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Você acredita em DEUS? -=Topico Infinito=- [2]

É impossível provar ou não a existência de Deus. Somos meros animais em um dos quase infinitos planetas que existem e ainda querem entender de onde veio e como provar ou não a existência de algo "infinito".

Eu, assim como muitos religiosos temos certeza da existência porque já vimos (acontecer coisas "impossíveis"), sentimos e recebemos bençãos.

Entendo que os ateus querem coisas cientificamente prováveis e respeito isso, mas julgar como absolutamente impossível a existência de Deus é grande burrice. Ciência é o que sabemos hoje, não o que é de fato.

O ateu que diz ser absolutamente impossível não é um ateu, mas apenas um fanfarrão que quer aparecer. Inclusive desafio você a achar algum comentário desse tipo dos usuários ateus que comentam seriamente aqui no tópico. Até mesmo um cara mais extremista como o Dawkings que diz que Deus é um completo delírio, fala isso pra causar em palestras e pra vender mais seus livros, no fundo ele sabe que não tem como ele afirmar nada, mas ele tem tanta confiança nas evidências que a natureza deixou que ele prefere afirmar. O correto seria inferir que Deus não existe, afirmar que não existe é um exagero. Talvez em pouco tempo possa ser possível afirmar algo desse tipo, não sei, mas o que eu sei é que há pouco tempo atrás não sabíamos de muita coisa e hoje sabemos e a ciência avança muito rápido, talvez a resposta que os religiosos procuram não seja tão agradável, mas quem viver verá.
 
Já que você perguntou especificamente sobre mim, eu darei primeiramente uma resposta pessoal, mas que reconheço não ser necessariamente a única possibilidade.

Sim, eu busco sempre um BOM motivo para qualquer denominação, título ou outra forma de classificação que eu adote; se eu não tivesse nenhum motivo para me dizer ateu, eu provavelmente não me identificaria como um (da mesma forma como eu não me identifico com nenhuma ideologia política específica, por exemplo). Um dos motivos principais para eu adotar a o termo sem muitos problemas é que "ser ateu" é um conceito atômico muito bem definido e sem grandes repercussões em outros aspectos da minha vida, permitindo que eu analise suas premissas e suas implicações na minha vida, especialmente quando eu for associado à outro ateu apenas por essa característica em comum.

Mas, de uma maneira geral, a princípio, eu diria que alguém não precisa necessariamente de um motivo para adotar qualquer coisa ("desculpa", na minha visão, nada mais é do que um motivo forte o suficiente para convencer a si mesmo, mas fraco demais para qualquer outra pessoa).

Mas perceba que isso só se aplica para si mesmo: os motivos que levam alguém a adotar uma religião, por exemplo, podem ser suficientes para essa pessoa (ou ela pode adotar sem qualquer critério), mas isso não quer dizer que esses mesmo motivos sejam válidos como demonstração para outras pessoas. É claro que o fato do interlocutor em questão ser mais ou menos criterioso também influencia no nível da qualidade dos motivos apresentados, mas utilizar um critério pobre simplesmente porque o interlocutor não tem nenhum filtro rigoroso é simples manipulação.

Exatamente por isso que eu limito-me a falar apenas em rejeitar as afirmações religiosas sobre divindades, quando, na verdade, eu realmente acredito que não existe qualquer coisa divina. A diferença crucial é que eu não tenho um bom motivo para a segunda afirmação (pelo contrário, eu não teria nada para apresentar exceto algumas teses filosóficas osbre a questão), mas eu tenho muitos para a primeira.

E você? Teria algum motivo ou desculpa para a sua crença? Ou, se me permite alterar um pouco a questão inicial, você tem algum motivo ou desculpa para conferir mais credibilidade aos elementos da sua crença do que a de outras? A primeira pergunta, eu provavelmente já ouvi a resposta, mas a última eu dificilmente vejo alguém falando a respeito.
Então, a visão cristã sobre alguns temas talvez não faça sentido para quem não tenha motivos de crer nela. A questão é: se você não crer em Deus, então não há nada que qualquer pessoa possa fazer para te provar o contrário, viver sem crer na existência de Deus é até essencial para existência do livre arbítrio.

Existem muitos ateus e cada um deles tem um motivo diferente para não ter religião, isso em nada diminui a não crença deles, assim como não diminui a crença de cada usuário cristão deste tópico.

Nunca foi questão de quem você deveria dar ouvidos, ateus que antes foram religiosos também tinham opiniões diferentes.
 
Última edição:
É impossível provar ou não a existência de Deus. Somos meros animais em um dos quase infinitos planetas que existem e ainda querem entender de onde veio e como provar ou não a existência de algo "infinito".
Ok, concordo.

Eu, assim como muitos religiosos temos certeza da existência porque já vimos (acontecer coisas "impossíveis"), sentimos e recebemos bençãos.
Eu, como um mero animal em um dos quase infinitos planetas que existem não posso fazer afirmações sobre o infinito e a eternidade, mas com segurança posso fazer afirmações sobre os seres humanos, as pessoas tendem a interpretar eventos com seus sentidos pouco precisos e com a sua bagagem cultural, é por isso que tantas pessoas interpretam como aliens quando veem um OVNI, um demônio quando veem uma doença mental ou a imagem de uma santa em uma mancha de detergente na janela.

Não temos dados para conclusões sobre os confins do universo mas sobre a capacidade humana de se auto-iludir, errar e sofrer com algum mal-entendido temos bons exemplos, sendo assim, na ausência de maiores evidências a favor dos relatos temos que concluir, ao usar a Navalha de Ockham, que a explicação mais simples e que envolva um menor número de pressupostos e entidades seja a correta, ou seja, esses relatos provavelmente não se tratam de ações divinas, ao invés disso se tratam do evento comum de engano entre humanos.

Entendo que os ateus querem coisas cientificamente prováveis e respeito isso, mas julgar como absolutamente impossível a existência de Deus é grande burrice. Ciência é o que sabemos hoje, não o que é de fato.
Não julgamos absolutamente impossível mas existe um padrão muito claro a respeito de divindades que pode nortear nossas conclusões.

Durante a história humana todos os eventos da natureza eram atribuídos as ações de divindades, todas as vezes, 100% dos casos, que a explicação para o fenômeno, como a chuva ou a falta dela, os terremotos, os raios e trovões, etc... foi encontrada a divindade supostamente responsável por ela sumiu e se adotou, até com alguma previsibilidade do futuro, a explicação naturalista.

Sendo assim, sobre aquilo que sabemos temos 100% de sucesso das explicações naturalistas e 0% de sucesso das explicações divinas ao longo de toda a nossa experiência, isso não quer dizer que é impossível que o universo seja resultado da ação de alguma divindade, mas com base na experiência, pelo menos até que alguma evidência apareça, o bom senso que deveria guiar todas as nossas decisões diz para não darmos crédito para supostas explicações sobrenaturais, tendo em vista que elas fracassaram miseravelmente ao longo de toda a nossa história.

Você levaria seu carro a um mecânico que nunca consegue consertá-lo pela centésima vez? Claro que não, seu bom senso já teria feito parar de confiar nele muito antes disso, ateus apenas não excluem a crença em divindades quando aplicam seu bom senso, colocamos o peso da verdade e o rigor crítico sobre a questão das divindades da mesma maneira que colocamos em todas as outras questões, quem acredita em divindades coloca a questão em um patamar especial, isenta e refratária a qualquer aplicação do senso crítico, por razões que variam de falta de reflexão até pressão social e familiar.

Qualquer que seja o motivo, algo com um índice de sucesso tão vergonhoso não merece o benefício da dúvida, apenas a descrença.
 
Última edição:
Eu, assim como muitos religiosos temos certeza da existência porque já vimos (acontecer coisas "impossíveis"), sentimos e recebemos bençãos.

Cite essas coisas impossíveis. Tenho certeza de que cada uma delas pode ser explicada cientificamente.

...mas julgar como absolutamente impossível a existência de Deus é grande burrice.

Julgar como absolutamente possível a existência de deus é grande burrice.

Ciência é o que sabemos hoje, não o que é de fato.

Falso. Qualquer coisa comprovada cientificamente é um fato até que se prove o contrário.
 
Cite essas coisas impossíveis. Tenho certeza de que cada uma delas pode ser explicada cientificamente.



Julgar como absolutamente possível a existência de deus é grande burrice.



Falso. Qualquer coisa comprovada cientificamente é um fato até que se prove o contrário.

Talvez você seria uma das pessoas que antigamente falaria: "Você é burro cara? É CLARO que a terra é quadrada!". Amigo, se tem algo que muda com o tempo é a ciência, pois ela evolui com a humanidade! Alias, ela não é inimiga de religiosos, pois não prova que Deus não existe.

O negocio é que quem é religioso tem certeza que Deus existe por coisas que acontecem no dia a dia e essas pessoas não são alienados da universal ou algo do tipo, mas pessoas que raciocinam tão bem quanto você. Nenhum dos dois lados pode afirmar nada, mas escolher no que acreditar baseado em alguma coisa.

O que falta mesmo é respeito! Falta respeito de religiosos que acham que todos tem obrigação de seguir sua crença e de ateus que ficam zoando com coisas sagradas pras pessoas.

Edit: Se as pessoas levassem as coisas comprovadas cientificamente comprovadas como um fato, ninguém iria tentar criar teorias e revolucionar o que sabemos nos fazendo evoluir.

A ciência não tem nada a dizer sobre Deus, mas pessoalmente tenho provas suficiente para acreditar.
 
Última edição:
Alias, ela não é inimiga de religiosos, pois não prova que Deus não existe.

O ônus da prova é do crente.

O negocio é que quem é religioso tem certeza que Deus existe por coisas que acontecem no dia a dia e essas pessoas não são alienados da universal ou algo do tipo, mas pessoas que raciocinam tão bem quanto você. Nenhum dos dois lados pode afirmar nada, mas escolher no que acreditar baseado em alguma coisa.

Não, não raciocinam. Como era de se esperar, você não citou uma única coisa que supostamente aconteceu e que considera impossível pois certamente há uma explicação racional e científica, jogando no lixo sua crença.

A ciência não tem nada a dizer sobre Deus, mas pessoalmente tenho provas suficiente para acreditar.

Provas são passíveis de verificação, experimentação, testes etc. Mostre-as ou admita que é mentiroso.
 
É impossível provar ou não a existência de Deus. Somos meros animais em um dos quase infinitos planetas que existem e ainda querem entender de onde veio e como provar ou não a existência de algo "infinito".

É impossível provar, com as ferramentas que dispomos hoje, a inexistência de algo; por outro lado, não só é possível, como geralmente necessário provar a existência de algo para que esse algo tenha qualquer relevância. Assim, enquanto, enquanto todo mundo concorda que é impossível provar a não-existência de deus, provar a sua existência tem que ser possível - eu diria até que esse é o requisito fundamental para algo ser considerado como existente.

E eu nem vou entrar no mérito de você admitir que não há como compreender, comprovar ou até verificar essa divindade, e no entanto, você parece ter várias certezas a respeito dela...

Eu, assim como muitos religiosos temos certeza da existência porque já vimos (acontecer coisas "impossíveis"), sentimos e recebemos bençãos.

Junte sua primeira frase com o que você acabou de escrever e vai entender porque isso é visto com um certo receio por outras pessoas - na verdade, esse mesmo tipo de coisa é vista com ressalva mesmo quando acontece com a própria pessoa, exatamente porque não temos como comprovar se aquilo que ACHAMOS ser impossível, realmente É impossível, ou simplesmente um mal-entendido resultante de alguma limitação de nosso conhecimento, envolvimento sentimental, visão tendenciosa ou até mesmo doença.

Você mesmo disse ser impossível provar a existência de deus, no entanto, você teve acesso a algo que você considera como prova. Percebe como isso soa incoerente? Mas mesmo desconsiderando isso, há alguns pontos que eu nunca vejo ninguém respondendo quando afirmam que eles "sentem a verdade":

- Como você tem certeza que o deus que você acredita é o deus que concede essas "graças" que você vê?
- Você consideraria um deus como bom se ele concedesse graças reconhecíveis a um grupo de pessoas, mas não a outros grupos e condenasse esses grupos a danação eterna?
- Como você separa o que você realmente tem como verdades divinas e aquilo que você acha que são verdades divinas, mas que não são?
- Você concede o mesmo peso para pessoas que dizem ver, sentir e receber as mesmas comprovações divinas, mas para uma divindade diferente da sua? Se não, por quê?
- Quando a religião afirma algo e o nosso conhecimento (não necessariamente a ciência) afirma o contrário, para qual dos dois você dá maior preferência?

Entendo que os ateus querem coisas cientificamente prováveis e respeito isso, mas julgar como absolutamente impossível a existência de Deus é grande burrice.
Isso não é ateísmo, como outros já falaram. Até mesmo os ateístas mais famosos que não acreditam (e, nesse caso, é crença mesmo) que Deus não exista, admitem que não há como falar em absolutos... absolutos é algo que a religião prega; nem a ciência, nem o ateísmo, nem o ceticismo ou qualquer outra ideologia que se oponha a uma religião fala em "absolutos"...

Ciência é o que sabemos hoje, não o que é de fato.
Concordo em partes com o que você diz: ciência é a melhor explicação que temos para algo, o que não que dizer que é a correta, mas é a mais correta. Mas, seguindo a sua própria afirmação, se ciência é o que sabemos hoje (que é mais apurado do que sabíamos até ontem, certo?), o que é a religião?

Talvez você seria uma das pessoas que antigamente falaria: "Você é burro cara? É CLARO que a terra é quadrada!". Amigo, se tem algo que muda com o tempo é a ciência, pois ela evolui com a humanidade! Alias, ela não é inimiga de religiosos, pois não prova que Deus não existe.
Ok, duas partes:

- A humanidade muda com a ciência, e não o contrário. Mas isso não é importante para o assunto central...

