[TÓPICO OFICIAL] Dragon Age: The Veilguard

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Não é a primeira vez que vejo essa ladainha ser regurgitada na internet.
O problema do game não é ele ter temas políticos, é óbvio que jogos no passado tiveram esses temas aqui ou ali. O problema de Veilguard é que ele abordou esses problemas políticos da pior maneira possível.

Primeiro, o game trata os jogadores como se eles fossem crianças acéfalas, com diálogos extremamente repetitivos e simplistas.
Segundo, o game tenta fazer o jogador se sentir culpado e passa sermão nele se ele não concordar com a "mensagem" do game. Aquela cena de pagar flexão foi uma das coisas mais patéticas que eu já vi num jogo.
Terceiro, e o mais importante: a Bioware nem se dá ao trabalho de tentar incluir no jogo essa "política de identidade de gênero" de uma maneira sutil. O game usa termos que só se tornaram populares recentemente como "non-binary" em um contexto de fantasia medieval. A Bioware nem sequer tentou criar um termo que se encaixasse de forma sutil na ambientação da franquia. Esse tipo de coisa quebra totalmente a sua imersão. E ao invés de fazer o jogador simpatizar com as pessoas que enfrentam esses problemas, o jogo fez o jogador simpatizar com elas ainda menos porque a Bioware usa um tom tão arrogante para passar essa "mensagem".

Um jogo pode conter temas dessa política de identidade de gênero? Claro que sim. Jogos no passado incluíram personagens homossexuais ou "non-binary", e mesmo assim, na época, eu lembro de tanta resistência dos jogadores. Um dos meus jogos favoritos, GTA IV, tem uma DLC literalmente chamada 'The Ballad of Gay Tony', e a DLC é excelente. Veilguard não respeita a inteligência do jogador e tenta impor suas políticas nele a qualquer custo, e é exatamente isso que deixou a galera puta.
Na verdade, para os Qnari tem um que se encaixaria, Aqun-athlok.
O que demonstra 100% a incapacidade dos developers do Veilguard de entender o lore do jogo.

Mas sim, o jogo não respeita nem mesmo o lore do jogo.
 
Se fosse lançado hoje seria chamado de lacração. Igual GTA VI já tá começando a receber de críticas mesmo só com rumores.

Porque na época tudo isso era introduzido de maneira orgânica, hoje nos sabemos que 90% dessas coisas são colocadas de maneira forçada. Não é atoa que as grandes empresas uma por uma estão deixando ESG e DEI de lado, a intenção nunca foi fazer justiça social mas sim controle de risco e agora com o risco baixo e governo Trump voltando, todo dia sai notícia que uma grande empresa ou big tech está deixando essas pautas de lado.
 
Opa, para entrar na guerra! Coisa boa! Contra povos subdesenvolvidos! Que foram armados pelos próprios EUA! E que foram tão massacrados que acabaram virando ameaça real! E com as armas vendidas pelos... EUA!

Shoooow.
--- Post duplo é unido automaticamente: ---

Não é a primeira vez que vejo essa ladainha ser regurgitada na internet.
O problema do game não é ele ter temas políticos, é óbvio que jogos no passado tiveram esses temas aqui ou ali. O problema de Veilguard é que ele abordou esses problemas políticos da pior maneira possível.

Primeiro, o game trata os jogadores como se eles fossem crianças acéfalas, com diálogos extremamente repetitivos e simplistas.
Segundo, o game tenta fazer o jogador se sentir culpado e passa sermão nele se ele não concordar com a "mensagem" do game. Aquela cena de pagar flexão foi uma das coisas mais patéticas que eu já vi num jogo.
Terceiro, e o mais importante: a Bioware nem se dá ao trabalho de tentar incluir no jogo essa "política de identidade de gênero" de uma maneira sutil. O game usa termos que só se tornaram populares recentemente como "non-binary" em um contexto de fantasia medieval. A Bioware nem sequer tentou criar um termo que se encaixasse de forma sutil na ambientação da franquia. Esse tipo de coisa quebra totalmente a sua imersão. E ao invés de fazer o jogador simpatizar com as pessoas que enfrentam esses problemas, o jogo fez o jogador simpatizar com elas ainda menos porque a Bioware usa um tom tão arrogante para passar essa "mensagem".

