Senhores, aí vão as impressões do Oculus com o jogo.
A análise completa eu coloquei aqui:
http://adrenaline.uol.com.br/forum/threads/vr-topico-dedicado.585244/page-7
6 - (sim, em uma noite dois marcos seguidos) Depois que consegui "ter paz" com Oculus, fui testar com um dos jogos que mais adoro, Elite Dangerous.
Ao iniciar, o negócio não iniciava, falava que tava demorando muito para responder e era para eu verificar os cabos, rever a instalação, etc, aquilo me deu uma certa frustração inicial, até eu me lembrar de mudar a "fonte do vídeo", sai monitor, entra alguma coisa com VR (não lembro o nome certo) e, depois de ter jogado mais um ano, pela segunda vez (a primeira foi quando instalei o jogo em si) fiquei de boca aberta (literalmente) com o que estava vendo, o menu inicial muda para um gigantesco hangar dentro de uma estação, logo a minha frente um gigantesco SRV (veículo), sim, enorme, do tamanho de um caminhão de três eixo, com rodas de trator, um verdadeiro monstrengo que eu nunca sonhei ser daquele tamanho e, ao fundo, uma gigantesca (sim gigantesca) Eagle verde, do tamanho ou maior que um Lear Jet e bem mais encorpada, na boa, devo ter ficado uns 10 min olhando os detalhes daquele hangar gigante, a movimentação, a dimensão das coisas ali dentro, enorme mesmo. Então vamos para o jogo, carrego meu save e apareço no SRV, estou atrás de um material raro de superfície e dou de cara com... COMIGO sentado, de verdade, de verdade mesmo!!! no banco do motorista!!! o que é aquilo???? o avatar do piloto sou eu, os braços, o corpo, as pernas, ombro, tudo tá ali como se sentado ali eu estivesse e que planície gigantesca é aquela??? os detalhes do carro, tudo parece que da para tocar, os menus flutuam pelo painel, ao seu lado, você vê todos os ângulos, as alças da cabine, da para segurar naquilo se o boneco tirasse as mãos dos controles, ao olhar para cima, um colossal planeta roxo e seus anéis flutuavam, muito maior do que ver a lua, é impressionante a sensação. Coloco o carro para andar a suspensão trabalhando, as pedras pulando no vidro... sigo o radar que indica meteoritos que podem ser quebradas a frente e, bblllluuurrrgghhhhhh, meu cérebro pira e um enjôo desgraçado vem, que porra é essa? eu balanço no sofá junto com o movimento do carro, o cérebro manda uma informação, vê uma coisa e o corpo outra, a parada da um tilt feio mas não adianta o corpo reclamar, o cérebro ta louco e eu não desisto, suando frio toco o carro, pego velocidade e capoto, uuuuaaaaaaaaa, vou vomitar tudo, jesuis que isso, tiro o óculos e fico respirando pesado, todo suado, meto a cara no ventilador para passar o enjôo, minha mulher pergunta se eu to maluco, por que eu to suando daquele jeito e eu só respondo que é a emoção srsrsrsrsrs.
Volto para o jogo, li que o fps não pode ser baixo senão da nóia no cérebro, vou baixar a resolução e ver no que dá (puto, pois coloquei uma 1080 só para não ter esse tipo de problema) aí, vem a luz, como eu travo o vsync no refresh do monitor, ele tava travado em 60 fps, vou lá, desabilito o vsync e tiro o limite de frames e a coisa melhora da água para o vinho, ficou mais fluído e meu cérebro, mesmo resistindo, tava sendo enganado mais fácil pelos frames acima de 100, ufa.
Continuando, dei um pulo acionando as turbinas do SRV e a sensação de altitude do vôo deu até vertigem, o vôo na baixa gravidade e o toque no solo dando potência nas turbinas para não bater no solo, o trabalho da suspensão, as rodas enormes passando do meu lado ao pousar, foi tudo muito incrível.
Então, chamei a nave de volta (uma Beluga) e simplesmente não acreditei naquilo, fui me aproximando do local de pouso e uma verdadeira monstrenga estava ali, passar debaixo das asas traseiras dela foi como passar debaixo um enorme viaduto, simplesmente gigantesca, sei lá, do tamanho de um navio de cruzeiro. Estacionar debaixo da entrada de embarque e ver o tamanho do "hangar" que guarda o SRV é muito animal, a noção de espaço muda completamente e quando cheguei na cabine de comando???!!! só ela deve ter uns 60m², da para ver o que tem atrás, toda ela é visível, ta tudo pronto lá e quem joga no monitor simplesmente não consegue ver, dezenas de detalhes, as cadeiras da tripulação, monitores espalhados, o piso metálico, luzes, é um salão enorme fora do campo de visão normal do jogo, daí eu fiz o que? fiquei em pé!!! daí virei um "espírito", o boneco (eu) ficou sentado na cadeira (sem cabeça) e pude "andar" até onde demarquei a grade, antes do fio acabar (aliás, a fiarada que fica é cabulosa, to pensando em como arrumar direitinho aquilo para não ficar feio, mas em uso, você não sente o fio do capacete), aquilo foi muito fera, preparem-se para as "pernas espaciais" vai ser muito insano.
Decolei com a belugona, aquele "navio" é uma delícia de pilotar, o som, o barulho do vento, os menus flutuantes, o radar tridimensional acima do painel, da para abaixar e ver a distância do radar até o painel, tudo ao alcance das mãos, um 3D verdadeiro, coisa que cinema nenhum chega perto de mostrar (só naqueles simuladores fodas da Universal eu pude sentir algo assim, mais foda porque a cadeira mexe, vento sopra, etc), tudo ali, no sofá de casa (to sem o escritório do micro até hoje, maldita obra).
Daí eu pego o fighter, putz, a cabine estreita, perto da mão, um cockpit de carro de corrida, muito irado, da para sentir a velocidade do bicho, mergulhei em uma cratera do planeta passando pela gigante beluga, deu até medo ver a bichona virando, e voei baixo dentro do buraco, a velocidade, o medo de errar uma manobra, passar raspando na borda e subir em direção ao planeta acima, 3D, gigantesco, é impossível de explicar, tem que colocar o negócio na cara e testar.
Daí o início da experiência já tinha feito o estrago e desliguei tudo duas horas da manhã, fui tomar uma água gelada, respirar um pouco e tomar um banho, na certeza de que toda a grana que investi valeu cada famigerado centavo, o sorriso, que não cabia na cara, já me dizia tudo, esse é o futuro (já presente) dos games.
Abraço galera.
PS. Ao deitar na cama, ainda sentia o corpo balançar dentro do carro, o cérebro tava doidão mandando "idéias" de coisas que não aconteceram.