- Eu diria que quando a ciência é um perigo para a religião de modo geral. Basta lembrar que a mitologia de hoje é a religião de ontem; que a quantidade de "milagres" e "intervenções" divinas na humanidade diminui proporcionalmente conforme a ciência avança. Isso não quer dizer que a religião está fadada a desaparecer, apenas que a religião é religião apenas porque ela é sobrenatural, e portanto, incompreensível, incomprovável e suspensa num lugar inatingível... qualquer coisa da religião que pode realmente ser acessada e compreendida torna-se meramente natural ou pura ficção. Então, se deus existe, em algum momento, ele passará de "sobrenatural" para "natural" ou se transformará em mitologia... como tantos deuses antes dele.

O negocio é que quem é religioso tem certeza que Deus existe por coisas que acontecem no dia a dia e essas pessoas não são alienados da universal ou algo do tipo, mas pessoas que raciocinam tão bem quanto você. Nenhum dos dois lados pode afirmar nada, mas escolher no que acreditar baseado em alguma coisa.
Como eu disse em outro post, qualquer pessoa pode acreditar no que quiser. Mas, especialmente numa discussão amigável, é intelectualmente honesto admitir que essa crença tem alguma base boa para demonstrar para outros, ou se é apenas uma opinião sem qualquer base (como Dawkins reconhecendo que sua crença na não-existência de uma divindade não tem qualquer base para ser defendida, exceto inferência lógica).

Pessoas que tem alucinações tem certeza daquilo que vêem e ouvem, apesar de ser comprovado que elas estão enganadas; a parte do "raciocinam tão bem quanto eu e você" encontra um bloqueio grande da minha parte porque religiosos "tem certeza da sua crença" apesar de serem totalmente incapazes de se distinguir de uma pessoa com alucinação.

O que falta mesmo é respeito! Falta respeito de religiosos que acham que todos tem obrigação de seguir sua crença e de ateus que ficam zoando com coisas sagradas pras pessoas.
Bem, a obrigação de seguir a "crença correta" (que coincidentemente é sempre a religião de quem prega) é um preceito básico da maioria das religiões (se alguém tem um irmão que não acredita na sua religião judaico-cristã e ele não vê isso como um problema de suma importância, eu diria que ele não entende ou não segue realmente aquela religião, ou pior, ele realmente não se importa com seu irmão).

Tudo pode ser sagrado para qualquer um. Eu duvido que você se priva de comer um hamburguer porque ele é sagrado para os hindus; ou se recusa a assistir o desenho do Hércules da Disney porque ele ridiculariza as crenças dos gregos antigos. Ou remover qualquer dispositivo eletrônico da sociedade, porque eles são ofensivos para a crença dos Amish? E por que ficar no sagrado apenas? E se alguém achar que usar vermelho é ofensivo, porque não deveríamos respeitar as crenças daquela pessoa e banir qualquer vestimenta vermelha? Ou adotar uma dieta vegana?

Essa história de respeitar a crença alheia sempre acaba quando tem um churrasco na casa de alguém ou quando os satanistas querem colocar a estátua de Baphomet em algum lugar visível...

Edit: Se as pessoas levassem as coisas comprovadas cientificamente comprovadas como um fato, ninguém iria tentar criar teorias e revolucionar o que sabemos nos fazendo evoluir.
De novo, você faz uma inversão: "coisas comprovadas cientificamente" não são necessariamente fatos... mas TODOS os fatos devem ser comprovados cientificamente, o que faz com que redefinamos o fato em si, ampliemos nosso conhecimento sobre o fato em si e sobre suas conseqüências com relação a outros fatos.

A ciência não tem nada a dizer sobre Deus, mas pessoalmente tenho provas suficiente para acreditar.
Refaço a pergunta: como você distingue suas provas que você considera suficiente, porém, limitadas a você, de provas que simplesmente são compreensões erradas? O que quero dizer é, como você distingue entre suas visões divinas verdadeiras e possíveis miragens? As vozes de deus que só você escuta do mesmo fenômeno que acontece com esquizofrênicos? O rosto de deus que você enxerga em lugares de simples pareidolia? O sucesso que você conseguiu rezando dentre tantos outros sucessos que você conseguiu sem qualquer intervenção divina?

E eu nem faço essas perguntas esperando respostas (geralmente, é neste ponto que todo mundo acha que eu estou falando que todo religiosos é esquizofrênico, apesar disso só denotar que eles simplesmente não sabem ler... ou eu escrevo muito mal:haha:); é apenas para ressaltar a minha contestação sobre "religiosos que raciocinam como eu e você".
 
"Não há fatos eternos, como não há verdades absolutas." [Nietzsche]

[video=youtube;F1JS-9mDefo]https://www.youtube.com/watch?v=F1JS-9mDefo[/video]​

The God Delusion ("Deus, um Delírio") é um livro de não-ficção escrito pelo biólogo e divulgador da ciência Richard Dawkins. O livro aborda os aspectos positivos do ateísmo, defendendo que religião teria se tornado um dos principais males da atualidade.

Além de acusar várias religiões, especialmente cristianismo, judaísmo e islamismo, de terem cometido inúmeras irracionalidades, Dawkins defende a ideia que um Deus tal qual pregado pelas religiões não passa de histórias criativas para explicar tudo o que conhecemos, porém histórias irreais sem nenhuma veracidade racional ou lógica, muitas vezes se tornando inimigas da razão.

O livro ataca a ideia de um criador sobrenatural, afirmando que isso não passa de um delírio, definido como "uma falsa crendice mantida diante de fortes evidências em contrário". Dawkins simpatiza com a observação de Robert Pirsig que diz "quando uma pessoa tem um delírio, chama-se a isso 'insanidade'; quando muitas pessoas sofrem de um delírio, chama-se a isso 'religião'". (...)

(...) Deus, um Delírio não é apenas uma defesa do ateísmo, mas é também uma crítica contra as religiões. Dawkins vê as religiões como subversoras da ciência, como fomentadoras do fanatismo, como encorajadoras da intolerância (...) e como influência negativa para nossa sociedade de diversas maneiras. (...)

Dawkins faz uma análise breve dos principais argumentos filosóficos a favor da existência de Deus. Das várias alegações filosóficas que ele discute, ele seleciona o argumento do design para uma consideração maior. Dawkins conclui que a evolução através da seleção natural pode explicar uma "aparente concepção" da natureza. (...)

Dawkins não pretende dizer que Deus não existe com certeza absoluta (...) ele sugere como um princípio geral que as explicações mais prováveis são preferíveis, em detrimento de explicações improváveis, como a de um Deus omnisciente e omnipotente. E, desse modo, ele argumenta que a teoria de um universo sem Deus é preferível a uma teoria de um universo com Deus. (...)

O livro conclui com a questão sobre se a religião, apesar de seus alegados problemas, preenche um "vazio" (...) dando consolo e inspiração para pessoas que dela necessitam. De acordo com Dawkins, essas necessidades são mais bem preenchidas por meios não-religiosos, tais como a filosofia, a psicologia, e a ciência. Ele sugere que uma visão de mundo (...) ateísta é uma afirmação da vida, de um modo que a religião, com as "respostas" insatisfatórias aos mistérios da vida, jamais poderia ser.

Fonte: Wikipedia

Agnosticismo é a visão filosófica de que o valor de verdade de certas reivindicações, especialmente afirmações sobre a existência ou não existência de qualquer divindade, mas também de outras reivindicações religiosas e metafísicas, é desconhecido ou incognoscível. Agnóstico vem do grego: a-gnostos, ou seja, não-conhecimento, aquele que não conhece. No entanto, o agnosticismo é a visão de que a razão humana é incapaz de prover fundamentos racionais suficientes para justificar tanto a crença de que Deus existe ou a crença de que Deus não existe. Na medida em que uma defende que nossas crenças são racionais se forem suficientemente apoiada pela razão humana, a pessoa que aceita a posição filosófica de agnosticismo irá perceber que nem a crença de que Deus existe nem a crença de que Deus não existe é racional. O agnosticismo pode ser definido de várias maneiras, e às vezes é usado para indicar dúvida ou uma abordagem cética a perguntas. Em alguns sentidos, o agnosticismo é uma posição sobre a diferença entre crença e conhecimento, ao invés de sobre qualquer alegação específica ou crença. Dentro do agnosticismo existem ateus agnósticos (aqueles que não acreditam que uma divindade ou mais divindades existam, mas que não negam/descartam a possibilidade de suas existências) e os teístas agnósticos (aqueles que acreditam que um Deus existe, mas não afirmam saber isso). (...)

Agnosticismo derivou-se da palavra grega agnostos, formada com o prefixo de privação (ou de negação) a- anteposto a gnostos (conhecimento). Gnostos provinha da raiz pré-histórica gno-,que se aplicava à ideia de saber e que está presente em numerosos vocábulos da língua portuguesa, tais como cognição, cognitivo, ignorar, ignoto, ignorância, entre outros.

Muitas pessoas usam, erroneamente, a palavra agnosticismo com o sentido de um meio-termo entre teísmo e ateísmo, ou ainda, que se trata de uma pessoa sem posicionamento sobre crenças. Isso é estritamente incorreto, teísmo e ateísmo separam aqueles que acreditam em divindades daqueles que não acreditam em divindades. O agnosticismo separa aqueles que acreditam que a razão não pode penetrar o reino do sobrenatural daqueles que defendem a capacidade da razão de afirmar ou negar a veracidade da crença teística. (...)

O agnóstico opõe-se à possibilidade de a razão humana conhecer entidades nas linhas gerais dos conceitos de "deus" e outros seres e fenômenos sobrenaturais (...) como não é possível provar racionalmente a existência de deuses e do sobrenatural, é igualmente impossível provar a sua inexistência. Isso não é necessariamente visto como problema, já que nenhuma necessidade prática os impele a embrenhar em tal tarefa estéril.

Fonte: Wikipedia

"Dada a descrença em Deus, precisamos admitir suas várias conseqüências. Precisamos, por exemplo, aniquilar todos os valores fundamentais que foram justificados pela crença que, agora, é inexistente. Com a morte de Deus, a vida fica suspensa no nada, e esta é uma visão realmente vertiginosa para quem estava nas sublimes alturas ideais e agora contempla o infinito abismo vazio do desespero sem referencial. Entretanto, a vida exige de nós um posicionamento, a própria vida é um posicionamento. Estar vivo e querer continuar vivo é um preconceito instintivo, mas nem por isso deixa de ser uma valoração. Desta raiz fundamental inerente à nossa própria condição de existência é que se deduz, normalmente, os valores que guiarão a ação humana, quando sem deus – e certamente não como uma valoração deliberada e livre, mas como um preconceito instintivo, como a própria sombra valorativa do homem." (...) "Pobre ser! Além de existir, ainda tem de sorrir toda vez que um filósofo tira sua foto; deixemos o pobre-diabo em paz, sem envolvê-lo em nossas fofocas e mexericos existenciais. A vida não passa de uma história absurda contada pelo acaso; o mais demente de seus personagens, chamado homem, ao descobrir-se como tal, acha muito natural buscar conhecer o autor pessoalmente para descobrir seu verdadeiro sentido que, obviamente, fica fora da história. O homem nunca se farta de olhar no espelho quando precisa de um pretexto para enganar-se profundamente." (...) "Parece estranha demais a idéia de levar a vida a sério. Que sentido faz isso? Faz sentido vivê-la com leveza, como um passatempo, fazendo aquilo que gostamos enquanto podemos, sem preocupações excessivas. Afinal, a vida não é suficientemente longa ou boa para que nos arrependamos de nossas ações – isso já seria uma pura perda de tempo com um remorso inútil. Ademais, não importa o quanto nos esforcemos – no fim, tudo é realmente em vão. Não importa quanto o corremos, a morte sempre nos pega. Então por que não aproveitar este estranho passatempo o máximo que pudermos antes de termos de mudar para nossa última morada, a sete palmos abaixo da terra?" [André Cancian]

"Quando me perguntam se sou ateu (...) me divirto com a estratégia de lembrar que o autor da pergunta também é ateu no que diz respeito a Zeus, Apolo, Amon Rá, Mithra, Baal, Thor, Wotan, o Bezerro de Ouro e o Monstro de Espaguete Voador..." (...) "A natureza não é cruel, apenas implacavelmente indiferente. Essa é uma das lições mais duras que os humanos têm de aprender." (...) "Darwin tornou possível ser-se um ateu intelectualmente realizado." [Richard Dawkins]
 
O professor Leandro Quadros do Programa na Mira da Verdade - Novo Tempo, escreveu este artigo...:hmm:

Algumas diferenças entre o ateu e o à toa.

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NTRODUÇÃO
Ao ler o título desse pequeno artigo você pode estar pensando que me proponho a refutar aos ateus. Porém, não é esse o caso. Meu propósito é levar o leitor a refletir sobre a necessidade de compreendermos melhor alguns ateus e respeitá-los como seres humanos, pois muitos deles se tornam céticos por algum motivo compreensível, mesmo que não justificável.
Quero que você compreenda que muitos se tornam ateus não por causa de uma simples escolha que fizeram numa linda tarde de verão ou enquanto descansavam na praia. Há ateus e agnósticos que vivenciaram situações terríveis que os levou a questionar a existência de qualquer divindade que pudesse realmente amá-los nos momentos em que se sentiram desamparados e em meio à profunda dor emocional.
Antes de analisarmos um pouco melhor sobre uma das origens do ateísmo, primeiramente precisamos diferenciar um ateu de um à toa.
ATEU VERSUS À TOA
* O ateu se utiliza de alguma base racional para sua postura. É uma pessoa inquiridora, que aprecia estudar e não adota uma postura simplesmente por que “a maioria” o faz.
* O à toa, nem sabe o porquê é ateu. Torna-se “ateu” por que “está na moda”.

* O ateu, mesmo achando a religião fruto da mente “primitiva” (compreensão infeliz essa), pelo menos sabe respeitar aqueles que pensam diferente dele.
* Por sua vez, o à toa dirige palavras de baixo calão aos que creem, e não têm muita noção de civilidade, educação e respeito.

