[TÓPICO OFICIAL] Salário e carreira dos usuários II

Qual o seu salário em reais?

  • Abaixo de 1000

    Votes: 46 4.9%
  • De 1001 a 2000

    Votes: 127 13.6%
  • De 2001 a 3000

    Votes: 91 9.7%
  • De 3001 a 5000

    Votes: 200 21.4%
  • De 5001 a 8000

    Votes: 183 19.6%
  • De 8001 a 10000

    Votes: 62 6.6%
  • De 10001 a 15000

    Votes: 94 10.0%
  • De 15001 a 20000

    Votes: 45 4.8%
  • De 20001 a 30000

    Votes: 44 4.7%
  • Acima de 30000

    Votes: 44 4.7%

  • Total de votos
    936
Se essa é sua opinião, Ok. Porém, você usou a exceção para sustentar o seu argumento como se fosse a regra geral.
Já tive experiência profissional em universidades públicas e privadas. Assim como, conheço pessoas que atuam e atuaram em ambos os segmentos. E o consenso geral é apenas um: universidade privada no Brasil possui clientes, não alunos. **FGV ou PUC são exceções, não regra.

É comum casos de universidades privadas em que a própria coordenação do curso é orientada a não reprovar alunos. E consequentemente, os professores tem que moldar toda sua metodologia de ensino a isso. Conheci professores, e não apenas um, que abandonaram empregos em universidades privadas porque tinham que passar alunos que não possuíam o mínimo necessário para obter aprovação na disciplina lecionada.

Os bons profissionais de universidades privadas tender a ser exceções em suas turmas e não regras.

O exemplo do TI e automação que você deu é o pior exemplo possível para atestar a qualidade do ensino superior privado no Brasil. Normalmente, em cursos de tecnologia da rede de ensino privada, dos 30 ~ 40 alunos que formam em cada turma, poucos seguem na área após completar a formação. Boa parte não possuem o necessário para conseguir uma vaga de júnior.

Diferente do que acontece em universidades públicas. Na federal que estudei, as empresas vão dentro do departamento de computação contratar alunos que estão em fase final de conclusão do curso. O mesmo acontece com várias outras federais.
Entendo esse ponto de vista, mas vc novamente coloca como se todas as universidades particulares apenas colocassem alunos em suas redes para fazer "caixa" e passá-los sem nenhum critério. Do msm jeito que existe sim faculdades particulares ruins baseadas em apenas vender um certificado de conclusão, existem outras que vão na contra mão dessa visão e querem sim formar bons alunos e, certamente, as empresas tmb estarão lá.

Meu ponto deixou bem claro isso, nenhuma faculdade conseguirá ter 100% de foco em todas as matérias, isso significa que haverá sim um foco maior em determinadas áreas sejam humanas ou exatas tanto em Federal quanto em particular. Uma amiga minha quando eu estava fazendo um curso de aprimoramento no SENAI estudava numa Federal daqui de SP e o relato dela foi perfeito no que digo: Ela relatou que o nível de qualidade da Federal não era isso tudo e que uma boa escola particular certamente teria o msm approach ou até melhor, fora o núcleo escolar daquela Federal que era bem ruim (nem papel higiênico eles tinham nos banheiros tamanha a incompetência). O que mostra que existem sim faculdades Federais ruins, mas nem por isso eu generalizo como sendo todas ruins.

Eu tive professores excelentes na faculdade que fiz (FMU e olha que nem é o primor em exemplo) e mtos deles inclusive vieram de Federais. O que vai realmente diferenciar o aluno/profissional não é a faculdade que ele faz (mas infelizmente isso não acontece e sabemos mto bem disso) e sim o aluno que corre por fora para aprender, ou seja, é o aluno que faz a faculdade e não o inverso. Vc pode colocar excelentes profissionais na sala de aula, se tiver alunos indispostos a aprender ou a somente passar de semestre todo esse investimento não valerá nada, tanto pra faculdade quanto para o próprio aluno.