Um jogo pode conter temas dessa política de identidade de gênero? Claro que sim. Jogos no passado incluíram personagens homossexuais ou "non-binary", e mesmo assim, na época, eu não lembro de tanta resistência dos jogadores. Um dos meus jogos favoritos, GTA IV, tem uma DLC literalmente chamada 'The Ballad of Gay Tony', e a DLC é excelente. Veilguard não respeita a inteligência do jogador e tenta impor suas políticas nele a qualquer custo, e é exatamente isso que deixou a galera puta.
Isso é válido! Esse tipo de crítica é válida. Agora, botar culpa em agenda política, como muitos fazem, sendo que a gente também foi criada por uma agenda política e muitos de nós assimilou isso, aí não acho certo.
 
Porque na época tudo isso era introduzido de maneira orgânica
Exatamente.
Muitos devs modernos simplesmente esqueceram o conceito de "world building" ou o conceito de escrita sutil e orgânica.
Cara, Baldur's Gate 3 tem cenas de sexo gay, e o jogo ainda assim é aclamado pelos jogadores. E eu não duvido que teve um grupinho que chorou sobre isso, mas de um modo geral, o game foi muito bem recebido. BG3 tem diálogos e escolhas interessantes, e só isso é o bastante pra mim. Cyberpunk 2077 é outro que tem personagens "não-binários" ou gays, e isso nunca me impediu de gostar do game.
Eu até toleraria toda essa política forçada em Veilguard se o game tivesse diálogos interessantes e fosse um bom RPG de um modo geral, mas no máximo, ele é um jogo de ação meia boca com pitadas de RPG aqui e ali.
O problema é que muitos devs modernos focam boa parte de seus esforços nessas políticas e esquecem que no final do dia eles estão fazendo um jogo.
 
Última edição:
Exatamente.
Muitos devs modernos simplesmente esqueceram o conceito de "world building" ou o conceito de escrita sutil e orgânica.
Cara, Baldur's Gate 3 tem cenas de sexo gay, e o jogo ainda assim é aclamado pelos jogadores. E eu não duvido que teve um grupinho que chorou sobre isso, mas de um modo geral, o game foi muito bem recebido. BG3 tem diálogos e escolhas interessantes, e só isso é o bastante pra mim. Cyberpunk 2077 é outro que tem personagens "não-binários" ou gays, e isso nunca me impediu de gostar do game.
Eu até toleraria toda essa política forçada em Veilguard se o game tivesse diálogos interessantes e fosse um bom RPG de um modo geral, mas no máximo, ele é um jogo de ação meia boca com pitadas de RPG aqui e ali.
O problema é que muitos devs modernos focam boa parte de seus esforços nessas políticas e esquecem que no final do dia eles estão fazendo um jogo.
O nome do baldurs gate me lembra panetone não sei porquê, não sabia que o game tinha tanta putaria kk vou jogar depois do stalker , o mundo tá muito aviadado. :olha:
 
O nome do baldurs gate me lembra panetone não sei porquê, não sabia que o game tinha tanta putaria kk vou jogar depois do stalker , o mundo tá muito aviadado. :olha:
Tecnicamente, todos companions no game são bisexuais, mas tem um elfo que parace ser um pouco mais :fag: que os outros. Provavelmente porque o acento dele em inglês é mais refinado (e ele também gosta de sexualizar muitas coisas).
Mas Astarion é um excelente personagem, e acho que isso se deve muito em parte ao ator que dublou em inglês, Neil Newbon. Fez um excelente trabalho.
 
Exatamente.
Muitos devs modernos simplesmente esqueceram o conceito de "world building" ou o conceito de escrita sutil e orgânica.
Cara, Baldur's Gate 3 tem cenas de sexo gay, e o jogo ainda assim é aclamado pelos jogadores. E eu não duvido que teve um grupinho que chorou sobre isso, mas de um modo geral, o game foi muito bem recebido. BG3 tem diálogos e escolhas interessantes, e só isso é o bastante pra mim. Cyberpunk 2077 é outro que tem personagens "não-binários" ou gays, e isso nunca me impediu de gostar do game.
Eu até toleraria toda essa política forçada em Veilguard se o game tivesse diálogos interessantes e fosse um bom RPG de um modo geral, mas no máximo, ele é um jogo de ação meia boca com pitadas de RPG aqui e ali.
O problema é que muitos devs modernos focam boa parte de seus esforços nessas políticas e esquecem que no final do dia eles estão fazendo um jogo.
Cyberpunk é muito bom.
Minha reação ao descobrir que a menina lá é lésbica foi a mesma na vida real, tipo, não vai desenrolar nada com essa garota aí. :(
Já o Dragon Age, é coisa de palhaço mesmo. Puro suco de vergonha alheia.
 
