bOI Vrs GVT, a guerra continua...
Galera, vai pegar fogo.
GVT x OI na novela dos cabos
As duas empresas da área de telecomunicações GVT e Oi, estão em uma disputa que até foi parar na delegacia, com boletins de ocorrência registrados por ambos os lados. Acompanhem essa verdadeira novela abaixo:
Em uma ação na Justiça Federal de Brasília e em uma reclamação encaminhada à Anatel, a GVT afirma que funcionários da Oi ligaram para a sua central de atendimento, passando-se por clientes da Oi que haviam pedido que seu número fosse transferido para a GVT, e solicitando o cancelamento da portabilidade.
A empresa também aponta que funcionários da Oi ameaçaram seus terceirizados, impedindo-os de fazer ligações de telefones em edifícios de Salvador e cortando ligações já feitas. Além disso, segundo a GVT, a Oi prejudicou e impediu, propositalmente, ligações de seus clientes para a GVT, com o objetivo de prejudicar a avaliação de sua qualidade.
Outra séria acusação também foi enviada à Anatel pela GVT. Pela acusação a GVT informa que o CFO da Oi, Alex Zorning, teria afirmado em uma reunião com analistas no Rio de Janeiro, que a empresa estaria “incomodando”. Segundo o que a GVT relata o executivo da Oi definiu a GVT como um ‘mosquito’ e que “iria se livrar da concorrente da mesma forma como se procede com um inseto: com um simples tapa”.
A GVT precisou conseguir uma liminar para que a Oi parasse de cortar seus cabos telefônicos em edifícios. Em sua ação, a operadora acusa a Anatel de “omissão”, pois a agência recebeu a reclamação e não tomou nenhuma atitude a respeito.
Procurada, a Anatel não se manifestou.
Gustavo Gachineiro, vice-presidente Jurídico da GVT afirmou:
“Competimos 10 anos com a Brasil Telecom e nunca tivemos problemas desse tipo, eles começaram a aparecer no ano passado, quando chegamos à região da Oi.”
A GVT não é uma empresa pequena. No ano passado, ela teve uma receita líquida de R$ 1,3 bilhão, com 1 milhão de telefones em serviço. Mas nem se compara à Oi que depois da compra da BrT, faturou R$ 30 bilhões em 2008, com 22 milhões de linhas em serviço e posição dominante em quase todos os Estados do País, com exceção de São Paulo. Como a compra da BrT aconteceu com forte apoio governamental, as concorrentes até temem vir a público para se queixar da operação.
Em uma reclamação administrativa à Anatel, a GVT afirma que o diretor financeiro da Oi, Alex Zornig, disse em uma palestra para investidores que iria impedir o crescimento a GVT com:
a) atrasos em todas as solicitações feitas pela GVT à Oi, inclusive para expansão da rede da GVT (ignorando qualquer prazo previsto em lei ou na regulamentação)
b) ‘mau funcionamento’ da rede da Oi, que prejudicará a GVT”.
A Oi rebate as acusações e a reclamação. “Não foi feito esse comentário”, garante João de Deus, diretor de Planejamento Executivo da Oi. Sobre as ligações de funcionários da Oi para a GVT, se passando por clientes, o executivo afirma: “Se ocorreram, foram falhas de algumas pessoas. Não é uma diretriz da empresa.” Segundo a GVT, foram quase 3 mil ligações saídas de centrais de Oi, várias delas gravadas pela GVT, o que mostra que não foram casos isolados.
João de Deus diz que o relacionamento entre as empresas desandou quando técnicos da Oi descobriram uma ligação ilegal de energia, ou “gato”, feito pela GVT em Salvador, com boletim de ocorrência registrado em 20 de novembro de 2008. “A GVT resolveu partir para o ataque para se defender”, acredita o diretor da Telemar.
Sobre o corte de cabos nos edifícios, o executivo confirma que eles foram feitos, e acusa a GVT de “invasão de propriedade, sem contrato comercial”, dizendo que a infraestrutura é da Oi. A GVT argumenta que as caixas de ligação pertencem aos edifícios. E exibe três boletins de ocorrência, em que denuncia corte de cabos, registrados em fevereiro em Salvador.
Uma liminar emitida pelo Juiz Federal Substituto Alysson Maia Fontenele, afirma que a Oi deve “cessar imediatamente a prática de corte de cabos de telefonia da GVT em caixas, postes e tubulações. A multa diária pelo descumprimento da liminar é de R$ 50 mil por ato verificado. De acordo com o parecer do juiz “nada justifica o exercício do esforço pessoal, promovendo elas próprias o corte dos cabos, sem que tenham título judicial ou autorização do órgão competente para tanto.”
Em comunicado oficial, Alexandre Annenberg, presidente-executivo da Associação Brasileira de TV por Assinatura (ABTA), endossa a posição da GVT sobre a propriedade das caixas e independentemente disso, afirma que as caixas de passagem estão sob a jurisdição dos condomínios, da mesma forma que as redes internas e portanto não são da Oi como ela alega.
A GVT defende que as caixas de passagem pertencem aos condomínios e garante que há anos vem compartilhando a infraestrutura com a BrT. A coisa parece ser mesmo da Oi contra a GVT, pois a Oi não fez essa exigência para a TV Cidade, que também usa essas mesmas caixas, sem pagar por elas e nunca teve seus cabos cortados. Com a prática a Oi tirou a rede da GVT do ar para prejudicar os assinantes.
Fonte:
http://groups.google.com/group/siuva2007/browse_thread/thread/48768bef7fd46e4 - ForumPCs - Reporter Diario
Tele Time.