Terminei pouca coisa esse ano até agora:
Rejoguei pelas DLCs que não tinha jogado até hoje. Os novos personagens são muito bons, Shieldbreaker beira a apelação. Modo endless tem boas recompensas mas é um saco por praticamente obrigar o uso de certas classes como o Jester pra aliviar o stress constante, e o distrito mais útil que vem nessa dlc requer um grind absurdo. Crimson Court eu gostei bastante, adiciona uma historia bacana e a mistura de vampirismo com mosquitos é algo diferente. A maldição é tranquila de controlar e as missões de matar os chefes não são frustrantes pois apesar do mapa ser enorme dá pra abortar a qualquer momento sem perder o progresso ou sofrer penalidades. No geral são boas adições.
Outro que rejoguei após muitos anos. Um dos melhores RE pra mim, também gosto do estilo clássico, principalmente o 1, mas RE4 é sensacional, é uma mistura excelente de ação, suspense e humor. As piadas do Leon e os diálogos são um sarro, muita gente critica isso e a história mas eu curto, história e escrita dos RE sempre foram descartáveis, o 4 abraçou de vez a tosqueira e o absurdo, por isso é tão bom.
O gameplay então... muito divertido, várias armas diferentes e explodir a cabeça e dar suplex nos ganados nunca perde a graça. O tiroteio na cabana é muito épico. Ainda tem partes de suspense como a vila, os cultistas, regenerator, verdugo... tantas partes memoráveis. Envelheceu muito bem, até mesmo os controles (só acostumar), terminei duas vezes e "platinei" no Steam.
Após 5 anos desaparecido o navio Obra Dinn reaparece sem nem um tripulante a bordo e precisamos identificar e descobrir o que aconteceu com cada um deles. Pra isso temos um relógio capaz de nos transportar para os últimos momentos da pessoa (numa cena estática por onde podemos andar) e um livro com diversos documentos pra cruzarmos informações. É um jogo de investigação que balança perfeitamente desafiar sem ser frustrante demais e fazer o jogador se sentir inteligente quando descobre a resposta certa. Tudo tem lógica, faz sentido e fornece pistas; roupas, aparência, voz, a hora mostrada no relógio, um personagem que aparece numa cena mas não em outra, etc. A história é muito boa, um mistério com bons personagens e momentos memoráveis (mesmo sendo tudo estático e preto e branco), sem confusões ou plot twists idiotas. Audiovisual também é ótimo, um pouco cansativo aos olhos mas tem opção de outros filtros com menos contraste. Sensacional, um dos jogos mais legais que já joguei.
Peguei por ser dos mesmos devs de Legend of Grimrock, que são jogos que eu adorei, principalmente o 2. Achei um jogo ok, sei lá, não tive muitos sentimentos por ele, é um jogo de tática por turnos com uma uma história genérica de fantasia. Não tem porcentagens ou rolagem de dados, o que as vezes faz parecer mais um jogo de puzzle. São quatro personagens (começa com 3) e tanto o equipamento quanto as habilidades podem ser melhorados usando gemas que podem ser trocadas livremente. O jogo é um tanto difícil, algumas missões do começo são brutais, com inimigos apelões e turnos limitados, o que piora ainda mais se for tentar os objetivos opcionais (que geralmente dão gemas) e aumenta a sensação de jogo de puzzles onde só uma opção é possível. Pelo menos podem ser rejogadas livremente a qualquer hora.
Metroidvania cujo gameplay principal é resolver puzzles, que são muitos, realmente é como se o cara fosse um arqueólogo juntando tudo peça por peça. A história de fundo é até bem bacana.
Mas PQP que jogo frustrante! Tinha lido sobre isso, muitos recomendando jogar com um caderno pra fazer anotações, mas resolvi ir só com a minha memória e observação e até tive bastante sucesso, fui acho que até um pouco mais da metade sem recorrer a ajuda externa, algumas vezes batendo a cabeça e resolvendo na sorte ou tentativa e erro. Mas chegou uma hora que o jogo foi me quebrando com puzzles cada vez mais obtusos e falta de direção. A principal coisa que o jogo usa pra dar pistas/dicas são tablets de pedra que estão por todo lugar, mas enquanto algumas estão perto do puzzle e são razoavelmente lógicas outras podem estar numa área completamente diferente por onde o cara passou/leu há umas 15 horas atrás e sem conexão aparente. Vários puzzles só fazem sentido ao se olhar pra trás.
