Psychonauts
Após o lançamento de psychonauts 2, eu achei o conceito do jogo muito interessante e despertou meu interesse, porém, quis começar do primeiro pra ter uma experiência mais completa. Assim que comecei o jogo, confesso que senti um ar genérico por ser um jogo mais antigo e com uma estética que você inicialmente estranha, mas que, logo depois de algumas horas de gameplay você já se encontra admirando tudo, pois esse é o tipo de jogo que te prende pela jogabilidade, pelo cenário e pelo desenrolar dos fatos que são bem curiosos.
O fato desse jogo não ter gráficos realista, ajudou muito o envelhecimento dele, os gráficos são lindos até hoje e isso tudo é potencializado pelos cenários incríveis e variados, como a mente bagunçada de um personagem ou o próprio acampamento que se passa o treinamento de Razputin, o protagonista do jogo. O jogo conseguiu me surpreender pelas mecânicas, você adquire diversas jogabilidades durante o jogo que são bem úteis e divertidas, mas eu achei o gerenciamentos delas confusa e não muito intuitiva durante momentos de ação. Como um jogo de plataforma 3D, ele é muito divertido e funciona na maior parte do tempo, apesar dele as vezes te causar raiva pelos controles não serem muito precisos.
A beleza desse jogo tá no conceito, você estar treinamento pra ser uma espécie de "super herói" da mente e poder entrar na mente das pessoas e lidar com problemas que são ilustrados de forma lúdica e divertida é bem satisfatório e por vzs simbólico, dependendo do jogador. E todo esse conceito só funciona pq todo o resto como os personagens, o cenário, os diálogos, a gameplay funcionam bem e de forma coesa, tornando esse um ótimo jogo de plataforma 3D, abordando um tema que eu ainda não tinha visto nos jogos de maneira tão divertida.
Nota - 8.0/10
Psychonauts 2
Psychonauts 2 é uma experiência fenomenal, cada momento desse jogo é um deleite e faz com que o jogador se sinta abraçado. A evolução em relação ao primeiro foi grotesca, começando pelos gráficos que conseguiram ficar ainda mais lindos e charmosos com uma direção de arte muito bem trabalhada, onde você as vezes confunde com um filme da Pixar ou do Tim Burton. Um ponto que falhava no primeiro jogo era a jogabilidade nos momentos de plataforma, algo que foi extremamente melhorado, o controle do personagem é mais preciso e os comandos são mais intuitivos e respondem muito bem. A progressão do personagem melhorou de forma considerável também, temos novos poderes que vão sendo desbloqueados conforme avançamos e temos "skills" para serem compradas.
Algo que admirei muito no primeiro game foi sua estética única e o conceito de abordar a psique humana de forma lúdica, em Psychonauts 2, isso é levado a outro nível, com momentos muito simbólicos e humanos, retratando problemas e desafios de forma criativa, onde o jogador pode chegar até a se identificar, gerando momentos catárticos e de reflexão.
Em relação as fases, esse jogo é magnifico, ele nunca deixa você se cansar e a surpresa e inovação estão o tempo todo presente conforme a história avança. Em um momento você tá numa terra de rock psicodélica, com grandes referências a cultura dos anos 60 e em outro se vê numa aventura em um arquipélago que ecoa solidão, onde as memorias de um homem naufraga, com uma bonita representatividade do potencial negativo do alcoolismo.
Cada mundo desses é a mente de um personagem da trama e é abordado de uma forma muito particular, já que cada um tem sua subjetividade e enxerga o mundo de um jeito. Ou seja, o jogador se encontra em mundos que representam a mente daquele indivíduo, e você se espanta com a criatividade do jogo em retratar problemas humanos como ansiedade, luto, arrependimento, solidão, remorso, pânico, dificuldade de perdoar e por aí vai, de forma simbólica e divertida com inimigos, chefes, level design e cenário. Tudo se conecta e flui muito bem, o conceito do jogo em abordar a mente, aliado a jogabilidade bem polida, em um cenário muito bem construído em função dessa estética maravilhosa, com uma trilha sonora de tirar o chapéu. O resultado de tudo isso é um excelente jogo de plataforma 3D, com uma profundidade e um carisma na trama que toca o jogador de diversas formas.
