[TÓPICO DEDICADO] Relações de Trabalho - Depoimentos, situações, tretas e dúvidas

  • Iniciador de Tópicos Iniciador de Tópicos Huondil
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Aqui é passamos pela mesma coisa. Galera nova é tudo, como dizem por aqui, "nó cego".
Tendo o comportamento que citei acima: Gente bitolada por rede sociais, onde acham que vão ganhar dinheiro a rodo, então não fazem esforço, pois esse "trabalho" é algo provisório, até eles mudarem de vida magicamente.
Exatamente!

Impressionante é que quando algo 'sai do script' com essa galera eles tiltam de uma maneira cabulosa. Lógico que o cara não precisa bolar uma solução mirabolante, tem desenvoltura em excesso, ser gênio, blablabla, problema é que eles estão pouco se fodendo.

Muitas vezes a galera sequer comunicava o problema pra empresa. Já perdemos clientes por conta disso.
 
Um amigo mesmo... está na área de TI mais de 10 anos de experiencia, ganhando razoavelmente bem.

Virou fitness, perdeu 20kg... deu a louca de jogar tudo para o alto e virar nutricionista.

A galera no grupo de amigo acharam ruim quando falei que não conheço muitos nutricionistas que tem uma renda razoavel, pelo menos melhor que a que ele ja tem, mas enfim...

Sonhar é importante, mas pagar as contas tambem é na minha opinião.
 
Não, vc que está se apegando demais a ideia de que toda empresa vai explorar o funcionário ou que todo trabalhador antigo era explorado com um sorriso na cara.

Releia o que falei antes:

Tanto é que isso aqui corrobora com o que falei:

Se os antigos romantizassem tanto assim o "trabalhe até a morte e seja feliz com isso" seu pai não teria esse sentimento.

"Dos antigos alguns, dos novos a maioria".

Sim, prometemos salários de 5k mas na hora que o holerite chega a realidade nua e crua cai na cabeça deles quando recebem pão e água.
Por favor, né?

"TALVEZ a sua empresa não seja clara o suficiente no anúncio e na entrevista, alegando que o funcionário começará com 2.000, mas em pouco tempo pode ganhar 8.000, o que ocorre demais, também."

Vontade de trabalhar, esforço para resolver problemas, etc.
Nota que nem citei proatividade pq não sou daqueles que acha que todo funcionário precisa ser assim. Mas se o cara é contratado pra fazer X e não quer ser esforçar minimamente pra resolver qualquer problema na execução daquele X o problema não é na empresa nem no cliente.

Pois é. Isso por aqui é muito mais visto entre os mais velhos.
 
Um amigo mesmo... está na área de TI mais de 10 anos de experiencia, ganhando razoavelmente bem.

Virou fitness, perdeu 20kg... deu a louca de jogar tudo para o alto e virar nutricionista.

A galera no grupo de amigo acharam ruim quando falei que não conheço muitos nutricionistas que tem uma renda razoavel, pelo menos melhor que a que ele ja tem, mas enfim...

Sonhar é importante, mas pagar as contas tambem é na minha opinião.
Acho que é bem válido quando você tenta fazer isso com um "a mais". A renda extra.
Porém mudar assim do nada, para renda principal, é muito arriscado. Pode dar certo? Claro, mas é arriscado.
Eu também penso que, se não é algo totalmente novo (só você faz) e da dinheiro rápido e fácil, não é algo bom a longo prazo. Se não é revolucionário, não é dificil e da muito dinheiro, logo o mercado satura e começa a não valer apena (ex: UBER).
 
"Dos antigos alguns, dos novos a maioria".
A questão é que vc não entendeu meu ponto ou tá pagando de louco.

Tirando as condições (ruins ou boas), eu quis dizer que gerações passadas eram mais resilientes do que a molecada nova.
Repito, só quem romantizava exploração eram patrões. Galera usa o "nome meu tempo..." como mantra só pra ilustrar que hoje em dia o jovem reclama de tudo.

"TALVEZ a sua empresa não seja clara o suficiente no anúncio e na entrevista, alegando que o funcionário começará com 2.000, mas em pouco tempo pode ganhar 8.000, o que ocorre demais, também."
Tive que ser irônico, independente do TALVEZ é até um absurdo responder isso.