Todo o resto é muito legal; plataforma e combate tranquilos, vários itens/upgrades pra se achar, chefes variados com desafio na medida e pixelart e músicas fantásticas. Apesar de tudo eu gostei, mas queria ter conseguido terminar 100% sem ajuda, estraga um pouco esse tipo de jogo. Usei
esse guia que dá boas dicas ao invés da resposta direto. Quem for jogar e quiser ir sem ajuda recomendo ter muita, mas muita paciência e atenção (nem vem com Souls, eu também jogo e não chega nem perto da frustração que esse jogo pode causar), o jogo é obtuso e troll. E também LEIA O MANUAL, além de algumas dicas ele dá a solução pra um puzzle inicial com um item essencial que é quase impossível descobrir sozinho.
Joguinho bem simples e casual. São pequenas histórias onde resolvemos situações dos viajantes usando diversos itens que são representados por cards, são várias combinações e resultados diferentes. Além dos objetivos principais também da pra usar os itens nos personagens e no cenário causando várias ceninhas engraçadas. É bem curto mas bem charmosinho como todos os jogos da Amanita. Ótimo pra quando quiser algo mais simples e despretensioso. Bom também pra criança, esposa ou qualquer outra pessoa sem familiaridade com games, bem leve e linguagem não é uma barreira pois é toda visual/simbólica.
Tava bem ansioso pra jogar por causa dos novos personagens mas foi um tanto decepcionante, principalmente por causa da história. Pra cada ponto positivo tem um negativo brochante. Da trilogia remaster até o momento deu 1 a 1, gostei mais (adorei) do 3.
Começa bem interessante. Os novos personagens são carismáticos e uma mudança muito bem vinda, com problemas e temas diferentes, ampliando e dando outras perspectivas pra Kamurocho. As histórias de cada um são boas, com setpieces/lutas legais e finais satisfatórios pra seus arcos. Mas quando o mistério que liga elas vai sendo revelado tudo começa a se desmanchar, com um dos plot twists mais retardados que eu já vi na vida, que não só é extremamente absurdo como mancha o arco de um dos personagens. Tentaram fazer demais com a história e alguns personagens e relações ficaram mal aproveitados ou explicados, eu nem sabia direito quem era o vilão até a batalha final e uma das principais mortes foi bem anticlimática. Talvez tivesse sido melhor só os 3 novos protagonistas tendo mais tempo de tela e só uma participação do Kiryu ao invés de meter ele na história com um motivo que tá mais pra uma desculpa.
Os estilos de luta são uma coisa muito boa, o Akiyama é rápido e usa só chutes, Saejima é um tanque com golpes carregados e consegue agarrar até os gordões (e tem heat actions muito gratificantes de usar) e o Tanimura é focado em parries e heat actions, gostei bastante dele por ser o mais diferente, Akiyama é o mais repetitivo. Enquanto o 3 era "blockuza" o 4 é "stunlockuza", todos os chefes tem esquiva+golpe que atordoa e combos que dão stunlock, no 3 pelo menos dava pra manter a ofensiva e trocação, aqui se não baitar o chefe é golpe > esquiva/stun > combo. O primeiro chefe do Saejima é horrível. Pelo menos o dano é maior e os chefes não tem tantas barras de hp.
Minigames além dos de sempre tem alguns exclusivos pra cada personagem, sendo o Fighter Maker do Saejima o mais legal, já Hostess Maker do Akiyama é um chorume horrível assim como no 3, só é menos pior pois dá pra visitar e cantar karaoke com 2 delas. Karaoke tem uma seleção excelente de músicas, 11 no total (maior da série), uma delas o maravilhoso dueto "Pure Love in Kamurocho", mas cagaram totalmente na distribuição; só Kiryu e Akiyama cantam, o segundo apenas o dueto (uma pena pois o cara tem uma voz incrível). Substories são ok, as que tem cutscenes (2 pra cada) são muito boas, algumas outras como as que revelam o passado do Tanimura, as que fazem referências a jogos passados e mais uma meia dúzia também, o resto é bem esquecível.
Tem algumas outras coisas que me incomodaram (e agradaram) mas isso aqui tá um pouco negativo demais, o jogo não é ruim, me divertiu bastante, só é um tanto decepcionante. No fim das contas dá pra perdoar pois foi um experimento dos caras com múltiplos protagonistas. Li que o 5 é uma versão melhorada dele e até tava afim de jogar mas vou segurar pra não acabar enjoando ou ficar sem novos jogos.
Um detalhe é que eu joguei usando o
Restoration Patch, que restaura a aparência original do Tanimura (o ator foi cancelado por falsas acusações de uso de drogas), combina bem mais com o personagem, o modelo novo é meio estranho, parece uma mistura do Yuya com o cabelo do Akiyama.