Story
Sobre a história, como disse acima, na minha opinião é o pior da série. Minhas expectativas eram bem altas depois de jogar Ground Zeroes e ver personagens que "pareciam" fodas como o Skull Face com todo aquele ar de mistério.
Sobre os trailers, vi todos eles antes do lançamento umas 10 vezes e deu para perceber spoilers em diálogos como "What about him?", insinuando que você poderia não jogar com o verdadeiro big boss. No decorrer do jogo dá para perceber referências de que vc não é Big Boss, tipo: A AI da Boss que dizia algo como "Is that really you Jack?", o DNA do Eli (Liquid) incompatível, o reflexo do seu avatar no helicóptero. Os trailers também traziam propagandas do tipo "Men become demons" e "The missing link that completes the saga" quando na verdade no jogo nem mostra exatamente como Big Boss se transformou naquele vilão terrorista, deixa um buraco para mais um jogo. Fiquei esperando a cena que vi no trailer dele surtando na África, porém nem cheguei a ver a mesma, pois ela e muitas outras foram cortadas. Parte do capítulo 2 foi cortado e supostamente era para ter até um capítulo 3, decepção.
A missão 43 parece ser a que dá mais emoção no jogo mas tudo vai por água abaixo depois que o jogador percebe que não é o verdadeiro Big Boss, depois disso tudo aquilo parecer não ter valor...
O desenvolvimento dos personagens durante o jogo é ruim, o Ocelot em questão parece não ter personalidade, não parece ser o mesmo cara dos outros jogos da série, parece mais um boneco de tutorial, até o d-dog é mais interessante do que ele.
O Snake não tem quase nenhuma fala o jogo inteiro, os outros que falam por ele, muito boring, será que a dublagem do Kiefer Sutherland foi tão caro assim xD. Quanto tempo no jeep ele fica com o Skull Face e não fala absolutamente nada? Começa a tocar "Sins of the Father" de uma forma muito bisonha, enquanto ambos permanecem em silêncio.
O Skull Face tinha tudo para ser um super vilão, mas no final das contas não passava de um sujeito genérico que morreu muito fácil e que ainda dizia "kill me!" no final, pelo menos a dublagem é muito boa.
Essa história dos parasitas é praticamente nanomachines das antigas. Code Talker e suas explicações nas fitas chega a ser cansativo, o cara delira, apesar da dublagem ser boa.
Quiet é a melhor personagem do jogo, mesmo não falando quase nada =P (apenas no começo e no final), tem um certo ar de mistério nela que me intriga, mesmo o motivo delar usar roupas curtas não ser das melhores. Poderia desenvolver melhor a história dela, o episódio 45 achei muito forçado do nada ser prisioneira dos soviéticos e depois o exército inteiro atrás dela e as coisas que acontece depois tipo o Snake ser picado pela cobra venenosa e a Quiet ter que falar pra salvar ele. Achei muita sacanagem ela sumir do jogo para sempre depois da missão, afeta muito o gameplay. Muito esquisito vc ter a opção de matar ela no epi 11, engraçado que vc mata e não dá time paradox, a Quiet é canon? lol
O jogo é muito mal balanceado no quesito história x gameplay. Fico muitas horas jogando sem ver uma cutscene. O jogo basicamente é prólogo e final (e ainda por cima cortado), falta uma narrativa no meio. Muita gente reclama que Metal Gear tem muita cutscene, mas dessa vez foi pouco.
Em termos de história MGSV é bem diferente dos antigos, no geral ele não parece muito com o estilo clássico Metal Gear, falta muitas cutscenes e não existe as boas e velhas conversas de codecs, eles colocaram as fitas no lugar. Parece que o foco aqui foi em gameplay (open world) e a história infelizmente ficou de lado. Parece que MGSV não acrescentou muita coisa na história da série.