* Parte dos ateus possui uma razão compreensível (não estou justificando) para sua descrença em Deus.
* O à toa se diz “ateu” sem ter qualquer razão compreensível para isso, base lógica ou uma história de sofrimento que o tenha levado a duvidar da existência de um Criador amoroso.

Pretendo um dia aumentar essa lista de diferenças entre o ateu e o à toa. Porém, agora, quero me deter nesse último ponto, que é a ideia central de minha reflexão: o de que vários ateus possuem razões compreensíveis (não justificáveis) para seu ceticismo.
Imagine uma criança que cresceu ouvindo de seus pais que Deus é amor, e que Ele cuida não apenas daqueles a quem Ele ama, mas também dos que não O amam (cf. Mt 5:43-45). Porém, aos 13 anos, esse pré-adolescente vê os pais serem assassinados na sua frente num assalto à mão armada, enquanto entravam com o carro na garagem de casa.
A tendência nesse caso (não estou fazendo disso uma regra) é o jovem se questionar: “como um Deus de amor, que ama minha família, pode permitir uma coisa dessas?” Se tal questionamento não for trabalhado com a ajuda de um cristão adulto, para que a vítima compreenda as questões em jogo no conflito entre o bem e o mal (cf. Ap 12:7-9; Jó capts. 1 e 2), dificilmente esse pré-adolescente terá força interna, bem como alguma razão lógica, para acreditar que Deus existe.
O PROBLEMA DO MAL
Não precisaria ser assim[1], mas a existência do mal é o problema mais difícil com o qual se deparam muitas pessoas, ao ponto de se tornarem céticas quanto à existência de Deus e quanto ao valor da religião e da Bíblia. Ao invés de criticarmos um ateu por isso, precisamos compreendê-lo, pois uma situação de profunda dor psíquica, sem que a pessoa tenha tido uma visão mais ampla do conflito entre o bem e o mal (cf. Cl 2:14), pode levar a pessoa a descrer.
Para muitos, o sofrimento é mais uma preocupação existencial que intelectual, sendo portanto um problema de coração, não da mente. Elas não veem muito sentido na vida e no universo[2]. Por isso, o que muitos ateus mais necessitam é de compreensão e ajuda para descobrir as soluções bíblicas para o sofrimento deles.
Até mesmos nós cristãos (ou não cristãos) somos tentados a duvidar em certos momentos quando nos sentimentos profundamente perturbados diante de alguma tragédia. Sejamos crentes ou descrentes, somos limitados: temos uma visão míope e bastante subjetiva da realidade. Por isso, ao invés de criticar, deveríamos exercitar nossa capacidade de compreender. Afinal, a verdadeira inteligência emocional envolve compreender no lugar de julgar (cf. Mt 7:1, 2).
Devemos sim realizar um trabalho apologético em favor dos agnósticos e ateus[3], apresentando-lhes as evidências racionais a favor da existência de Deus e veracidade da fé cristã; porém, ao mesmo tempo, devemos olhar para eles como pessoas que têm uma história de sofrimento pior que a de muitos de nós. Devemos ser amáveis, compreensíveis e misericordiosos para com tais pessoas e mostrar a elas que, mesmo existindo o sofrimento no mundo, ele é um intruso (Gn 3), resultado de nossas escolhas (Gl 6:7).
Desde a queda de nossos primeiros pais (Gn 3), “o ser humano não vive mais como Deus planejou que vivesse. O egoísmo e a ganância do ser humano engendraram guerras, fome, a exploração desmesurada da terra, além de mudanças cruciais e potencialmente perigosas dos recursos do mundo”[4]. Devemos mostrar aos ateus e agnósticos que “nenhuma dessas coisas veio da vontade de Deus. Elas são fruto da ação do homem. Ouvimos com frequência que temos uma tecnologia capaz de nos extinguir. Foi escolha nossa, e não de Deus”[5]. É importante os conscientizarmos que, ao invés de serem devidamente explicadas pelo ateísmo ou panteísmo, “as falhas e defeitos em um mundo altamente ordenado e obviamente bem designado têm melhor explicação no resultado de um mundo bom ter sido deteriorado. É exatamente o que o teísmo propõe”[6].
O cristão vive com a esperança de que um dia o Criador restabelecerá a ordem, paz e harmonia de nosso planeta quando Jesus voltar em poder e glória a este mundo (cf. Mt 24:30, 31; Ap 1:7). Nesse momento, todas as lágrimas serão secadas de nossos rostos pelo próprio Deus (Ap 21:4). Isso foi possível por que um dia Deus escolheu sofrer na cruz (Hb 4:15; Ap 13:8; 1Pe 1:20, 21; Jo 1:1-3, 14; Mt 27:26-50), para pagar nossa dívida para com Sua imutável Lei (ver Mt 5:17-19; Rm 3:31) e livrar-nos da morte eterna (ver Rm 6:23)[7]. Ele pagou um preço para que todos os que cressem em Jesus (Jo 3:16, 36) tivessem a oportunidade de um dia viver sem dor e tristezas num mundo em que haverá “novos céus e nova terra, nos quais habitarão justiça” (2Pe 3:13, adaptado).
Gostaria de sugerir a você, amigo leitor ateu ou agnóstico que, enquanto essa promessa de Deus não se cumpre, nossa maior preocupação atual não deveria ser entender todos os aspectos do sofrimento. Sugiro é que você e eu aprendamos a lidar com ele de maneira saudável, desenvolvendo nosso Quociente Emocional (QE) e não simplesmente o Quociente de Inteligência (QI)[8]. A forma como encaramos o sofrimento pode nos levar a nos apegarmos a Deus ou a abandonarmos a fé nEle. Dependerá de nossas reações diante das tragédias, bagagem familiar e estrutura psíquica. Parcialmente, dependerá também de nossa escolha.
O cantor gaúcho Vitor Mateus Teixeira, conhecido como Teixeirinha (1927- 1985), de quem aprecio diversas músicas, perdeu a mãe quando ele estava com apenas nove anos de idade. A música em que ele conta sobre seu sofrimento por causa da morte da mãe se chama “Coração de Luto”, e já vendeu mais de 25 milhões de cópias. Até o momento não conheço uma canção tão triste como essa, mas o que me chama a atenção na história desse artista é que, mesmo tendo ficado órfão e vivido pelas ruas, sofrendo de fome e frio, tamanha dor não afetou sua confiança em Deus, como se pode perceber em várias de suas canções.
Você e eu podemos agir como Teixeirinha diante de uma tragédia ou perdermos a confiança no divino, prendendo-nos em nossa limitada lógica e no vazio existencial de uma vida sem Jesus Cristo. A decisão será nossa.
CONCLUSÃO
Olhando mais misericordiosamente para os ateus e agnósticos, nosso trabalho em favor deles será muito mais eficaz. Mesmo que não venhamos a ter êxito em convencer alguns quanto à existência de Deus, poderemos quem sabe dar início a uma nova amizade com alguém que também passa por sofrimentos como nós e que pode, com sua bagagem cultural e experiência de vida contribuir para nosso crescimento pessoal.
Já pensou no quanto poderíamos somar à vida um do outro, e o que poderíamos fazer para aliviar de fato o sofrimento da humanidade e dos animais se, ao invés de brigarmos, nos uníssemos em amor altruísta? ......

http://novotempo.com/namiradaverdade/algumas-diferencas-entre-o-ateu-e-o-a-toa-2/
 
Texto lixo escrito por babaquinha que - ora, veja só que novidade! - usa bíblia pra "provar" a existência de deus.
 
"E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará." [João 8:32]

Os pastores mais ricos do Brasil, por Anderson Antunes (Forbes).



A religião sempre foi um negócio rentável (em qualquer lugar do planeta). E se acontecer de você ser um pregador evangélico brasileiro, as chances de ganhar um jackpot ("loteria celestial") são realmente muito altas nestes dias... Muitos pastores brasileiros receberam passaportes diplomáticos nos últimos anos. Alguns, especialmente aqueles que lideram grandes igrejas, são cortejados pelos políticos em época de eleição.

Mesmo que o Brasil ainda permaneça com o título de maior país católico do mundo, com cerca de 123,2 milhões de sua população, de aproximadamente 191 milhões se definindo como fiéis seguidores da Igreja do Vaticano (a mesma que possuia um banco que servia de lavanderia para dinheiro sujo).

Os últimos dados do censo apontam para uma forte queda entre as fileiras dos católicos romanos, que agora seriam de 64,6% da população do país, contra 92% em 1970, uma queda acentuada de 1/3 dos fiéis católicos.

Enquanto isso, o número de evangélicos protestantes subiu de 15,4% da população do Brasil em apenas uma década, para 22,2%, ou 42,3 milhões de pessoas. É provável que a tendência de queda para o catolicismo de Roma vai continuar e estima-se que até 2030, os católicos representem menos de 50% dos fiéis brasileiros. Então, por que são os evangélicos que tomam conta da cena religiosa do Brasil?

Uma das qualidades mais atraentes que os evangélicos possuem é a sua crença de que os resultados de progresso (a posse de bens) material na vida de um fiel vem de favores de Deus. Enquanto o catolicismo ainda prega um olhar muito conservador para a vida após a morte, em vez do acumulo de riquezas terrenas, os evangélicos, especialmente os grupos “neo-pentecostal”, a eles são ensinados que está tudo certo para Deus você ser próspero em bens materiais. Essa “doutrina”, conhecida como “teologia da prosperidade”, esta na base da fundação do maior sucesso das igrejas evangélicas no Brasil.

O valor do progresso material no evangelicismo do Brasil é explícita e ativamente promovido. A cantora de música gospel (evangélica) Aline Barros, premiada com um Grammy Award e que virou pregadora, e que já tem mais de 900 mil seguidores no Twitter, diz assim: “O que você faz para o Reino de Deus ? O que você tem produzido para Deus? Se você está vivo, é porque você tem o fôlego de vida-produza então! ”

Parece estar funcionando. Como tem sido amplamente divulgado, o Brasil viveu um período de grande crescimento econômico ao longo dos últimos anos. O sucesso econômico do país não só tirou milhões de brasileiros da pobreza, mas também elevou as expectativas de uma nova classe média conhecida como a “classe C”.

Com os muito ricos e os muito pobres permanecendo firmemente católicos, a maioria dos evangélicos protestantes no Brasil estão nesta categoria, pois que encontraram na religião uma forma de ser grato por sua boa sorte, assim como uma desculpa para desfrutar de seu novo status na sociedade, sem sentimento de culpa.

Em outras palavras, eles estão ansiosos para voltar à igreja, talvez para suportar parte da carga. Isso acabou transformando algumas igrejas (seitas) em negócios altamente lucrativos e fazendo de alguns de seus “líderes” bem sucedidos multimilionários. É a chamada “indústria da fé”.

Tome como exemplo o “bispo” Edir Macedo, o fundador e líder da Igreja Universal do Reino de Deus, que também tem templos nos Estados Unidos, Macedo é, de longe, o mais rico pastor de igreja evangélica no Brasil, com um patrimônio líquido estimado por *várias revistas de negócios do Brasil de cerca de US $ 950 milhões (um braço do governo no Brasil estima um montante ainda maior).

Ele está constantemente envolvido em escândalos, principalmente devido a alegações de que sua organização havia auferido bilhões de dólares de donativos que seriam destinados à caridade. Houve também acusações oficiais de fraude e lavagem de dinheiro. No entanto, Macedo conseguiu manter seu rebanho de seguidores ao longo dos anos.

Um dos pais da “moderna” teologia da prosperidade, Macedo ainda passou 11 dias na prisão em 1992 devido a acusações de charlatanismo. Macedo negou todas as acusações contra ele no Brasil, mas ele ainda está sendo processado por autoridades norte-americanas, bem como autoridades venezuelanas.

Como um escritor evangélico, ele se destaca com mais de 10 milhões de livros vendidos, alguns dos quais são extremamente críticos da Igreja Católica de Roma e de um número de afro-religiões brasileiras (Umbanda, Candomblé, etc). Mas o seu maior movimento/empreendimento foi no final de 1980, quando adquiriu o controle da Rede de Televisão Record, atualmente a segunda maior emissora de TV aberta do Brasil.

Seus outros ativos incluem um jornal, a Folha Universal, que tem uma circulação de mais de 2,5 milhões no Brasil, um canal de notícias, Record News, as empresas de selo musical, grandes propriedades (alguns luxuosos) em imóveis e um jato executivo da Bombardier Global Express XRS de valor de US$ 45 milhões dólares. O porta-voz de Macedo disse que não iria comentar sobre assuntos pessoais.

Seguindo os passos de Macedo vem o pastor Valdemiro Santiago. Um ex-pastor da Igreja Universal do Reino de Deus, ele teria sido expulso da instituição depois de alguns desentendimentos com o seu patrão (Edir Macedo) , de quem ele era um protegido. Isso foi o suficiente para que ele fundasse a sua própria igreja, a Igreja Mundial do Poder de Deus, que já tem mais de 900 mil seguidores e conta com mais de 4.000 templos, muitos dos quais são adornados com imagens dele em grandes outdoors.

Ele tomou as manchetes dos jornais no ano passado depois de supostamente pagar US$ 45 milhões dólares em um jato particular idêntico ao de Edir Macedo. Várias revistas de negócios brasileiras estimam que o total de seu patrimônio líquido alcance US $ 220 milhões. Enviamos e-mails e ligamos para a igreja de Santiago solicitando respostas mas não fomos atendidos.

“O líder religioso Valdemiro Santiago, da Igreja Mundial do Poder de Deus, pode tornar-se proprietário de duas redes de TV no Brasil. A Folha apurou com pessoas ligadas à Mundial que Valdemiro está finalizando a compra da rede CNT de televisão, por cerca de R$ 500 milhões. Na semana passada, representantes do religioso estiveram no Rio negociando com dirigentes das Organizações Martinez, proprietária da CNT.