Baldurs gate 3 e cyberpunk como já falaram tem gay, lésbica , em um mundo bem construído onde os personagens se encaixam, ninguém ou quase ninguém se importou. Agora Dragon quiseram lacrar em um jogo que deveria ser fantasia medieval sombrio, com péssimos diálogos.
 
Não joguei o jogo, mas a impressão que eu tenho é que ele é outro que o povo pega mais no pé dos diálogos woke do que na parte que realmente faz o jogo ser ruim.

Direção de arte Fortnite
Falta de temas maduros no enredo e diálogos
Aspecto tático do combate teve um downgrade massivo

Isso tudo eu acho que é mais responsável pelo fracasso do jogo do que o diálogo da menina que não sabia o pronome do outre e foi pagar 10 flexões.
 
Não joguei o jogo, mas a impressão que eu tenho é que ele é outro que o povo pega mais no pé dos diálogos woke do que na parte que realmente faz o jogo ser ruim.

Direção de arte Fortnite
Falta de temas maduros no enredo e diálogos
Aspecto tático do combate teve um downgrade massivo

Isso tudo eu acho que é mais responsável pelo fracasso do jogo do que o diálogo da menina que não sabia o pronome do outre e foi pagar 10 flexões.
Talvez não a "crítica especializada", mas vi muitos youtubers reclamarem desses aspectos que você mencionou. De todo modo, concordo com você. Foi o que eu disse na primeira página desse tópico: os diálogos e a escrita são tão focados nesses temas "woke" que acabam ofuscando os outros defeitos do jogo.

Os jogadores em si pegam no pé desses pontos de personagens, diálogos e escrita porque esses eram literalmente os principais campos em que a Bioware se destacava.
Jogos raramente são avaliados e criticados em um vácuo. Eu diria que existem três principais aspectos de comparação de um jogo: comparação com jogos do mesmo gênero ou estilo; com jogos da mesma franquia; e com jogos da mesma desenvolvedora. E Veilguard falha em todos esses.

Se eu tivesse que fazer um elogio ao game, seria o aspecto técnico. Pelo que vi o jogo é muito bem otimizado, e isso é algo a se admirar em uma era onde desenvolvedoras constantemente lançam jogos mal otimizados e cheios de bugs.
 
Última edição:
Que os jogos sempre tiverem agendas politicas até pode ser, mas o problema é eles tentarem forçar uma agenda politica nova, sendo que o maior consumidor é o pessoal doutrinado pela agenda politica anterior...
Eu pessoalmente sou um que se fica sabendo que é "Woke" a produção eu não gasto 1 centavo com o produto,
É só olhar a Disney, marvel e seu últimos lançamentos e os fracassos, e falando em games tem aquele de tiro que já até esqueci o nome mas morreu em menos de 1 mês por ter essa agenda, o próximo será assassins creed...
Gosto dos jogos da Bioware, vamos torcer para mudar agora que demitiram a diretora
 
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Sim. Dependendo de como a coisa é colocada, fica forçado. Envolve um pouco o problema da suspensão da descrença, que é quando um tema é apresentado mas precisa de elementos da realidade do espectador para que ele suspenda sua descrença. E um ponto importante da descrença é a questão geracional.

Um exemplo exagerado disso, mas que é bom para mostrar a importância do escritor/desenvolvedor/diretor não subestimar o problema da descrença é tentar convencer uma avó (ou bisavó, tataravó) a assistir filme de ficção. Geração muito antiga tem uma barreira de descrença muito grande sobre tema de ficção, porque não faz parte de sua realidade (não que não possa ter. Mas Júlio Verne não era para todos que nasceram no meio do século XIX).

Voltando para o assunto, se o objetivo era fazer o público sentir empatia por personagens e temas lgbtq+, então tinha que trabalhar direito os elementos da realidade do espectador para não ficar forçado.

Um excelente exemplo de crítica social que foi bem trabalhado foi O Senhor das Armas, com Nicolas Cage. Ele faz uma crítica, mas sem começar enfiando o dedo na cara do povo americano. O personagem é "estrangeiro", tem uma vida que desvincula do espectador, para no fim vir a reviravolta.
 