Pois é. Isso por aqui é muito mais visto entre os mais velhos.
Bem, isso é a sua bolha e pode ser exceção à regra.

Digo isso pq eu até assumiria que o meu ponto de vista é outra bolha e a realidade é mais complexa do que A ou B, só que vendo relatos dos colegas de fórum + matérias e relatos da internet em geral da pra ver que não é bem assim, molecada tem tendência muito maior a ser preguiçosa, cheia de direitos, blablabla.
 
Acho que é bem válido quando você tenta fazer isso com um "a mais". A renda extra.
Porém mudar assim do nada, para renda principal, é muito arriscado. Pode dar certo? Claro, mas é arriscado.
Eu também penso que, se não é algo totalmente novo (só você faz) e da dinheiro rápido e fácil, não é algo bom a longo prazo. Se não é revolucionário, não é dificil e da muito dinheiro, logo o mercado satura e começa a não valer apena (ex: UBER).

Pois é cara... e fico imaginando o quanto essa onda de IA não podem impactar algumas funções, não conheço muito de nutrição pra saber o quanto isso pode ser impactado.
 
A questão é que vc não entendeu meu ponto ou tá pagando de louco.

Tirando as condições (ruins ou boas), eu quis dizer que gerações passadas eram mais resilientes do que a molecada nova.
Repito, só quem romantizava exploração eram patrões. Galera usa o "nome meu tempo..." como mantra só pra ilustrar que hoje em dia o jovem reclama de tudo.

Nem. É só conflito geracional mesmo.

Quem paga de louco é os véi, que fingem esquecer que, quando novos, também ouviam diretaço que eram uma geração de preguiçosos, que não queriam nada com nada etc.

:joia:

Tive que ser irônico, independente do TALVEZ é até um absurdo responder isso.

Absurdo é achar que essas coisas não apenas não ocorrem, como são absurdamente frequentes.

:mesa:

Bem, isso é a sua bolha e pode ser exceção à regra.

Digo isso pq eu até assumiria que o meu ponto de vista é outra bolha e a realidade é mais complexa do que A ou B, só que vendo relatos dos colegas de fórum + matérias e relatos da internet em geral da pra ver que não é bem assim, molecada tem tendência muito maior a ser preguiçosa, cheia de direitos, blablabla.

Relatos de internet são o ápice do senso comum. Aliás, o que todos nós estamos fazendo é justamente isso.

:hmm2:
 
Quem paga de louco é os véi, que fingem esquecer que, quando novos, também ouviam diretaço que eram uma geração de preguiçosos, que não queriam nada com nada etc.
Engraçado é ver a turma desse fórum chegando numa idade onde podem ser considerados os "véi" que falam mal da nova geração, tal qual a geração anterior fez com eles :haha:
 
Relatos de internet são o ápice do senso comum. Aliás, o que todos nós estamos fazendo é justamente isso.

:hmm2:
Minha evidência anedótica com estagiários na justiça (média de idade entre 21 a 25 anos).

Teve uma queda perceptível de qualidade, atenção e comprometimento de uns 6 anos pra cá. Vejo casos de pessoas imaturas, não sabem trabalhar em condições adversas, falta de interesse em aprender e tem problemas de relacionamento interpessoal.

De uns 30 estagiários, digo que se salvam uns 12 no máximo. O resto é o estereótipo da Geração Z, infelizmente.
 
Acho que é bem válido quando você tenta fazer isso com um "a mais". A renda extra.
Porém mudar assim do nada, para renda principal, é muito arriscado. Pode dar certo? Claro, mas é arriscado.
Eu também penso que, se não é algo totalmente novo (só você faz) e da dinheiro rápido e fácil, não é algo bom a longo prazo. Se não é revolucionário, não é dificil e da muito dinheiro, logo o mercado satura e começa a não valer apena (ex: UBER).

Acho que era mais fácil o cara criar o hobbie de ter uma página fitness e de malhação no instagram rs
 
Nem. É só conflito geracional mesmo.

Quem paga de louco é os véi, que fingem esquecer que, quando novos, também ouviam diretaço que eram uma geração de preguiçosos, que não queriam nada com nada etc.

:joia:
É, tu ta me baitando mesmo.
Deixa pra lá.

Absurdo é achar que essas coisas não apenas não ocorrem, como são absurdamente frequentes.