Definitivamente Psychonauts 2 é especial e transborda carisma, um jogo apaixonante que você sente que foi feito com muito carinho e na minha opinião se torna referência no gênero.
Nota - 9.5/10
Halo: Combat Evolved
Halo é o jogo que me fez quebrar o preconceito com jogo futurista, já que eu sempre passei longe da franquia por este motivo. A lore do jogo é espetacular, me surpreendi com a gameplay por ser um jogo de 2001 e o remaster ficou muito bom.
Apesar do jogo ter seus pontos fracos como os inimigos serem muito esponja de bala, dirigibilidade ser um pesadelo, o level design ter altos e baixos e a dificuldade ser inconstante, diferente do que eu pensei, aquele universo não tem nada de genérico e o game é um bom fps. Em meio aos confrontos em que a humanidade trava uma batalha com uma aliança militar teocrática de raças alienigenas em busca do segredo de Halo, somos introduzidos ao personagem principal, Master Chief, uma espécie de supersoldado de um programa militar chamado Spartans.
Halo Combat Evolved é uma introdução a esse universo riquissimo que deixou no gatilho a expansão da franquia, onde estabelece uma visão muito criativa sobre o tema de raças alienigenas, universo e exploração espacial. O conceito é estabelecido aqui e é bem executado, fazendo com que eu ficasse intrigado e querendo saber mais da lore, querendo respostas de dúvidas que eram levantadas durante a trama que só são respondidas no segundo jogo. Dá pra entender o motivo de ser um clássico.
Nota - 7.5/10
Halo 2
Esse foi o jogo que fez eu cravar que essa franquia tem uma lore muito boa, conseguiu me arrepiar em um momento. Melhorou tudo em relação ao primeiro, é a remasterização mais bonita que eu já vi. Agora temos a opção de carregar armas nas duas mãos, o feeling do tiroteio foi melhorado também. Queria destacar as cutscenes desse jogo, lindissimas e de alto nível, a trama é extremamente envolvente e nesse eles aprofundam bastante, dando o ponto de vista dos Covenant por jogarmos a campanha com humanos e também com os alienigenas, nos apresentando todo o contexto político e religioso que envolve Halo e a aliança Covenant. Os personagens são muito bem construídos, principalmente a parte da trama dos aliens. Essa franquia ta me ganhando muito, achei que a história expandiu muito pra um lugar muito bom nesse segundo game e tô ansioso pra jogar o terceiro.
Nota - 8.5/10
DmC: Devil May Cry
Me tornei fã dessa franquia recentemente após jogar os 3 primeiros jogos em sequência e gostado muito. Esse aqui apesar de ter dividido o público na época, achei bem competente no nível de dmc3. Gostei muito da estética que a Ninja Theory deu pra esse reboot de DmC e até gostaria de ver uma continuação dessa universo, achei a história e os personagens agradaveis, combinou com a estética que quiseram passar. Em relação a gameplay é sem dúvidas o mais prazeroso e liso até 2013, o sistema de combos desse jogo é algo que supera o 3 com certa folga, que já era bom e prazeroso. Curti as batalhas contra chefes, mas senti que o jogo se tornou mais fácil em relação aos outros. A variedade das armas que o Dante carrega se manteve, nos dando várias opções úteis e legais que estão de acordo com a nova lore do personagem.
Eu acho que em questão de narrativa, eu ainda prefiro a linha que o 3 tava seguindo, mas também gostei do reboot nesse sentido. Já em gameplay, foi um grande avanço! espero que os próximos jogos (que ja comprei e estão no backlog) continuem com essa jogabilidade extremamente prazerosa.
Nota - 8.0/10