E detalhe, ela conheceu colegas de lá da faculdade que nem eram primor em programação (ela cursa isso por lá) e simplesmente eram chamados para entrevista só pq tinha uma Federal no currículo em curso.
--- Post duplo é unido automaticamente: ---

Como eu me formei em universidade pública eu tenho tendência a achar que a universidade pública prepara melhor os alunos. Porém, ao mesmo tempo, eu sei que não são todos os alunos que se formam na rede pública que estão capacidatos. Acredito que essa é uma questão que dependa mais do aluno do que do curso. Um bom aluno consegue aproveitar e adquirir conhecimento em qualquer instituição. A diferença é que por conta da univ. pública ser mais difícil de se formar, isso costuma atestar pela qualidade dos alunos.

Minha experiência de trabalho, pelas 2 empresas que eu trabalhei no Brasil e pelos outros brasileiros que eu conheço que trabalham no exterior, é que 90% vem de universidade pública. Então, acho que no final das contas, são os formados da rede pública que estão ficando com as melhores vagas.
É o que eu relatei agora pouco no meu texto e mtos professores meus confirmaram isso. As empresas estão mais interessadas em onde vc está estudando do que o quão capacitado e bom profissional vc poderá se tornar.
 
E detalhe, ela conheceu colegas de lá da faculdade que nem eram primor em programação (ela cursa isso por lá) e simplesmente eram chamados para entrevista só pq tinha uma Federal no currículo em curso.
--- Post duplo é unido automaticamente: ---


É o que eu relatei agora pouco no meu texto e mtos professores meus confirmaram isso. As empresas estão mais interessadas em onde vc está estudando do que o quão capacitado e bom profissional vc poderá se tornar.

Não necessariamente, digo, depende da área. Mas nenhuma empresa tá contratando sem verificar a capacidade do candidato. Pelo menos minha área, as empresas sempre fazem provas e/ou longas entrevistas pra tentar extrair o máximo de "sinal" possível do candidato. Quando eu faço entrevistas eu nunca olho de onde o candidato vem, só tento ver a capacidade técnica dele. Mas não sou eu que faço a pré-seleção, ou é o RH ou o gerente.

Mas acho que é normal as empresas irem buscar alunos onde elas acham que estão os melhores. Se ela olha o quadro de funcionários dela e 90% vem de univ. pública, então faz sentido focar as buscas nessas instituições.
 
Eu realmente não devia ter generalizado. Discutir esse assunto sempre é complicado e acaba indo para o pessoal..

Eu também trabalho com pessoas que são formados em universidades privadas e que são excelentes profissionais. Porém, novamente, o que eu percebo é que eles são exceções, o tipo de pessoa que já seria um bom profissional independente da universidade cursada.

Uma coisa que percebo sempre que discuto esse assunto é que a maiorias das pessoas não possuem noção da quantidade de faculdades privadas de qualidade questionável que possui no Brasil. E da quantidade de alunos que são formados anualmente nelas, principalmente em cursos "baratos" como, ciências contábeis, administração, T.I, educação física e cursos de "gestão qualquer coisa"...

Também conheci alunos de federais que eram "ruins". Porém, eu vi vários alunos "ruins" de computação da federal conseguindo emprego relativamente fácil. Para muitas empresas, o aluno ruim de computação da federal é aceitável. Enquanto muitos alunos "medianos" da privada não..
 
Uma coisa que percebo sempre que discuto esse assunto é que a maiorias das pessoas não possuem noção da quantidade de faculdades privadas de qualidade questionável que possui no Brasil. E da quantidade de alunos que são formados anualmente nelas, principalmente em cursos "baratos" como, ciências contábeis, administração, T.I, educação física e cursos de "gestão qualquer coisa"...

