretação errônea de rituais mágicos (J. G. Frazer). Entretanto, abordagens recentes, muitas vezes, analisam os mitos como manifestações de verdades psicológicas, culturais ou sociais, ao invés de descrições históricas imprecisas.
(...) Grato pelas respostas. É notável a sua sinceridade e honestidade intelectual. Espero que não leve nada do que eu disse (e estou dizendo) para o lado pessoal, é só minha maneira de expressar. E também, sou do tipo de gente que gosta mais de cooperar do que competir. :) (...)

“Minha vida não será, apesar de tudo, mais do que uma existência poética.” [Soren Kierkegaard]​

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Neil deGrasse Tyson: “Podemos ser zoológicos de alienígenas”, diz um dos principais astrofísicos da atualidade. Para Neil deGrasse Tyson, somos burros demais para os ETs se interessarem pela nossa tecnologia - mas pode ser que eles nos observem só para se divertir, por Helô D’Angelo (Superinteressante).
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Nosso planeta pode ser um Big Brother intergaláctico mantido por alienígenas. Parece ideia de maluco, mas pense bem: até que os ETs apareçam por aqui, não dá para provar o contrário.

E não é teoria de bar – quem disse isso foi o astrofísico Neil DeGrasse Tyson, na conferência Starmus, na Espanha. Para ele, só há três certezas: a vida alienígena existe, é muito mais inteligente do que a nossa e não está nem aí para o nosso planetinha azul.

Em sua palestra, Tyson afirma não acreditar que a humanidade conseguirá entrar em contato com uma civilização alienígena – pelo menos, não como os filmes e livros de ficção científica profetizam.

De acordo com o cientista, qualquer vida extraterrestre desenvolvida deve ser muito mais inteligente que os seres humanos, e, por isso, fazer contato seria uma perda de tempo para eles – nos destruir, então, deve dar até preguiça.

Para explicar, o astrofísico comparou: “Os alienígenas inteligentes devem nos ver do mesmo jeito que você vê uma lagarta”. É, ninguém quer parar o que está fazendo para bater um papo com uma lagarta sobre a tecnologia dela. O físico continua: “Mesmo que você quisesse matar todas as lagartas do mundo, você rapidamente ficaria entendiado e iria fazer outra coisa.”

A mesma coisa seria verdade para os ETs, afirma Tyson: “nos aniquilar seria, no máximo, chato para eles.”

Então, a única coisa que os alienígenas fariam (se realmente nos encontrassem), seria nos transformar em uma espécie de zoológico, só para poderem nos observar e se divertir com isso.

Para o cientista, pode ser que os ETs estejam fazendo a política terráquea ficar maluca só para dar umas risadas. Ele deu exemplos: a crise do Brexit e a eleição dos Estados Unidos (e também seria uma boa resposta para todas as coisas ruins que têm acontecido no Brasil...).

Mas o mais provável, diz Tyson, é que eles não tenham se esforçado tanto. É que, numa escala intergaláctica, podemos ser tão burros que os aliens talvez nem tenham notado que por aqui existe vida inteligente. É um tapa na cara, mas o cientista coloca em perspectiva: “só nos achamos inteligentes porque nós é que decidimos o que é ser inteligente.”

“As bactérias que vivem em nossos intestinos veem os humanos apenas como um recipiente de matéria fecal a serviço delas. Esse é o propósito da vida humana para elas”, diz ele.

As bactérias são muito diferentes dos humanos, mas se nos compararmos aos nossos parentes mais próximos, os primatas, dá para ter uma ideia melhor de como os alienígenas nos veriam: “Nós não conseguiríamos compreender mesmo os pensamentos mais simples dessa raça evoluída. Da mesma forma que um macaco não consegue entender as nossas frases mais simples. Para uma raça hiper inteligente, a mente brilhante de Stephen Hawking poderia ser equivalente à de um bebê extraterrestre”, ele conclui.