:mesa:
Nah, eu usei a minha empresa como exemplo e vc respondeu tmb usando a minha empresa nessa teoria.
Acontece? Sim.
Aqui não e já falei extensivamente sobre o assunto no fórum.

Relatos de internet são o ápice do senso comum.
Que só são vistos assim quando são o oposto do que o locutor que argumentar.
Ou vira "evidência anedótica". Mas umas dezenas de milhares de relatos iguais serem evidência anedótica não é nem um pouco estranho, pelo visto.
--- Post duplo é unido automaticamente: ---

Engraçado é ver a turma desse fórum chegando numa idade onde podem ser considerados os "véi" que falam mal da nova geração, tal qual a geração anterior fez com eles :haha:
Nunca fui chamado de preguiçoso no trabalho.
Muito pelo contrário, sempre trabalhei bem e não à toa teve patrão vindo atrás de mim querendo que eu voltasse.

Óbvio que em coisas que eu fazia na rua tenho ctz que fui considerado idiota e sei lá mais o que, aí eu concordo com o choque de valores mas nesse tópico estou falando estritamente sobre o lado profissional.
 
Nunca fui chamado de preguiçoso no trabalho.
Muito pelo contrário, sempre trabalhei bem e não à toa teve patrão vindo atrás de mim querendo que eu voltasse.
Vc representa sua geração como um todo? Bom saber.
 
Acho que era mais fácil o cara criar o hobbie de ter uma página fitness e de malhação no instagram rs
Pois é cara... e fico imaginando o quanto essa onda de IA não podem impactar algumas funções, não conheço muito de nutrição pra saber o quanto isso pode ser impactado.
Acho que é bem válido quando você tenta fazer isso com um "a mais". A renda extra.
Porém mudar assim do nada, para renda principal, é muito arriscado. Pode dar certo? Claro, mas é arriscado.
Eu também penso que, se não é algo totalmente novo (só você faz) e da dinheiro rápido e fácil, não é algo bom a longo prazo. Se não é revolucionário, não é dificil e da muito dinheiro, logo o mercado satura e começa a não valer apena (ex: UBER).

Se não me falha a memória, tinha um usuário aqui no fórum que ganhava mais de 60k/mês com essa coisa de coach fitness (esqueci o nick dele).

Vai que ele pensou nisso ao largar a profissão? Tem muitos exemplos nas redes sociais.

Problema é atingir esse 0,1%. Os que mostram sucesso nessa área de influencer são exceção da exceção, não a regra.
 
Toda ára via ter gente se destacando e ganhando horrores, mas são a exceção. O problema é apostar tudo achando que você vai ser mais uma exceção.
 
Engraçado é ver a turma desse fórum chegando numa idade onde podem ser considerados os "véi" que falam mal da nova geração, tal qual a geração anterior fez com eles :haha:

BINGO! Melhor:

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É, tu ta me baitando mesmo.
Deixa pra lá.

Tô não, pow.

Você que está reclamando da nova geração, igual os véi que reclamavam da nossa.

:coolface:

Que só são vistos assim quando são o oposto do que o locutor que argumentar.
Ou vira "evidência anedótica". Mas umas dezenas de milhares de relatos iguais serem evidência anedótica não é nem um pouco estranho, pelo visto.
--- Post duplo é unido automaticamente: ---

Viés de Confirmação.
--- Post duplo é unido automaticamente: ---

Minha evidência anedótica com estagiários na justiça (média de idade entre 21 a 25 anos).

Teve uma queda perceptível de qualidade, atenção e comprometimento de uns 6 anos pra cá. Vejo casos de pessoas imaturas, não sabem trabalhar em condições adversas, falta de interesse em aprender e tem problemas de relacionamento interpessoal.

De uns 30 estagiários, digo que se salvam uns 12 no máximo. O resto é o estereótipo da Geração Z, infelizmente.

Mas seria apenas a idade, ou a substituição dos que estão há mais tempo na empresa por mais novos naturalmente incorrerá na queda da qualidade?

Funcionários mais antigos já sabem como os protocolos, a dinâmica e cultura da empresa impactam no processo E resultado. Se um ou mais desses três pilares for(em) ruim(ns), ocorre uma quebra nessa qualidade, retardando o resultado esperado. Se o treinamento também for ruim, aí a tendência é que haja, realmente, uma queda gradativa na qualidade.
 