Acho q as únicas exceções quanto ao custo são Medicina e odonto ,de resto todas as graduações possíveis encontra-se por valores baixos .Tem engenharia EAD com reconhecimento pelo CREA por menos de R$500,00 a mensalidade ,podes conferir aqui .https://www.unifacear.edu.br/cursos-ead/engenharia-civil/
 
Também conheci alunos de federais que eram "ruins". Porém, eu vi vários alunos "ruins" de computação da federal conseguindo emprego relativamente fácil. Para muitas empresas, o aluno ruim de computação da federal é aceitável. Enquanto muitos alunos "medianos" da privada não..

percebo mt isso tb aqui na empresa, mas abrangendo pra vários cursos... nego formado em usp + pós graduação com dificuldade de entender um procv no excel..
 
Não necessariamente, digo, depende da área. Mas nenhuma empresa tá contratando sem verificar a capacidade do candidato. Pelo menos minha área, as empresas sempre fazem provas e/ou longas entrevistas pra tentar extrair o máximo de "sinal" possível do candidato. Quando eu faço entrevistas eu nunca olho de onde o candidato vem, só tento ver a capacidade técnica dele. Mas não sou eu que faço a pré-seleção, ou é o RH ou o gerente.

Mas acho que é normal as empresas irem buscar alunos onde elas acham que estão os melhores. Se ela olha o quadro de funcionários dela e 90% vem de univ. pública, então faz sentido focar as buscas nessas instituições.

Falando de Brasil, normalmente quem cursa universidade pública carrega o estereótipo de ter um nível sócio econômico maior do que aqueles que fazem privada normal (exceto quem faz Mackenzie, FGV, Belas Artes e assim vai). É isso que muita empresa quer, aquele povo que muitas vezes já fez intercâmbio, viaja de férias pro exterior, estudou a vida toda em ensino particular antes de entrar na universidade etc.

Não deixa de ser uma forma de discriminação sócio econômica e de raça também (quantos negros/mulatos/pardos) conseguem entrar nessas universidades? Mas é assim que a banda toca.
 
Atualizando minha situação de estagiário de Direito de 1 ano atrás: me formo no fim do ano, e já tenho "contrato" no escritório pra a partir de janeiro receber 4,5k por mês, mas sem cláusula de exclusividade. Ou seja, posso advogar sozinho com quantos clientes eu conseguir angariar.

Acho relativamente confortável, mas evidentemente o futuro está na advocacia autônoma.
 
Atualizando minha situação de estagiário de Direito de 1 ano atrás: me formo no fim do ano, e já tenho "contrato" no escritório pra a partir de janeiro receber 4,5k por mês, mas sem cláusula de exclusividade. Ou seja, posso advogar sozinho com quantos clientes eu conseguir angariar.

Acho relativamente confortável, mas evidentemente o futuro está na advocacia autônoma.
Qual sua especialidade?
 
Falando de Brasil, normalmente quem cursa universidade pública carrega o estereótipo de ter um nível sócio econômico maior do que aqueles que fazem privada normal (exceto quem faz Mackenzie, FGV, Belas Artes e assim vai). É isso que muita empresa quer, aquele povo que muitas vezes já fez intercâmbio, viaja de férias pro exterior, estudou a vida toda em ensino particular antes de entrar na universidade etc.

Não deixa de ser uma forma de discriminação sócio econômica e de raça também (quantos negros/mulatos/pardos) conseguem entrar nessas universidades? Mas é assim que a banda toca.

Pois é, o que é completamente distorcido considerando que a universidade pública deveria ser mais inclusiva. Mas em vez disso quem ingressa nas públicas são aqueles que vieram de ensino particular e cursinho.
Realmente ao me recordar de todos meus colegas de trabalho, apenas 2 ou 3% eram negros/pardos (não sei se o termo pardo ainda é válido). Essa busca pelos "melhores" nas universidades públicas acaba ajudando a acentuar ainda mais a desigualdade social do país. É um ciclo.
 
Pois é, o que é completamente distorcido considerando que a universidade pública deveria ser mais inclusiva. Mas em vez disso quem ingressa nas públicas são aqueles que vieram de ensino particular e cursinho.
Realmente ao me recordar de todos meus colegas de trabalho, apenas 2 ou 3% eram negros/pardos (não sei se o termo pardo ainda é válido). Essa busca pelos "melhores" nas universidades públicas acaba ajudando a acentuar ainda mais a desigualdade social do país. É um ciclo.