Fonte: Superinteressante

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“A maioria dos indivíduos sequer reconhece que, ao ler, está entrando em contato com outra pessoa que tenta dizer-lhe alguma coisa, exatamente como em uma conversa. Há uma espécie de repúdio automático, um preconceito que a impede de reconhecer que ler se trata de entrar em contato com as ideias de outro ser humano, não de uma atividade excêntrica à qual alguns indivíduos superdotados e chatos se dedicam por motivos incompreensíveis. Parece que, num diário, numa carta, fala-se de um mundo real; num livro, fala-se de um mundo imaginário que não nos diz respeito para além das portas da universidade. Nem todos os livros dizem a verdade porque humanos também mentem por escrito, assim como em conversas; nem todos são interessantes porque nem todos têm algo interessante a dizer, ou porque não sabem expressá-lo de modo cativante. Assim como dialogar com certas pessoas pode ser entediante e, com outras, muito interessante, o mesmo ocorre com os livros. Pelo mesmo motivo que somos criteriosos na seleção de nossas amizades, devemos escolher cuidadosamente os livros aos quais dedicamos nosso tempo. Repudiar a leitura porque alguns livros são maçantes é o mesmo que rejeitar quaisquer amizades porque certos indivíduos nos aborrecem. Muitos menosprezam a leitura porque, quando o assunto é conhecimento, parece-nos à primeira vista que aprender algo numa conversa, numa aula ou numa leitura seria exatamente a mesma coisa. Que diferença faz se o conhecimento que queremos está na cabeça de outrem ou em folhas de papel? Muita. Em interações sociais, aprendemos muito pouco, e isso por dois motivos. O primeiro é que a maioria dos indivíduos tem pouco a nos ensinar que seja de nosso interesse. O segundo é que, mesmo que alguém tenha algo a nos ensinar, e mesmo que esteja disposto a fazê-lo, muitas vezes o conflito de vaidades impede que o aprendizado ocorra. Como priorizamos o teatro social, o conhecimento e a reflexão acabam em segundo plano. Perdemos inúmeras oportunidades de aprender simplesmente porque estamos preocupados demais em impressionar, em provar que somos superiores. Aquilo que temos a dizer sempre parece mais importante que aquilo que temos a ouvir. O fato, entretanto, é que só aprendemos quando estamos com a boca fechada. Ao repetir como papagaios aquilo que já sabemos, isso só garante que nada de novo chegará aos nossos cérebros. Numa leitura a situação é diferente, pois não sentimos nossa vaidade ser afrontada. Não estamos disputando nem tentando provar algo, pois não há testemunhas. Ninguém rirá se formos refutados, se não entendermos alguma passagem. Estamos anônimos, protegidos da vergonha pública. Então, enquanto numa conversa, por motivos óbvios, não podemos falar tudo o que nos passa pela cabeça, numa leitura poderemos pensar o que quisermos sem qualquer receio. Isso explica por que aquele que lê aprende muito mais que aquele que apenas conversa. Teoricamente, o resultado deveria ser o mesmo, mas não é. Num debate intelectual, quase tudo se resume à guerra de orgulhos, à troca de farpas. Se o que queremos é conhecimento, estamos apenas perdendo tempo. Por outro lado, numa leitura, também há uma guerra, só que de ideias, coisa que favorece grandemente nosso crescimento intelectual. A leitura, mesmo sendo um diálogo, cria uma atmosfera impessoal extremamente propícia ao aprendizado, colocando não o ego, mas a reflexão como prioridade. Imersos num livro, situamo-nos num universo no qual inexistem interesses pessoais e sociais. Isso tudo fica em segundo plano. No domínio do intelecto, tudo é conhecimento, e o único interesse é o entendimento. Sem espectadores, a vaidade adormece, e vemo-nos aptos a refletir livremente. Esse distanciamento é o que torna a leitura eficiente, mas também gera a impressão de que livros não dizem respeito à realidade. Parece-nos que o autor é um personagem de ficção. Parece-nos que ele é o próprio livro, que nasceu dentro dele, não que o escreveu. Sentimo-nos um pouco ridículos ao discutir com um bloco de papel, pois temos a impressão de estar falando sozinhos, ou seja, perdendo tempo. Se nossa intenção for fazer amigos ou impressionar os demais, isso não deixa de ser verdade. Entretanto, se quisermos aprender, o diálogo com livros é o melhor caminho.” [“Sobre a leitura e a reflexão”, André Cancian]
 
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Seja quais forem as respostas que você estiver buscando...
... sua condição humana lhe limita de encontrá-las...
... consiga deixar de ser humano por um momento...
... livre-se de todas as suas ideologias e medos...
... e então a sua nova percepção revelará...
... o que um humano jamais perceberia.

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Última edição:
“Se você não vive por alguma coisa, então você morrerá por nada.” (...) “É quando estamos entre a vida e a morte que nos sentimos mais vivos.” [Provérbios Vikings]

