Eu não acho que um i5 10600k vá consumir o mesmo que um i9 9900, até porque não faria sentido já que o i5 tem 6c/12t e o i9(que agora passou a ser i7) tem 8c/16t. Mas enfim é esperar pra ver.
Não sei se já foi dito mas agora as mobos B460 e H470 vão suportar memórias até 2993Mhz ou seja basicamente 3000Mhz. Já tenho 2 pentes de 8GB 3000Mhz comprados aí surge a dúvida será que vale a pena pegar uma B460 ou mesmo H470 e abrir mão do PCIE 4.0 com as Z490? Outra coisa também é se eu usar um Comet Lake-S numa mobo Z490 com PCIE 4.0 no futuro poderei usar uma GPU PCIE 4.0 sem problemas já que o Comet Lake não te suporte a PCI 4.0 mas a mobo tem?
Vale lembrar que 2993MHz apenas nos Core i9 e Core i7, independente do chipset, mas falando nisso... nem todas as placas-mãe suportarão DDR4-2993. Falei alguns comentários atrás sobre o tipo de PCH usado e isso influencia: Todas as Z490 suportarão DDR4-2993, mas as demais chipsets não:
- H470: Todas as placas terão suporte a DDR4-2933, mas só as CMP-H terá USB 3.2 Gen 2 (10Gbps), 20 lanes PCI-express independente do tipo;
- B460: Apenas as placas com CMP-H trarão suporte a DDR4-2993, as com CMP-V suportarão no máximo DDR4-2666, 16 lanes PCI-express independente do tipo;
- H410: Apenas as placas com CMP-H trarão suporte a DDR4-2993, as com CMP-V suportarão no máximo DDR4-2666, 6 lanes PCI-express independente do tipo;
A Biostar é uma das fabricantes que estão usando as versões CMP-V para suas placas B460 e H410:
Best gaming motherboards recommend - BIOSTAR. Computer components manufacturers provide INTEL AMD sockets, various INTEL motherboards, etc.
www.biostar.com.tw
Quanto à placa de video, tecnicamente sim, uma Z490 com um Rocketlake vai usar PCIe 4.0 para a GPU (via re-clock) e para o M.2. E quanto à quantidade de núcleos e consumo, uma informação recente vai fazer isso ter sentido: Na revisão Q0 os Core i5 passaram a usar o die de 10 núcleos, ao invés de ser monolítico 6 núcleos. Como positivo vai ser o IHS mais espesso e o die mais fino, mas pelo que parece será TIM comum (grease) e por ser um die de 200mm² esquentará mais que um monolítico de 150mm², fora o binning, a MSI fez um video relatando o consumo de um lote de CPUs e no geral o 10700K consumiu mais que o 10900K, quando no mesmo clock, mesmo o i9 tendo 2 núcleos a mais.
Eu nunca me atentei ao fato de que o escalonador de processos do Windows teria que ser modificado pra não passar tarefas pesadas pros núcleos mais fracos.
@dayllann não entendi porque isso implicaria em necessitar recompilar aplicações existentes. Até onde sei, o que o Windows 10X faz é rodar os programas Win32 em um container. Me parece viável fazer esse container rodar sempre nos núcleos fortes, ou até mesmo usar uma estratégia de whitelist para programas mais pesados. Acho que mesmo se esse container for uma VM rodando o Windows 10 comum, é uma opção melhor que matar toda a compatibilidade com Win32.
Talvez a gente esteja vendo algo parecido com o que rolou quando os tablets surgiram e o Windows 8 saiu. A MS/Intel estarem pensando que o futuro é tablets/laptops híbridos e que o consumo de energia voltará a ser prioridade máxima. Eu pessoalmente duvido que isso ocorra - nada supera a produtividade de um desktop tradicional e um PC gamer nesse formato só vai surgir quando as APUs evoluírem muito.
O escalonador do Windows precisa ser modificado para passar qualquer coisa de um tipo de núcleo para outro, a forma do Windows 10X de funcionar é saber onde iniciar quem, mas nunca migrá-los após isso, no caso se um programa iniciado nos núcleos fortes ficar ocioso ele continuará roubando ciclos dos núcleos fortes ao invés de ser processado pelos núcleos fracos. Exemplo: Você abre o blender para renderizar algo e depois de um tempo abre o navegador de internet, vai no youtube, coloca uma playlist para tocar, minimiza o browser e volta a trabalhar no blender, enquanto que o Windows começa a atualizar em background. Como seria a execução dessa rotina básica em um CPU híbrido com...
A) Escalonador atual (Win): O blender seria processado pelo conjunto forte, o navegador seria processado pelo conjunto forte, as atualizações seriam processadas pelo conjunto forte. O conjunto fraco ficaria ocioso fazendo nada enquanto o conjunto forte se mata para dar conta de tudo, aumentando o consumo de energia em pouca coisa;
B) Escalonador set-aware (Win10X): O blender seria processado pelo conjunto forte, o navegador seria processado pelo conjunto forte, as atualizações seriam processadas pelo conjunto fraco. A folga no conjunto forte traria mais desempenho para o blender e o conjunto fraco em uso traria um consumo e temperatura maior;
C) Escalonador energy-aware (Linux): O blender seria processado pelo conjunto forte, o navegador seria processado pelo conjunto forte mas após ser minimizado seria processado pelo conjunto fraco, as atualizações seriam processadas pelo conjunto fraco. A folga no conjunto forte traria bem mais desempenho para o blender e o conjunto fraco em uso traria um consumo e temperatura ainda maior;
Se não for bem implementado esse sistema híbrido pode acarretar em um CPU que consome mais e esquenta mais que um sem esses núcleos, ele só traz vantagens quando o processo forte não satura o núcleo forte (aka, não faz ele requisitar turbo/boost) e quando a maioria dos programas usarem os núcleos fracos (aka, nucleo forte ocioso maior parte do tempo).
Voltando, a recompilação é necessária para que os aplicativos saibam informar para onde devem ir, mas isso não significa que programas de hoje não funcionem em CPUs híbridas, só significa que eles rodarão apenas nos núcleos fortes, pois eles não entendem que existe outro conjunto de núcleos. O Win32 continuará funcionando mas os núcleos fracos ficarão em idle nesses programas, só programas feitos pensados em uma uArch híbrida funcionarão corretamente.
Os aplicativos do Windows serãos os primeiros a serem set-aware, mas energy-aware está bem longe de acontecer dada a complexidade, se ao menos tivéssemos memórias não-voláteis e persistentes no desktop esse processo seria bem mais rápido. Enfim, desktop é no-no para esse sistema, mas notebooks já é outra história.