Gameplay
No geral achei o melhor Metal Gear em jogabilidade, mas ainda tem seus defeitos em comparação aos outros jogos da série. Algumas das coisas q dava pra fazer em outros Metal Gear simplesmente não dá em MGSV, a camuflagem, por sinal, deveria ter um index % na tela igual no MGS3 e MGS4. Nem dá para perceber se está camuflado ou não, nos meus testes, só de ficar rastejando nas sombras e nos matos já se esconde mais. As roupas de camuflagens parecem inúteis e a única coisa q vc usa no final das contas de forma efetiva são o sneaking suit e o Battle Dress. Uma das coisas estúpidas que fazia em MGS3 era capturar animais venenosos como cobras e escorpiões tacar nos soldados e ver eles morrendo, infelizmente isso não é possível. Até porque boa parte dos animais capturados são invisíveis dentro do jogo, tipo a cobra e a tartaruga só se captura com a caixa de armadilha, muito paia isso. O esquema de mandar seus soldados na batalha se não me engano é menos detalhado do que em MGS Peace Walker. Dessa vez é possível visitar a mother base, mas convenhamos que não tem quase nada para fazer lá, só enrolação.
O jogo possui dois grandes mapas para explorar, Afeganistão e África. Em Afeganistão na maioria das vezes vc segue uma estrada e fica rodeado de montanhas e se quiser chegar de A à B tem que contornar a mesma para poder chegar no seu destino. Em alguns pontos existem atalhos e também rachaduras nas montanhas para escalar mas é bem limitado. Na África vc tem mais liberdade para trafegar, tudo é mais plano, porém ambos os mapas sofrem um pouco na parte gráfica, falta um pouco de ambientação e tudo fica meio "bland".
A movimentação do Snake, CQC, mira, com certeza funciona melhor aqui do que nos outros jogos da série, tudo é mais fluído e dinâmico. As opções de armas e equipamentos chega a ser absurdo, mas tudo mundo sabe se vc joga Metal Gear a moda antiga, geralmente tudo que vc precisa é a pistola tranquilizante. O bom disso é que dá mais liberdade ao jogador e é isso que me prende nesse jogo, gosto de testar táticas diferentes.
O sistema de Buddy no jogo funciona bem no geral, tá certo que as vezes dá uns bugs mais nada que compremeta a experiência. Muito legal testar Quiet, d-dog, d-horse e d-walker, o jogo te dá muitas opções.
Confesso que com os buddys evoluídos ao máximo fica bem overpower. A quiet basicamente consegue limpar a base inteira sozinha enquanto vc mexe no idroid, mata skulls muito fácil com sinful butterfly. d-dog basicamente é um cheater de wallhack, marca geral a 100 metros de distância, ele é muito bom em missões de infiltrações, gosto de fazer os combos usando stun-knife. d-horse é útil em missões específicas como "backup, back down", uso ele para bloquear a estrada e extrair os veículos inimigos por trás xD. O bom dele é poder utilizar as armas cavalgando e passar despercebido pelos outposts jogando o snake de lado. O d-walker foi o menos útil pra mim, só uso ele contra os skulls, fico rodando pelo mapa, esperando eles soltarem a fumaça, ai é só fuzilar com a minigun.
Um dos aspectos negativos do jogo é que ele fica muito repetitivo em certo ponto, principalmente no capítulo 2, onde vc simplesmente é obrigado a repetir missões em uma dificuldade mais alta para seguir na história. O jogo possui umas 150 side-ops, porém todas bem parecidas uma com as outras o que a longo prazo se torna algo bem repetitivo. Confesso que não tive muito problemas com isso, pois sou fã meio hardcore da série, porém entendo um jogador mais casual se estressar por conta disso.
Outra coisa ruim é esperar pelo helicóptero, vc perde muito tempo até descer para fazer a missão, visitar motherbase, etc, bem que deveria ter um botão de skip.
O mais decepcionante mesmo foram as famosas boss fight, esse é o pior Metal Gear quando esse é o assunto. As únicas que considero boss fight foram contra a quiet e Sahelanthropus. A batalha da Quiet me lembrou muito "The End" em MGS3, porém infelizmente não chegou nem perto daquela boa experiência em 2004. As lutas contra Skulls foram até boas no começo mas por algum motivo não pareceram "boss fight" pra mim. O Eli nem se fala, coisa ridícula.
Conclusão
Metal Gear Solid V The Phantom Pain é dono de altos e baixos, por um lado possui ótimo gameplay no geral em relação ao seus antecessores, porém peca no quesito história, mesmo que estivesse incluso a cena deletada do epi 51 ainda não seria algo tão grandioso.