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“Como educador, eu desejo que as pessoas sejam fundamentalmente curiosas e questionem as ideias que eles têm ou que outros têm. Nesse estado de espírito, eles ganharam uma espécie de inoculação contra o pensamento confuso dessas ideias estranhas que flutuam por aí. Então em vez de corrigir as ideias, eu espero que eles saibam como pensar nelas para começo de conversa. Aí eles podem corrigir as ideias esquisitas por si próprios. Eu não digo a eles que não. Isso é pontifício.” (...) “O tempo que eu invisto como educador, ao meu ver, é melhor aproveitado ensinando as pessoas a pensarem no mundo que existe ao redor delas. Ensiná-las a como formular perguntas, a como julgar uma coisa real de outra e o que as leis da física dizem. Esse é o processo educacional. Não é um debate de quem argumenta melhor ganha. Eu não faço isso. Eu não estou dizendo que as outras pessoas não devam fazer isso. Eu não estou dizendo que é ruim o que eles estão fazendo.” (...) “A educação é chave: ter líderes bem formados, ilustrados, não corruptíveis. Em muitas nações em desenvolvimento, é a própria corrupção que impede que o país todo cresça como deveria. A gente poderia ver isso a partir de uma postura muito egoísta e dizer que o próximo Einstein talvez esteja morrendo de fome na Etiópia, e a gente nunca saberá, porque há crianças sem comida. Como cientista, quero que seja dada uma oportunidade a todo aquele que tiver a chance de pensar em como melhorar nossa civilização. Se Isaac Newton tivesse nascido na África, acho que nunca teria conseguido chegar aonde chegou. Iria só se preocupar em não morrer. É verdade que ele se mudou para o campo a fim de evitar a peste em Londres, então sabia, sim, o que fazer para sobreviver nesse contexto. Mas, se perdermos gente assim na infância, estaremos reprimindo o avanço da nossa própria civilização. Uma das grandes tragédias da atualidade é que nem todo mundo tenha a oportunidade de ser tudo o que pode.” (...) “Acho que precisamos reconhecer algumas coisas: que os oceanos, a Terra e a atmosfera, assim como a vida que eles abrigam, não são entidades separadas neste mundo. Todos nós somos interdependentes, somos um ecossistema. Se tratarmos o mundo como se ele estivesse à nossa disposição, vamos causar uma disrupção nesse ecossistema — o que pode trazer consequências indesejadas. Penso que nós precisamos chegar a um entendimento mais profundo sobre o nosso lugar na Terra, e esse é o tipo de coisa que se obtém a partir de uma perspectiva cósmica. Então eu reivindico que nós precisamos de mais uma dessas revelações espaciais sobre o nosso lugar em relação a outras formas de vida na Terra, no Sol e até em outros planetas. Só então poderemos amadurecer como civilização. Neste momento, não vejo isso acontecendo.” [Neil deGrasse Tyson]​
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Seja quais forem as perguntas (e respostas...) que você estiver buscando:

01º “sua condição humana lhe limita de encontrá-las”: nossa condição humana nos limita de encontrá-las - respostas..., mas podemos perguntar - e descobrir/inventar/criar... a começar pelo “caos textual” (decifrável e ordenável) dessa postagem; o_O

02º “consiga deixar de ser humano por um momento”: e agir como ser senciente e consciente; :)

03º “livre-se de todas as suas ideologias e medos”: como escreveu Demócrito - “Na realidade, não conhecemos nada, pois a verdade está no íntimo” (...) “O animal é tão ou mais sábio do que o homem: conhece a medida da sua necessidade, enquanto o homem a ignora.”; :(

04º “e então a sua nova percepção revelará”: está claro e evidente que não sou filósofo, e admito que meu despertar para a consciência coincidiu-se com “o culto fanático à filosofia” na minha adolescência. Talvez seja um pouco, na medida em que atarefei-me em avançar nas questões tratadas pela Filosofia (ou filosofias, se assim preferir; a avançar até um grau maior de insegurança ou direto para o abismo mesmo). :D

“Por fim, tendo estudado os princípios básicos de constituição e de passagem de dogmas, devemos voltar o pensamento para nossas opiniões e para nossos comportamentos, analisando quais deles são dogmas estabelecidos e de quais deles estamos dispostos a abrir mão, caso surja uma explicação melhor, ou caso seu objeto seja perdido no espaço ou no tempo. Não ser dogmático é certamente um dogma, e parece ser impossível viver sem eles — mas não seria idealmente mais vantajoso termos somente aquele que nos empurra para decisões mais sóbrias e acertadas? Limitados como somos, o melhor que podemos fazer é escolher dentre aqueles que se justificam, separando-os daqueles que aprendemos a cultivar somente por afeição ou por tradição. O prejuízo que eles trazem deve ser calculado pessoalmente, como também deve ser pessoal a escolha entre abandoná-los ou continuar a segui-los, mesmo já tendo dispersado a aura mística que carregavam.” [Jairo Moura]; :rolleyes:

05º “o que um humano jamais perceberia”: “Ergamos os olhos para o Céu, seja por amor da nossa honra, seja pelo amor da própria virtude, olhemos para o Deus Todo-poderoso, testemunha certa de nossos atos e justo juiz de nossas faltas. De minha parte, penso, e não me engano, que nada há de mais contrário a um Deus liberal e bondoso, do que a tirania e que ele reserva aos tiranos e seus cúmplices um castigo especial.” (...) [Etienne de La Boétie]; :mad:
(...) “Quero para já, se possível, esclarecer tão-somente o fato de tantos homens, tantas vilas, cidades e nações suportarem às vezes um tirano que não tem outro poder de prejudicá-los enquanto eles quiserem suportá-lo; que só lhes pode fazer mal enquanto eles preferem aguentá-lo a contrariá-lo.

Digno de espanto, se bem que vulgaríssimo, e tão doloroso quanto impressionante, é ver milhões de homens a servir, miseravelmente curvados ao peso do jugo, esmagados não por uma força muito grande, mas aparentemente dominados e encantados apenas pelo nome de um só homem cujo poder não deveria assustá-los, visto que é um só, e cujas qualidades não deveriam prezar porque os trata desumana e cruelmente.

Tal é a fraqueza humana: temos frequentemente de nos curvar perante a força, somos obrigados a contemporizar, não podemos ser sempre os mais fortes.