Última edição:
Não joguei o jogo, mas a impressão que eu tenho é que ele é outro que o povo pega mais no pé dos diálogos woke do que na parte que realmente faz o jogo ser ruim.

Direção de arte Fortnite
Falta de temas maduros no enredo e diálogos
Aspecto tático do combate teve um downgrade massivo

Isso tudo eu acho que é mais responsável pelo fracasso do jogo do que o diálogo da menina que não sabia o pronome do outre e foi pagar 10 flexões.

São pontos válidos.

Assim, tendo zerado (e genuinamente não odiado o jogo), eu acho que esses pontos fazem sentido não porque são totalmente ruins e irremediados durante o jogo (porque muita coisa melhora MUITO do meio pro final e especialmente nas missões finais), mas sim porque esses elementos fazem parte do que era pra ser o core do jogo e que está, na maior parte do tempo, na zona do "mediano".

O que eu acho que pega bastante também é que eles tentaram fazer um jogo que agradasse os antigos jogadores e que trouxesse novos. Falhou em ambos.
Falhou com os antigos jogadores porque não trouxe as decisões dos jogos anteriores. Isso teria feito muitos personagens viáveis e muito mais ricos nessa sequencia. Se eles tivessem apelado pra nostalgia e dado conclusões para personagens como Merril, Anders, o Herói de Ferelden, o filho da Morrigan, Fenris, Zevran, Dorian, Iron Bull (só pra citar alguns), pode apostar que teria gente se rasgando na rua.
Falhou em trazer novas pessoas porque o jogo foi bombardeado loucamente e ninguém quer jogar :v
(Pelo menos por enquanto. Ai depois acontece como aconteceu com Andromeda que era péssimo e hoje é um jogo subestimado).

Não concordo apenas com a coisa da direção de arte do Fortinite.
Esse comentário eu ouvi de muito influencer e youtuber, mas é claramente comentário de quem não chegou a jogar o suficiente pra sair de Arlathan, que é o segundo local do jogo.


Sim. Dependendo de como a coisa é colocada, fica forçado. Envolve um pouco o problema da suspensão da descrença, que é quando um tema é apresentado mas precisa de elementos da realidade do espectador para que ele suspenda sua descrença. E um ponto importante da descrença é a questão geracional.

Um exemplo exagerado disso, mas que é bom para mostrar a importância do escritor/desenvolvedor/diretor não subestimar o problema da descrença é tentar convencer uma avó (ou bisavó, tataravó) a assistir filme de ficção. Geração muito antiga tem uma barreira de descrença muito grande sobre tema de ficção, porque não faz parte de sua realidade (não que não possa ter. Mas Júlio Verne não era para todos que nasceram no meio do século XIX).

Voltando para o assunto, se o objetivo era fazer o público sentir empatia por personagens e temas lgbtq+, então tinha que trabalhar direito os elementos da realidade do espectador para não ficar forçado.

Um excelente exemplo de crítica social que foi bem trabalhado foi O Senhor das Armas, com Nicolas Cage. Ele faz uma crítica, mas sem começar enfiando o dedo na cara do povo americano. O personagem é "estrangeiro", tem uma vida que desvincula do espectador, para no fim vir a reviravolta.
Esse é um ponto válido. A forma como o assunto é introduzido é meio simplista, não permite ao jogador se conectar com o personagem antes, entender o problema e nem questionar algumas coisas.

Dragon Age sempre teve personagens gays, lésbicas e até trans. Kren era um desses personagens, um homem trans membro dos Chargers.
Mas, por exemplo, Dorian: ele é gay, obviamente, e a missão pessoal dele é sobre aceitação em relação ao pai. Até aqui, muita gente já ia reclamar de lacração e o carai, mas Dorian apela para um lado menos obvio do que exigir que o pai aceite sua identidade. Ao invés disso, o personagem fala sobre se sentir um bastardo aos olhos do pai, uma vergonha, se sentir errado e inadequado mesmo se esforçando para ser o melhor que conseguia ser.
São sentimentos menos óbvios, mas que deve fazer qualquer ser humano com um pouco de empatia dizer: "eita, pesado."

Não que hoje isso já não seria o suficiente pra chamar o jogo de "woke", porque parece que o jogador de hoje esta mais preocupado com a proteção do brioco digital que outra coisa, mas né... foi melhor abordado na época.


Na verdade, para os Qnari tem um que se encaixaria, Aqun-athlok.
O que demonstra 100% a incapacidade dos developers do Veilguard de entender o lore do jogo.