A rede (CNT) possui atualmente, entre emissoras próprias, retransmissoras e afiliadas, 48 praças que levam o seu sinal pelo país. Valdemiro também está negociando, desde o final do ano passado, a compra de Rede 21, do Grupo Bandeirantes. Locatária há quase cinco anos de 22 horas diárias no Canal 21, a Igreja Mundial está acertando um novo contrato com a Band, que envolveria o arrendamento do canal e, mais adiante, a compra com abatimento do valor já investido na emissora.

O negócio gira em torno de R$ 700 milhões. Com tamanho investimento, Valdemiro foi para a TV pedir aos fiéis uma “doação emergencial”. Ele quer que pelo menos 100 mil pessoas ajudem a Mundial com uma doação de R$ 200 cada (R$20 milhões). Procurados, os dirigentes da Band, da CNT e da Igreja Mundial não quiseram comentar o assunto”.

Então (a seguir) vem Silas Malafaia, o “líder” do braço brasileiro da Igreja Assembléia de Deus, a maior igreja pentecostal do Brasil. O mais loquaz entre os seus colegas pastores, Malafaia está constantemente envolvido em controvérsias relacionadas com a comunidade gay no Brasil, da qual ele se declara com orgulho de ser o maior inimigo.

Ele é o defensor de uma lei que poderia classificar o homossexualismo como uma doença no Brasil. Silas Malafaia também é uma figura proeminente no Twitter, onde é seguido por mais de 440 mil usuários. Em 2011, Malafaia, que tem bens no valor total de US $ 150 milhões (R$ 300 milhões), de acordo com vários revistas de negócio brasileiras, lançou uma campanha chamada “O Clube do Um Milhão de Almas“, que pretende levantar US$ 500 milhões (R$ 1 bilhão) para a sua igreja, a fim de criar uma rede de televisão global, que seria transmitida para 137 países.

Os interessados em contribuir com a campanha podem doar quantias a partir de US $ 500 (R$ 1.000), que poderiam ser pagas em prestações. Em troca, os doadores receberão um livro. Malafaia também é dono de uma das quatro maiores gravadoras de música no Brasil do segmento evangelho, de acordo com a Billboard Brasil, e da segunda maior empresa de publicação do evangelho do país, a Central Gospel, com vendas relatadas de US$ 25 milhões (R$ 50 milhões) por ano.

Possivelmente, o mais ativo em multimídia entre os pregadores brasileiros é o compositor, cantor e televangelista Romildo Ribeiro Soares, conhecido simplesmente como R.R. Soares. Como o fundador da Igreja Internacional da Graça de Deus, Soares é um dos rostos mais regulares na televisão brasileira. Outro ex-membro da Igreja Universal do Reino de Deus, ele é cunhado de Edir Macedo, o auto-intitulado “missionário” Soares é dito ser o mais humilde entre seus pares.

Seu jato particular, um King Air 350 – vale um “modesto” valor de US$ 5 milhões. O valor estimado do patrimônio líquido de Soares (retirado também de várias publicações de negócios brasileiros) seria de US$ 125 milhões (R$ 250 milhões de reais). O porta-voz de Soares não retornou as ligações ou os e-mails que nós enviamos.

Os fundadores da Igreja Renascer em Cristo, o auto intitulado “apóstolo” Estevam Hernandes Filho e sua esposa, a “Bispa” Sonia, supervisiona mais de 1.000 igrejas no Brasil e no exterior, incluindo várias na Flórida, nos EUA. Com um patrimônio líquido combinado estimado em US$ 65 milhões (R$ 130 milhões de reais) por várias revistas de negócios do Brasil, o casal fez as manchetes internacionais em 2007, quando eles foram presos e encarcerados em Miami, nos EUA, acusados de transportarem mais de US$ 56.000 dólares em dinheiro não declarado.

Parte do dinheiro estava escondido entre as páginas de sua Bíblia, de acordo com os agentes alfandegários norte-americanos que detiveram o casal no Aeroporto Internacional de Miami. Eles foram devolvidos ao Brasil um ano depois. Eles também estão ainda respondendo processos no Brasil por acusação de uma série de outros crimes, inclusive para o colapso e a queda do teto em um de seus templos, o que causou nove mortes dos seus fiéis.

A prisão e as sistemáticas alegações de desvio de fundos no Brasil tem reverberado e ecoado ruidosamente. Em dezembro de 2010, o astro do futebol brasileiro Kaká, que era amigo do casal Hernandes e um membro de sua igreja, abandonou a instituição, alegadamente por causa do mau uso do dinheiro pela sua liderança. Kaká tinha teria doado mais de US$ 1 milhão (R$ 2 milhões) para a igreja durante o tempo em que era um dos seus membros mais conhecidos. Um porta-voz do casal Hernandes não respondeu aos nossos e-mails e telefonemas.

Tornar-se um pregador evangélico no Brasil é o sonho de muitos jovens de todo o país. Ao contrário do que as mais tradicionais (e conservadoras) igrejas protestantes que exigem seus pastores de ter pelo menos um mestrado, as igrejas neo-pentecostais, como a Igreja Universal do Reino de Deus oferece cursos intensivos para “criar” os seus próprios pastores para tanto cobrando tão pouco quanto US$ 350 (R$ 700) por alguns dias de aulas.

Não é só sobre o dinheiro (Malafaia paga até US $ 11.000 (R$ 22 mil) por mês para os membros (pastores) mais “talentosos” da equipe de sua igreja, de acordo com a revista Veja SP), mas também sobre “TER PODER”.

Muitos pastores brasileiros receberam passaportes diplomáticos nos últimos anos. Alguns, especialmente aqueles que lideram grandes igrejas, são cortejados pelos políticos em época de eleição, para não mencionar que, como em muitos países ao redor do mundo, as igrejas são isentas de impostos no Brasil, fato que por vezes pode criar uma lacuna muito conveniente.

Como diz a Bíblia, a fé move montanhas. “E um monte de dinheiro, também”.

Fonte: Forbes

“Porquanto se levantará nação contra nação, e reino contra reino, e haverá fomes, e pestes, e terremotos, em vários lugares (...) Nesse tempo muitos serão escandalizados, e trair-se-ão uns aos outros, e uns aos outros se odiarão. (...) Igualmente hão de surgir muitos falsos profetas, e enganarão a muitos (...) pois onde estiver o cadáver, aí se ajuntarão os abutres.” [Mateus 24/7;10-11;28]
 
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É impossível provar, com as ferramentas que dispomos hoje, a inexistência de algo; por outro lado, não só é possível, como geralmente necessário provar a existência de algo para que esse algo tenha qualquer relevância. Assim, enquanto, enquanto todo mundo concorda que é impossível provar a não-existência de deus, provar a sua existência tem que ser possível - eu diria até que esse é o requisito fundamental para algo ser considerado como existente.

E eu nem vou entrar no mérito de você admitir que não há como compreender, comprovar ou até verificar essa divindade, e no entanto, você parece ter várias certezas a respeito dela...



Junte sua primeira frase com o que você acabou de escrever e vai entender porque isso é visto com um certo receio por outras pessoas - na verdade, esse mesmo tipo de coisa é vista com ressalva mesmo quando acontece com a própria pessoa, exatamente porque não temos como comprovar se aquilo que ACHAMOS ser impossível, realmente É impossível, ou simplesmente um mal-entendido resultante de alguma limitação de nosso conhecimento, envolvimento sentimental, visão tendenciosa ou até mesmo doença.

Você mesmo disse ser impossível provar a existência de deus, no entanto, você teve acesso a algo que você considera como prova. Percebe como isso soa incoerente? Mas mesmo desconsiderando isso, há alguns pontos que eu nunca vejo ninguém respondendo quando afirmam que eles "sentem a verdade":

- Como você tem certeza que o deus que você acredita é o deus que concede essas "graças" que você vê?
- Você consideraria um deus como bom se ele concedesse graças reconhecíveis a um grupo de pessoas, mas não a outros grupos e condenasse esses grupos a danação eterna?
- Como você separa o que você realmente tem como verdades divinas e aquilo que você acha que são verdades divinas, mas que não são?
- Você concede o mesmo peso para pessoas que dizem ver, sentir e receber as mesmas comprovações divinas, mas para uma divindade diferente da sua? Se não, por quê?
- Quando a religião afirma algo e o nosso conhecimento (não necessariamente a ciência) afirma o contrário, para qual dos dois você dá maior preferência?


Isso não é ateísmo, como outros já falaram. Até mesmo os ateístas mais famosos que não acreditam (e, nesse caso, é crença mesmo) que Deus não exista, admitem que não há como falar em absolutos... absolutos é algo que a religião prega; nem a ciência, nem o ateísmo, nem o ceticismo ou qualquer outra ideologia que se oponha a uma religião fala em "absolutos"...


Concordo em partes com o que você diz: ciência é a melhor explicação que temos para algo, o que não que dizer que é a correta, mas é a mais correta. Mas, seguindo a sua própria afirmação, se ciência é o que sabemos hoje (que é mais apurado do que sabíamos até ontem, certo?), o que é a religião?


Ok, duas partes:

- A humanidade muda com a ciência, e não o contrário. Mas isso não é importante para o assunto central...

- Eu diria que quando a ciência é um perigo para a religião de modo geral. Basta lembrar que a mitologia de hoje é a religião de ontem; que a quantidade de "milagres" e "intervenções" divinas na humanidade diminui proporcionalmente conforme a ciência avança. Isso não quer dizer que a religião está fadada a desaparecer, apenas que a religião é religião apenas porque ela é sobrenatural, e portanto, incompreensível, incomprovável e suspensa num lugar inatingível... qualquer coisa da religião que pode realmente ser acessada e compreendida torna-se meramente natural ou pura ficção. Então, se deus existe, em algum momento, ele passará de "sobrenatural" para "natural" ou se transformará em mitologia... como tantos deuses antes dele.


Como eu disse em outro post, qualquer pessoa pode acreditar no que quiser. Mas, especialmente numa discussão amigável, é intelectualmente honesto admitir que essa crença tem alguma base boa para demonstrar para outros, ou se é apenas uma opinião sem qualquer base (como Dawkins reconhecendo que sua crença na não-existência de uma divindade não tem qualquer base para ser defendida, exceto inferência lógica).

Pessoas que tem alucinações tem certeza daquilo que vêem e ouvem, apesar de ser comprovado que elas estão enganadas; a parte do "raciocinam tão bem quanto eu e você" encontra um bloqueio grande da minha parte porque religiosos "tem certeza da sua crença" apesar de serem totalmente incapazes de se distinguir de uma pessoa com alucinação.


Bem, a obrigação de seguir a "crença correta" (que coincidentemente é sempre a religião de quem prega) é um preceito básico da maioria das religiões (se alguém tem um irmão que não acredita na sua religião judaico-cristã e ele não vê isso como um problema de suma importância, eu diria que ele não entende ou não segue realmente aquela religião, ou pior, ele realmente não se importa com seu irmão).

Tudo pode ser sagrado para qualquer um. Eu duvido que você se priva de comer um hamburguer porque ele é sagrado para os hindus; ou se recusa a assistir o desenho do Hércules da Disney porque ele ridiculariza as crenças dos gregos antigos. Ou remover qualquer dispositivo eletrônico da sociedade, porque eles são ofensivos para a crença dos Amish? E por que ficar no sagrado apenas? E se alguém achar que usar vermelho é ofensivo, porque não deveríamos respeitar as crenças daquela pessoa e banir qualquer vestimenta vermelha? Ou adotar uma dieta vegana?

Essa história de respeitar a crença alheia sempre acaba quando tem um churrasco na casa de alguém ou quando os satanistas querem colocar a estátua de Baphomet em algum lugar visível...


De novo, você faz uma inversão: "coisas comprovadas cientificamente" não são necessariamente fatos... mas TODOS os fatos devem ser comprovados cientificamente, o que faz com que redefinamos o fato em si, ampliemos nosso conhecimento sobre o fato em si e sobre suas conseqüências com relação a outros fatos.


Refaço a pergunta: como você distingue suas provas que você considera suficiente, porém, limitadas a você, de provas que simplesmente são compreensões erradas? O que quero dizer é, como você distingue entre suas visões divinas verdadeiras e possíveis miragens? As vozes de deus que só você escuta do mesmo fenômeno que acontece com esquizofrênicos? O rosto de deus que você enxerga em lugares de simples pareidolia? O sucesso que você conseguiu rezando dentre tantos outros sucessos que você conseguiu sem qualquer intervenção divina?

E eu nem faço essas perguntas esperando respostas (geralmente, é neste ponto que todo mundo acha que eu estou falando que todo religiosos é esquizofrênico, apesar disso só denotar que eles simplesmente não sabem ler... ou eu escrevo muito mal:haha:); é apenas para ressaltar a minha contestação sobre "religiosos que raciocinam como eu e você".

A parte que eu disse de "raciocinar como você" é justamente entender que existe diversas coisas que dizem ser algo sobrenatural, mas é totalmente explicado e até ridículo.

Não acho que vale a pena citar tudo o que considero prova de Deus, porque independente do que seja vocês vão querer colocar alguma explicação mesmo que ela não seja suficiente. Vocês não acreditam e mesmo que aconteça a coisa mais impossível iriam negar a existência. Vocês por si mesmos nunca irão acreditar, apenas se cientistas do outro lado do mundo conseguir provar (algo que nunca acontecerá).

Sobre a questão do respeito: Comer hamburguer se fosse sagrado pra alguem, tudo bem. Desde que eu não coloque no facebook tornando publico.
A questão é as pessoas enchem a internet com imagens zuando Jesus (Não sou católico). Se querem zuar, que seja no grupinho de amigos.

Edit: Hoje em dia é muito mainstream ser ateu. kkkkkkk
 
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Os pastores mais ricos do Brasil, por Anderson Antunes (Forbes).