E pense bem aí onde você está (se morar no exterior) das pessoas que conseguem emigrar, quantos tem a pele mais escura? Continua sendo a mesma história lá fora também. Vejo o tipo das pessoas no grupo do Slack pra expatriados na área de T.I.... mesma coisa.


Cara, a priori não deveria existir essa discriminação em lugar nenhum mas no Brasil (que ironicamente é super misturado) isso ainda existe... desde sempre....

Na área de T.I é no máximo 1% parda/negra mesmo... e sim, tem bem mais gente com esse perfil estudando na faculdade.... mas esse povo tem muito mais dificuldade em conseguir entrar no mercado.... eu sofri um bocado pra conseguir as primeiras vagas e tive que ficar "over qualified" em muita coisa pra conseguir um trampo/estágio inicial na área de T.I porque ficando como o resto eu não tinha chance sendo mulher, pobre e parda.

Também nunca vi um Indígena ou descendente de Boliviano (aqui em São Paulo tem muita gente que veio de lá e já há pelo menos uma 2 décadas estuda com a gente nas escolas publicas) por exemplo em uma entrevista de emprego (na época quando ainda participava de entrevistas pessoalmente ou aquelas horríveis dinâmicas de grupo).

Chegando no trabalho é aquele mar de gente branquinha/clarinha de olhos claros... (não precisa ser um gênio pra ver que o RH e os profissionais fazem uma bela de uma peneirada).

Ano vem, ano vai.... os estagiários continuam com o mesmo "fenótipo" e "origem sócio-econômica" em sua maioria na área de T.I até hoje (não posso falar de outras áreas).


Sobre o termo pardo, O IBGE ainda usa esse termo para contabilizar o povo miscigenado (misturado) com múltiplas etnias....



Vou colocar em spoiler pra não ficar grande demais:

usado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para configurar um dos cinco grupos de "cor ou raça" que compõem a população brasileira, junto com brancos, pretos, amarelos e indígenas.[24]

No sentido concreto, estrito, a palavra pardo é usada para referir-se aos brasileiros com variadas ascendências étnicas.[25] O manual do IBGE define o significado atribuído ao termo como pessoas com uma mistura de cores de pele, seja essa miscigenação mulata (descendentes de brancos e negros), cabocla (descendentes de brancos e ameríndios), cafuza (descendentes de negros e indígenas) ou mestiça.[25][26]

Historicamente, "pardo" foi usado como sinônimo de um sistema de castas usado na América de colonização espanhola entre os séculos XVI e XVIII. O termo era mais utilizado em pequenas áreas da América Hispânica que tinham sua economia baseada na escravidão durante a era colonial.

De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2006, os pardos compõem 79,782 milhões de pessoas, ou 42,6% da população do Brasil.[27] Em 2009, no entanto, o IBGE identificou que 84 milhões de brasileiros se autodeclararam pardos, o que faz desse grupo racial o segundo maior componente do povo brasileiro, atrás apenas dos brancos. Além disso, o percentual de pardos é o que mais cresce na população brasileira. Em 2000, por exemplo, apenas 38,4% dos brasileiros que se autodeclaravam pardos,[28] enquanto em 2006 o índice passou para 42,6% e, em 2009, para 44,2% da população total do país.[29] Estudos genéticos atuais revelam que os pardos possuem ancestralidades europeia, indígena e africana, variando as proporções de acordo com o indivíduo e a região.[30][31]

Nem vou falar como foi difícil conseguir uma oportunidade para sair do Brasil (entrevista por vídeo conferência é a norma).
 
