Quando surgiu o fato, todos compraram a 970 baseado em ser 4 GB. Ao pé da letra, testes mostraram que 3.5 eram "utilizáveis" (leia-se memória mais rápida, usada em jogos e aplicações) enquanto que o restante, não. Fora ainda algumas especificações da Nvidia que não foram corretas e a resposta deles foi de que houve uma falha de comunicação entre os engenheiros e o marketing (!).
NVIDIA was accused of falsely advertising GM204-200 graphics card, which indeed had 4GB memory installed, but 0.5GB was separated from the main pipeline. This resulted in lower bandwidth when this particular memory pool was used. The lack of communication between marketing and engineering teams at NVIDIA caused a lot of controversy, as wrong specifications were advertised at NVIDIA’s own website and in GTX 970 reviewers guide. As a result, reviewers were also unaware that they were falsely reporting on wrong specifications. It was later discovered that GTX 970 also had less Raster Operating Units (ROPs) and less L2 cache (1.75MB not 2MB).
http://videocardz.com/62720/nvidia-settles-class-action-lawsuit-over-geforce-gtx-970-controversy
E isto resultou, pelo menos nos EUA, em um cashback (processo) de USD 30,00 para quem comprou a placa por lá.
https://topclassactions.com/lawsuit...graphics-card-false-advertising-class-action/
Um valor pequeno, penso eu, mas pelo menos foi algo. E depois de muito tempo.
Independente se os 0.5 de Vram influenciam ou não no gameplay - fato que na época era comum as placas com cerca de 2 ou 3 GB de Vram - só fizeram isso por causa da pressão dos consumidores. Só fizeram isso porque o caso começou a tomar certas proporções e, como de praxe, lá fora as coisas funcionam.
Passado isso, cá estamos nós comprando novas placas da Nvidia que ignorou completamente outros mercados, como o do Brasil.
Fora uma outra situação, claro, mas uma enganação. Independente de onde e de quem foi o erro. Pior do que isto, foi o silêncio da marca e o fato de só recompensar os afetados (de forma seletiva) após um belo processo.
E hoje vemos comentários como "compra EVGA porque acredita no RMA de três anos", "se esquece que está no Brasil e vai ter que bancar o frete, pra que três anos?" e coisas do tipo que confesso que estou com preguiça de escrever agora (depois que se acostuma a usar um teclado mecânico, literalmente cansa em digitar num teclado comum - eu nem imaginava isto!).
Não vejo ninguém defendendo a EVGA (e com razão! pagamos pelo produto e queremos qualidade nele) da mesma forma que alguns (e isto incluem sites) defendiam a Nvidia na época. E isto está correto. O que se tem falado é o óbvio - pelo menos por aqui: tem garantia, a loja dá garantia, eles comunicaram, eles estão fornecendo soluções com envio grátis (se funciona ou não, outra história), seja o que for.
Amém.
Algumas coisas soam tão parciais que simplesmente não descem. Fica difícil de entender, e como sou uma pessoa critica nisto, a situação só piora.
Poderíamos, assim, condenar a Samsung pelo Note S7 explosivo? Seríamos baba ovo da marca por comprar algum outro aparelho? Poderíamos condenar a Microsoft pelo X360 "da morte"? O mundo está perdido: o sucesso do Xbox One é o desenho de um monte de alienados ignorantes.
Problemas acontecem. Infelizmente. A gente não gostar de alguma marca, idem. Não sou fã de uma certa coreana com as siglas LG por N motivos, inclusive uma TV queimada após 2 anos de uso (morreu uma semana antes da minha XFX, que não tenho bom relacionamento com a marca também)... Vida que segue.
Houve de fato um projeto questionável por parte da EVGA mas estes se demonstram empenhados na solução. Testes alheios não tendenciosos mostram também que as placas operam dentro de uma certa normalidade: temperaturas mais altas, mas longe do sensacionalismo crossover de Datena, João Kléber e Marcelo Resende.