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A religião sempre foi um negócio rentável (em qualquer lugar do planeta). E se acontecer de você ser um pregador evangélico brasileiro, as chances de ganhar um jackpot ("loteria celestial") são realmente muito altas nestes dias... Muitos pastores brasileiros receberam passaportes diplomáticos nos últimos anos. Alguns, especialmente aqueles que lideram grandes igrejas, são cortejados pelos políticos em época de eleição.

Mesmo que o Brasil ainda permaneça com o título de maior país católico do mundo, com cerca de 123,2 milhões de sua população, de aproximadamente 191 milhões se definindo como fiéis seguidores da Igreja do Vaticano (a mesma que possuia um banco que servia de lavanderia para dinheiro sujo).

Os últimos dados do censo apontam para uma forte queda entre as fileiras dos católicos romanos, que agora seriam de 64,6% da população do país, contra 92% em 1970, uma queda acentuada de 1/3 dos fiéis católicos.

Enquanto isso, o número de evangélicos protestantes subiu de 15,4% da população do Brasil em apenas uma década, para 22,2%, ou 42,3 milhões de pessoas. É provável que a tendência de queda para o catolicismo de Roma vai continuar e estima-se que até 2030, os católicos representem menos de 50% dos fiéis brasileiros. Então, por que são os evangélicos que tomam conta da cena religiosa do Brasil?

Uma das qualidades mais atraentes que os evangélicos possuem é a sua crença de que os resultados de progresso (a posse de bens) material na vida de um fiel vem de favores de Deus. Enquanto o catolicismo ainda prega um olhar muito conservador para a vida após a morte, em vez do acumulo de riquezas terrenas, os evangélicos, especialmente os grupos “neo-pentecostal”, a eles são ensinados que está tudo certo para Deus você ser próspero em bens materiais. Essa “doutrina”, conhecida como “teologia da prosperidade”, esta na base da fundação do maior sucesso das igrejas evangélicas no Brasil.

O valor do progresso material no evangelicismo do Brasil é explícita e ativamente promovido. A cantora de música gospel (evangélica) Aline Barros, premiada com um Grammy Award e que virou pregadora, e que já tem mais de 900 mil seguidores no Twitter, diz assim: “O que você faz para o Reino de Deus ? O que você tem produzido para Deus? Se você está vivo, é porque você tem o fôlego de vida-produza então! ”

Parece estar funcionando. Como tem sido amplamente divulgado, o Brasil viveu um período de grande crescimento econômico ao longo dos últimos anos. O sucesso econômico do país não só tirou milhões de brasileiros da pobreza, mas também elevou as expectativas de uma nova classe média conhecida como a “classe C”.

Com os muito ricos e os muito pobres permanecendo firmemente católicos, a maioria dos evangélicos protestantes no Brasil estão nesta categoria, pois que encontraram na religião uma forma de ser grato por sua boa sorte, assim como uma desculpa para desfrutar de seu novo status na sociedade, sem sentimento de culpa.

Em outras palavras, eles estão ansiosos para voltar à igreja, talvez para suportar parte da carga. Isso acabou transformando algumas igrejas (seitas) em negócios altamente lucrativos e fazendo de alguns de seus “líderes” bem sucedidos multimilionários. É a chamada “indústria da fé”.

Tome como exemplo o “bispo” Edir Macedo, o fundador e líder da Igreja Universal do Reino de Deus, que também tem templos nos Estados Unidos, Macedo é, de longe, o mais rico pastor de igreja evangélica no Brasil, com um patrimônio líquido estimado por *várias revistas de negócios do Brasil de cerca de US $ 950 milhões (um braço do governo no Brasil estima um montante ainda maior).

Ele está constantemente envolvido em escândalos, principalmente devido a alegações de que sua organização havia auferido bilhões de dólares de donativos que seriam destinados à caridade. Houve também acusações oficiais de fraude e lavagem de dinheiro. No entanto, Macedo conseguiu manter seu rebanho de seguidores ao longo dos anos.

Um dos pais da “moderna” teologia da prosperidade, Macedo ainda passou 11 dias na prisão em 1992 devido a acusações de charlatanismo. Macedo negou todas as acusações contra ele no Brasil, mas ele ainda está sendo processado por autoridades norte-americanas, bem como autoridades venezuelanas.

Como um escritor evangélico, ele se destaca com mais de 10 milhões de livros vendidos, alguns dos quais são extremamente críticos da Igreja Católica de Roma e de um número de afro-religiões brasileiras (Umbanda, Candomblé, etc). Mas o seu maior movimento/empreendimento foi no final de 1980, quando adquiriu o controle da Rede de Televisão Record, atualmente a segunda maior emissora de TV aberta do Brasil.

Seus outros ativos incluem um jornal, a Folha Universal, que tem uma circulação de mais de 2,5 milhões no Brasil, um canal de notícias, Record News, as empresas de selo musical, grandes propriedades (alguns luxuosos) em imóveis e um jato executivo da Bombardier Global Express XRS de valor de US$ 45 milhões dólares. O porta-voz de Macedo disse que não iria comentar sobre assuntos pessoais.

Seguindo os passos de Macedo vem o pastor Valdemiro Santiago. Um ex-pastor da Igreja Universal do Reino de Deus, ele teria sido expulso da instituição depois de alguns desentendimentos com o seu patrão (Edir Macedo) , de quem ele era um protegido. Isso foi o suficiente para que ele fundasse a sua própria igreja, a Igreja Mundial do Poder de Deus, que já tem mais de 900 mil seguidores e conta com mais de 4.000 templos, muitos dos quais são adornados com imagens dele em grandes outdoors.

Ele tomou as manchetes dos jornais no ano passado depois de supostamente pagar US$ 45 milhões dólares em um jato particular idêntico ao de Edir Macedo. Várias revistas de negócios brasileiras estimam que o total de seu patrimônio líquido alcance US $ 220 milhões. Enviamos e-mails e ligamos para a igreja de Santiago solicitando respostas mas não fomos atendidos.

“O líder religioso Valdemiro Santiago, da Igreja Mundial do Poder de Deus, pode tornar-se proprietário de duas redes de TV no Brasil. A Folha apurou com pessoas ligadas à Mundial que Valdemiro está finalizando a compra da rede CNT de televisão, por cerca de R$ 500 milhões. Na semana passada, representantes do religioso estiveram no Rio negociando com dirigentes das Organizações Martinez, proprietária da CNT.

A rede (CNT) possui atualmente, entre emissoras próprias, retransmissoras e afiliadas, 48 praças que levam o seu sinal pelo país. Valdemiro também está negociando, desde o final do ano passado, a compra de Rede 21, do Grupo Bandeirantes. Locatária há quase cinco anos de 22 horas diárias no Canal 21, a Igreja Mundial está acertando um novo contrato com a Band, que envolveria o arrendamento do canal e, mais adiante, a compra com abatimento do valor já investido na emissora.

O negócio gira em torno de R$ 700 milhões. Com tamanho investimento, Valdemiro foi para a TV pedir aos fiéis uma “doação emergencial”. Ele quer que pelo menos 100 mil pessoas ajudem a Mundial com uma doação de R$ 200 cada (R$20 milhões). Procurados, os dirigentes da Band, da CNT e da Igreja Mundial não quiseram comentar o assunto”.

Então (a seguir) vem Silas Malafaia, o “líder” do braço brasileiro da Igreja Assembléia de Deus, a maior igreja pentecostal do Brasil. O mais loquaz entre os seus colegas pastores, Malafaia está constantemente envolvido em controvérsias relacionadas com a comunidade gay no Brasil, da qual ele se declara com orgulho de ser o maior inimigo.

Ele é o defensor de uma lei que poderia classificar o homossexualismo como uma doença no Brasil. Silas Malafaia também é uma figura proeminente no Twitter, onde é seguido por mais de 440 mil usuários. Em 2011, Malafaia, que tem bens no valor total de US $ 150 milhões (R$ 300 milhões), de acordo com vários revistas de negócio brasileiras, lançou uma campanha chamada “O Clube do Um Milhão de Almas“, que pretende levantar US$ 500 milhões (R$ 1 bilhão) para a sua igreja, a fim de criar uma rede de televisão global, que seria transmitida para 137 países.

Os interessados em contribuir com a campanha podem doar quantias a partir de US $ 500 (R$ 1.000), que poderiam ser pagas em prestações. Em troca, os doadores receberão um livro. Malafaia também é dono de uma das quatro maiores gravadoras de música no Brasil do segmento evangelho, de acordo com a Billboard Brasil, e da segunda maior empresa de publicação do evangelho do país, a Central Gospel, com vendas relatadas de US$ 25 milhões (R$ 50 milhões) por ano.

Possivelmente, o mais ativo em multimídia entre os pregadores brasileiros é o compositor, cantor e televangelista Romildo Ribeiro Soares, conhecido simplesmente como R.R. Soares. Como o fundador da Igreja Internacional da Graça de Deus, Soares é um dos rostos mais regulares na televisão brasileira. Outro ex-membro da Igreja Universal do Reino de Deus, ele é cunhado de Edir Macedo, o auto-intitulado “missionário” Soares é dito ser o mais humilde entre seus pares.

Seu jato particular, um King Air 350 – vale um “modesto” valor de US$ 5 milhões. O valor estimado do patrimônio líquido de Soares (retirado também de várias publicações de negócios brasileiros) seria de US$ 125 milhões (R$ 250 milhões de reais). O porta-voz de Soares não retornou as ligações ou os e-mails que nós enviamos.

Os fundadores da Igreja Renascer em Cristo, o auto intitulado “apóstolo” Estevam Hernandes Filho e sua esposa, a “Bispa” Sonia, supervisiona mais de 1.000 igrejas no Brasil e no exterior, incluindo várias na Flórida, nos EUA. Com um patrimônio líquido combinado estimado em US$ 65 milhões (R$ 130 milhões de reais) por várias revistas de negócios do Brasil, o casal fez as manchetes internacionais em 2007, quando eles foram presos e encarcerados em Miami, nos EUA, acusados de transportarem mais de US$ 56.000 dólares em dinheiro não declarado.

Parte do dinheiro estava escondido entre as páginas de sua Bíblia, de acordo com os agentes alfandegários norte-americanos que detiveram o casal no Aeroporto Internacional de Miami. Eles foram devolvidos ao Brasil um ano depois. Eles também estão ainda respondendo processos no Brasil por acusação de uma série de outros crimes, inclusive para o colapso e a queda do teto em um de seus templos, o que causou nove mortes dos seus fiéis.

A prisão e as sistemáticas alegações de desvio de fundos no Brasil tem reverberado e ecoado ruidosamente. Em dezembro de 2010, o astro do futebol brasileiro Kaká, que era amigo do casal Hernandes e um membro de sua igreja, abandonou a instituição, alegadamente por causa do mau uso do dinheiro pela sua liderança. Kaká tinha teria doado mais de US$ 1 milhão (R$ 2 milhões) para a igreja durante o tempo em que era um dos seus membros mais conhecidos. Um porta-voz do casal Hernandes não respondeu aos nossos e-mails e telefonemas.

Tornar-se um pregador evangélico no Brasil é o sonho de muitos jovens de todo o país. Ao contrário do que as mais tradicionais (e conservadoras) igrejas protestantes que exigem seus pastores de ter pelo menos um mestrado, as igrejas neo-pentecostais, como a Igreja Universal do Reino de Deus oferece cursos intensivos para “criar” os seus próprios pastores para tanto cobrando tão pouco quanto US$ 350 (R$ 700) por alguns dias de aulas.

Não é só sobre o dinheiro (Malafaia paga até US $ 11.000 (R$ 22 mil) por mês para os membros (pastores) mais “talentosos” da equipe de sua igreja, de acordo com a revista Veja SP), mas também sobre “TER PODER”.

Muitos pastores brasileiros receberam passaportes diplomáticos nos últimos anos. Alguns, especialmente aqueles que lideram grandes igrejas, são cortejados pelos políticos em época de eleição, para não mencionar que, como em muitos países ao redor do mundo, as igrejas são isentas de impostos no Brasil, fato que por vezes pode criar uma lacuna muito conveniente.

Como diz a Bíblia, a fé move montanhas. “E um monte de dinheiro, também”.

Fonte: Forbes

“Porquanto se levantará nação contra nação, e reino contra reino, e haverá fomes, e pestes, e terremotos, em vários lugares (...) Nesse tempo muitos serão escandalizados, e trair-se-ão uns aos outros, e uns aos outros se odiarão. (...) Igualmente hão de surgir muitos falsos profetas, e enganarão a muitos (...) pois onde estiver o cadáver, aí se ajuntarão os abutres.” [Mateus 24/7;10-11;28]

Isso prova que todos os crentes são ladrões tanto quanto nossos políticos provam que todos brasileiros são corruptos.
 
Não acho que vale a pena citar tudo o que considero prova de Deus, porque independente do que seja vocês vão querer colocar alguma explicação mesmo que ela não seja suficiente. Vocês não acreditam e mesmo que aconteça a coisa mais impossível iriam negar a existência. Vocês por si mesmos nunca irão acreditar, apenas se cientistas do outro lado do mundo conseguir provar (algo que nunca acontecerá).

O que você tem se chama medo e ignorância. É o típico crente com quem não vale a pena perder um segundo.
 
"Não que eu tenha medo de morrer, só não quero estar lá na hora que acontecer" [W.A.]

A origem de deus - o medo inventa a realidade!



Qual o seu maior medo?

Eu disse o maior medo, o maior de todos eles. Não estou falando de falar em público, e sim do que mais faria você sofrer neste momento. Pense antes de continuar...

Considerado o maior medo do ser humano, diretamente ou indiretamente, está a morte, ou o que a envolve. Analisando a evolução não somente de nossos ancestrais, mas de qualquer espécie, é evidente que além de se reproduzir, o objetivo da seleção natural é sobreviver. Em outras palavras, o medo da morte é natural e incondicional.