Última edição:
Pois é, o que é completamente distorcido considerando que a universidade pública deveria ser mais inclusiva. Mas em vez disso quem ingressa nas públicas são aqueles que vieram de ensino particular e cursinho.
Realmente ao me recordar de todos meus colegas de trabalho, apenas 2 ou 3% eram negros/pardos (não sei se o termo pardo ainda é válido). Essa busca pelos "melhores" nas universidades públicas acaba ajudando a acentuar ainda mais a desigualdade social do país. É um ciclo.
O que é uma bizarrice. Não é mesmo?

O dinheiro vai todo pra universidades públicas e o ensino básico/médio público é um fracasso total.

O superior público, que deveria servir pra dar acesso a ensino superior bom para os menos afortunados, acaba se tornando um dos maiores criadores da dissiparidade de renda do país. Criadores não, mas manutenção dos ricos. Pois quem entra lá na grande maioria já vem de uma família com mais dinheiro.

Antigamente, época quando minha mãe era aluna e também quando foi professora, ela conta que a escola pública era mais procurada pois escolas particulares eram vistas como algo pro povo que tem dinheiro entrar e passar, era bem mais fácil. Hoje a coisa se inverteu totalmente.

Salvo exceções (IFs e ETECs), o ensino público básico é lixo.

Pode falar o que for, mas os IFs são as instituições salvadoras da molecada de hoje.
 
O que é uma bizarrice. Não é mesmo?

O dinheiro vai todo pra universidades públicas e o ensino básico/médio público é um fracasso total.

O superior público, que deveria servir pra dar acesso a ensino superior bom para os menos afortunados, acaba se tornando um dos maiores criadores da dissiparidade de renda do país. Criadores não, mas manutenção dos ricos. Pois quem entra lá na grande maioria já vem de uma família com mais dinheiro.

Antigamente, época quando minha mãe era aluna e também quando foi professora, ela conta que a escola pública era mais procurada pois escolas particulares eram vistas como algo pro povo que tem dinheiro entrar e passar, era bem mais fácil. Hoje a coisa se inverteu totalmente.

Salvo exceções (IFs e ETECs), o ensino público básico é lixo.

Pode falar o que for, mas os IFs são as instituições salvadoras da molecada de hoje.

Problema é conseguir vaga, não é fácil e rola uma grana ou Q.I pra conseguir vaga também.
 
Problema é conseguir vaga, não é fácil e rola uma grana ou Q.I pra conseguir vaga também.
Nos IFs?

Acredito que possa existir uma corrupção por trás em alguns casos, como todo o governo do país, mas minha sobrinha era aluna do IF e não tem influência alguma e vivem em dívida. Não é por histórico escolar e prova?

No IF que trabalho tem muita molecada carente.

Mas por ser bom, realmente se torna algo concorrido.

PS: minha sobrinha não aguentou o tranco e saiu. Foi pra escola pública comum. Jogou uma possibilidade de futuro bom no lixo.

Fiz o segundo e terceiro colegial em uma ETE, mas estava vindo de escola particular e tive que sair de lá por questões financeiras. Entrei quando o segundo colegial já havia começado pois houve uma desistência. Na época era prova, não sei como é agora.
 
Nos IFs?

Acredito que possa existir uma corrupção por trás em alguns casos, como todo o governo do país, mas minha sobrinha era aluna do IF e não tem influência alguma e vivem em dívida. Não é por histórico escolar e prova?

No IF que trabalho tem muita molecada carente.

Mas por ser bom, realmente se torna algo concorrido.

PS: minha sobrinha não aguentou o tranco e saiu. Foi pra escola pública comum. Jogou uma possibilidade de futuro bom no lixo.

Meu irmão ficou um tempão tentando conseguir uma vaga pro filho, o moleque tem histórico de notas bom (tudo B pra cima) desde o primário, mas até hoje ele não conseguiu, agora o menino está se preparando pra entrar na etec ano que vem já que esse ano é perdido, o que ofereceram pro meu irmão é "arranjar uma vaga no IF por x dinheiro" aí ele não aceitou (era um bom dinheiro viu)
 
Meu irmão ficou um tempão tentando conseguir uma vaga pro filho, o moleque tem histórico de notas bom (tudo B pra cima) desde o primário, mas até hoje ele não conseguiu, agora o menino está se preparando pra entrar na etec ano que vem já que esse ano é perdido, o que ofereceram pro meu irmão é "arranjar uma vaga por x dinheiro" aí ele não aceitou.
Que merda. Brasileiro tem o dom de tirar leite de pedra mesmo.
País lixo.
 
a universidade pública deveria ser mais inclusiva

E ainda tem quem reclame das cotas. Por mais "nao ideal" que seja, e o que tem pra hoje.

eu não tinha chance sendo mulher, pobre e parda.