Se, portanto, uma nação é pela força da guerra obrigada a servir a um só, como a cidade de Atenas aos trinta tiranos, não nos espanta que ela se submeta; devemos antes lamentá-la; ou então, não nos espantarmos nem lamentarmos mas sofrermos com paciência e esperarmos que o futuro traga dias mais felizes.

Está na nossa natureza o deixarmos que os deveres da amizade ocupem boa parte da nossa vida. É justo amarmos a virtude, estimarmos as boas ações, ficarmos gratos aos que fazem o bem, renunciarmos a certas comodidades para melhor honrarmos e favorecermos aqueles a quem amamos e que o merecem. Assim também, quando os habitantes de um país encontram uma personagem notável que dê provas de ter sido previdente a governá-los, arrojado a defendê-los e cuidadoso a guiá-los, passam a obedecer-lhe em tudo e a conceder-lhe certas prerrogativas; é uma prática reprovável, porque vão acabar por afastá-lo da prática do bem e empurrá-lo para o mal. Mas em tais casos julga-se que poderá vir sempre bem e nunca mal de quem um dia nos fez bem.

Mas o que vem a ser isto, afinal?

Que nome se deve dar a esta desgraça? Que vício, que triste vício é este: um número infinito de pessoas não a obedecer, mas a servir, não governadas mas tiranizadas, sem bens, sem pais, sem vida a que possam chamar sua? Suportar a pilhagem, as luxúrias, as crueldades, não de um exército, não de uma horda de bárbaros, contra os quais dariam o sangue e a vida, mas de um só? Não de um Hércules ou de um Sansão, mas de um só indivíduo, que muitas vezes é o mais covarde e mulherengo de toda a nação, acostumado não tanto à poeira das batalhas como à areia dos torneios, menos dotado para comandar homens do que para ser escravo de mulheres?

Chamaremos a isto covardia? Temos o direito de afirmar que todos os que assim servem são uns míseros covardes?

É estranho que dois, três ou quatro se deixem esmagar por um só, mas é possível; poderão dar a desculpa de lhes ter faltado o ânimo. Mas quando vemos cem ou mil submissos a um só, não podemos dizer que não querem ou que não se atrevem a desafiá-lo.

Como não é covardia, poderá ser desprezo, poderá ser desdém? Quando vemos não já cem, não já mil homens, mas cem países, mil cidades e um milhão de homens submeterem-se a um só, todos eles servos e escravos, mesmo os mais favorecidos, que nome é que isto merece? Covardia?

Ora todos os vícios têm naturalmente um limite além do qual não podem passar. Dois podem ter medo de um, ou até mesmo dez; mas se mil homens, se um milhão deles, se mil cidades não se defendem de um só, não pode ser por covardia.

A covardia não vai tão longe, da mesma forma que a valentia também tem os seus limites: um só não escala uma fortaleza, não defronta um exército, não conquista um reino.

Que vício monstruoso então é este que sequer merece o nome vil de covardia? Que a natureza nega ter criado, a que a língua se recusa nomear?

Disponham-se de um lado cinqüenta homens armados e outros tantos de outro lado; ponham-se em ordem de batalha, prontos para o combate, sendo uns livres e lutando pela liberdade, enquanto os outros tentam arrebatá-la dos primeiros: a quais deles, por conjectura, se atribui a vitória? Quais deles irão para a luta com maior entusiasmo: os que, em recompensa deste trabalho receberão o prêmio de conservar a liberdade ou os que, dos golpes que derem ou receberem, esperam tão-somente a servidão?” (...)

“Numa só coisa, estranhamente, a natureza se recusa a dar aos homens um desejo forte. Trata-se da liberdade, um bem tão grande e tão aprazível que, perdida ela, não há mal que não sobrevenha e até os próprios bens que lhe sobrevivam perdem todo o seu gosto e sabor, corrompidos pela servidão.

A liberdade é a única coisa que os homens não desejam; e isso por nenhuma outra razão (julgo eu) senão a de que lhes basta desejá-la para a possuírem; como se recusassem conquistá-la por ela ser tão simples de obter.

Gentes miserandas, povos insensatos, nações apegadas ao mal e cegas para o bem!

Assim deixais que vos arrebatem a maior e melhor parte das vossas riquezas, que devastem os vossos campos, roubem as vossas casas e vo-las despojem até das antigas mobílias herdadas dos vossos pais!

A vida que levais é tal que (podeis afirmá-lo) nada tendes de vosso.

Mas parece que vos sentis felizes por serdes senhores apenas de metade dos vossos haveres, das vossas famílias e das vossas vidas; e todo esse estrago, essa desgraça, essa ruína provêm afinal não dos seus inimigos, mas de um só inimigo, daquele mesmo cuja grandeza lhe é dada só por vós, por amor de quem marchais corajosamente para a guerra, por cuja grandeza não recusais entregar à morte as vossas próprias pessoas.

Esse que tanto vos humilha tem só dois olhos e duas mãos, tem um só corpo e nada possui que o mais ínfimo entre os ínfimos habitantes das vossas cidades não possua também; uma só coisa ele tem mais do que vós e é o poder de vos destruir, poder que vós lhe concedestes.