Teme-se morrer, e alguns temem ainda mais perder quem ama. Mas por que estou falando sobre isto?

Enquanto outras espécies lutam por sobrevivência de forma irracional, ou seja, sem raciocinar sobre o porquê de não querer morrer ou intencionalmente criar ferramentas que favoreçam sua sobrevivência, o ser humano é divergente. Nosso maior desempenho cognitivo nos trouxe vantagens que influíram diretamente em nosso domínio sobre as demais formas de vida. Por raciocinar, domamos toda espécie – e se não domamos, ao menos aprendemos a isolar os predadores. Criamos a ciência, filosofia, história, artes, etc. Nossa espécie busca raciocinar sobre tudo, e exatamente por isto acreditou que à tudo havia um significado, criando assim a religião.

Por raciocinar buscou através do que chamou fé um sentido egoísta à vida humana, já que caracterizou um sentido à própria espécie e descaracterizou o sentido da vida dos outros animais. Como por exemplo, a bíblia, que afirma que todo animal está aí para servir o homem (com exceção de algumas poucas religiões, como o budismo).

Jeová é um Deus que assemelha- se ao homem – não parece egoísta?

O ser humano é o centro do universo e da atenção de Deus. Ainda que Jeová tenha dito que todo animal está para servir o homem e feito de Seu livro sagrado a inspiração divina que protege todo homem que tenha fé, não parece estranho que homens de tanta fé morram tanto por tê-la?

Há pouco tempo vi uma notícia de um homem de fé que teria entrado na jaula de um leão e afirmado que não seria atacado. Morreu. Mas pode existir fé maior que esta?

Existe fé maior a convencer homens de se matarem explodindo pessoas com eles?

Seria o Papa desprovido de fé quando vai passear em um “papa móvel” blindado?

Mas, finalmente, qual é o lado ruim de raciocinar?

Enquanto como seres humanos podemos explicar o porquê de sentirmos medo, o porquê de amarmos, entre outros sentimentos, infelizmente não podemos compreender os sentimentos a ponto de parar de senti-los. Enquanto sei dizer por que tenho um apego tão grande ao meu filho, o porquê sinto uma atração tão forte pelo sexo oposto (alguns sentem pelo mesmo sexo), não é possível compreender a ponto de superar o sentimento e eliminá-lo.

Raciocinar tornou-nos seres humanos sedentos por significado. Buscamos sentido para tudo e quando o assunto é sentimento, ou seja, incompreensível ou compreensível, mas incontrolável. Busca-se o sentido além do que a ciência pode explicar. Busca-se Deus.

Sentimentos em excesso o criaram. Quando não se enxergou no escuro, criou-se Deus para acalmar a escuridão. Quando não se soube o que esperar do desconhecido, criou-se deus para provar o que se queria acreditar. Quando não se teve controle, criou-se deus para dar significado ao descontrolado. Quando se sentiu desamparado, abandonado ou depressivo, criou-se deus para fazer companhia, escutar e acolher. Todo os medos fundaram Deus. Deus é oriundo do medo!

Enquanto outras espécies somente vivem, buscando se alimentar e reproduzir até a chegada da morte, nós, PRIMATAS, por raciocinarmos, queremos explicá-la, mesmo que para ela não exista explicação.

Mas, e se depois da morte, tudo acabar? Então, para que vivemos? Qual o significado de nossas vidas?

A resposta para todas as perguntas para o desconhecido que se teme... é Deus!

O sentido que não faz sentido. O controle do sentimento incontrolável.

A razão que justifica a fé não tem nenhuma razão!

Fonte: PP








Isso prova que todos os crentes são ladrões tanto quanto nossos políticos provam que todos brasileiros são corruptos.


Apesar do apelo quase desesperado que se faz à honestidade como a única salvação possível à humanidade, mentimos o tempo todo, durante todas as nossas vidas. Negá-lo só contribuiria com mais um motivo para rirmos de nós próprios. Mesmo que nos custe admitir, o fingimento e a dissimulação são também pilares básicos da vida em sociedade, não apenas porque a mentira é útil, mas também porque é necessária dentro do esquema de fachadas sociais que somos obrigados a incorporar desde nosso nascimento. Por isso faz bem aquele que aprende a distinguir entre as necessidades reais e as necessidades sociais – isto é, a representação, numa linguagem cifrada e retorcida, que, em termos gerais, traduz as reais objetivamente, porém não com a ineficiência inocente de um tradutor automático, mas com a malícia de um advogado velhaco que precisa ganhar a vida. Tal consciência é importante porque diz respeito diretamente ao nosso bem-estar imediato, à nossa condição real, que está para nossa condição social como nossa felicidade íntima está para nossa cédula de identidade. Portanto, em relação à primeira, a mentira tem um efeito definitivamente pernicioso, e dificilmente alguém chega ao grau de insensatez de realmente descartar suas necessidades íntimas e reais em favor de meras convenções estabelecidas arbitrariamente. Isso é algo que não se aprende senão por si mesmo através da experiência e da reflexão. Os fatos reais e autênticos da vida, como cada qual realmente os sente e concebe, são uma espécie de tabu; não devem ser trazidos à luz publicamente; ficam ocultos em favor das aparências que, não obstante, todos sabem ser falsas – e, por isso, o embaraçoso assunto é evitado a todo custo. Por exemplo, quando algum sabichão afirmou que nosso salvador nasceu de uma virgem, não foi realmente isso que quis dizer; uma alegação desse tipo não é uma afronta ao bom senso e à ciência biológica, mas apenas uma forma educada de dizer: mudemos de assunto. É difícil apontar o culpado pela nossa necessidade tradicional de mentir; talvez os representantes dos idealismos cristãos que, ao alcançarem o poder, estabeleceram valores impossíveis como metas sejam, em parte, responsáveis pelo agravamento de tal fenômeno. Porque, com isso, a honestidade – isto é, tudo que concerne a nossa verdadeira humanidade – passou não apenas a ser uma segunda realidade menor, mas uma mentira, algo vergonhoso, indigno, que devemos esconder como se fosse um crime, e isso em favor de uma outra realidade que não apenas traduz mal nossas verdadeiras necessidades, mas de fato as calunia, as nega em favor de um mundo fictício – ou seja, valores que nos desumanizam. Por isso os deuses da mitologia grega, que refletem nossa natureza íntima, são tão preferíveis ao fantasma castrado forjado pelo cristianismo; por exemplo, pensemos em como conseguimos nos identificar intimamente com Dionísio, deus do vinho, Vênus, deusa do amor e da beleza, Marte, deus da guerra e da violência; isso acontece porque dizem respeito ao que efetivamente nos move enquanto seres vivos, ao que nos torna o que somos; foram concebidos para refletir e exaltar a natureza humana, não para falsificá-la. Pelo contrário, toda a metafísica cristã tem seu cerne na negação de si próprio e no culto de características doentias que buscam extirpar nossos instintos básicos e escarnecer nossa natureza; encontram sua expressão máxima no culto à castidade e à submissão, na resignação ante o mundo, no elogio do sofrimento – tanto que seu símbolo é um chandala ensangüentado e pregado a uma cruz. Diante dessa perspectiva, poderíamos supor que todo médico deveria ter o cuidado de precaver seus pacientes contra a prática insalubre de ser cristão; mas isso sequer chega a ser necessário, porque poucos são suficientemente tolos para realmente viver seus princípios, não apenas porque seriam miseravelmente infelizes, e é provável que acabassem internados num manicômio – ou num convento –, mas principalmente porque não conseguem os sentir sinceramente como algo íntimo e pessoal. Por isso permanece, como sempre foi, uma religião de fachada, algo que não deve ser praticado, mas apenas encenado; ser cristão, portanto, é apenas uma questão de discrição; em outros termos: se queres paz, te prepara para a farsa. Não obstante, seria errôneo culpar a religião pela nossa necessidade de mentir; pois é provável que não passe de um artifício inventado para tornar a mentira, se não desejável, ao menos digna de respeito. Como vemos no exemplo acima, depois de conviver algum tempo com tal sistema, apreendemos suas regras de modo indireto; intuitivamente, delineamos as fronteiras entre ambas as coisas – entre o real e o convencional. Uma explicação plausível para a existência dessa cisão tão radical entre o que somos e o que aparentamos ser aos demais pode ser encontrada em nossa própria natureza; no fato de que não é apenas inconveniente ser honesto sem reservas, mas que o ideal dessa honestidade não pode ser alcançado, pois é impossível fazer com que os demais apreendam nosso íntimo, e vice versa. Aquilo que em nós corre tão livremente não pode ser representado senão por símbolos convencionados que esvaziam quase completamente aquilo que está sendo comunicado; ou seja, mesmo com a mais franca honestidade a respeito de algo que sentimos, nas mentes dos demais, nossa explicação está para uma fotografia como o sentimento em si está para a paisagem original que, entretanto, não pode ser visitada. Como estamos inescapavelmente presos à sina de ter de viver em nossa própria pele e somos completamente incapazes de apreender o íntimo de outro ser humano da mesma maneira que sentimos a nós próprios enquanto seres subjetivos, eis que temos a primeira divisão da realidade: o eu como ente subjetivo e os demais como entes objetivos. É certo que somos capazes de alguma alteridade, isto é, de nos colocarmos, in abstracto, na situação de outro indivíduo enquanto ser subjetivo como nós próprios, mas isso, além de exigir algum esforço intelectual, dificilmente é empregado senão em nosso próprio benefício, já que é muito raro realmente nos preocuparmos com questões alheias para além do que parece desejável em termos de cortesia. Desse modo, numa interação interpessoal, desenha-se mais ou menos a seguinte situação. Temos dois indivíduos; ambos são seres subjetivos bastante conscientes de suas verdadeiras opiniões e motivos íntimos quanto a tudo que os interessa; na sua relação, todavia, só são capazes de alcançar a camada mais superficial um do outro, isto é, aquilo que se apresenta objetivamente ante seus olhos. Sendo que todo ser humano é única e exclusivamente egoísta, cada qual buscará sua própria satisfação através de jogos que exploram esse abismo do incomunicável, sem nunca deixar transparecer claramente suas intenções de modo escancarado; e isso também porque nosso íntimo é constituído de elementos tão mesquinhos e vis que dificilmente outro indivíduo conseguiria disfarçar a repulsa caso nos mostrássemos tais e quais – tanto quanto isso é possível. Não obstante, todos têm consciência desse caráter teatral da sociedade, e de bom grado se limitam a jogar com as aparências exteriores como uma espécie de linguagem maquiada e vaga que nos poupa de manipular diretamente as vísceras de nossa natureza. Talvez isso sirva para que sejamos capazes de suportar a vida em sociedade sem azedar o estômago a cada conversa. Vejamos um caso hipotético que ilustra tal fenômeno educadamente. – Um indivíduo acorda ao som do despertador vagabundo e infernal que ganhou de um amigo, mesmo que na época tenha dito que adorou o presente com um sorriso que ambos perceberam ser falso e, por polidez, mantiveram silêncio. Vai até o banheiro, escova os dentes, não porque se sente maravilhado pela sensação refrescante do creme dental, mas porque sabe ter hálito terrível, e isso muitas vezes já lhe causou constrangimentos. Faz a barba, penteia o cabelo, passa o gel, o desodorante etc.; defeca anonimamente enquanto lê os acontecimentos interessantes no jornal para que tenha algum assunto sobre o qual conversar caso encontre algum conhecido com quem não tenha nada em comum. Veste seu uniforme de trabalho e caminha até o ponto de ônibus. Enquanto espera, um velho colega passa de carro e lhe oferece carona até o trabalho; mas recusa e diz que infelizmente já combinou tomar o ônibus com um amigo, sendo que na verdade apenas não suporta a companhia desse indivíduo, e disse a primeira coisa que lhe veio à cabeça para evitar meia hora de conversas incrivelmente enfadonhas e vulgares sobre suas dificuldades pessoais e sobre o quanto está sofrendo por ter sido abandonado por sua esposa. Sendo que já havia inventado dezenas de desculpas esfarrapadas com o mesmo propósito, o conhecido diz “tudo bem, parceiro, fica para a próxima”, e continua dirigindo enquanto pensa “esse imbecil é orgulhoso demais para aceitar sequer uma carona”; “até mais, e obrigado mais uma vez”, responde, enquanto olha aos lados fingindo procurar o suposto amigo que tomaria com ele o ônibus, até que o carro saísse de sua vista. Suspira aliviado por ter driblado o inconveniente de alugar seu ouvido com asneiras que não lhe importavam, e logo vê chegar o ônibus que esperava; levanta-se, sobe os degraus, se acomoda numa cadeira e desaparece rumando a mais um dia previsível em que terá de suportar em silêncio os desmandos de seu patrão. O desconhecido que sentava ao seu lado enquanto tal fato ocorria aparentava desatenção, mas, para aliviar o tédio, acompanhou tudo que sucedeu e, vendo que não chegou amigo algum para acompanhá-lo, pensou consigo: “tempo perdido; se ao menos houvessem discutido teria sido mais interessante”. Esse tipo de acontecimento banal e corriqueiro é algo que sequer consideraríamos hipócrita; como não causa prejuízo algum, não vemos isso como uma mentira, mas somente como um modo de nos esquivarmos de inconvenientes pela lei do mínimo esforço. O fato é que, se fôssemos obrigados a dizer a verdade ante cada situação incômoda, provavelmente viveríamos numa guerra perpétua motivada por banalidades que, talvez, para nós, sejam coisas realmente insignificantes, mas que, para os demais, podem representar uma profunda ofensa à vaidade pessoal – algo que certamente tratarão de vingar. Arriscar nossa integridade física por amor à verdade de que o penteado do indivíduo com o qual conversamos é ridículo não é algo socialmente inteligente; então, para todos os efeitos, nunca vimos um corte tão moderno. Como se vê, mentimos ou revelamos a verdade parcial ou integralmente na medida de nossos interesses pessoais. Por tal razão, convém não levarmos muito a sério aquilo que os demais pensam a nosso respeito, visto que nunca se sabe quanto há de verdade naquilo que é dito; e, mesmo que fosse realmente sincero aquilo que se diz, ninguém tem acesso direto ao objeto ao qual se refere a observação, exceto nós próprios, caso já nos tenhamos iniciado no conhece-te a ti mesmo. Quantas vezes a confissão mais íntima e sincera nos choca completamente não pela sua verdade, mas por quão completamente erra o alvo. Isso evidencia como é difícil chegar a ter uma noção razoavelmente clara do que há no interior de cada um, especialmente se não formos a pessoa em questão. Em contrapartida, não há método mais confiável para arrancar a verdade de alguém que enfurecê-lo até que se descontrole e use tudo aquilo que pensa como arma. E isso é realmente algo interessante do ponto de vista estratégico, desde que já tenhamos nos habituado a uma absoluta honestidade para com nós próprios, de modo que uma verdade dita a nosso respeito, mesmo incômoda, não possa nos enfurecer igualmente e fazer com que percamos a vantagem. Pois, se algo é verdadeiro, não há por que levantar protestos contra a verdade; e, se algo é falso, não há por que nos incomodarmos com algo que não se aplica a nós. Nisso vemos um exemplo da importância de discernir entre a verdade de fato e as meras aparências. Constatando quanto há de oco, enganoso e baixo em todas as relações entre os indivíduos, percebemos como é prejudicial ao nosso bem-estar alimentar uma noção equivocada da natureza humana e das relações entre os homens. É comum imaginarmos que nós próprios estamos, por assim dizer, do lado de fora do teatro, especialmente quanto se trata de nossas relações mais íntimas. Mas esse é um tipo de ilusão ingênua que melhor fazemos em extirpar nós próprios, com o cuidado de nos ferirmos o mínimo possível; do contrário, será eventualmente desmentida por um infortúnio que nos devasta completamente sem a menor piedade. Sem dúvida, cultivar noções ideais sobre a integridade e honradez dos indivíduos é um dos melhores modos de nos decepcionarmos; o máximo que, com sorte, podemos esperar encontrar é um equilíbrio justo na exploração um do outro, ou seja, um relacionamento saudável. Assim, não devemos supor que encontraríamos no íntimo dos indivíduos o mesmo que exibem em seu comportamento exterior. Com isso nos acostumaríamos a tomar por verdadeiras fachadas teatrais, adotando como desejáveis noções completamente convencionais que, com razão, fariam com que nos sentíssemos diferentes, deslocados e solitários. Ao julgar a questão, ao tentar discernir entre o autêntico e o afetado, é mais prudente tomarmos a grande diferença entre o que somos e o que exibimos aos demais como referência, pois é provável que façam o mesmo e com a mesma malícia, ainda que essa idéia nos repugne por lançar por terra todas as nossas idéias poéticas e delicadas sobre a amizade sincera – isto é, onde todos são idiotas e apenas nós temos o direito de pensar uma coisa e dizer outra. [André Cancian]