Nao sei exatamente o que voce faz, mas na minha vivencia a maioria das mulheres acaba indo pra parte de analise, tipo analista de negocios, analista de sistemas. Da pra contar nos dedos de uma mao quantas programadoras eu conheci em uns 10 anos de carreira. Triste.
 
Problema é conseguir vaga, não é fácil e rola uma grana ou Q.I pra conseguir vaga também.

Até onde sei, hoje, os IF's são processos seletivos e com política de cotas / ações afirmativas.
Acho bem difícil essa narrativa de entrar em uma UF ou IF por meio de indicação, ou molhando a mão de alguém.

Já tive a oportunidade de acompanhar de perto apurações que são realizadas em processos seletivos em uma universidade federal. E digo, qualquer tentativa, por pate de algum servidor, de burlar o processo seletivo para beneficiar pessoa X ou Y, é literalmente, um tiro no próprio pé.

Primeiro que normalmente isso não fica na mão de uma pessoa só. E sim, é montado uma comissão de vestibular, processo seletivo. Essa comissão é composta por pessoas de diferentes departamentos, e com diferentes perfis técnicos. Há regras claras e específicas sobre todo o processo seletivo. Além disso, o processo é possível de auditoria posterior.

O que observo são os próprios alunos prestando os processos seletivos burlando e tentando burlar as politicas de cotas e ações afirmativas. E não os servidores tentando burlar o sistema pra beneficiar pessoa X ou Y.


ETEC não possuo conhecimento, portanto não posso falar sobre.
 
Última edição:
E ainda tem quem reclame das cotas. Por mais "nao ideal" que seja, e o que tem pra hoje.



Nao sei exatamente o que voce faz, mas na minha vivencia a maioria das mulheres acaba indo pra parte de analise, tipo analista de negocios, analista de sistemas. Da pra contar nos dedos de uma mao quantas programadoras eu conheci em uns 10 anos de carreira. Triste.

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Última edição:
Imagino que nem todos os negros pensem em entrar por cota. Pois se for analisar, a quantidade de negros que tem para o percentual de cotas é muito discrepante, por isso acredito ser algo preconceituoso
Exemplificando, se os negros tem capacidade de preencher 30% das vagas, tentar cota de 10% é suicídio, ficam 2/3 de fora.
 
Meu irmão ficou um tempão tentando conseguir uma vaga pro filho, o moleque tem histórico de notas bom (tudo B pra cima) desde o primário, mas até hoje ele não conseguiu, agora o menino está se preparando pra entrar na etec ano que vem já que esse ano é perdido, o que ofereceram pro meu irmão é "arranjar uma vaga no IF por x dinheiro" aí ele não aceitou (era um bom dinheiro viu)
Ué, mas não é vestibular?
 
Imagino que nem todos os negros pensem em entrar por cota. Pois se for analisar, a quantidade de negros que tem para o percentual de cotas é muito discrepante, por isso acredito ser algo preconceituoso
Exemplificando, se os negros tem capacidade de preencher 30% das vagas, tentar cota de 10% é suicídio, ficam 2/3 de fora.


