Uma entrevista interessante de David Braben:
http://www.rollingstone.com/glixel/...-talks-sci-fi-politics-and-whats-next-w492781
Eu destacaria isso:
"
Publishers were skeptical of space games in general because of the financial failure of Freelancer..."
Fora isso, percebe-se que o foco de Elite Dangerous e David Braben é na simulação e continuará sendo. Até porque, sejamos justos, é absolutamente inviável, impossível (hoje em dia, já que desenvolvedores de jogos ainda não estão investindo ainda em computação cognitiva para produção de conteúdo), produzir conteúdo significativo para um "jogo" na escala proposta e entregue por Elite: Dangerous.
Mas, sejamos justos e sempre lembrar do famoso "pingos nos i's"... Elite: Dangerous nunca se propôs a ser ou prometer ser, o último dos jogos, um simulador de tudo, enfim, não hypou exageradamente ninguém.
As frustrações, para este game, são legitimamente, em 99% dos casos, causadas pelos próprios jogadores que imaginaram ou que tentaram advogar por features que não havia sido de fato prometidas, e que q uando divagadas, eram apenas vontades, desejos, e não garantias ou oferecidas em troca direta por adicional milhão de dólares. Por isso, esta ética ao fazer suas ofertas, esta clareza, deve ser aplaudida.
Um game que deve ser apreciado pelo que ele é. Mais uma simulação, do que um game. E, obviamente, dada a escala, por questões financeiras e de interesse, continuará sendo mais isso do que um game... e o "game" em si, dependará da imaginação/criatividade e "brincadeiras" que a própria comunidade crie neste "parque temático".
Ele entrega o parque temático, e os players terão que inventar coisas nele... basicamente.
O que, pelo meu gosto (e, sinceramente, acredito que o meu gosto reflete o gosto da maioria), pelo menos, o gênero continuará morto ainda, por um longo tempo, já que, se der dinheiro para o Braben, ele investirá mais em simulação do que em "game". Se der dinheiro para o Roberts, é só jogar dinheiro fora, e pegar, mais do mesmo, com melhores gráficos. No final, pelo nível gráfico que se impôs, também demorará 100 anos para produzir conteúdo. Ou seja, um foi para o exagero de um lado, e outro foi para o exagero do outro lado. Nenhum balanceado o suficiente, para entregar, DE VERDADE, um grande jogo, ou "ultimo dos jogos" que realmente pudesse crescer a níveis astronômicos de popularidade como os maiores RPG's online fizeram.
Fora isso, a minha esperança para o gênero, seria esta nova franquia de filme que a Frontier fará um jogo. Mas duvido muito ser na temática espacial. Estou adivinhando que seja um game do Jurassic Park. Então, se for pra criar alguma expectativa, talvez Beyond Good and Evil 2, para os proximos anos, ou se formos surpreendidos com algum outro game similar. Com a falta de apoio que Mass Effect Andromeda recebeu, com os resultados financeiros bons, mas excessivamente criticados de Call of Duty no espaço, dificilmente teremos qualquer mudança neste cenário nos próximos anos. Isso, obviamente, favorece ao show do Chris Roberts, porém, quem acha que está fazendo algo mais do que jogar seu dinheiro na lata do lixo, vai se desapontar com aquele projeto.
E os jogadores, deste gênero, me desculpem, mas são os mais troxas de todos. Pagam muito dinheiro, para pouco game, quase sempre.
Pior ainda são aqueles que querem dizer que fazem isso, porque "publicadores" são evil e entregam menos conteúdo, quando, na realidade, por menos conteúdo que tenham, qualquer jogo de publicador entrega mais conteúdo e diversão, em geral, com seus jogos, salvo raras exceções, do que Elite ou Star Citizen conseguem entregar.
Então quem fala isso, ou paga mais para estes jogos por este motivo, realmente está viajando na maionese, e justificando muito mal seus gastos. Pode até ser uma coisa "para o gosto deles", mas, analisando de forma mais justa, um Call of Duty, por mais repetitivo que seja, consegue entregar muito mais do que estes caras (e isso que tô falando de um dos piores, pq. tem outros então, que humilham mesmo... tipo Witcher's e GTA's e tantos outros).
O mais interessante, é que se pegassem o Wing Commander Privateer, fizesse ele online, com conteúdo, missões, histórias, sem essa frescalhada toda de "pousar em planetas" seamless e 1000x mais grafico que qualquer AAA, PC-church e blablabla, tornando batalhas multiplayer viáveis com gráficos bons "o suficiente", compensados por gameplays signficativos, ainda que em "mapas" menores, este jogo mataria qualquer outro destes que temos, num piscar de olhos. E este era o Star Citizen que foi proposto em 2012. Lamentável o que fizeram com aquele projeto em nome de grana. Tornaram algo viável de ser muito bom, em algo tão inviável quanto a proposta de Elite: Dangerous, no que diz respeito a "game" e principalmente "game com conteúdo".
tl;dr: Se este gênero continuar dependendo só do Chris Roberts e do David Braben, continuará "morto" e cada vez mais nicho.