"A condição dos homens seria lastimável se tivessem de ser domados pelo medo do castigo ou pela esperança de uma recompensa depois da morte." [Albert Einstein]
 
Última edição:
O post acima é ataque gratuito e perda de tempo, fica a dica.

Generalização reinando aqui
 
Não acho que vale a pena citar tudo o que considero prova de Deus, porque independente do que seja vocês vão querer colocar alguma explicação mesmo que ela não seja suficiente. Vocês não acreditam e mesmo que aconteça a coisa mais impossível iriam negar a existência. Vocês por si mesmos nunca irão acreditar, apenas se cientistas do outro lado do mundo conseguir provar (algo que nunca acontecerá).
Aí é que está a questão: como você considera algo como "prova de Deus" se não há uma explicação convincente? Mais, como diferenciar o que seria uma "prova legítima" de uma "prova enganada/enganosa"? Por exemplo, você tem as suas evidências particulares para crer na sua versão de deus, mas o mórmons tem Joseph Smith recebendo diretamente as atualizações da Bíblia, tal como Moisés recebeu as tábuas da lei. Porque Joseph Smith estaria mentindo e Moisés estaria dizendo a verdade? Alan Kardec entra no mesmo grupo, assim como Maomé. Isso sem falar em todos os outros cultos e personagens, como Inri Cristo.

Ou seja, só aí temos 4 provas iguais da existência de deuses diferentes (por muitos motivos podemos considerá-los como sendo o mesmo deus, mas fala para um católico sobre reencarnações da alma ou para um mórmon sobre as 70 virgens esperando por eles do outro lado e fica fácil notar que nenhum deles vê o seu deus como o deus do outro).

E aí? Como ter qualquer indício de qual dos 4 é "mais verdadeiro" ou "mais correto"? Como saber se QUALQUER UM deles é verdadeiro? Perceba, sem explicação, um pessoa está somente escolhendo o que é o mais conveniente. O fato de você escolher uma vertente e ignorar as outras (que, como você mesmo tem afirmado, não possuem nenhuma boa explicação) mostra que é simplesmente uma questão de gosto e opinião pessoal, não tem nada a ver com lógica, racionalidade ou realidade. E isso não tem problema nenhum - eu, por exemplo, dificilmente entro em qualquer tipo de conversa sobre religião para alguém que fala que simplesmente acredita porque quer acreditar, pois isso é algo pessoal e em nenhum momento denota qualquer tipo de relevância com a realidade.

Agora, evidências, provas, argumentos... essas são coisas que podem ser verificadas e analisadas para se chegar a uma conclusão. Porque, a partir de qualquer uma delas, há apenas 3 conclusões possíveis:

- Ela está correta;
- Ela está errada;
- Não temos como saber se ela está correta ou errada.

E isso não se resume a religião: temos congressos na escola de Medicina na Unicamp falando de "homeostase quântica" e "medicina antroposófica"; grupos de mães se recusando a vacinar suas filhas contra HPV por medo que a vacina "cause" a doença, ou pior, autismo; Marisa Lobo falando em "Psicologia cristã" com registro no CFP; cura gay; e, a última do momento, Bela Gil falando que curcuma é melhor que pasta de dente.

Tudo isso porque as pessoas querem mascarar opiniões como fatos ou querem que opiniões sejam blindadas a qualquer tipo de crítica. E isso traz problemas, sim: uma doença que estava desaparecida há 12 anos acabou de matar sua primeira vítima por conta desses anti-vaxxers - e, quem conhece o mínimo sobre vacinação sabe que TODA a população corre risco de contaminação se algumas pessoas se recusarem a ser vacinadas, ou seja, não é "problema delas".

Sobre a questão do respeito: Comer hamburguer se fosse sagrado pra alguem, tudo bem. Desde que eu não coloque no facebook tornando publico.
A questão é as pessoas enchem a internet com imagens zuando Jesus (Não sou católico). Se querem zuar, que seja no grupinho de amigos.
Ou seja, respeito só precisa existir enquanto os """""desrespeitados""""" não soubrerem que estão sendo desrespeitados? Interessante, seu ponto-de-vista. Ele se aplica a outras coisas também: um deputado pode roubar, desde que a população não saiba que está sendo roubada? Uma pessoa pode ser sexista desde que o sexo oposto não saiba que está sendo discriminada?

E onde pararia este "respeito"? Trigger warnings existem por qualquer motivo - até por conta de fotos de batata! - você acha que deveríamos respeitar somente o que VOCÊ considera importante, ou banir somente o que VOCÊ acha ofensivo, ou ainda, talvez devêssemos banir todas as imagens da internet para garantir que ninguém se ofenda com nada. Eu não sou contra a ofensa gratuita, mas acho muito tendencioso esse papo de "isto me ofende direta ou indiretamente, então ninguém pode fazer isso". Eu acho que é uma questão muito mais densa do que as pessoas querem tratar.

Edit: Hoje em dia é muito mainstream ser ateu. kkkkkkk
Como eu tenho dito, sem uma boa explicação, a gente pode acreditar em qualquer coisa, até que menos de 10% da população do Brasil indica "mainstream"...
 
"Tudo é racional!" [Dr. House]


O posta acima é analfabetismo funcional e deficiência intelectual (ou é falácia ou tentativa de desqualificação do interlocutor?), fica(m) a(s) dica(s). ;)

Burrice reinando aqui! :facepalm:


Aí é que está a questão: como você considera algo como "prova de Deus" se não há uma explicação convincente? (...)

Como eu tenho dito, sem uma boa explicação, a gente pode acreditar em qualquer coisa, até que menos de 10% da população do Brasil indica "mainstream"...

Admirável essa sua paciência! :notbad:

Há um tempo atrás, buscava argumentar e entender essas "explicações convincentes". Hoje, cheguei a conclusão que é perda de tempo. Tive que me adaptar ao "senso comum"; "... ser capaz de inventar novas soluções para novos problemas, criar coisas novas a partir das coisas velhas.http://filosofiaucdb2014.blogspot.com.br/2014/04/ciencia-e-senso-comum-segundo-rubens.html"


HyperSpeed; disse:
O que você tem se chama medo e ignorância. É o típico crente com quem não vale a pena perder um segundo.

Cada um é livre para escolher suas crenças - mesmo que sejam falsas. Temos que ter paciência e respeitar quem escolheu o medo e a ignorância.

Liberdade religiosa ou condescendência com a burrice?, por Paulo Ghiraldelli Jr.

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Conta a história das ideias que ao longo dos debates do século XVIII na França, a respeito do mundo que poderia emergir a partir do movimento do Enciclopedismo, os filósofos franceses Diderot e Voltaire conversavam sobre o futuro da religião, investigando se esta poderia ou não ser abolida. Diderot defendia uma postura radicalmente materialista. Para ele, era possível uma moral completamente laica e, portanto, não se fazia necessária a manutenção da religião. Voltaire concordava com ele, contanto que tal moral laica ficasse apenas para os intelectuais. Para as massas populares nada escolarizadas ou pouco escolarizadas, Voltaire aconselhava que os códigos ético-morais fossem ainda os religiosos. Voltaire não acreditava que as leis morais pudessem ser cumpridas pela população se elas fossem ensinadas como não vindo de entidades divinas.

Esse debate não é mais o nosso, mas vivemos, ainda, sob a esteira de seus dividendos. Uma boa parte dos intelectuais liberais mais sofisticados não possui nenhuma prática religiosa. Eles conduzem suas vidas segundo uma moral laica, em geral pragmática. São pessoas que, como eu próprio, não precisam se colocar nem como ateus e nem como crentes religiosos. São aqueles que notaram que a frase “Deus está morto”, de Nietzsche, era uma consequência natural da estocada positivista contra a busca do absoluto, ou seja, contra o que havia restado de movimento metafísico após o ataque de David Hume. Mas uma boa parte da nossa sociedade se move eticamente a partir de preceitos religiosos. Entre estes, havia até pouco tempo dois tipos de pessoas: aqueles que absorviam a ética cristã, principalmente a criada a partir da Igreja de Paulo, independentemente dela ser ou não religiosa, ou seja, sagrada; e aqueles que a absorviam a partir do que entendiam como sendo o seu caráter sagrado. Mas, agora, há uma nova forma de entrelaçamento entre ética e religião, aquela nascida do crescimento das igrejas evangélicas entre nós e, como reação a isto, o aparecimento de correntes altamente conservadoras na Igreja Católica. Um novo tipo de brasileiro tem emergido entre nós, a partir dessa situação que passou a vingar principalmente no final dos anos oitenta.

Esse terceiro grupo de pessoas não possui nenhuma ética organizada. Eles não sabem o que é o certo e o que é errado a partir de uma relação entre suas faculdades racionais e determinados códigos éticos, laicos ou religiosos. Eles se movem por regras simples de uma pseudo-ética. E então são presas fáceis de outra pseudo-ética, a das igrejas. Essa falsa ética ou pseudo-ética, no Brasil, lhes é dada por pequenos preceitos supérfluos, criados no interior do movimento de proliferação de igrejas dos anos noventa e de agora. É onde essas pessoas um tanto perdidas encontram uma certa “comunidade” que as acolhe e lhes dá uma mínima “visão de mundo”, que lhe dá algo que parece um sentido para suas vidas mentais até então simplórias ou apenas desorganizadas.

Uma ética e uma moral se consubstanciam, no limite, em conjuntos de apontamentos sobre o que é interessante fazer e o que é inútil ou nocivo de levar adiante. Ou seja, trata-se do ethos de um povo transformado em código de conduta explícito, fácil de ser absorvido pelas crianças, relembrado pelos adultos e ensinado aos estrangeiros. Todavia, isso não pode ser aplicado pelas igrejas, uma vez que isso afastaria a população dos templos — antes somente os dos evangélicos, agora também os dos católicos. Na competição para arrecadar almas pagantes ou almas que pela presença conferem poder ao pastor (que ele pode reverter em poder político e financeiro), as igrejas perceberam que precisam criar um sistema facilitador em relação às proibições. Eis um exemplo: não se pode condenar um fiel que vende um terreno para outro fiel pelo dobro do preço que vale, pois esta é a regra geral pela qual todos vivem ali na “comunidade”, então, pode-se substituir essa proibição por uma como “não dizer palavrões”. Outro exemplo: não se pode condenar um fiel por ele não ter nenhuma piedade com um mendigo na frente da igreja, pois na comunidade ninguém pode parar a vida para cuidar dos que estão na rua (repare como os “crentes” têm ficado endurecidos de coração, como os católicos já foram acusados disso), então pode-se substituir tal condenação por uma aleatória, a de ter faltado no culto do dia X ou Y. As regras de uma conduta ético moral ligada à religião, no caso, a cristã, são substituídas por regras de cada igreja, segundo um sistema de proibições rígido, porém irracional e baseado apenas na necessidade de que se tenha, ainda, algo que é dito que “não pode”. Sobra da religião não o “pode isto e não pode aquilo”, da doutrina que, por sua vez, estaria fundada numa filosofia e numa teologia, e sim o “não pode aquilo”, mas “aquilo” é apenas algo sem sentido.