Mas sim, o jogo não respeita nem mesmo o lore do jogo.

Tem isso também, existe um termo, designa alguém que nasce com um gênero, mas vive como outro. O Kren era um Aqun-athlok.
Como o jogo não adicionou mais nada na lore sobre isso, esse é o único termo que a gente sabe que existe, dito por duas pessoas: Iron Bull e Shathaan (a mãe de Tash).
Então os escritores sabiam que o termo existia e isso piora um pouco as coisas porque:

Outra implicação de lore é que os papéis no Qun mudam de acordo com gênero.
Por exemplo, se você é uma guardiã mulher, o Sten (DAO) vai dizer algo como "oshe, você é mulher e é uma guerreira? Mulheres no Qun não são guerreiras. São mães, são curandeiras, professoras, etc". Então tem duas coisas ai:
1 - Tash, segundo o Qun, já seria Aqun-Athlok e
2 - Shathann (a mãe) sabe bem o que isso significaria pro Qun e pra Tash, porque ela é bem apegada aos costumes Qunari.

Então, podia-se argumentar que, ao se tornar Aqun-athlok, Tash teria papéis e atribuições diferentes dentro do Qun (embora não digam quais), só que Tash e Shathann nem estão no Qun, onde esses papéis de fato importam.

Fugiram de lá e vivem com uma facção bandidos (o pessoal do ouro e glória). Liderados por Isabela, eu duvido que tenham regras rígidas sobre qualquer coisa, quiçá gênero.

Dava até pra ter apresentado melhor a coisa do Qun e seus papéis, mas né... não foi o que aconteceu.
 
Se o jogo mantivesse sua essência, mas sem a abordagem forçada com a personagem Tash e os pronomes pouco naturais, seria uma experiência muito melhor. Não estaria no mesmo nível de Dragon Age: Origins, mas ainda assim seria um bom jogo. Eu realmente aproveitei as quase 100 horas que passei jogando, foi um prazer explorar o mundo e os sistemas de combate, mas gostaria de esquecer algumas partes ruins.

A questão dos pronomes é particularmente problemática, especialmente em português. Termos como "obrigade" e "assustade" soam estranhos e acabam prejudicando a fluidez da experiência e maltratando o nosso querido idioma português. Mesmo quem joga com o idioma em inglês percebe que esses detalhes podem ser um ponto de desconexão, embora em inglês o impacto seja menor, com o uso limitado de they/them. Felizmente, essas escolhas aparecem em pouquíssimos momentos, talvez em uma ou duas missões secundárias, o que ameniza um pouco o problema.

Quanto à Tash, não há o que falar. Implementação pobre e forçada. A história de personagem se arrasta em torno de ser ou não ser binária. Chato pra c@ralho e completamente fora de contexto no universo do jogo.

No geral, é um bom jogo, mas com falhas grotescas que comprometeram bastante o título. Inclusões e representações são importantes, mas precisam ser feitas de maneira respeitosa com o universo do jogo e os jogadores. Espero que a indústria de jogos aprenda com esses erros, pois a EA certamente deve ter aprendido. Quando o rombo nos lucros acontece, eles aprendem.
 
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Se o jogo mantivesse sua essência, mas sem a abordagem forçada com a personagem Tash e os pronomes pouco naturais, seria uma experiência muito melhor. Não estaria no mesmo nível de Dragon Age: Origins, mas ainda assim seria um bom jogo. Eu realmente aproveitei as quase 100 horas que passei jogando, foi um prazer explorar o mundo e os sistemas, mas gostaria de esquecer algumas partes ruins.

A questão dos pronomes é particularmente problemática, especialmente em português. Termos como "obrigade" e "assustade" soam estranhos e acabam prejudicando a fluidez da experiência e maltratando o nosso querido idioma português. Mesmo quem joga com o idioma em inglês percebe que esses detalhes podem ser um ponto de desconexão, embora em inglês o impacto seja menor, com o uso limitado de they/them. Felizmente, essas escolhas aparecem em pouquíssimos momentos, talvez em uma ou duas missões secundárias, o que ameniza um pouco o problema.

Quanto à Tash, não há o que falar. Implementação pobre e forçada. A história de personagem se arrasta em torno de ser ou não ser binária. Chato pra c@ralho e completamente fora de contexto no universo do jogo.