Última edição:
Funcionários mais antigos já sabem como os protocolos, a dinâmica e cultura da empresa impactam no processo E resultado. Se um ou mais desses três pilares for(em) ruim(ns), ocorre uma quebra nessa qualidade, retardando o resultado esperado. Se o treinamento também for ruim, aí a tendência é que haja, realmente, uma queda gradativa na qualidade.
A queda de qualidade é dos estagiários mesmo.

Há modelos, padrões e o método de ensinamento é focado.

Não há equívocos na metodologia de acompanhamento e supervisão (fui supervisora de estagiários por 4 anos e o colega que cuida disso agora faz seu serviço por uns 5 anos também e o substituo nas férias dele), tanto que os interessados em aprender, aproveitam e saem muito melhores do que entraram (dos 12 estagiários que mencionei, todos conseguiram empregos seja no serviço público, escritórios grandes e inclusive uma entrou na parte de pesquisa jurídica e docência da UERJ - eles mantiveram contato conosco) tanto que queriam a extensão do estágio, o que não seria possível (limite é de 2 anos).

O juiz com o qual trabalhei anteriormente e o atual desembargador são professores de faculdades federais/estaduais. Eles aprovaram o roteiro de estágio que elaboramos.

Queremos que eles executem sua parte do ofício e sejam autônomos em até 3 meses. Sempre que há dúvida e esta não esteja no roteiro (damos uma cópia para eles conferirem), podem perguntar.

Não colocamos os estagiários para "apertar porca", mas sim para entender como funciona um gabinete de tribunal. Eles elaboram os relatórios e alguns votos mais simples.

Como atividades extras e opcionais, pedimos:
- Para acompanhar seções de julgamento (elaborando um resumo do julgamento para conferência e avaliação);
- Atendimento aos advogados (ficam na sala como ouvintes);
- Realizar pesquisas e questionem algum modelo existente também como parte do ensino (verificamos os modelos periodicamente, então serve mais como estímulo).

O acompanhamento de seções e atendimento não influencia no nosso trabalho, é para que eles tenham contato com o dia a dia da segunda instância do poder judiciário.

Quem não quiser fazer as atividades extras, está liberado e não impacta na avaliação do estágio em si. É o ensino jurídico prático que muitos querem na área.

A realidade é: de uns 6 anos pra cá estão vindo cada vez mais estagiários com problemas de aprendizado e foco, fora o comportamento imaturo. Temos que explicar a mesma coisa diversas vezes. Não possuem vontade, tampouco autonomia para verificar se fizeram a mesma coisa anteriormente (querem tudo na boca o tempo todo, me sinto uma babá as vezes), ficam chorosos/revoltados quando corrigimos algo e chamamos em separado para pedir que tenham atenção ao que estão fazendo, pois o erro está repetitivo e uma conversa casual não ajuda.
 
A realidade é: de uns 6 anos pra cá estão vindo cada vez mais estagiários com problemas de aprendizado e foco, fora o comportamento imaturo. Temos que explicar a mesma coisa diversas vezes. Não possuem vontade, tampouco autonomia para verificar se fizeram a mesma coisa anteriormente (querem tudo na boca o tempo todo, me sinto uma babá as vezes), ficam chorosos/revoltados quando corrigimos algo e chamamos em separado para pedir que tenham atenção ao que estão fazendo, pois o erro está repetitivo e uma conversa casual não ajuda.
Uma curiosidade: vc diz de 6 anos pra cá, sente que algo mudou com relação ao pessoal pré/pós pandemia?
Essa galera que vc lida geralmente tá em qual idade? 20~22 anos? (assumo que seja isso já que tão em fase de estágio na faculdade).

(fui supervisora de estagiários por 4 anos e o colega que cuida disso agora faz seu serviço por uns 5 anos também e o substituo nas férias dele)
No caso, vc começou 6 anos atrás e parou com isso nos últimos 2 anos?
 
Uma curiosidade: vc diz de 6 anos pra cá, sente que algo mudou com relação ao pessoal pré/pós pandemia?
Essa galera que vc lida geralmente tá em qual idade? 20~22 anos? (assumo que seja isso já que tão em fase de estágio na faculdade).
A idade dos estagiários é de 21 a 25 anos na média (alunos de faculdades cursando a partir do 5º período em Direito).