Onde iria ele buscar os olhos com que vos espia se vós não lhos désseis?

Onde teria ele mãos para vos bater se não tivesse as vossas?

Os pés com que ele esmaga as vossas cidades de quem são senão vossos?

Que poder tem ele sobre vós que de vós não venha?

Como ousaria ele perseguir-vos sem a vossa própria conivência?

Que poderia ele fazer se vós não fôsseis encobridores daquele que vos rouba, cúmplices do assassino que vos mata e traidores de vós mesmos?

Semeais os vossos frutos para ele pouco depois calcar aos pés. Recheais e mobiliais as vossas casas para ele vir saqueá-las, criais as vossas filhas para que ele tenho em quem cevar sua luxúria.

Criais filhos a fim de que ele, quando lhe apetecer, venha recrutá-los para a guerra e conduzi-los ao matadouro, fazer deles acólitos da sua cupidez e executores das suas vinganças.

Matai-vos a trabalhar para que ele possa regalar-se e refestelar-se em prazeres vis e imundos.

Enquanto vós definhais, ele vai ficando mais forte, para mais facilmente poder refrear-vos.

E de todas as ditas indignidades que os próprios brutos, se as sentissem, não suportariam, de todas podeis libertar-vos, se tentardes não digo libertar-vos, mas apenas querer fazê-lo.

Tomai a resolução de não mais servirdes e sereis livres. Não vos peço que o empurreis ou o derrubeis, mas somente que o não apoieis: não tardareis a ver como, qual Colosso descomunal, a que se tire a base, cairá por terra e se quebrará.” (...)

“Assim são os tiranos: quanto mais eles roubam, saqueiam, exigem, quanto mais arruínam e destroem, quanto mais se lhes der e mais serviços se lhes prestarem, mais eles se fortalecem e se robustecem até aniquilarem e destruírem tudo. Se nada se lhes der, se não se lhe obedecer, eles, sem ser preciso luta ou combate, acabarão por ficar nus, pobres e sem nada; da mesma forma que a raiz, sem umidade e alimento, se torna ramo seco e morto.”
(...)[Etienne de La Boétie]​

06º Opinião geral sobre a temática do tópico e meu ponto de vista particular sobre a cultura e os seres humanos: penso que todo “fundamentalismo” (ou dogmatismo) deve ser evitado (e até mesmo criticado - como na imagem abaixo). Respeitar aqueles que tem fé e crença em algo... é necessário (da mesma forma que os crentes devem respeitar/tolerar/ignorar as opiniões... dos "descrentes"), mas enfim, prefiro me ater ao factual e ao essencial. Apesar de agnóstico convicto, estou aberto ao diálogo - as ideias e opiniões de outrem; mas tenho minhas opiniões e ponto de vista. Cada um é livre para opinar e ter sua visão, tolerar e/ou respeitar as opiniões e visões de mundo alheias, e todos somos responsáveis pelas nossas atitudes (e as respectivas consequências - e o aprendizado com os erros e tentativas). Gosto de Arte (tanto as "mentiras ilusórias", quanto as "mentiras honestas"; especialmente das "mentiras honestas" feitas pelos artistas que "inventam mentiras para dizerem verdades"; relembrando uma notória citação, "qualquer semelhança com a realidade, é mera coincidência"). Prefiro a Arte, em detrimento da religião: perspectivas mais humanas dos acontecimentos e da nossa realidade. :wub:
...

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“A automação das fábricas já tem dizimado empregos na manufatura tradicional.” (...) “O crescimento da inteligência artificial provavelmente vai estender essa destruição de empregos - profundamente nas classes médias, com apenas os papéis mais cuidadosos, criativos e supervisórios sobrando.” (...) “Mas as máquinas não serão responsáveis pelo fim do nosso planeta – e nem mesmo por uma guerra, como aquelas vistas nos filmes de Hollywood. A maior ameaça que a humanidade deve temer vem, na verdade, do capitalismo - o dinheiro (e da ambição que ele desperta nas pessoas).” (...) “Se as máquinas produzirem tudo que a gente precisa, o resultado vai depender de como as coisas serão distribuídas.” (...) “Todo mundo poderá desfrutar das tecnologias, do luxo e do lazer se o que for produzido por máquinas de fato for compartilhado com todos. Caso contrário, a maioria das pessoas poderá ficar miseravelmente pobre se os donos desses robôs conseguirem fazer ‘lobby’ contra a redistribuição de riqueza.” [Stephen Hawking]

“O sucesso prático de uma ideia, independente do seu próprio mérito, depende da atitude dos contemporâneos (dos interesses das elites). Se (ela) é oportuna, é rapidamente adotada, mas se não é, ela é arrancada como um broto para fora da terra no chão quente, apenas para (que) seja retardado o seu crescimento na geada (o tempo) do sucesso.” (...) “A compreensão mutua seria enormemente facilitada pelo uso de uma língua universal...” (...) “O desenvolvimento humano depende fundamentalmente da invenção. Ela é o produto mais importante de seu cérebro criativo. Seu objetivo final é o completo domínio da mente sobre o mundo material e o aproveitamento das forças da natureza em favor das necessidades humanas.” (...) “Em todo o espaço há energia... é (só) uma questão de tempo até que os humanos tenham êxito em associar seus mecanismos ao aproveitamento desta energia.” [Nikola Tesla]​
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“Se deseja ser livre, há esse caminho: buscar o essencial a existência e nutrir bons sentimentos pelos outros (e por si mesmo); ir em busca (constante) e ter o suficiente para sobreviver; estar ao lado de quem nos faz bem e fazer aquilo que se pode fazer.” [Anônimo]
 
Assumir/creditar a existência de deuses é uma armadilha do ego.
 