Negativo ..As notas de corte são baixíssimas ..Mesmo que elas no último dia do SISU estejam similares as das outras cotas ,nas chamadas complementares ela reduz ,pois existe banca e , muita gente é reprovada .Bixo,o negócio é tão sério ,que a UFPR não disponibiliza mais esses dados ,pois a a reclamação é absurda por parte dos outros cotistas,geral etc ..Segue o link de 2017 em anexo,pra ter acesso as notas dp processo seletivo atual ,somente sendo candidato do concurso da respectiva categoria .Mas no fim, produzem um mapa dos escores em off,..sendo fácil encontrar essa informação ,em grupos de vestibulares .


http://www.nc.ufpr.br/concursos_institucionais/ufpr/ps2017/documentos/ps2017_desempenhos.pdf
 
Ué, mas não é vestibular?


Então, eu falei com meu irmão esse fim de semana, eu que falei besteira, não era IF, era vaga no Sesi que ele tentava conseguir.

Lá mesmo no site eles dizem:

Será aberta inscrição apenas para as escolas e para os anos de escolaridade em que houver vaga. No período a ser divulgado, o candidato deve realizar a inscrição no site: www.sesisp.org.br

E nunca tem vaga, e quando abre não dá tempo nem de "tentar" que já são preenchidas, só se der uma grana pros pilantras que cuidam dessa parte de inscrição/matricula.
 
Apenas 10% da população brasileira ganha acima de 3000 reais

Ou seja, quem ganha a partir de 3000 reais para cima pode ser considerado ELITE

Só colocar seu salário nesse site que vai mostrar a realidade brasileira


E pense bem aí onde você está (se morar no exterior) das pessoas que conseguem emigrar, quantos tem a pele mais escura? Continua sendo a mesma história lá fora também. Vejo o tipo das pessoas no grupo do Slack pra expatriados na área de T.I.... mesma coisa.


Cara, a priori não deveria existir essa discriminação em lugar nenhum mas no Brasil (que ironicamente é super misturado) isso ainda existe... desde sempre....

Na área de T.I é no máximo 1% parda/negra mesmo... e sim, tem bem mais gente com esse perfil estudando na faculdade.... mas esse povo tem muito mais dificuldade em conseguir entrar no mercado.... eu sofri um bocado pra conseguir as primeiras vagas e tive que ficar "over qualified" em muita coisa pra conseguir um trampo/estágio inicial na área de T.I porque ficando como o resto eu não tinha chance sendo mulher, pobre e parda.

Também nunca vi um Indígena ou descendente de Boliviano (aqui em São Paulo tem muita gente que veio de lá e já há pelo menos uma 2 décadas estuda com a gente nas escolas publicas) por exemplo em uma entrevista de emprego (na época quando ainda participava de entrevistas pessoalmente ou aquelas horríveis dinâmicas de grupo).

Chegando no trabalho é aquele mar de gente branquinha/clarinha de olhos claros... (não precisa ser um gênio pra ver que o RH e os profissionais fazem uma bela de uma peneirada).

Ano vem, ano vai.... os estagiários continuam com o mesmo "fenótipo" e "origem sócio-econômica" em sua maioria na área de T.I até hoje (não posso falar de outras áreas).


Sobre o termo pardo, O IBGE ainda usa esse termo para contabilizar o povo miscigenado (misturado) com múltiplas etnias....



Vou colocar em spoiler pra não ficar grande demais:

usado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para configurar um dos cinco grupos de "cor ou raça" que compõem a população brasileira, junto com brancos, pretos, amarelos e indígenas.[24]

No sentido concreto, estrito, a palavra pardo é usada para referir-se aos brasileiros com variadas ascendências étnicas.[25] O manual do IBGE define o significado atribuído ao termo como pessoas com uma mistura de cores de pele, seja essa miscigenação mulata (descendentes de brancos e negros), cabocla (descendentes de brancos e ameríndios), cafuza (descendentes de negros e indígenas) ou mestiça.[25][26]

Historicamente, "pardo" foi usado como sinônimo de um sistema de castas usado na América de colonização espanhola entre os séculos XVI e XVIII. O termo era mais utilizado em pequenas áreas da América Hispânica que tinham sua economia baseada na escravidão durante a era colonial.