Depois da pandemia há um claro declínio de qualidade.

No caso, vc começou 6 anos atrás e parou com isso nos últimos 2 anos?
Fui supervisora de estagiários de 2017 a 2020 (4 anos).

Atuo como substituta desde então nas férias do supervisor e o auxilio a fazer as avaliações e acompanhamento de estagiários, mas não é mais a minha atribuição cuidar diretamente deles. De 2020 a 2023, a supervisora de estagiários que me substituiu manteve o roteiro para os estagiários na Vara Federal até que todos nós acabamos em lugares diferentes (o Juiz se aposentou e o novo que chegou tinha sua equipe, logo foi cada um pro seu canto basicamente).

Agora no Gabinete de Turma (estou lotada lá desde o início de 2024). O supervisor de estagiários da Turma é uma pessoa que conheço (ele tomou posse junto comigo e acabou indo pro tribunal uns 2 anos depois) e ele virou supervisor dos estagiários na Turma desde 2021 até hoje. Em 2016 cheguei a conversar com ele sobre o que fazia com os estagiários no emprego anterior dele e ele mencionou o que poderia ser feito para manter os estagiários interessados. Elaboramos o roteiro de estágio juntos. Ele aplicou lá a mesma metodologia com algumas modificações (Vara e Gabinete de Turma são diferentes).

Fui estagiária por 6 meses e odiei. Queria que os estudantes tivessem algo mais rico no aprendizado e não a mesma experiência que a minha.

O que postei é a minha avaliação e a dele (de 2017 até hoje). Infelizmente há uma queda de qualidade dos estudantes e futuros profissionais. É um quadro preocupante no longo prazo.
 
Vc representa sua geração como um todo? Bom saber.
Não represento.
Contudo vc falou "a turma desse fórum", eu como um integrante da geração anterior à geração mais fodida e perdida (até agora) e membro do fórum respondi.
 
A realidade é: de uns 6 anos pra cá estão vindo cada vez mais estagiários com problemas de aprendizado e foco, fora o comportamento imaturo. Temos que explicar a mesma coisa diversas vezes. Não possuem vontade, tampouco autonomia para verificar se fizeram a mesma coisa anteriormente (querem tudo na boca o tempo todo, me sinto uma babá as vezes), ficam chorosos/revoltados quando corrigimos algo e chamamos em separado para pedir que tenham atenção ao que estão fazendo, pois o erro está repetitivo e uma conversa casual não ajuda.

Pois é justamente isso que ocorre por aqui, com os véi.

:mesa:

Eu criei um Guia Rápido, com 6 páginas, explicando (e exemplificando) o que deve-se solicitar aos clientes. No primeiro ano eu tive que reenviar essa merda desse Guia três vezes. No ano seguinte eu enxuguei ainda mais e fiz com 2 páginas, apenas, somente "o principal do principal".

Adiantou? Nem fodendo.

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O assunto é deveras complexo, e para mim vai muito além da culpabilização da geração. É um problema crônico de gestão e comprometimento geral.

Tá "todo mundo" preocupado estritamente com o resultado, cagando pro processo.
 
Também ja quebrei as pernas de alguns aqui na empresa. Só ter tudo documentado.
Até quando a pessoa pede para eu fazer algo simples eu digo: "Blz. Me manda uma e-mail solicitando que eu vejo pra você."
Aqui, quando a pessoa me chama no Teams por ligação, eu costumo não atender de primeira. São sempre as mesmas figurinhas que querem fazer as coisas sem ter como documentar pra depois inventar que pediu de tal e tal jeito, ou meter o louco e falar "magina, você entendeu errado".

Então eu peço pra escrever ou mandar email. Sem e-mail, não faço nada.

Ah e esses dias a Querida deu pra apagar mensagens no Teams. Fui no Teams e desativei pra toda empresa a opção de apagar mensagens e tem gente surtando já, principalmente essa Querida.

Um amigo mesmo... está na área de TI mais de 10 anos de experiencia, ganhando razoavelmente bem.

Virou fitness, perdeu 20kg... deu a louca de jogar tudo para o alto e virar nutricionista.

A galera no grupo de amigo acharam ruim quando falei que não conheço muitos nutricionistas que tem uma renda razoavel, pelo menos melhor que a que ele ja tem, mas enfim...