Aposta de pascal para o pós-morte:

Se você acredita que existe algo após a morte (o que é, não sei, não morri ainda).

- Se morrer e não existir nada, você não perde nada

Se você NÃO acredita que existe algo após a morte

- Se morrer e não existir nada, você NÃO TEM COMO PROVAR
- Se morrer e existir algo, JÁ PERDEU

PONTO FINAL. Não volto mais aqui. Os neo-ateus de vez em quando desenterram esse tópico para expor SUAS VERDADES e denegrir quem acredita em algo.
 
Sempre fui um cara mais voltado a ciência mas isso não significa que você abdique de crenças...

Existem teorias ciêntificas aceitas e comuns como a teoria das cordas que mostra que é plausível a existência de um ser onipresente, onipotente e onisciente. (não que a teoria diga isso e explique que existem um deus e sim que um ser em tal circunstancia possa ter todo esse poder)

Na teoria das cordas (teoria usada em peso no filme interstellar, sugiro que pesquisem sobre porque é muito interessante, tem vídeos no youtube com desenhos que facilitam o entendimento, pois é meio complexo) um ser que esteja nas dimensões mais elevadas do espaço e tempo teria todo esse poder... essa teoria abre possibilidades como a existência de espíritos (que podem ser seres de uma dimensão elevada a nossa passando pelo nosso plano, seria o mesmo se um ser da nossa dimensão (3d) passasse por uma dimensão 2d)

Quem viu intertellar vai entender o que estou falando, o filme parece "viagem" mas 95% dele é baseado em teorias de peso que são aceitas pela ciência.

Então, antes de vir aqui encher o peito e dizer que não existe nada de deuses, espiritos e etc... entenda que nossa percepção é limitada a entender apenas o que é processado na terceira dimensão, nossos sentidos e entendimento são limitado.

Pesquise por "tesserato", vai ver que ele fisicamente é possível mas a ilustração dele em 3d (nossa dimensão) não faz sentido porque é apenas uma sombra do verdadeiro formato dele em uma dimensão 4d, um formato que é impossível de se imaginar com nossa mente limitada. Seria a mesma coisa da sombra de um cubo em um papel, sabemos que em 3D ele tem as mesmas dimensões em todos os cantos mas quando desenhado em 2d seus cantos e dimensões possem números diferentes

2000px-Necker_cube.svg.png


Ou o "Triangulo de Penrose", fisicamente e matematicamente possível mas impossível ser feito em sua forma pura e recriado na nossa dimensão 3d.

e milhares de outros exemplos
 
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PONTO FINAL. Não volto mais aqui. Os neo-ateus de vez em quando desenterram esse tópico para expor SUAS VERDADES e denegrir quem acredita em algo.
Existe uma diferença gritante entre questionar crenças devido a falta de evidências que as suportem de denegrir quem as professam, quanto a tal aposta a realidade não é um balcão de negócios aonde se escolhe o pacote que ofereça as melhores vantagens, formamos nossa visão dela com base nas evidências e não no que seria mais ou menos desejável para nós em termos pessoais.
 
Sempre fui um cara mais voltado a ciência mas isso não significa que você abdique de crenças...

Existem teorias ciêntificas aceitas e comuns como a teoria das cordas que mostra que é plausível a existência de um ser onipresente, onipotente e onisciente. (não que a teoria diga isso e explique que existem um deus e sim que um ser em tal circunstancia possa ter todo esse poder)

Na teoria das cordas (teoria usada em peso no filme interstellar, sugiro que pesquisem sobre porque é muito interessante, tem vídeos no youtube com desenhos que facilitam o entendimento, pois é meio complexo) um ser que esteja nas dimensões mais elevadas do espaço e tempo teria todo esse poder... essa teoria abre possibilidades como a existência de espíritos (que podem ser seres de uma dimensão elevada a nossa passando pelo nosso plano, seria o mesmo se um ser da nossa dimensão (3d) passasse por uma dimensão 2d)

Quem viu intertellar vai entender o que estou falando, o filme parece "viagem" mas 95% dele é baseado em teorias de peso que são aceitas pela ciência.

Então, antes de vir aqui encher o peito e dizer que não existe nada de deuses, espiritos e etc... entenda que nossa percepção é limitada a entender apenas o que é processado na terceira dimensão, nossos sentidos e entendimento são limitado.