É claro que tudo isso é ajudado por outros mecanismos, principalmente o atrativo do “milagre”, da “cura imediata” ou da “salvação” que, enfim, não é a salvação contra o Mal, e sim a salvação financeira ou o desemprego ou a falta de sorte etc. Ou seja, o Mal se traduz em males da cada um, em um sentido moral bem empobrecido. O pastor promete dar ao fiel não um Deus ou um Jesus ou coisa parecida, nos cânones do cristianismo que conhecíamos antes dos anos noventa. Ele promete dar um Mágico, alguém do Além que pode ser chamado, a qualquer momento, para resolver problemas cotidianos. O azar na vida é coisa mostrada como produto de uma entidade denominada “Demônio”. A sorte pode ser restabelecida pela fé, uma fé esvaziada de religiosidade, ou seja, algo que se faz sentir a partir do pronunciamento de palavras do tipo “Sangue de Jesus tem poder”, exatamente como Mandrake poderia dizer “Abracadabra”. Isso quando não é o caso do pastor, na própria igreja transformada em picadeiro de circo, fazer uns movimentos físicos para dominar o Tinhoso! Esse tipo de prática, semelhante a um resto de neopaganismo de tipo bárbaro, agora atinge não só evangélicos, mas católicos e espíritas que começam a se sentir atraídos para o mundo da completa incapacidade de se adaptar a uma mentalidade científica. Mas se engana aquele que acredita que isso agarra somente os desescolarizados no Brasil de hoje. Há muitas pessoas nas universidades “pensando” dessa maneira.

Volto a Diderot e Voltaire. Este, quando dizia que a religião deveria ser mantida mesmo num mundo reconstruído pelo Iluminismo, imaginava que a religião cristã poderia se limitar aos cânones de sofisticação teológica que havia alcançado. Isso implicava, então, a manutenção da completa transcendência de Deus. Desse modo, Deus ou Jesus ou qualquer coisa parecida com entidades divinas, estaria em contato com os homens por meio de rituais privados, ouvindo os homens. Caso houvesse qualquer intervenção divina no mundo dos homens, tal intervenção seria “filtrada” pela alma humana que, então, ao lembrar-se dos exemplos das entidades divinas (por exemplo, a vida de Jesus ou dos santos etc.), inspiraria atos mentais, de caráter intelectual e moral. Mas não foi assim que as coisas evoluíram em nossos tempos recentes. No movimento de proliferação de igrejas dos anos noventa, e que continua agora mais forte que nunca, ninguém é “tocado” pela inspiração dessa maneira. Todos são tocados de modo mágico. Entidades tais como Deus, Jesus ou o Demônio, atacam diretamente a Terra, interferindo nas relações causais, ou seja, quebrando a ordem natural (mandando a Física, a Biologia etc às favas). O que antes se chamava de milagre — em relação ao qual a Igreja Católica criava todo um processo enorme de investigação para conceder fé — agora se tornou possível para qualquer corretor de imóveis sem registro ou vendedor de carnê do Baú, que pode colocar um terno surrado e virar pastor ao carregar embaixo do braço um negócio que ele chama de Bíblia. E os “abracadabras” correm o país. Não há nada menos religioso que isso. Mas é isto que domina a juventude brasileira e, pasmem, já domina também boa parte de nosso professorado na escola básica.

Nós não vamos tornar o Brasil um bom lugar de viver deixando nossas crianças nas mãos desse tipo de gente, com essa mentalidade. Estamos dando diplomas de professores, na universidade pública, para pessoas que não pensam de maneira racional. Elas são cativas dessas igrejas. Logo teremos uma mentalidade mística em cargos importantes da República. Gente incapaz de entender como funciona mecanismos de inflação ou como que é possível evitar a dengue. Será difícil fazer do país uma grande nação com esse tipo de mão de obra, completamente imbecilizada. Estamos confundindo liberdade religiosa com condescendência à burrice. Temo que paguemos todos, de modo drástico, por esse nosso descuido. Esse descuido de nossas universidades para com a evolução da barbárie embaixo de nossos narizes.

Fonte: Ateus

"Bons argumentos não funcionam com religiosos, se funcionassem não existiriam religiosos." (...) "Você pode ter a fé quer quiser em espíritos, em vida após a morte, no paraíso e no inferno, mas se tratando desse mundo, não seja idiota." (...) "Tudo é racional!" [Dr. House]
 
Aí é que está a questão: como você considera algo como "prova de Deus" se não há uma explicação convincente? Mais, como diferenciar o que seria uma "prova legítima" de uma "prova enganada/enganosa"? Por exemplo, você tem as suas evidências particulares para crer na sua versão de deus, mas o mórmons tem Joseph Smith recebendo diretamente as atualizações da Bíblia, tal como Moisés recebeu as tábuas da lei. Porque Joseph Smith estaria mentindo e Moisés estaria dizendo a verdade? Alan Kardec entra no mesmo grupo, assim como Maomé. Isso sem falar em todos os outros cultos e personagens, como Inri Cristo.

Ou seja, só aí temos 4 provas iguais da existência de deuses diferentes (por muitos motivos podemos considerá-los como sendo o mesmo deus, mas fala para um católico sobre reencarnações da alma ou para um mórmon sobre as 70 virgens esperando por eles do outro lado e fica fácil notar que nenhum deles vê o seu deus como o deus do outro).

E aí? Como ter qualquer indício de qual dos 4 é "mais verdadeiro" ou "mais correto"? Como saber se QUALQUER UM deles é verdadeiro? Perceba, sem explicação, um pessoa está somente escolhendo o que é o mais conveniente. O fato de você escolher uma vertente e ignorar as outras (que, como você mesmo tem afirmado, não possuem nenhuma boa explicação) mostra que é simplesmente uma questão de gosto e opinião pessoal, não tem nada a ver com lógica, racionalidade ou realidade. E isso não tem problema nenhum - eu, por exemplo, dificilmente entro em qualquer tipo de conversa sobre religião para alguém que fala que simplesmente acredita porque quer acreditar, pois isso é algo pessoal e em nenhum momento denota qualquer tipo de relevância com a realidade.

Agora, evidências, provas, argumentos... essas são coisas que podem ser verificadas e analisadas para se chegar a uma conclusão. Porque, a partir de qualquer uma delas, há apenas 3 conclusões possíveis:

- Ela está correta;
- Ela está errada;
- Não temos como saber se ela está correta ou errada.

E isso não se resume a religião: temos congressos na escola de Medicina na Unicamp falando de "homeostase quântica" e "medicina antroposófica"; grupos de mães se recusando a vacinar suas filhas contra HPV por medo que a vacina "cause" a doença, ou pior, autismo; Marisa Lobo falando em "Psicologia cristã" com registro no CFP; cura gay; e, a última do momento, Bela Gil falando que curcuma é melhor que pasta de dente.

Tudo isso porque as pessoas querem mascarar opiniões como fatos ou querem que opiniões sejam blindadas a qualquer tipo de crítica. E isso traz problemas, sim: uma doença que estava desaparecida há 12 anos acabou de matar sua primeira vítima por conta desses anti-vaxxers - e, quem conhece o mínimo sobre vacinação sabe que TODA a população corre risco de contaminação se algumas pessoas se recusarem a ser vacinadas, ou seja, não é "problema delas".


Ou seja, respeito só precisa existir enquanto os """""desrespeitados""""" não soubrerem que estão sendo desrespeitados? Interessante, seu ponto-de-vista. Ele se aplica a outras coisas também: um deputado pode roubar, desde que a população não saiba que está sendo roubada? Uma pessoa pode ser sexista desde que o sexo oposto não saiba que está sendo discriminada?

E onde pararia este "respeito"? Trigger warnings existem por qualquer motivo - até por conta de fotos de batata! - você acha que deveríamos respeitar somente o que VOCÊ considera importante, ou banir somente o que VOCÊ acha ofensivo, ou ainda, talvez devêssemos banir todas as imagens da internet para garantir que ninguém se ofenda com nada. Eu não sou contra a ofensa gratuita, mas acho muito tendencioso esse papo de "isto me ofende direta ou indiretamente, então ninguém pode fazer isso". Eu acho que é uma questão muito mais densa do que as pessoas querem tratar.


Como eu tenho dito, sem uma boa explicação, a gente pode acreditar em qualquer coisa, até que menos de 10% da população do Brasil indica "mainstream"...

Não vou responder nada para não estender uma discussão que não vai mudar a opinião de ninguém nem produzir nada bom.

Você é a única nesse tópico que aparentemente não é um ateu mais fervoroso que os crentes (que mancha) e que deu mais base para os argumentos.

Eu já pensei, pesquisei e refleti muito sobre Deus e hoje acredito totalmente nele, mas será que algum dia esse povo fervoroso aqui já viu o outro lado? Vocês estão tipo: "Você é burro, eu tenho absoluta certeza do que falo".
 
Quase todo religioso acha que sua religião é a certa e que as outras estão erradas. Alguns ateus tem certeza da não existência de um deus, outros preferem não afirmar esse tipo de coisa, pois não é algo testável.

Desculpe por estar mal escrito, pelo celular é chato escrever
 
Não vou responder nada para não estender uma discussão que não vai mudar a opinião de ninguém nem produzir nada bom.
Mudar a opinião de alguém? Provavelmente, não. Produzir nada bom? Estamos falando de raciocínios, pensamentos, conflitos de ideias, pesquisas, ponderações e, ainda que sem muita rigidez, redação. Se você acha que nada disso seria bom simplesmente porque você já está partindo do ponto que você discordará ou ignorará qualquer coisa que está escrita aqui, eu não vou te condenar - pelo contrário, acho bastante coerente com o seu ponto de "se quer zuar, zoe (zue?) apenas dentro do seu grupinho" - mas eu acho que este tópico é contém um material superior a qualquer cursinho de catecismo e até de algumas aulas de Biologia, História e Redação que eu já vi por aí...

Você é a única nesse tópico que aparentemente não é um ateu mais fervoroso que os crentes (que mancha) e que deu mais base para os argumentos.
Eu agradeço as gentis palavras e gostaria de falar que você tem sido um ótimo interlocutor também, por isso minha insistência em manter o assunto. :vinho:

Eu já pensei, pesquisei e refleti muito sobre Deus e hoje acredito totalmente nele, mas será que algum dia esse povo fervoroso aqui já viu o outro lado? Vocês estão tipo: "Você é burro, eu tenho absoluta certeza do que falo".
Eu só posso falar por mim, apesar de ter a impressão de que há, sim, várias pessoas ponderadas por aqui... o que acontece particularmente no "lado dos ateus", segundo minha percepção, é um desgaste que acaba gerando essa paciência curta: todo mês aparece alguém para tentar negar a Teoria da Evolução, usando os mesmos argumentos (furados) que foi usado no mês passado, ou alguém acabou de descobrir o Argumento Cosmológico de Kalam e acha que vai causar alguma comoção aqui no tópico, ou ainda, alguém resolve postar uma matéria da Superinteressante falando que cientistas provaram a existência de Deus com um argumento filosófico...

Eu até entendo o lado dos ateus - ficar refutando o mesmo argumento todo mês é um pouco frustrante - mas eu também compreendo que talvez aquela pessoa teve uma Ensino Médio fraco, ouviu falar em Kalam pela primeira vez há apenas dois dias ou que não entende porque é irrelevante um argumento filosófico apresentado por um cientista. Além disso, tem sempre gente chegando aqui e acho impossível voltar muito no tópico para ver o que já foi discutido ou o que é realmente novidade. Eu fico por aqui mais por uma questão terapêutica, então não me importo muito em responder tudo de novo...:haha:
 
Cada vez q eu entro nesse tópico tenho mais nojo desse Lightman.

Sobre a discussão. Sim, não tem como a ciencia nem ninguem provar que Deus não existe (por enquanto), e da mesma maneira, não tem como a ciencia, nem ninguem, nem nunca houve uma simples prova contundente, vísivel e mensurável de que Deus existe. O que me intriga é que, alguém que diz que Deus não existe de jeito nenhum (ateu forte) está equivocado e exagerado da mesma forma que quem diz Deus existe ou - "hoje acredito totalmente nele" - tbm está falando uma besteira absurda, sem nenhuma evidencia razoavel para sustentar essa afirmação.

Tentando resumir, da mesma forma que não se pode desprovar Deus, não se pode provar. Então o cara que diz que Deus existe é tão retarda quanto o que diz que é impossível Deus existir.
 
Cada vez q eu entro nesse tópico tenho mais nojo desse Lightman.

Sobre a discussão. Sim, não tem como a ciencia nem ninguem provar que Deus não existe (por enquanto), e da mesma maneira, não tem como a ciencia, nem ninguem, nem nunca houve uma simples prova contundente, vísivel e mensurável de que Deus existe. O que me intriga é que, alguém que diz que Deus não existe de jeito nenhum (ateu forte) está equivocado e exagerado da mesma forma que quem diz Deus existe ou - "hoje acredito totalmente nele" - tbm está falando uma besteira absurda, sem nenhuma evidencia razoavel para sustentar essa afirmação.

Tentando resumir, da mesma forma que não se pode desprovar Deus, não se pode provar. Então o cara que diz que Deus existe é tão retarda quanto o que diz que é impossível Deus existir.

Desculpe amigo, mas veja bem aplique sua linda lógica em Unicórnios e Dragões.....

Tua lógica falha no momento que diz que não há como desprovar Deus, veja bem, é OBVIO que não há como desprovar DEUS, pois ele NUNCA foi "Provado". Ele não existe, pois não há PROVAS!
Não há NENHUMA PROVA no planeta TERRA que mostre a existência de um DEUS.

O mesmo vale para Unicórnios, Dragões, Papai Noel, Coelho da pascoa e etc....

Isso só vai mudar no momento que for apresentado uma prova.
 

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