Sonhar é importante, mas pagar as contas tambem é na minha opinião.

Pois é cara... e fico imaginando o quanto essa onda de IA não podem impactar algumas funções, não conheço muito de nutrição pra saber o quanto isso pode ser impactado.
Aqui já demitiram dois assistentes, deram um aumento pra um analista e pagaram uma licença para uma IA de Dev pra que ela ajude o analista a resolver bugs do sistema. A equipe toda reclamando de burnout já.

É complicado...IA vai ferrar com a cabeça de muita gente ainda, mas pessoalmente, estando na area de tecnologia, entendo qualquer um que resolva jogar tudo pro alto pra vender artes na praia. Dependendo do que você faz, é muito estressante.

Mas sei lá, não sei qual o motivo de ele querer trocar de área também...
 
Pois é cara... e fico imaginando o quanto essa onda de IA não podem impactar algumas funções, não conheço muito de nutrição pra saber o quanto isso pode ser impactado.
Tenho um amigo que instalou um aplicativo onde ele preenche alguns dados e o app mostra quanto precisa consumir de macro nutrientes.

Depois foi no chat gpt e pediu pra montar uma dieta, passando as porcentagens de macro e o tipo de alimento que ele prefere.

Depois de alguns meses foi num cardiologista do esporte, e falando sobre a dieta o médico perguntou se ele era nutricionista, pois a dieta estava muito boa e bem balanceada.

Ou seja, chat gpt já substitui um nutricionista na hora de montar a dieta, e ainda tem a vantagem que tu pode passar o tipo de alimento que quer consumir, tirando aquele monte de coisa importada que nutricionista gosta de passar.
 
A idade dos estagiários é de 21 a 25 anos na média (alunos de faculdades cursando a partir do 5º período em Direito).

Depois da pandemia há um claro declínio de qualidade.


Fui supervisora de estagiários de 2017 a 2020 (4 anos).

Atuo como substituta desde então nas férias do supervisor e o auxilio a fazer as avaliações e acompanhamento de estagiários, mas não é mais a minha atribuição cuidar diretamente deles. De 2020 a 2023, a supervisora de estagiários que me substituiu manteve o roteiro para os estagiários na Vara Federal até que todos nós acabamos em lugares diferentes (o Juiz se aposentou e o novo que chegou tinha sua equipe, logo foi cada um pro seu canto basicamente).

Agora no Gabinete de Turma (estou lotada lá desde o início de 2024). O supervisor de estagiários da Turma é uma pessoa que conheço (ele tomou posse junto comigo e acabou indo pro tribunal uns 2 anos depois) e ele virou supervisor dos estagiários na Turma desde 2021 até hoje. Em 2016 cheguei a conversar com ele sobre o que fazia com os estagiários no emprego anterior dele e ele mencionou o que poderia ser feito para manter os estagiários interessados. Elaboramos o roteiro de estágio juntos. Ele aplicou lá a mesma metodologia com algumas modificações (Vara e Gabinete de Turma são diferentes).

Fui estagiária por 6 meses e odiei. Queria que os estudantes tivessem algo mais rico no aprendizado e não a mesma experiência que a minha.

O que postei é a minha avaliação e a dele (de 2017 até hoje). Infelizmente há uma queda de qualidade dos estudantes e futuros profissionais. É um quadro preocupante no longo prazo.
Então as turmas de 2017/2018 vc consideravam boas, depois o nível foi caindo, e a partir das de 2020 (pandemia) caiu mais ainda? Acha que isso realmente é só algo de geração, ou que tem algum outro fator extra pra isso?

Não represento.
Então pronto :melior3:
Brincadeiras a parte, opinião anedótica sua não vale de muita coisa. Do mesmo jeito poderia falar que minha experiência com gente mais nova é totalmente diferente, bem mais parecida com oq o @andreycmiranda reportou, e que sempre ouvi meus pais/colegas dos meus pais reclamando de jovens desde que eu era criança do mesmo jeito que vc reclama agora.