Pesquise por "tesserato", vai ver que ele fisicamente é possível mas a ilustração dele em 3d (nossa dimensão) não faz sentido porque é apenas uma sombra do verdadeiro formato dele em uma dimensão 4d, um formato que é impossível de se imaginar com nossa mente limitada. Seria a mesma coisa da sombra de um cubo em um papel, sabemos que em 3D ele tem as mesmas dimensões em todos os cantos mas quando desenhado em 2d seus cantos e dimensões possem números diferentes

2000px-Necker_cube.svg.png


Ou o "Triangulo de Penrose", fisicamente e matematicamente possível mas impossível ser feito em sua forma pura e recriado na nossa dimensão 3d.

e milhares de outros exemplos
Possível? Sem dúvida, estamos longe e provavelmente nunca chegaremos ao ponto de estarmos em condições de decretar impossibilidades em termos universais.

Plausível? Não, ao menos com as informações e evidências que temos.
 
Zero,

Eu acho muito interessante a teoria das cordas, muito. Inclusive isso que você disse sobre outros seres 'invadirem' nossa dimensão explicaria o aparecimento de OVNIs. Um professor meu de faculdade muitos anos atrás disse isso, que estas aparições são naves que 'invadem' nosso plano.

Quando ao 4D... nossa dmensão é 4D

Largura
Altura
Comprimento
Tempo
 
Zero,

Eu acho muito interessante a teoria das cordas, muito. Inclusive isso que você disse sobre outros seres 'invadirem' nossa dimensão explicaria o aparecimento de OVNIs. Um professor meu de faculdade muitos anos atrás disse isso, que estas aparições são naves que 'invadem' nosso plano.

Quando ao 4D... nossa dmensão é 4D

Largura
Altura
Comprimento
Tempo

Sim, seria o tempo, mas apenas sabemos que ele está presente, não podemos "ver" o tempo, então não estamos em 4d.

Na teoria das cordas o tempo está sempre presente mas só começa a ser "percebido" de maneira física na quarta dimensão ondu teríamos a capacidade de ver o tempo desde o nosso nascimento até a morte.

A Física Quântica é o principal estudo que está provando a cada dia a teoria das cordas, especialmente quando observamos as partículas subatômicas que regem universo, pois acredita-se que essas partículas estão em várias dimensões ao mesmo tempo e são elas que fazem a separação de linhas do tempo quando há uma quebra por um evento determinante.

Por isso devo gostar tanto do filme Interstellar, porque é o único que envolve esse tipo de teoria que faz de maneira certa.

Esse vídeo aqui é o mais NOOB Friendly que achei sobre o assunto e tem ilustrações que ajudam muito a entender.

Ativem a legenda em português





No fim, analisando a informação passada, um ser que tenha evoluído para a décima dimensão pode se tornar um Deus.

Quem garante que ao morrer a gente deixe essa dimensão e vá para alguma superior?



Caso queira se aprofundar, tem o vídeo completo com quase 2 horas de explicação em inglês

 
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"Meu deus", como adoram usar física quântica para pseudociência. :bwahaha:

É engraçado como pessoas se aproveitam de áreas da física que não estão 100% consolidadas para dar saltos lógicos absurdos. Pelo menos rende boas risadas.

Sempre fui um cara mais voltado a ciência mas isso não significa que você abdique de crenças...

Existem teorias ciêntificas aceitas e comuns como a teoria das cordas que mostra que é plausível a existência de um ser onipresente, onipotente e onisciente. (não que a teoria diga isso e explique que existem um deus e sim que um ser em tal circunstancia possa ter todo esse poder)

Nenhuma teoria cientifica está preocupada com nada além do mundo natural.
 
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"Meu deus", como adoram usar física quântica para pseudociência. :bwahaha:

É engraçado como pessoas se aproveitam de áreas da física que não estão 100% consolidadas para dar saltos lógicos absurdos. Pelo menos rende boas risadas.



Nenhuma teoria cientifica está preocupada com nada além do mundo natural.

Ninguem está afirmando nada e sim mostrando as possibilidades.

Não dá pra afirmar que exista um deus da mesma maneira que não dá pra afirmar que não existe. É onde quero chegar.

Exato, mas no momento que, por exemplo, confirma-se a existência de seres em dimensões superiores isso se torna NATURAL e não sobrenatural. Se a ciência consegue explicar = natural, bem simples.
 
Não.
De tempos em tempos eu sofria de crise existencial, e acho ridículo usar "força/ser maior" para justificar algumas coisas.
Depois que aceitei que a vida não tem sentido algum, só de boa na lagoa.
 
Sim, creio em Deus.
E também no livre-arbítrio e no não-proselitismo.
 
Exato, mas no momento que, por exemplo, confirma-se a existência de seres em dimensões superiores isso se torna NATURAL e não sobrenatural. Se a ciência consegue explicar = natural, bem simples.

Isso apenas é possível dando saltos lógicos que seguem uma base tão racional quanto qualquer religião. Então...
 
Isso apenas é possível dando saltos lógicos que seguem uma base tão racional quanto qualquer religião. Então...