No geral, é um bom jogo, mas com falhas grotescas que comprometeram bastante o título. Inclusões e representações são importantes, mas precisam ser feitas de maneira respeitosa com o universo do jogo e os jogadores. Espero que a indústria de jogos aprenda com esses erros, pois a EA certamente deve ter aprendido. Quando o rombo nos lucros acontece, eles aprendem.
Cara, não há absolutamente nada de errado em gostar de um jogo com defeitos ou até mesmo um jogo factualmente ruim e.g. Big Rigs. Eu respeito isso, contanto que a pessoa não fique fazendo ginásticas mentais para tentar justificar as falhas do game.

E falando dessa abordagem de problemas de identidade de gênero, um jogo que me veio à mente agora foi Nier/Nier Replicant. Acho que o game fez um excelente trabalho em retratar isso de uma forma mais sutil com a personagem Kainé.
Conforme você progride no game, ele vai introduzindo aos poucos a história de origem dela e seu passado. É mostrado como ela sofreu bullying quando criança por diversas razões, e uma dessas razões é que ela nasceu intersexo. Você nunca é dito explicitamente que ela nasceu com um pênis (mas é insinuado). O mais legal é que isso não é jogado na sua cara com cutscenes exageradas e extravagantes, boa parte do passado dela é contado através de pequenas histórias somente em texto. E o jogo nunca tenta te fazer sentir culpado pela situação dela, ele simplesmente te conta uma história. Se você vai simpatizar com ela ou não, cabe a você. É disso que estou falando quando digo sobre um game respeitar sua inteligência e não te tratar como um bebê.
E não me entenda mal, sempre vão existir pessoas intolerantes que não importa como você retrate esses problemas, não vão gostar. É a vida. O que você não pode fazer é se rebaixar ao nível delas e tentar forçar isso na cara delas, só vai piorar a situação.

E eu tenho minhas reclamações sobre os jogos do Yoko Taro, principalmente referente a como, na minha opinião, muitas vezes os jogos dele não respeitam meu tempo. De todo modo, não acho que isso seja relevante para essa discussão atual.
 
Última edição:
Vocês estão ligados que os jogos e séries que jogávamos na infância e adolescência, ou que vieram da década de 80 (e que i fluenciaram as décadas seguintes) como Rambo, Comando para Matar, e outros também foram campanhas políticas para levantar a moral das forças armadas e soldados americanos que estavam ao mesmo tempo abalados com a década de 70 e precisavam de apoio para as guerras iniciadas na década de 80, né?
discordo completamente do parágrafo acima

filmes e jogos da década de 80 só representam o que somos: o ser humano é uma raça beligerante

antes do homem aprender a se comunicar, já faziam desenhos na paredes para contar suas lutas contra a natureza e grupos próximos
 
Bom dia , olha esses textao kk Caraí por isso stalker é massa, tu vai fala com npc ele já manda vc cair fora , tá nem ae pa tua vida. :olha:
Magina, se faz um negócio desse num RPG o povo chama o estúdio de preguiçoso.

O pessoal espera diálogos em um RPG desse tipo, principalmente vindo da Bioware.
 
discordo completamente do parágrafo acima

filmes e jogos da década de 80 só representam o que somos: o ser humano é uma raça beligerante

antes do homem aprender a se comunicar, já faziam desenhos na paredes para contar suas lutas contra a natureza e grupos próximos
Sem problema discordar.
A sua afirmação está correta, somos beligerantes. Mas essa afirmação não nega o que eu disse. Dá uma olhada sobre o que eu falei na Internet. A minha afirmação é algo conhecido desde antes da Internet e fake news.

Um exemplo da posição política é facilmente visto no fim de Rambo 3, que no fim tem um texto dedicando ao "galante povo afegao". Havia uma disputa territorial por influência entre as duas potências (EUA e URSS) na região, como há hoje no leste europeu. E o filme envelheceu horrivelmente.

Uma afirmação correta não elimina outra afirmação correta.
 
Bom dia , olha esses textao kk Caraí por isso stalker é massa, tu vai fala com npc ele já manda vc cair fora , tá nem ae pa tua vida. :olha:

Eu tbm acho que é muito textão pra uma coisa tão simples. Eu tbm acho que ficou ruim a implementação da lore da Tash no jogo, mas PRA MIM ficaria de qq forma, ja que é um jogo medieval. Não entra na minha cabeça esse tipo de debate la naquela epoca em que o jogo rola.

Passado isso, pra mim é uma delicia de jogo, principalmente com a gameplay bem gostosinha.
 

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