Acho que tem mais a ver com a área onde vc está, e o nível socioeconômico das pessoas que vc lida.
Na minha universidade mesmo, dentro do centro que estudo, eu reparei que depois da pandemia a quantidade de "burguesinhos" aumentou bastante pós pandemia, eles não tem o tato de como se portar socialmente direito devido ao tempo de aulas online (vieram começar a pegar isso bem mais tarde), e tem um gap maior entre os melhores da turma em termos de esforço, e os mais medíocres, no sentido de que - comparado com minha turma anos atrás - os esforçados são em menor quantidade, mas parecem conseguir MUITO mais coisas bem mais cedo, enquanto tem mais gente enrolada.
Por outro lado, creio ser bem mais novo que o senhor, então tenho alguns anos pra ficar mais ranzinza e começar a reclamar de jovens :haha:
 
opinião anedótica sua não vale de muita coisa
Não disse? 👇
Ou vira "evidência anedótica". Mas umas dezenas de milhares de relatos iguais serem evidência anedótica não é nem um pouco estranho, pelo visto.
Mas enquanto isso:

(...) esta geração, que se refere a pessoas nascidas entre 1997 e o início da década de 2010, carece de uma forte ética de trabalho, tem dificuldades de comunicação, não lida bem com o feedback e, em geral, não está preparada para as exigências do mercado de trabalho.
(...)
"A Geração Z não conhece as competências básicas de interação social com clientes, colegas de trabalho, nem a etiqueta no local de trabalho", disse Schroth à Euronews Next, por e-mail.



Uma pesquisa da revista online universitária Intelligent mostrou que 20% dos recrutadores consultados receberam candidatos da geração Z que levaram seus pais.
(...)
A especialista em recursos humanos focada em equidade racial Patrícia Santos, fundadora da Empregue Afro, conta que já percebeu a presença do pai de uma candidata durante uma entrevista online, por videochamada, e que ela o olhava com frequência para que ele avaliasse suas respostas.
(...)
a lista inclui o uso de roupas inadequadas para a situação, dificuldades em cumprir horários e de lidar com a rotina estabelecida, falta de habilidades de comunicação - tanto na redação de e-mails quanto na participação em reuniões -, desafios em gerenciar a carga de trabalho e uma tendência a se ofenderem “facilmente”.
(...)
Os jovens da geração Z enfrentam dificuldade para mexer nos computadores de mesa tradicionais das empresas, daqueles com Windows como sistema operacional. Isso porque, apesar de estarem sempre conectados, na maior parte do tempo isso ocorre por meio de um celular. Mesmo ao usar o PC, eles não focam nas ferramentas mais exigidas para vagas de emprego, como as de Pacote Office, por exemplo.


Evidência anedótica, é, tem razão.
Estou errado. Perdão.
 
Então as turmas de 2017/2018 vc consideravam boas, depois o nível foi caindo, e a partir das de 2020 (pandemia) caiu mais ainda? Acha que isso realmente é só algo de geração, ou que tem algum outro fator extra pra isso?
Sendo sincera? Credito em boa parte ao comportamento médio da juventude atual. A pandemia tem uma parcela de culpa, mas acredito que seria um problema comportamental e talvez da geração em si.

Houve um declínio de capacidade de aprendizado e emocional depois de 2020. Desinteresse virou regra. Escutamos com frequência os próprios dizendo que se dedicar ao ofício leva a nada, preferiria estar fazendo outra coisa (alguns queriam ser streamers ou influencers). Comprometimento é visto paralelamente como ser feito de trouxa. Segundo os estagiários, a bolsa é um direito, não uma contraprestação pelo aprendizado. Tratam o trabalho da mesma forma, como se fosse um favor fazer.

Pegamos os estagiários usando o celular para jogar, usar Tinder no horário do estágio enquanto tem coisa pra fazer. Cansamos de chamar a atenção para não ouvir Tiktok, Instagram no horário de estágio no viva a voz. No horário de almoço (se tiver)? fica a vontade.

Antes de 2020, tínhamos 3 estagiários fazendo as atividades extras que passávamos (total de 4). Hoje tem 1 ou nenhum querendo fazer.

Se fosse avaliar por ano fechado (considerando a minha experiência direta e indireta, nas conversas com os supervisores de estágio atuantes), faria assim numa escala de 0 a 10, sendo 0 péssimo e 10 excelente:

2017/2018: nota 9
2019: nota 8
2020: nota 9
2021: nota 5
2022: nota 5
2023: nota 3
2024: nota 4
 

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