Não, está dentro da teoria das cordas mas não de maneira explícita. Basta ler pra chegar a conclusão de que caso a teoria esteja certa um ser em dimensoes superiores teria poderes que consideramos sobre humanos

Não há salto lógico, a teoria sustenta isso, da uma lida sobre ou veja os o vídeos.
 
Qual a necessidade de acreditar em um ser criador?

Não consigo entender pq as pessoas acreditam nisso.

Mesma coisa meu avô, é um homem muito inteligente e sábio, mas de vez em quando me pergunta quando vou começar a acreditar no deus dele e já solta um "nada veio do nada". Eu simplesmente respondo que, se nada veio nada, da onde veio o deus dele então?

Sempre responde "sempre existiu", uma resposta tão infantil quanto "porque sim".

Claro, não vou deixar de amar meu avô por causa disso, nem brigar com ele, tanto que ele é a melhor pessoa pra ter um papo cabeça!

Mas ai entra aonde comecei, porque as pessoas acreditam tão fielmente em um ser? Qual a necessidade de acreditar? Não estou falando especificamente do deus cristão (somente para constar).

Mesmo se eu quisesse, eu não conseguiria acreditar nisso
 
Não, está dentro da teoria das cordas mas não de maneira explícita. Basta ler pra chegar a conclusão de que caso a teoria esteja certa um ser em dimensoes superiores teria poderes que consideramos sobre humanos

Não há salto lógico, a teoria sustenta isso, da uma lida sobre ou veja os o vídeos.

A Teoria das Cordas esta contida no campo da Fisica Teorica por um motivo muito simples: ela soh faz sentido numa perspectiva puramente matematica. Isso não quer dizer que, eventualmente, um dia, ela nunca poderá ser constatada e inserida nas "Ciências Naturais", mas dizer que algo faz sentido matemático é apenas o primeiro passo numa estrada muito longo para algo ser considerado "natural". Lembrando que a Matemática é uma ferramenta apenas, 100% humana e sem qualquer necessidade intrínseca de sequer ser amparada pelas observações do mundo físico - ainda que essa seja uma característica desejável.

E isso (algo ser simplesmente possível) não acontece somente na Física: pégaso é perfeitamente possível pela Teoria da Seleção Natural, por exemplo. Da mesma forma, um cisne roxo, ou vários outros seres mitológicos... mas ninguém considera o pégaso "mais perto" de ser real do que um Beholder apenas porque o pégaso é biologicamente possível - a possibilidade de existência serve apenas para para rejeitar uma ideia no caso de ser uma impossibilidade, mas o contrário não quer dizer nada...
 
Aposta de pascal para o pós-morte:

- Se morrer e não existir nada, você não perde nada (perdeu tempo rezando)

Se você NÃO acredita que existe algo após a morte

- Se morrer e não existir nada, você NÃO TEM COMO PROVAR (mas não perdeu tempo rezando)
- Se morrer e existir algo, JÁ PERDEU (se fez apenas o bem não perdeu nada, final, deus é Justo não?)
 
"Meu deus", como adoram usar física quântica para pseudociência. :bwahaha:

Pelos meus cálculos quânticos, calculo que 96,7826% dos textos que contém a palavra "quântico" sejam ou contenham besteirol. Inclusive este. :cool:
 
Acompanho esse tópico há anos e cheguei à conclusão de que o único caminho plausível é ser apateísta. Inclusive, soa muito menos ofensivo às pessoas que perguntam do que declarar-se ateu.
 
Acompanho esse tópico há anos e cheguei à conclusão de que o único caminho plausível é ser apateísta. Inclusive, soa muito menos ofensivo às pessoas que perguntam do que declarar-se ateu.
Mas isso não quer dizer nada. Apateísmo não descreve sua posição acerca da existência de uma divindade ou de um deus, mas sim, sobre o debate - pode-se perfeitamente acreditar em uma divindade e achar que debate é infrutífero, sendo, assim, um teísta apateísta.

Eu não vejo sentido em ficar tentando criar palavras novas para tentar satisfazer a curiosidade ignorante que é incapaz de aceitar uma resposta sincera - se a pessoa vai se ofender com a sua opinião, e vc quer evitar isso, acho que mentir simplesmente é muito mais respeitoso com a pessoa do que aproveitar da ignorância dela para jogar um eufemismo sem sentido que ela é incapaz de processar. No final, inevitavelmente, apateísta vai virar sinônimo de ateísta e, não só o efeito "apaziguador" de não ofender vai acabar, mas o nosso vocabulário vai ser reduzido - é exatamente o que aconteceu com a palavra gay em inglês...
 
Artigo muito interessante para quem curte mitologias: https://medium.com/@mrcosta93/satã-lúcifer-e-baphomet-não-são-o-mesmo-nem-de-longe-aaf7b83a7e68

Muito interessante as repetições nas mitologias de entidades se rebelando contra uma ordem estabelecida para, na prática, dar ao ser humano um status superior ao dos outros animais. Me parece, então, que uma interpretação dessas histórias é o homem se "rebelar" contra o mundo natural usando sua racionalidade para moldá-lo de acordo com suas necessidades.
 
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