De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2006, os pardos compõem 79,782 milhões de pessoas, ou 42,6% da população do Brasil.[27] Em 2009, no entanto, o IBGE identificou que 84 milhões de brasileiros se autodeclararam pardos, o que faz desse grupo racial o segundo maior componente do povo brasileiro, atrás apenas dos brancos. Além disso, o percentual de pardos é o que mais cresce na população brasileira. Em 2000, por exemplo, apenas 38,4% dos brasileiros que se autodeclaravam pardos,[28] enquanto em 2006 o índice passou para 42,6% e, em 2009, para 44,2% da população total do país.[29] Estudos genéticos atuais revelam que os pardos possuem ancestralidades europeia, indígena e africana, variando as proporções de acordo com o indivíduo e a região.[30][31]

Nem vou falar como foi difícil conseguir uma oportunidade para sair do Brasil (entrevista por vídeo conferência é a norma).

Eu sou totalmente contra cotas raciais, ainda mais no Brasil que possui população heterogênea, talvez possa ser a favor de cotas sociais

Com exceção das cotas para os índios nativos / pessoas especiais

Cotas raciais talvez faça sentido em países pequenos de populações homogêneas de povos que não se misturam, mas no Brasil que é do tamanho de um continente e tem uma população heterogênea (completamente misturada), a implementação dessas políticas se deu mais por questões ideológicas do que qualquer outra coisa

Esse é um País que em duas gerações o branco vira pardo / mulato, e o pardo / mulato vira branco

Cotas raciais no Brasil só permitiu a volta de TRIBUNAIS RACIAIS de forma legalizada e que pessoas mais aptas / estudadas dentro daquela preferência prevista em lei consiga aquelas vagas, e aquele cidadão que de fato teve uma educação pública precária continuará marginalizado

Cotas para estudantes de escola pública + Cotas sociais (de acordo com renda), seriam muito mais inclusivas do que cotas raciais em um país homogêneo

Mas enfim, COTAS existem no Brasil porque toda educação básica está abandonada

Então o sujeito de baixa renda teve educação básica ruim a vida toda, consequentemente prejudica as oportunidades dele na fase da adolescência e adulta, então a solução do governo é implementar cotas e dizer que está é a solução e tá tudo bem, reformas e mudanças no setor educacional que é bom nada

Deveria reformular os cursos das faculdades, muito foco no acadêmico / pesquisa, e pouco no resto, oferecer cursos técnicos dentro da realidade econômica daquele estado / região / cidade

Reformular os cursos superiores, criando aqueles com foco no acadêmico / pesquisa e aqueles voltadas para o setor privado fazendo parcerias

Reformular totalmente os cursos de pedagogia, os professores se ferram nas salas de aula de como ensinar na prática para os alunos, pois os cursos de pedagogia são muita teoria acadêmia e pouca realidade, isso reflete nos aprendizados / produtividade dos alunos

Estudos sobre o Modelo de Bolonha aplicado no ensino superior do Brasil, se será ficará melhor ou pior, os prós e contras

Enfim, é necessário muitas mudanças desde da formação dos professores, até de como a escola funciona, melhorar a infra estrutura nas salas de aulas / escolas, condições sócio econômicas do aluno, reformas no ensino superior e etc.

Só para finalizar a discussão para não desvirtualizar o tópico
 
Só para finalizar a discussão para não desvirtualizar o tópico

pra que esse wall of text?

Em nenhum momento falei de cota ou do péssimo nível da educação básica nesse comentário meu que você citou. Todo mundo sabe o que é necessário pra melhorar a educação básica e ficar discutindo isso é besteira pois quem deve fazer isso, o gov., não faz.


O que eu disse foi que na área de T.I continuam desde sempre fazendo peneira socio-economica e racial na hora de contratar e isso é pertinente ao tópico pois influencia diretamente sobre o salário e a carreira dos usuários que, a proposito, é o titulo do tópico, ficar falando do péssimo nível da educação básica brasileira não adianta aqui, vamos ser mais pé no chão e falar da realidade e não do que gostaríamos que acontecesse, assim o tópico fica mais produtivo.
 
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